Cotado para ser um dos principais nomes da diretoria que assume a Polícia Federal a partir da semana que vem, o delegado Sandro Avelar tentou ser deputado federal em 2014 pelo PMDB, mesmo partido do presidente Michel Temer.
Sandro Avelar não era um político tradicional. Delegado de carreira, ele era secretário de segurança do governo do Distrito Federal, então comandado pelo petista Agnelo Queiroz. Já o principal nome do PMDB naquele governo era Tadeu Filippelli, então vice-governador e próximo de Temer.
Agnelo e Filippelli chegaram a ser presos neste ano, pela Polícia Federal, em razão de suspeitas de receber propina quando estavam no governo.
Sandro Avelar é cotado para assumir a diretoria executiva, cargo da cúpula considerado uma espécie de número 2 de Fernando Segóvia, indicado por Temer na semana passada.
Em 2014, Avelar decidiu tentar ser candidato a deputado federal pelo PMDB e obteve 21.888 votos. Não foi suficiente para ser eleito, mas ficou como segundo suplente da chapa.
No total, sua campanha recebeu R$ 460 mil de doações. A metade veio do próprio PMDB.
Como o Estadão mostrou, parte desse dinheiro veio direto da campanha do presidente Michel Temer, então candidato a vice de Dilma. Foram cerca de R$ 11,6 mil doados ao candidato.
Avelar ainda recebeu R$ 20 mil da Taurus. Fabricante brasileira de armas, a empresa já disputou no passado com a Glock contratos na PF.
A Taurus é uma tradicional doadora de candidatos na área de segurança pública, como era o caso de Sandro Avelar.
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