Ex-ministro Gilberto Carvalho foi condenado | Foto: José Cruz / Agência Brasil
O Partido dos Trabalhadores (PT) foi condenado pela Justiça de São Paulo a pagar R$ 3,5 milhões por envolvimento no esquema para obter propinas de empresas do setor de transporte de Santo André (SP) no governo do então prefeito Celso Daniel, assassinado em 2002. A punição atendeu a pedido do Ministério Público paulista, que ajuizou ação civil de improbidade administrativa contra o Diretório Nacional do partido. De acordo com jornal Folha de S. Paulo, na sentença, o juiz Genilson Rodrigues Carneiro, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Santo André, afirmou que “a minuciosa apreciação da prova, não obstante o esforço e o consistente trabalho dos patronos dos demandados, conduz à segura conclusão de que no segundo mandato de Celso Daniel à frente do Poder Executivo de Santo André organizou-se e implementou-se verdadeira organização criminosa, articulada com o propósito de extorquir empresários do ramo de transporte público". O ex-ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência do governo Dilma, Gilberto Carvalho, também foi condenado por envolvimento no suposto esquema. Ele teve os direitos políticos suspensos por cinco anos e foi condenado a pagar multa equivalente a cinquenta vezes o valor da remuneração que ele recebia à época. A decisão judicial aponta, ainda, que Ronan Maria Pinto e os empresários Klinger Luiz de Oliveira Souza e Sérgio Gomes da Silva, conhecido como "Sombra", também atuaram para cobrar propinas de empresas de transporte urbano de Santo André. Apesar do ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu não ser réu na ação, ele foi apontado como um dos envolvidos nos supostos crimes. "Levando-se em conta todos os elementos carreados aos autos, é lícito concluir que José Dirceu, na qualidade de Presidente do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, drenou, para atender a interesses partidários, montante expressivo dos recursos obtidos criminosamente dos empresários do ramo de transporte coletivo do Município de Santo André", afirma o juiz na decisão.
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