Cinco meses antes de iniciar a perseguição ao Hyundai HB-20, onde Haíssa Motta, de 22 anos, foi baleada e morta, os PMs Márcio José Watterlor Alves e Delviro Anderson Moreira Ferreira já haviam se envolvido em outra abordagem que terminou de forma trágica. No dia 13 de março, Joel Pereira de Carvalho, de 55 anos, diácono de uma comunidade evangélica de Honório Gurgel, foi baleado em meio a um tiroteio, envolvendo os dois policiais e três bandidos, em Guadalupe, na Zona Norte do Rio. Na ocasião, os PMs alegaram que o tiro que matou o religioso partiu da arma de um dos bandidos. No entanto, a Polícia Civil ainda investiga a versão e pode fazer uma reprodução simulada dos fatos para apurar quem disparou os tiros que mataram Joel.
No dia do crime, o diácono havia acabado de sair de casa, por volta das 6h10min, dirigindo um Corsa, quando foi rendido por três homens armados. Os bandidos que teriam vindo do Morro do Chapadão, obrigaram Joel a continuar na direção do veículo. Alertada por moradores sobre o roubo, a patrulha ocupada por Watterlor e Delviro cruzou com o carro na Rua Matos Macedo. Houve troca de tiros, iniciada, segundo os PMs, pelo trio.
Desgovernado, o Corsa bateu num poste. Um bandido morreu no local, um outro foi ferido e levado para o hospital, e o terceiro também atingido por um tiro, conseguiu fugir.
Desgovernado, o Corsa bateu num poste. Um bandido morreu no local, um outro foi ferido e levado para o hospital, e o terceiro também atingido por um tiro, conseguiu fugir.
Joel Pereira foi atingido por três tiros que acertaram cabeça, pescoço e uma de suas mãos. Nesta segunda-feira, o delegado Fábio Cardoso, da Divisão de Homicídios (DH) disse que desmembrou o caso em dois inquéritos. Um para identificar o bandido foragido e o segundo para apurar as circunstâncias que acabaram na morte do diácono.
- Poderemos fazer reprodução simulada para saber a trajetória dos tiros que acertaram a vítima. Vamos cruzar estes dados com os resultados da perícia de local. Não houve comparação balística porque os tiros que acertaram o diácono foram transfixantes, ou seja atravessaram seu corpo - disse o delegado.
Marcos Nunes / extra.globo.com
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