Por Lia Kubelka BackFlorianópolis
Se você aproveitou a virada de ano para tomar a decisão de se exercitar mais, já deu o primeiro passo - parabéns! O segundo é acertar na escolha da atividade física que mais combina com seu tipo físico ao invés de simplesmente tentar a modalidade da moda.
Cada tipo genético responde melhor a uma modalidade de exercício (Foto: Getty Image)
Existem componentes genéticos que influenciam no tipo de exercício mais adequado para cada um. Uma variante encontrada no gene ACTN3 por exemplo, é uma das responsáveis pela composição das fibras musculares. Para algumas pessoas essa composição favorece a prática de atividades de velocidade e força e é a mais encontrada em atletas de elite. Quem possui essa composição irá se beneficiar de treinos que utilizam uma carga maior e menos repetições. Para as atividades aeróbicas, essas pessoas conseguem atingir uma boa velocidade, mas não por muito tempo, pois a resistência acaba sendo menor.
Por outro lado, para outro grupo de indivíduos, a força e a velocidade são diminuídas. Nesse caso, o benefício é obtido através de modalidades menos intensas mas por mais tempo. Uma caminhada longa, as com menor velocidade ou corrida leve e exercício com carga menor e mais repetições.
Então, para esse novo ano, devemos nos conhecer mais, nos observarmos mais e entendemos melhor como funciona o nosso corpo, assim será possível obter sucesso nas metas desejadas.
Referências:
Alfred, T., Ben-Shlomo, Y., Cooper, R., Hardy, R., Cooper, C., Deary, I. J., Day, I. N. M. (2011). ACTN3 genotype, athletic status, and life course physical capability: meta-analysis of the published literature and findings from nine studies. Human Mutation, 32(9), 1008–1018.
Norman, B., Esbjörnsson, M., Rundqvist, H., Osterlund, T., von Walden, F., & Tesch, P. a. (2009). Strength, power, fiber types, and mRNA expression in trained men and women with different ACTN3 R577X genotypes. Journal of Applied Physiology (Bethesda, Md. : 1985), 106(3), 959–965.
Norman, B., Esbjörnsson, M., Rundqvist, H., Osterlund, T., von Walden, F., & Tesch, P. a. (2009). Strength, power, fiber types, and mRNA expression in trained men and women with different ACTN3 R577X genotypes. Journal of Applied Physiology (Bethesda, Md. : 1985), 106(3), 959–965.
*As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com
LIA KUBELKA DE CARLOS BACK
Mestre em biotecnologia e doutora em biologia celular e do desenvolvimento com habilitação em genética molecular humana pela UFSC. É membro da American Society of Human Genetics e do Institute for Functional Medicine. Hoje é diretora técnica do Biogenetika, centro de medicina individualizada.
Mestre em biotecnologia e doutora em biologia celular e do desenvolvimento com habilitação em genética molecular humana pela UFSC. É membro da American Society of Human Genetics e do Institute for Functional Medicine. Hoje é diretora técnica do Biogenetika, centro de medicina individualizada.
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