SÃO PAULO FC: Oposição faz ofício, e Conselho pode expulsar Aidar com imagens de briga

Ataíde Gil Guerreiro e Carlos Miguel Aidar brigaram na última segunda-feira (Foto: Marcos Ribolli)

Em mais uma tentativa de tirar Carlos Miguel Aidar do comando do São Paulo, membros da oposição finalizaram na quinta-feira a elaboração de um ofício que pedirá ao Conselho de Ética a análise da briga entre o presidente Carlos Miguel Aidar e o ex-vice Ataíde Gil Guerreiro. Os conselheiros querem protocolar o documento após colherem o maior número possível de assinaturas e acreditam que o mandatário e seu antigo aliado poderão ser excluídos do quadro de associados.

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Segundo o artigo 34 do estatuto do clube, constitui infração passível até de expulsão o "mau comportamento do associado nas dependências do Clube consideradas estas, por extensão, os centros de treinamento e outras assemelhadas, ou como representante deste em qualquer local". A briga ocorreu no hotel Radisson, na zona sul da capital paulista, onde eram realizadas frequentes reuniões entre integrantes da alta cúpula são-paulina, agora esvaziada.

De acordo com relatos ouvidos pelo GloboEsporte.com, Ataíde (então vice-presidente de futebol, que foi demitido no dia seguinte ao episódio, o que resultou em saída em massa de outros dirigentes) acertou um soco em Aidar, que caiu no chão e teve que ser ajudado por garçons e seguranças do hotel. A briga teria sido filmada, pois há câmeras de segurança em todos os locais por onde eles passaram.

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Segundo o estatuto, constitui infração passível até de expulsão o "mau comportamento do associado nas dependências do clube consideradas estas, por extensão, os centros de treinamento e outras assemelhadas, ou como representante deste em qualquer local". A briga ocorreu em um hotel onde a diretoria costuma se reunir

Essas imagens podem ser solicitadas judicialmente em nome do clube, caso o Conselho de Ética julgue necessário. O comitê é formado por cinco conselheiros, de acordo com o presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. Antes de o ofício ser protocolado, ele vê com desconfiança a ação da oposição.

– Não é algo simples, precisa de um processo legal, com direitos de defesa. É uma perspectiva que esperamos não ser necessária, por ser traumática. A comunidade não gosta disso – afirmou o dirigente, admitindo a possibilidade de serem solicitadas as filmagens da briga.

– Tudo é possível. É evidente que sim, mas esperamos que não aconteça – ressaltou.

Antes de o documento ser elaborado, conselheiros oposicionistas e advogados estudaram se havia sustentação legal no estatuto. Independentemente do desfecho do caso, a manobra é mais uma tentativa de acuar Aidar, que se vê cada vez mais isolado e enfraquecido politicamente, mas descarta renunciar e promete reorganizar o clube.

Por Marcelo Hazan e Tossiro NetoSão Paulo