Além de vibrar com a vitória por 2 a 1 sobre o Tigres no Beira-Rio, pelo jogo de ida da semifinal da Libertadores, os colorados tiveram um motivo a mais para se emocionar na última quarta-feira. Para ir às lágrimas com mais uma homenagem ao ídolo Fernandão, morto em acidente aéreo, no interior de Goiás, em junho do ano passado. Na última noite, o idealizador do espetáculo Os Protagonistas, de inauguração do Beira-Rio, Edson Erdmann, publicou a primeira parte da íntegra da entrevista do eterno camisa 9 para o show, a "última entrevista" antes da morte. No momento mais marcante, o ex-atacante vai às lágrimas ao lembrar da relação com Muricy Ramalho. Clique aqui e e veja o site especial.
ESPECIAL UM ANO DE FERNANDÃO:
> Capítulo 1: como a figura de Fernandão mudou o Inter
> Capítulo 2: devoto do ídolo batizou filho de Fernando
> Capítulo 3: o que Fernandão ensinou a campeões no Inter
> Capítulo 4: viúva de Fernandão fala sobre o vazio da perda
> Capítulo 5: filho usa futebol para manter elo com o pai
> Capítulo 6: fãs criam memorial virtual ao ídolo Fernandão
> Capítulo 1: como a figura de Fernandão mudou o Inter
> Capítulo 2: devoto do ídolo batizou filho de Fernando
> Capítulo 3: o que Fernandão ensinou a campeões no Inter
> Capítulo 4: viúva de Fernandão fala sobre o vazio da perda
> Capítulo 5: filho usa futebol para manter elo com o pai
> Capítulo 6: fãs criam memorial virtual ao ídolo Fernandão
Em entrevista recente ao GloboEsporte.com, Erdmann adiantou alguns detalhes revelados na entrevista. Desde o esquema especial montado para manter o sigilo sobre o encontro com o ídolo, que envolveu carros com vidros escuros e discrição no desembarque a Porto Alegre, às histórias de bastidores dos tempos de Inter. Como a chegada ao Beira-Rio para a final da Libertadores contra o São Paulo, em 2006, o reencontro com o Edinho, após o acolhimento na Europa, e a discussão com o árbitro Márcio Rezende no Pacaembu, no polêmico empate com o Corinthians, pelo Brasileirão de 2005. Ao final do encontro, Fernandão veste a camisa e a braçadeira utilizadas no Mundial de 2006. Uma espécie de despedida da torcida colorada.
Além do vídeo, a iniciativa tem um viés beneficente. O idealizador do espetáculo de reinauguração do estádio colorado busca ainda angariar doações para o Instituto do Câncer. No vídeo publicado nesta quarta-feira, Erdmann e a equipe de produção falam dos detalhes que envolveram a produção da entrevista derradeira. Em seguida, passam a palavra ao ídolo e seu último depoimento ao torcedor colorado.
Fernandão se emociona em última entrevista (Foto: Reprodução)
> Confira os principais trechos da entrevista:
CONTRATAÇÃO:
Eu estava na França, há três anos, e pintou uma possibilidade, um empresário me ligou, me disse que tinham alguns times do Brasil que queriam me trazer de volta. Eu já estava completando 26 anos, ninguém me conhecia muito no Brasil. Eu queria viver uma boa experiência. O empresário me ligou. Me perguntou se eu estava em Goiás, de férias, e eu disse: "Estou, por quê?". Ele falou: "Amanhã estou indo aí com o presidente do Internacional para almoçar contigo". Eu disse: "Tranquilo". No outro dia, me chega o Fernando Carvalho no aeroporto, fomos para uma churrascaria em Goiânia, ele me falou dos planos do Inter, que ele ia tentar montar um grupo forte para ser um dos melhores clubes do Brasil e da América do Sul. Explicou mais algumas coisas e voltou para Porto Alegre. Ou seja, ele foi lá só para falar comigo, conhecer quem eu era. Depois disso, fui para o Rio, teve até uma possibilidade de reunião com o Marselha, que queria me negociar com outro clube, mas eu bati o pé porque a seriedade que vi do presidente deve ser porque o clube é o mesmo. O presidente ir a Goiânia. Normalmente, ele manda uma passagem e você vai para o local dele. Não, ele veio aqui em Goiânia, me chamou muito atenção, foi quando eu decidi ir para o Inter. Aquilo dali foi muito decisivo para eu ter indo para o Inter na época.
CONTRATAÇÃO:
Eu estava na França, há três anos, e pintou uma possibilidade, um empresário me ligou, me disse que tinham alguns times do Brasil que queriam me trazer de volta. Eu já estava completando 26 anos, ninguém me conhecia muito no Brasil. Eu queria viver uma boa experiência. O empresário me ligou. Me perguntou se eu estava em Goiás, de férias, e eu disse: "Estou, por quê?". Ele falou: "Amanhã estou indo aí com o presidente do Internacional para almoçar contigo". Eu disse: "Tranquilo". No outro dia, me chega o Fernando Carvalho no aeroporto, fomos para uma churrascaria em Goiânia, ele me falou dos planos do Inter, que ele ia tentar montar um grupo forte para ser um dos melhores clubes do Brasil e da América do Sul. Explicou mais algumas coisas e voltou para Porto Alegre. Ou seja, ele foi lá só para falar comigo, conhecer quem eu era. Depois disso, fui para o Rio, teve até uma possibilidade de reunião com o Marselha, que queria me negociar com outro clube, mas eu bati o pé porque a seriedade que vi do presidente deve ser porque o clube é o mesmo. O presidente ir a Goiânia. Normalmente, ele manda uma passagem e você vai para o local dele. Não, ele veio aqui em Goiânia, me chamou muito atenção, foi quando eu decidi ir para o Inter. Aquilo dali foi muito decisivo para eu ter indo para o Inter na época.
CHEGADA AO INTER
Na minha chegada, vi a organização de um time grande do Brasil, que tinha muita coisa boa para ser do Brasil naquela época. Estava acostumado com três anos na França, muita organização, daqui a pouco, um baita de um estádio, um centro de treinamentos muito bom. Condições de vestiário muito boas para a época, eu fiquei entusiasmado, se for isso tudo mesmo, vamos conseguir boas coisas aqui. Teve um problema na minha chegada, que não consegui a transferência direta. Eu cheguei em 14 de junho, só consegui estrear dia 10 de julho. Então até certo ponto foi bom, porque treinei com o Paixão a parte física, porque estava de férias, eu me preparei muito para estrear. Não sabia quando estreava. Minha estreia foi dia 10 de julho, na sexta-feira, depois do treino coletivo, que eu tive a liberação. Assim, nos últimos minutos que eu tive a confirmação da minha liberação.
Na minha chegada, vi a organização de um time grande do Brasil, que tinha muita coisa boa para ser do Brasil naquela época. Estava acostumado com três anos na França, muita organização, daqui a pouco, um baita de um estádio, um centro de treinamentos muito bom. Condições de vestiário muito boas para a época, eu fiquei entusiasmado, se for isso tudo mesmo, vamos conseguir boas coisas aqui. Teve um problema na minha chegada, que não consegui a transferência direta. Eu cheguei em 14 de junho, só consegui estrear dia 10 de julho. Então até certo ponto foi bom, porque treinei com o Paixão a parte física, porque estava de férias, eu me preparei muito para estrear. Não sabia quando estreava. Minha estreia foi dia 10 de julho, na sexta-feira, depois do treino coletivo, que eu tive a liberação. Assim, nos últimos minutos que eu tive a confirmação da minha liberação.
ESTREIA
O Joel Santana na época tinha levado todo mundo para a concentração. Era um Gre-Nal importante. Aquilo dali, eu não sabia nem se poderia jogar, de última hora fui confirmado. O Joel me chamou no quarto, falou: "Não treinei contigo no time titular, não vou começar contigo, mas te prepara porque possivelmente tu vais entrar no jogo". Ali, já comecei a dormir todo dia pensando na estreia do Gre-Nal. Concentramos na sexta-feira, eu lembro que eu tinha lido no sábado de manhã alguma coisa sobre poder ser o gol mil da história dos Gre-Nais. Eu estava chegando, não estava ambientizado com a tradição, com a rivalidade, mas não gravei aquilo dali. Quando fui para o jogo, logo ali no primeiro tempo, as coisas complicadas, o time jogando bem, mas não chegava ao ataque, não sofria pressão do Grêmio na época. O Wilson machucou no final do primeiro tempo. Entra para o intervalo, aquela coisa. Pô, o que vamos fazer? Como que muda? Chegou o Sangaletti e o Clemer para o Joel e falaram "O Fernandão já jogou de meio na França, de repente ele te resolve". Traz o Élder para a lateral e coloca o Fernando no meio. O Joel me chamou e perguntou: "Tu joga no meio?" Eu falei que jogo em qualquer lugar que tu me colocar. No Gre-Nal, quero estrear, quero estar em campo. Então vai.
O Joel Santana na época tinha levado todo mundo para a concentração. Era um Gre-Nal importante. Aquilo dali, eu não sabia nem se poderia jogar, de última hora fui confirmado. O Joel me chamou no quarto, falou: "Não treinei contigo no time titular, não vou começar contigo, mas te prepara porque possivelmente tu vais entrar no jogo". Ali, já comecei a dormir todo dia pensando na estreia do Gre-Nal. Concentramos na sexta-feira, eu lembro que eu tinha lido no sábado de manhã alguma coisa sobre poder ser o gol mil da história dos Gre-Nais. Eu estava chegando, não estava ambientizado com a tradição, com a rivalidade, mas não gravei aquilo dali. Quando fui para o jogo, logo ali no primeiro tempo, as coisas complicadas, o time jogando bem, mas não chegava ao ataque, não sofria pressão do Grêmio na época. O Wilson machucou no final do primeiro tempo. Entra para o intervalo, aquela coisa. Pô, o que vamos fazer? Como que muda? Chegou o Sangaletti e o Clemer para o Joel e falaram "O Fernandão já jogou de meio na França, de repente ele te resolve". Traz o Élder para a lateral e coloca o Fernando no meio. O Joel me chamou e perguntou: "Tu joga no meio?" Eu falei que jogo em qualquer lugar que tu me colocar. No Gre-Nal, quero estrear, quero estar em campo. Então vai.
GOL MILEntrei no intervalo do jogo, sofri a falta do primeiro gol, o Vinicius fez o gol de cabeça, o 999. Num contra-ataque, eu coloquei para o Marabá, ele cruzou, a bola passou direto na área e chegou para o Elder Granja, pelo lado direito. Ele pegou a bola, dominou. No que ele domina, dou dois passos para trás. Porque no tempo que eu tava treinando, eu vi que ele cruzava super bem. E ele nesse tempo que estava treinando, viu que eu cabeceava bem, ele sabia a bola que eu gostava. Ele colocou a bola com a mão e falou. Até brinquei na época porque ele se fosse dedicar o gol, 50, 60% foi dele, porque ele colocou com a mão, e eu subi. Eu tenho a imagem na minha cabeça até hoje, eu olhei para o goleiro antes de cabecear, eu vi que o canto tava todo aberto, e falei é só cabecear forte, que vai ser gol. Acabou que peguei super bem. Naquele momento, nem corri para a torcida nem nada. Não estava acostumado com o Beira-Rio. Eu só corri e me ajoelhei. Eu sempre tive uma fé muito grande. Ali, eu ajoelhei para agradecer a estreia que estava tendo. Sabia da importância de estrear no Inter, do clássico. Todo mundo veio, me abraçou, e o Rafael fala no meu ouvido, um palavrãozinho ali e "Pô é o gol mil da história do clássico". Eu peguei e já levantando, eu continuei ajoelhado e dei mais uma agradecida.
Internacional Inter Edson Erdmann Fernandão última entrevista Fernandão Inter (Foto: Fred Colorado/Divulgação)
PÊNALTI NÃO MARCADO NO TINGA EM 2005Ali foi indignação de ver todo um esforço nas mãos de uma pessoa. De te tirarem algo que você conquistou dentro de campo. Não só no pênalti, ali estávamos numa diferença muito grande. Primeiro, antes da mudança dos 11 jogos e depois que virou os 11 jogos, nós fomos os únicos prejudicados naquele momento. O jogo que voltou nosso era um jogo ganho, a gente tinha os três pontos. E o que voltou do adversário, que tinha perdido dois jogos, conseguiu um empate e uma vitória. Então o que eram dois pontos perdidos, já virou para o adversário. Você entra para aquele jogo, aquele adversário era o momento de ultrapassar, mesmo na casa deles, e a gente jogar bem do jeito que a gente tava jogando, e um pênalti claro como foi, foi o que virei para ele na hora e pedi para o árbitro, naquele momento, porque tinha cinco ou seis minutos, o Tinga tinha tomado um amarelo. No momento em que o Tinga cai, e ele corre para o lado do Tinga, eu senti que ele ia expulsar o Tinga. Eu corro para ele e falo: "Foi pênalti". Ele diz: "Não, ele se jogou". Eu falei que ele ia errar de não marcar o pênalti. Não erre duas vezes. Te peço, deixa o Tinga dentro de campo. Ele me disse: "Fernando, eu tenho certeza que o Tinga se jogou". Eu respondi não o Tinga não se jogou. Ele não se joga, não é disso. Ele tira o cartão e expulsa o Tinga. Não só o pênalti. O Corinthians não via a cor da bola no segundo tempo. Se a gente fica 11 contra 11, a gente teria ganho o jogo. Lamento ele não tem marcado o pênalti e ter expulso o Tinga. Eu lamento muito porque é um título que eu não tenho, o de campeão brasileiro. Apesar de eu sentir, é um titulo que eu não tenho, mas que sinto que me tiraram dentro de campo.
FESTA PELO VICE-CAMPEONATO
O Fernando Carvalho e o Pifferro disseram: "Voltem lá e comemorem com a torcida, porque vocês são campeões. O resto a gente vai buscar. Se sintam campeões. Vocês foram bravos, buscaram, foram homens e temos orgulho de ter atletas desse nível no Inter". Na chegada aqui apareceu uma taça, um caminhão e a gente fez uma festa, mas com o gosto amargo. Era uma briga fora de campo.
O Fernando Carvalho e o Pifferro disseram: "Voltem lá e comemorem com a torcida, porque vocês são campeões. O resto a gente vai buscar. Se sintam campeões. Vocês foram bravos, buscaram, foram homens e temos orgulho de ter atletas desse nível no Inter". Na chegada aqui apareceu uma taça, um caminhão e a gente fez uma festa, mas com o gosto amargo. Era uma briga fora de campo.
RELAÇÃO COM MURICY
Eu sempre falo uma coisa, eu devo minha vida a (pausa). Não vou conseguir. Eu vou sofrer para falar, mas eu sempre tentei ser muito grato às pessoas que me ajudaram, como a gente fala num todo, que depois aquele grupo de 2006, mas aquele grupo começou a se formar em 2005 e vou ser bem sincero, começou a se formar mesmo, não por culpa do Joel, pelo contrário, pela maneira do Muricy. Ele foi muito importante para o Internacional como um todo. E para mim, principalmente, que ele conversava comigo todos os dias, confiança que o Muricy me passava era incrível, ele nas preleções ele falava, não vamos tomar gol, porque um gol eu tenho certeza que a gente vai fazer lá na frente. Façam a jogada pelo lado, procurem o Fernando. Nos treinamentos, ele me pegava muito e me perguntava o que queria fazer. Para o Inter, tudo aquilo que o Inter conquistou começou com o Muricy, na maneira dele ser, de ele lidar com as pessoas. ele nunca passou a mão na cabeça de ninguém, na minha, no garoto, no mais velho. Aquele grupo em 2006 começou a se formar nas duas desclassificações que tivemos na Sul-Americana para o Boca, em 2004 e em 2005. Ali nós aprendemos muito. O que digo é que o Muricy me ensinou a ter indignação pela derrota, ele me ensinou a não aceitar a derrota. Eu sou eternamente grato a ele, mas, quando eu vou citar uma pessoa, me emociono porque ele começou tudo. Na sequência dele, ele tinha um projeto de vida na época, cheguei a conversar e pedir par ficar, que a gente ia buscar títulos no outro ano. Mas ele tinha um projeto de família, que fala mais alto do que o time naquele momento.
Eu sempre falo uma coisa, eu devo minha vida a (pausa). Não vou conseguir. Eu vou sofrer para falar, mas eu sempre tentei ser muito grato às pessoas que me ajudaram, como a gente fala num todo, que depois aquele grupo de 2006, mas aquele grupo começou a se formar em 2005 e vou ser bem sincero, começou a se formar mesmo, não por culpa do Joel, pelo contrário, pela maneira do Muricy. Ele foi muito importante para o Internacional como um todo. E para mim, principalmente, que ele conversava comigo todos os dias, confiança que o Muricy me passava era incrível, ele nas preleções ele falava, não vamos tomar gol, porque um gol eu tenho certeza que a gente vai fazer lá na frente. Façam a jogada pelo lado, procurem o Fernando. Nos treinamentos, ele me pegava muito e me perguntava o que queria fazer. Para o Inter, tudo aquilo que o Inter conquistou começou com o Muricy, na maneira dele ser, de ele lidar com as pessoas. ele nunca passou a mão na cabeça de ninguém, na minha, no garoto, no mais velho. Aquele grupo em 2006 começou a se formar nas duas desclassificações que tivemos na Sul-Americana para o Boca, em 2004 e em 2005. Ali nós aprendemos muito. O que digo é que o Muricy me ensinou a ter indignação pela derrota, ele me ensinou a não aceitar a derrota. Eu sou eternamente grato a ele, mas, quando eu vou citar uma pessoa, me emociono porque ele começou tudo. Na sequência dele, ele tinha um projeto de vida na época, cheguei a conversar e pedir par ficar, que a gente ia buscar títulos no outro ano. Mas ele tinha um projeto de família, que fala mais alto do que o time naquele momento.
RELAÇÃO COM ABEL
Aí vem a segunda pessoa, que sou eternamente grato, com aquele jeitão de ser, maneira de enxergar a vida. O futebol, ele queria vencer todo jogo. "Comigo não tem empate, não tem derrota, prefiro perder, mas quero vencer" Ele, com certeza, na minha carreira é outra pessoa a quem devo tudo porque ele é um cara sensacional, do jeito que ele foi. Ele mereceu porque soube pegar um grupo que vinha em formação, colocou duas peças no grupo e botou duas peças no grupo. Ele colocou o tempero dele. Fabiano Eller e o Fabinho, que chegou, que o Abel praticamente trouxe, vamos dizer assim.
Aí vem a segunda pessoa, que sou eternamente grato, com aquele jeitão de ser, maneira de enxergar a vida. O futebol, ele queria vencer todo jogo. "Comigo não tem empate, não tem derrota, prefiro perder, mas quero vencer" Ele, com certeza, na minha carreira é outra pessoa a quem devo tudo porque ele é um cara sensacional, do jeito que ele foi. Ele mereceu porque soube pegar um grupo que vinha em formação, colocou duas peças no grupo e botou duas peças no grupo. Ele colocou o tempero dele. Fabiano Eller e o Fabinho, que chegou, que o Abel praticamente trouxe, vamos dizer assim.
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