O complexo de edifícios que a Câmara dos Deputados planeja construir terá café, restaurantes, lojas e garagem subterrânea com 4,4 mil vagas. Os detalhes do empreendimento aprovado pela mesa diretora da Câmara na última quarta-feira (25) foram divulgados nesta sexta pela Primeira Secretaria da Casa.
A intenção dos dirigentes da Câmara é construir três edifícios e uma área de lazer e serviços, para atender funcionários, visitantes e deputados federais. O projeto foi inicialmente orçado em R$ 1 bilhão, mas a intenção da Câmara é fazer uma Parceria Público-Privada (PPP) para que empresas arquem com as obras e depois, como contrapartida, recebam a concessão para explorar espaços ou serviços no futuro complexo do Legislativo.
O edital de consulta à iniciativa privada sobre o interesse em construir os edifícios foi publicado nesta sexta no site da Casa. Conforme o documento, chamado de Procedimento da Manifestação de Interesse (PMI), a construção ocupará 332 mil m².
Um dos prédios previstos, que será chamado de Anexo IV-B, abrigará um auditório para 700 pessoas, que poderá funcionar como plenário alternativo, além de outros auditórios de menor capacidade e salas de reunião voltadas para o uso dos parlamentares.
Já o Anexo IV-D será um edifício de 10 andares na superfície e três no subsolo, com 256 gabinetes parlamentares de 60 m² cada. O terceiro edifício, chamado de Anexo IV-D, abrigará “órgãos” da Câmara e garagens para funcionários. Já a área de lazer, chamada no edital de “praça de serviços”, terá restaurantes, cafés, lojas e “áreas de convivência”.
As garagens dos três prédios, juntas, conterão 4,4 mil vagas cobertas e 80% poderão ser alugadas. As outras 20% serão reservadas para uso exclusivo da Câmara.
O projeto prevê ainda uma reforma no Anexo IV da Câmara, que abriga 432 gabinetes parlamentares, com aproximadamente 40 m² cada. Após as obras, o prédio passará a ter apenas 264 gabinetes, só que mais amplos, com 60 m² cada.
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Fim dos 'puxadinhos'
O primeiro-secretário da Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP), justificou que a intenção é acabar com os "puxadinhos" que existem na Casa. De acordo com o parlamentar do PRB, a Câmara dispõe de R$ 300 milhões em investimentos oriundos da venda da folha de pagamento dos funcionários. Porém, os deputados querem que a iniciativa privada arque com a maior parte dos gastos.
O primeiro-secretário da Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP), justificou que a intenção é acabar com os "puxadinhos" que existem na Casa. De acordo com o parlamentar do PRB, a Câmara dispõe de R$ 300 milhões em investimentos oriundos da venda da folha de pagamento dos funcionários. Porém, os deputados querem que a iniciativa privada arque com a maior parte dos gastos.
“Vamos apresentar o que nós queremos e a empresa dirá o que pretende explorar por um determinado período, se vão ser escritórios ou estacionamentos, por exemplo, mas que estariam fora do conjunto da estrutura da Câmara”, disse Mansur na última quarta-feira.
A construção de pelo menos um novo prédio foi umas das bandeiras do presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na disputa pelo comando da Casa. Durante a campanha, ele chegou a falar inclusive na possibilidade de se construir um shopping center para atrair a participação da iniciativa privada.
Nathalia PassarinhoDo G1, em Brasília
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