por Jamil Chade | Estadão Conteúdo
Foto: Fernanda Varela / Correio
A Fifa está reservando um total de US$ 261 milhões (cerca de R$ 821 milhões) obtidos como renda da Copa do Mundo de 2014 no Brasil para enfrentar uma série de processos e pagar pesadas multas que corre o sério risco de receber em diferentes tribunais.
Diante da dificuldade em conquistar novos contratos de patrocínio, analistas que fizeram um "pente fino" nas contas da Fifa nos últimos anos e apontaram que será essa reserva acumulada ainda pelo torneio no Brasil que pode salvar a entidade da falência, caso seja condenada.
Os dados fazem parte do informe financeiro da entidade que, pela primeira vez, revela detalhes sobre as pendências que a Fifa ainda tem com fornecedores no Brasil, com advogados, disputas ainda sobre ingressos, impasses com fornecedores e mesmo com casos de corrupção.
Os detalhes não são revelados pela entidade sobre em quais casos terá de arcas com multas ou penalidades. Os valores são mantidos para "cobrir vários assuntos legais com relação aos negócios centrais da Fifa". "Nenhuma informação pode ser dada por enquanto, já que disputas legais são assuntos sensíveis", indicou o informe da entidade.
A Fifa aponta que reservas são feitas e "reconhecidas" quando "uma obrigação surge de um evento passado". "É provável que a Fifa seja exigida a pagar essa obrigação e uma estimativa confiável pode ser feita sobre o valor dessa obrigação".
A Copa de 2014 foi a mais rentável da história da entidade, com lucros de mais de US$ 5 bilhões. Naquele momento, a Fifa chegou a prometer que daria US$ 100 milhões para a CBF como legado. Mas as suspeitas de irregularidades na entidade brasileira ainda impedem que o dinheiro seja liberado.
Mas o que mudou de forma dramática as contas da entidade foi a prisão de cartolas, a partir de maio de 2015. Se há alguns anos a Fifa nadava em dinheiro e distribuía presentes luxuosos a seus dirigentes, os novos números financeiros da entidade revelam uma situação bastante diferente. As perdas foram de US$ 369 milhões em 2016. Em 2015, o prejuízo foi de US$ 112 milhões e, para 2017, o buraco deverá ser ainda maior.
A entidade, que tem sua renda dependente basicamente da Copa do Mundo, espera reverter tudo isso com o Mundial de 2018, na Rússia, onde prevê uma receita de US$ 5,5 bilhões. Mas, dos 34 patrocinadores que esperava fechar, hoje conta com apenas dez deles. Entre seus dirigentes, poucos escondem que a crise é uma das mais sérias de sua história.
De acordo com o balanço financeiro da entidade, mais de US$ 70 milhões foram gastos pela Fifa apenas para pagar advogados na tentativa de se defender de processos nos Estados Unidos e na Suíça. Outros US$ 50 milhões foram gastos em custos com tribunais.
Para fazer frente a essa crise, a Fifa está retirando dinheiro de suas reservas estratégicas, criadas apenas para tempos de dificuldades. Hoje, elas estão em US$ 1 bilhão. Mas devem cair para US$ 600 milhões ao final do ano.
Diante da dificuldade em conquistar novos contratos de patrocínio, analistas que fizeram um "pente fino" nas contas da Fifa nos últimos anos e apontaram que será essa reserva acumulada ainda pelo torneio no Brasil que pode salvar a entidade da falência, caso seja condenada.
Os dados fazem parte do informe financeiro da entidade que, pela primeira vez, revela detalhes sobre as pendências que a Fifa ainda tem com fornecedores no Brasil, com advogados, disputas ainda sobre ingressos, impasses com fornecedores e mesmo com casos de corrupção.
Os detalhes não são revelados pela entidade sobre em quais casos terá de arcas com multas ou penalidades. Os valores são mantidos para "cobrir vários assuntos legais com relação aos negócios centrais da Fifa". "Nenhuma informação pode ser dada por enquanto, já que disputas legais são assuntos sensíveis", indicou o informe da entidade.
A Fifa aponta que reservas são feitas e "reconhecidas" quando "uma obrigação surge de um evento passado". "É provável que a Fifa seja exigida a pagar essa obrigação e uma estimativa confiável pode ser feita sobre o valor dessa obrigação".
A Copa de 2014 foi a mais rentável da história da entidade, com lucros de mais de US$ 5 bilhões. Naquele momento, a Fifa chegou a prometer que daria US$ 100 milhões para a CBF como legado. Mas as suspeitas de irregularidades na entidade brasileira ainda impedem que o dinheiro seja liberado.
Mas o que mudou de forma dramática as contas da entidade foi a prisão de cartolas, a partir de maio de 2015. Se há alguns anos a Fifa nadava em dinheiro e distribuía presentes luxuosos a seus dirigentes, os novos números financeiros da entidade revelam uma situação bastante diferente. As perdas foram de US$ 369 milhões em 2016. Em 2015, o prejuízo foi de US$ 112 milhões e, para 2017, o buraco deverá ser ainda maior.
A entidade, que tem sua renda dependente basicamente da Copa do Mundo, espera reverter tudo isso com o Mundial de 2018, na Rússia, onde prevê uma receita de US$ 5,5 bilhões. Mas, dos 34 patrocinadores que esperava fechar, hoje conta com apenas dez deles. Entre seus dirigentes, poucos escondem que a crise é uma das mais sérias de sua história.
De acordo com o balanço financeiro da entidade, mais de US$ 70 milhões foram gastos pela Fifa apenas para pagar advogados na tentativa de se defender de processos nos Estados Unidos e na Suíça. Outros US$ 50 milhões foram gastos em custos com tribunais.
Para fazer frente a essa crise, a Fifa está retirando dinheiro de suas reservas estratégicas, criadas apenas para tempos de dificuldades. Hoje, elas estão em US$ 1 bilhão. Mas devem cair para US$ 600 milhões ao final do ano.
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