O fato inusitado, aconteceu no Município de Canudos-BA, região do semiárido Nordeste II, e teve como protagonista Ramon Maia, que se encontrava desde o dia 21 de maio de 2015, preso no xadrez da delegacia de polícia da cidade, sob a acusação de ter tentado agredir fisicamente a própria mãe, uma pequena comerciante da cidade, depois que esta lhe negou pedido de dinheiro.
Na manhã da última quarta-feira (17), ao chegar para o plantão, o delegado Paulo Jason de Melo Falcão, titular da 1ª DT da 25ª Coorpin de Euclides da Cunha, mas que também responde pela Polícia Judicial de Canudos, foi surpreendido pela notícia da fuga de um preso que havia se aproveitado do descuido do carcereiro e, com uma arma artesanal do tipo chuço (ferro pontiagudo) rendeu o funcionário responsável pela cela e o prendeu fechando a grande com cadeado.
Antes de deixar a DT, Marcos, que é mais conhecido como “Chaparia”, alertou o agora, preso (carcereiro), para um bilhete que houvera escrito e que deveria ser entregue a autoridade policial. Na correspondência simples e breve, mas desprovida de conhecimentos gramaticais, porém de fácil compreensão, Chaparia escreveu: “doltor Paulo mim discupi mais tivi qui sai eu não poso paga pelo qui eu não cometi”. subscreve: Ramon Maia.
O “esperto” só não revelou o lugar onde poderia ser encontrado, principalmente quando neste período de festejos juninos o forró come solto pelas veredas do sertão. O caso é risível, porém, revela a fragilidade do sistema carcerário nas cidades do interior, principalmente, e a difícil condição de trabalho que delegados e agentes policiais do Estado da Bahia enfrentam na lida diária no combate à criminalidade.
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