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domingo, 7 de junho de 2015

Estaremos comendo insetos em 50 anos?

Anualmente, a população mundial cresce aproximadamente 70 milhões. Com tal crescimento, o número de pessoas no mundo pode chegar a 9 bilhões já em 2050. Uma preocupação iminente é sobre como alimentar tanta gente, sendo que seria preciso quase o dobro de alimentos do que o atual, os espaços para cultivo estão se esgotando, os oceanos próximos da capacidade máxima de pesca, os ambientes poluídos, além das ameaças de doenças agrícolas, mudanças climáticas e o fato de já existir mais de 1 bilhão de pessoas sofrem de fome crônica. É algo lógico que precisamos de uma produção de alimentos mais eficiente o mais rápido possível, e os insetos são uma boa possibilidade de solução.
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Você pode achar estranho ou talvez um pouco nojento, mas a entomofagia (consumo de insetos como alimento) é uma prática consideravelmente comum no mundo, pois cerca de 2 bilhões de pessoas têm insetos como parte de suas dietas, e se tem conhecimento de mais de 1900 espécies comestíveis. Os mais comuns são besouros, formigas, abelhas e vespas.
Por que insetos? Porque além de uma fonte sustentável de alimentos, são nutritivos, contém uma quantidade alta de proteínas e vitaminas, além de poderem ser criados em grandes quantidades e locais pequenos.
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Grilos, por exemplo, possuem 205 gramas de proteínas a cada kg do animal, enquanto na carne bovina, o número é de 256 gramas por kg. Outros insetos podem chegar a serem compostos por 80% proteínas. Insetos também são ricos em ômega 3, como os peixes. Existem espécies de lagartas com surpreendentes índices de 31 mg de Ferro por quilo, enquanto na carne bovina este número é de apenas 6 gramas.
Além de todas as vantagens já citadas, insetos são animais de sangue frio, portanto necessitam de menos energia para se manter sua temperatura corporal, o que significa que são mais eficientes para converter o alimento em massa corporal do que o gado. Grilos exigem 2 quilos de ração para produzirem 1 quilo de carne, enquanto o gado necessita de 8 quilos para produzir a mesma quantidade. Os insetos também necessitam de uma quantidade menor de água e espaço, e tem uma expectativa de vida menor, o que acelera o processo de criação e consumo, além de se reproduzirem muito mais rápido do que o rebanho bovino. Produzem menos gases do efeito estufa e são menos propensos a zoonoses do que rebanhos bovinos ou de aves. Outro fator favorável ao cultivo de insetos para alimentação é que eles não concorrem com o ser humano por espaço de cultivo para alimentos: Diminuindo a área em que são cultivadas as rações bovinas e para aves, se ganha espaço para o cultivo de alimento humano.

Por fim, algumas pessoas afirmam que alguns insetos são saborosos. Existem espécies de cupins com sabor mentolado, gafanhotos com sabor semelhante ao de maçãs,  além de existirem larvas com o surpreendente sabor de bacon.
Parece saboroso, quem aí ficou com vontade de experimentar?
Fonte:
IFLScience


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Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
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