(Foto: Agência Brasil)
O deputado federal André Moura (PSC-SE), líder do governo de Michel Temer na Câmara, disse no comício da mulher, candidata a prefeita do município de Japaratuba (SE), que irá “botar recurso” na cidade do jeito que ela quiser. “Agora, o que você quiser, eu boto recurso aqui para você fazer. Se é ambulância vai ter, se é posto de saúde vai ter, se é educação vai ter, se é asfalto vai ter, se é casa popular…”.
André disse em seu discurso que a distribuição das casas populares será uma atribuição exclusiva dele, e não do Executivo. “Nós vamos agora construir, o governo federal, o presidente da República do qual eu sou o líder, vai construir 70 mil casas populares no Brasil. Destas 70 mil, 4 mil vão ser para Sergipe. E sabe quem é o único cara de Sergipe, no meio de 2 milhões de sergipanos que existem, o único que vai distribuir aonde vão ser construídas essas 4 mil casas? André Moura. Fazer o quê? Doa a quem doer”, disse.
Explicação
André Moura alega que a gravação do discurso foi cortada e veiculada numa rádio de Aracaju que pertenceria a rivais políticos.
Sobre André Moura
Em 2015
André Moura foi denunciado pelo Ministério Público ao Supremo Tribunal Federal (STF). Foram abertos inquéritos (apropriação, desvio ou utilização de bens públicos do Município de Pirambu), no período de janeiro de 2005 a janeiro de 2007. O deputado já foi prefeito de Pirambu por dois mandatos (de 1997 a 2004). De acordo com a denúncia, ele teria continuado a usufruir de bens e serviços custeados pela administração do município, como gêneros alimentícios, telefones celulares, veículos da frota municipal e servidores que atuavam como motoristas. Em um dos inquéritos, o deputado foi denunciado por suposto crime de formação de quadrilha.
Mandato cassado
A Procuradoria Regional Eleitoral em Sergipe (PRE/SE) moveu uma ação em 2006 pedindo a cassação de André Moura, deputado estadual na época. O parlamentar chegou a perder o mandato acusado de compra de votos e uso da máquina administrativa estadual na eleição de 2006. Às vésperas das eleições daquele ano, a Polícia Federal apreendeu um carro com R$ 150 mil em dinheiro e material de campanha de André Moura. Parte desse dinheiro seria utilizado na campanha e não passou pela conta bancária específica da campanha do candidato, o que é proibido. A relatora do processo, desembargadora Susana Maria Carvalho Oliveira, votou pela cassação do mandato e lembrou que as contas da campanha de 2006 de Moura já haviam sido rejeitadas pelo próprio TRE-SE por conta desta irregularidade.
A Procuradoria Regional Eleitoral em Sergipe (PRE/SE) moveu uma ação em 2006 pedindo a cassação de André Moura, deputado estadual na época. O parlamentar chegou a perder o mandato acusado de compra de votos e uso da máquina administrativa estadual na eleição de 2006. Às vésperas das eleições daquele ano, a Polícia Federal apreendeu um carro com R$ 150 mil em dinheiro e material de campanha de André Moura. Parte desse dinheiro seria utilizado na campanha e não passou pela conta bancária específica da campanha do candidato, o que é proibido. A relatora do processo, desembargadora Susana Maria Carvalho Oliveira, votou pela cassação do mandato e lembrou que as contas da campanha de 2006 de Moura já haviam sido rejeitadas pelo próprio TRE-SE por conta desta irregularidade.
Em 2013
O juiz Rinaldo Salvino do Nascimento, da Comarca de Japaratuba, condenou o deputado por improbidade administrativa, por atos cometidos na Prefeitura de Pirambu. De acordo com o juiz, o prejuízo chegou a mais de R$ 40 mil, entre janeiro de 2005 e fevereiro de 2007, por usarem linhas telefônicas celulares pagas pela Prefeitura de Pirambu.
Lava-Jato
André Moura está sendo investigado pela Procuradoria Geral da República na Lava-Jato. Além dele, um grupo de deputados e ex-deputados aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), tornou-se formalmente investigado na Lava Jato pelos crimes de corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro. Dos nove, quatro exercem mandato: André Moura (PSC-SE), Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Altineu Côrtes (PMDB-RJ) e Manoel Júnior (PMDB-PB).
André Moura está sendo investigado pela Procuradoria Geral da República na Lava-Jato. Além dele, um grupo de deputados e ex-deputados aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), tornou-se formalmente investigado na Lava Jato pelos crimes de corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro. Dos nove, quatro exercem mandato: André Moura (PSC-SE), Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Altineu Côrtes (PMDB-RJ) e Manoel Júnior (PMDB-PB).
Foram contabilizados mais de 30 requerimentos apresentados pelos parlamentares que miravam a Schahin, pedindo contratos com a Petrobras, operações de câmbio, sinistros pagos por seguradoras, auditorias de órgãos de controle e convocações para depoimentos.
Jornal de Sergipe