Foto: Rafael Neddermeyer / Fotos Públicas
Um estudo realizado por cientistas do The Scripps Research Institute (TSRI), em San Diego, na Califórnia, parece ter encontrado uma nova arma no combate ao vício em nicotina.
Chamada NicA2, a enzima bacteriana impede que a substância chegue ao cérebro, fazendo que com a sensação de prazer associada a hábitos de tabagismo diminua. O autor do estudo, o professor de química Kim Janda, membro do Instituto Skaggs de Biologia Química do TSRI, afirma que, apesar de estar em fase inicial, os resultados da pesquisa até agora são promissores.
A enzima já demonstrou que tem as propriedades necessárias para servir como uma terapia anti-tabagista. Ela também ofereceria uma alternativa para os fumantes que desejam abandonar o vício, já que estudos têm mostrado que as terapias atuais falham com cerca de 80% a 90% dos tabagistas.
Segundo Janda, a bactéria age com uma espécie de Pac-Man, um dos mais famosos jogos de videogame da história, comendo a nicotina. Os pesquisadores testaram as qualidades terapêuticas da enzima. Primeiro, combinaram uma amostra de sangue com uma dose de nicotina equivalente à encontrada em um cigarro.
Quando os cientistas adicionaram a enzima, o tempo que a nicotina permaneceu ativa no organismo humano caiu de duas a três horas para apenas 9 a 15 minutos. Uma dose mais elevada da enzima, com algumas modificações químicas, poderia reduzir a sobrevida da substância ainda mais e impedi-la de alcançar o cérebro.
Agora, o próximo passo do estudo, segundo seu criador, será alterar a composição bacteriana da enzima, o que ajudará a diminuir os possíveis problemas imunológicos e elevar seu potencial terapêutico.
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