Europa e Rússia lançaram nesta segunda-feira (14) uma sonda espacial para buscar sinais de vida em Marte e ampliar as perspectivas de uma missão tripulada ao planeta.
A espaçonave, parte do programa ExoMars, partiu do espaçoporto de Baikonur, no Cazaquistão, a bordo de um foguete Proton, dando início a uma jornada de sete meses pelo espaço.
A nave levará uma sonda atmosférica que irá estudar traços de gases como o metano, um elemento químico que está fortemente vinculado à vida na Terra, que missões marcianas anteriores detectaram na atmosfera do planeta.
"Por que estamos tão interessados em Marte? Estamos tentando entender como a vida se originou em nosso sistema solar", disse Pascale Ehrenfreund, chefe do comitê executivo da agência espacial alemã DLR, em um evento de lançamento da ESA (Agência Espacial Europeia).
Origem do metano
Os cientistas acreditam que o metano pode ser derivado de micro-organismos conhecidos como metanogênicos. Essas criaturas podem ter se extinguido milhões de anos atrás e deixado reservas desse gás congelado abaixo da superfície do planeta. Ou, talvez, parte desses organismos ainda esteja viva.
Os cientistas acreditam que o metano pode ser derivado de micro-organismos conhecidos como metanogênicos. Essas criaturas podem ter se extinguido milhões de anos atrás e deixado reservas desse gás congelado abaixo da superfície do planeta. Ou, talvez, parte desses organismos ainda esteja viva.
Outra explicação para o metano na atmosfera de Marte é que ele é produzido por fenômenos geológicos, como a oxidação do ferro.
A nave também leva uma instalação terrestre que testará tecnologias necessárias para o uso de um veículo que deve ser enviado em 2018, um passo necessário para superar os desafios práticos e tecnológicos de possíveis voos tripulados a Marte no futuro.
"Tenho certeza de que, em 20 ou 30 anos, chegará o momento no qual os humanos irão ao planeta", afirmou Thomas Reiter, diretor de Voos Espaciais Tripulados e Exploração Robótica da agência espacial.
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