Pizzolato, que possui também cidadania italiana, foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão (foto: EPA)
24 ABRIL, 10:34•SÃO PAULO E BOLONHA•ZBF
(ANSA) - O ministro da Justiça da Itália, Andrea Orlando, deu um parecer favorável nesta sexta-feira (24) à extradição do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão em 2013, confirmou à ANSA o advogado Michele Gentiloni, que representa o Estado brasileiro.
Pizzolato, que possui também cidadania italiana, foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão, mas fugiu para a Itália com um passaporte falso. Ele acabou sendo detido em fevereiro de 2014, em Maranello, por sua documentação irregular.
Em fevereiro, a Corte de Cassação de Roma reverteu uma decisão do Tribunal de Bolonha e autorizou a extradição do brasileiro. Na primeira sentença, a extradição tinha sido negada sob argumento de que os presídios nacionais não têm condições de recebê-lo.
Com o parecer da Corte de Cassação, ficou a cargo do ministro da Justiça, Andrea Orlando, tomar a decisão final. Agora, o governo brasileiro terá um prazo legal de 20 dias, prorrogáveis por outros 20 dias, para buscar o ex-diretor do BB. Pizzolato foi condenado por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.
De acordo com a sentença do mensalão, Pizzolato autorizou a transferência de R$ 73 milhões do fundo Visanet (administrado pelo Banco do Brasil) para as agências de publicidade de Marcos Valério, operador do esquema de pagamentos ilegais a parlamentares da base aliada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. (ANSA)
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