FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira (3), na Bahia, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), um dos políticos mais próximos ao presidente Michel Temer. Geddel foi ministro da Integração Nacional durante o governo Lula (2007-2010) e da Secretaria-Geral de Governo na gestão Temer (maio a novembro de 2016).
No dia 13 de junho, Geddel antecipou-se a um possível pedido de prisão contra ele pelo Ministério Público Federal (MPF) e colocou o passaporte e sigilo bancário à disposição do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Geddel foi citado nas delações da JBS como um dos interlocutores do empresário Joesley Batista com Temer.
A Polícia Federal deflagrou em janeiro a operação Cui Bono? (”A quem beneficia?”, em latim), que mirava Geddel e sua gestão na vice-presidência de pessoa jurídica na Caixa Econômica Federal, entre 2011 e 2013. A PF suspeita de esquema de fraudes na liberação de créditos no período.
A investigação começou a partir de elementos colhidos em um antigo celular do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em 15 de dezembro de 2015, a PF realizou buscas na casa de Cunha e apreendeu o telefone no qual estavam armazenadas mensagens trocadas com Geddel.
Também fazem parte do esquema, segundo a investigação, empresários e dirigentes de empresas dos ramos de frigoríficos, de concessionárias de administração de rodovias, de empreendimentos imobiliários, além de Lúcio Bolonha Funaro, operador do mercado financeiro. Os investigadores suspeitam que o grupo tenha praticado crimes de corrupção, quadrilha e lavagem de dinheiro.
A investigação corria no STF, mas quando Geddel perdeu o cargo de ministro o caso passou a tramitar na primeira instância.
O mandado de prisão foi assinado pelo juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal. A ordem foi cumprida na tarde desta segunda, segundo a Procuradoria no DF.
GAZETA DO POVO
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