Maior artilheiro dos 45 anos da PLACAR, Romário marcou mais que Pelé levando-se em conta apenas os gols anotados em torneios oficiais. Foram 734 contra 720 do Rei. Agora senador, o Baixinho cita antigos colegas para explicar o segredo de ter ultrapassado a marca de 1.000 gols (incluindo tentos pelas categorias de base e amistosos) na carreira como jogador:
“Depois do Bebeto, o Ronaldo foi meu maior parceiro de ataque. Mas se eu tivesse a mínima chance possível de marcar, eu não passava nem pra minha mãe. Quem tem que fazer o gol sou eu. Esse era um egoísmo positivo. Se eu tivesse 1% de chance e o fulano 99%, eu tentava sozinho porque sabia que tinha mais condição do que ele. Podia ser qualquer um. Ronaldo, Edmundo… Ninguém fazia gol igual a mim. Todos eles aprenderam comigo.”
Entre seus feitos notáveis também está uma caneta em Maradona, no Maracanã. O lance, logo início da partida contra a Argentina, pela Copa América de 1989, ainda segue vivo na memória de Romário, que adota uma falsa modéstia ao recordá-lo: “Eu nunca olhei pra cara do adversário. Eu olhava para a perna. Abriu, eu botava. Era assim que funcionava”, conta.
O Baixinho também revela que chegou a receber várias ofertas do futebol paulista, mas, diante de todas elas, o apreço pelo Rio de Janeiro falou mais alto. “Eu tive proposta do São Paulo, do Corinthians, do Palmeiras. Mas nunca quis jogar em São Paulo. Longe demais da praia.”
A entrevista completa de Romário está na PLACAR de abril, que marca os 45 anos da revista e já está nas bancas.
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