Crianças que foram amamentadas no peito por pelo menos seis meses enquanto bebês podem ter um risco menor de desenvolver leucemia na infância em relação àquelas que não foram amamentadas no peito, mostra uma nova análise de estudos antigo.
Revisando 18 estudos, pesquisadores descobriram que crianças que eram amamentadas no peito de suas mães por seis meses ou meais tinham um risco 19% menor de desenvolver leucemia durante a infância, em compensação com os as que não haviam sido amamentadas, ou haviam, mas por um período menor de tempo.
Em uma análise separada de 15 desses estudos, os pesquisadores perceberam que as crianças que foram amamentadas por qualquer período de tempo eram pelo menos 11% menos susceptíveis a desenvolver a doença, em relação àquelas que nunca haviam sido amamentadas.
O autor da nova análise foi Efrat L. Amitay, da Universidade de Haifa, em Israel. A especialista envolveu 18 estudos, que abordavam mais de 10 mil casos de leucemia e 17,5 mil crianças que não possuíam a doença. Tais estudos foram publicados entre 1960 e 2014.
As descobertas se unem a um corpo de evidências que traçam uma “forte associação entre a nutrição infantil e a leucemia”, diz Amitay. “Essa informação pode ser usada pela saúde pública para realizar recomendações para os pais, que podem contribuir na precaução da doença em seus filhos” continuou.
O mecanismo exato envolvido nesta ligação entre o leite materno e a leucemia ainda não está claro, mas os pesquisadores têm algumas sugestões. “O leite materno é uma substância que dá vida. Ela contém anticorpos produzidos pela mãe que promovem uma comunidade saudável de bactérias no intestino das crianças e influenciam o desenvolvimento do sistema imunológico delas”, explicou.
Outra possibilidade que pode explicar a ligação é que o leite materno mantém os níveis de pH no estômago das crianças em um patamar que promove a produção de proteínas benéficas chamadas HAMLET, disseram os pesquisadores. Estudos realizados em roedores mostraram que o HAMLET pode ter a habilidade de matar células do câncer.
O leite materno também possui células-tronco que possuem propriedades similares às células-troncos de embriões, que podem ajudar o sistema imunológico na luta contra o câncer. “Os potenciais preventivos da amamentação devem ser comunicados de forma aberta para o público geral, não apenas para as mães. Desta forma, a amamentação pode ser mais socialmente aceita e facilitada”, escreveram os pesquisadores no estudo, que foi publicado no dia 1º de junho no JAMA Pediatrics.
Fonte: LiveScience
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