Foto: Agência Câmara
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello determinou a quebra do sigilo bancário do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), após petição da Procuradoria-Geral da República que cita "fortes indícios" de envolvimento do parlamentar em fraudes com institutos de previdência de servidores públicos. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, a decisão foi emitida no último dia 27, e demonstra que a apuração está vinculada a algum depoimento em delação premiada, que tramita em segredo na Corte. O acordo de delação referente ao caso foi encaminhado em novembro de 2013 pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região e homologado pelo magistrado em março de 2014. A PGR afirma que a suspeita é de que o parlamentar, "mediante recebimento de vantagem indevida, teria atuado em diversas prefeituras em favor de esquema fraudulento de investimento nos regimes de Previdência" de prefeituras. O caso é desdobramento da Operação Miqueias, deflagrada pela Polícia Federal em setembro de 2013, quando foi identificada uma rede de empresas de fachada usadas para lavar dinheiro gerido por um dos maiores doleiros de Brasília (DF), Fayed Antoine Traboulsi. Maranhão começou a ser investigado a partir da interceptação de telefonemas de Fayed. Em um dos diálogos, ele aparece como alguém que apresentaria o doleiro a agentes públicos que poderiam fazer negócios que interessassem ao grupo alvo da apuração. O doleiro diz na gravação que ele e Maranhão poderiam "fazer um negócio bom".
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