O presidente Michel Temer deverá ser investigado em pelo menos dois inquéritos na Operação Lava Jato ao terminar o mandato em dezembro de 2018. Um dos casos deve ser de responsabilidade do juiz Sergio Moro, em Curitiba, e o outro deve ser julgado pela Justiça Federal em São Paulo.
De acordo com informações do jornal Valor Econômico, será necessário apenas um pedido do Ministério Público à Justiça para incluir o nome do presidente nas investigações.
De acordo com investigadores ouvidos pelo jornal, Temer teria papel fundamental no arrecadamento de recursos ilícitos pelo PMDB. Temer ainda não responde por inquérito na Lava Jato pois, para a Procuradoria-Geral da República (PGR), ele não pode ser investigado por fatos anteriores ao seu mandato. Porém, a PGR ressaltou que se trata de uma “imunidade temporária”, que acaba no fim do mandato do presidente.
A investigação contra Temer usa trechos da delação de Márcio Faria da Silva, ex-presidente da Odebrecht Engenharia Industrial. No depoimento ele afirmou que Temer teria comandado uma reunião, em 2010, na qual se acertou o pagamento de propina de R$ 40 milhões ao PMDB. O valor seria o de 5% de um contrato da Odebrecht com a Petrobras.
Após a revelação das informações dessa delação, Temer divulgou uma nota na qual afirmou que “jamais tratou de valores” com Márcio Faria.
Jornal do Brasil
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