Foto: Marcos Santos / USP Imagens
A queda da arrecadação, o aumento de gastos da máquina pública e o pessimismo em relação à retomada do crescimento econômico já gera baixas expectativas para o ano que vem. De acordo com levantamento da Folha de São Paulo, ao menos dez estados devem encerrar o próximo exercício com déficit primário – resultado das despesas menos receitas, descontados os juros.
Na Bahia, o déficit previsto para 2017 é de R$ 2,4 bilhões, o que fará com que o Estado dependa de empréstimos para fazer investimentos e cobrir gastos obrigatórios. "Temos tomados algumas medidas para mitigar este déficit, como redução de gastos e renegociação de contratos", diz Cláudio Peixoto, chefe de gabinete da secretaria de Planejamento da Bahia. Apesar disso, segundo Peixoto, a gestão tem conseguido manter o pagamento dos salários dos servidores em dia.
"Só não sabemos até quando. O cenário é muito ruim", admitiu. Para o vice-presidente do Instituto dos Auditores Fiscais da Bahia, Sérgio Furquim, os Estados devem começar a adotar contingenciamentos para reduzir a expectativa negativa. "Como há pouca margem para aumentar arrecadação e reduzir despesas correntes, o mais provável é que os investimentos sejam comprometidos", explicou.
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