Trabalhadores decidiram em assembleia na quarta entrar em greve (Foto: Sintect-SC/Divulgação)
Os trabalhadores dos
Correios decidiram em uma assembleia na noite de quarta-feira (14) entrar em greve a partir desta quinta (15), segundo a Fentec, federação que representa a categoria. A paralisação, que atinge ao menos seis estados, é por tempo indeterminado, caso as negociações não avancem.
Segundo os Correios, das bases sindicais que rejeitaram a proposta estão nos estados do Ceará, Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe. A empresa informou por nota que fez um plano de ação com horas extras e mutirões, nessas localidades, "para garantir a manutenção da prestação dos serviços".
Ainda segundo a empresa, 25 dos 36 sindicatos dos trabalhadores aprovaram a proposta de reajuste. 98,6% do efetivo da empresa, ou 114.667 empregados, não aderiram à paralisação, número apurado por meio de sistema eletrônico de presença.
A empresa informou, por nota, que as agências estão abertas e os serviços como entrega de Sedex e o Banco Postal estão disponíveis.
Onde a proposta não foi aceita
CearáFuncionários dos Correios no Ceará decidiram em assembleia entrar em greve por um período de 24 horas, até a noite desta quinta-feira (15). Conforme o sindicato da categoria, as reivindicações da categoria não foram atendidas.
Trabalhadores dos Correios em Minas Gerais aderiram nesta quinta-feira à greve nacional, segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Sintect-MG). A paralisação é por tempo indeterminado. Um ato foi realizado em Belo Horizonte durante a manhã.
A entidade, que representa 657 municípios no estado, ainda não informa o número de funcionários parados. Segundo os Correios em Minas, nesta manhã, a adesão era de 5% dos 12.743 trabalhadores no estado.
Rio Grande do Sul
Os trabalhadores dos Correios do Rio Grande do Sul também decidiram entrar em greve a partir desta quinta-feira (15) após assembleia realizada na noite de quarta-feira (14), quando rejeitaram a proposta apresentada pela empresa.
Santa CatarinaOs trabalhadores dos Correios em Santa Catarina também decidiram em uma assembleia na noite de quarta-feira, em São José, na Grande Florianópolis,
entrar em greve. Conforme o diretor de política sindical Giovani Zoboli, os representantes da entidade irão para as agências para mobilizar outros trabalhadores.
Conforme o Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Santa Catarina (Sintect-SC), o estado tem quatro mil trabalhadores dos Correios, mas a maior adesão deve ser dos carteiros, portanto, se for mantida a greve, as correspondências devem começar a atrasar.
Segundo ele, os serviços estão parcialmente suspensos. “Estamos mantendo 30% dos serviços de cada setor”.
Ainda de acordo com o presidente do sindicato, o estado possui cerca de 950 trabalhadores dos Correios, mas ainda não é possível saber quantos estão paralisados.
“Estamos lutando para manter os nossos postos de trabalho e o plano de saúde. E queremos um aumento salarial acima da inflação”, finalizou.
Ceará
Segundo os Correios, o estado também aderiu à paralização nesta quinta-feira (15).
Piauí
O estado está entre os que rejeitaram a proposta de reajuste dos Correios e aderiram à paralisação.
Onde a proposta foi aceita
AcrePor mais de 50 votos, o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos do Acre (Sintect-AC)
aceitou a contraproposta de 9% oferecida pela empresa e não aderiu a greve.
Alagoas
Os servidores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) que atuam em Alagoas decidiram, durante assembleia realizada na noite desta quarta-feira (14), em Maceió, aceitar a proposta de reajuste salarial de 9% e manter os serviços prestados à população.
Segundo o secretário do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos em Alagoas (Sintect-AL), José Balbino,
a categoria decidiu por não paralisar as atividades, mas vai manter o estado de greve para acompanhar negociações sobre privatização.
Bahia
Na Bahia, após assembleia realizada na noite de quinta-feira (14), os trabalhadores dos Correios aceitaram a contraproposta de 9% da empresa e descartaram a greve. A categoria reivindicava reajuste salarial de 15%, R$ 300 de aumento linear, R$ 45 de vale-alimentação, não a privatização da empresa e realização de concurso público para aumentar o quadro pessoal.
Goiás
O Sintec-GO, filado à Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas de Correios e Telégrafos (FENTECT) em Goiás disse que, em assembleia realizada na noite de quarta-feira (15), os trabalhadores aceitaram a proposta oferecida pelos Correios. De acordo com o sindicato e também a assessoria de imprensa dos Correios em Goiás, não haverá greve no estado.
Tocantins
No Tocantins, segundo o sindicato, os servidores fizeram assembleia nesta manhã de hoje e aceitaram a proposta nacional da empresa. Assim, não haverá greve.
Paraíba
Na Paraíba, a assembleia decidiu não entrar em greve.
A categoria quer reajuste salarial de 15%, aumento real de R$ 300 nos salários, vale alimentação de R$ 45, vale cesta de R$ 400, além da não privatização dos Correios. A categoria também solicita a implantação de itens de segurança nas agências, a exemplo de porta giratória e manutenção dos vigilantes.
O sindicato acatou apenas a contraproposta do Governo Federal em itens de segurança nas agências e contratação de pessoal e segue acompanhando as discussões nacionais em torno da proposta salarial.
Pernambuco
Os trabalhadores dos Correios em Pernambuco aprovaram proposta de Acordo Coletivo 2016/2017. Com isso, não haverá greve. Na proposta, a categoria receberá aumento salarial imediato de 6% agora e de 3% em fevereiro. Haverá, também conforme o acordo, 8,74% nos benefícios.
Rio de Janeiro
No Rio, em assembleia realizada nesta quarta, o sindicato aprovou a proposta feita pela empresa. Não há greve.
Rondônia
Ficou decidido em assembleia que não haverá greve no estado.
Do G1, em São Paulo