Uma juíza de Sergipe afirmou que delegadas, advogadas e até servidoras do Judiciário já foram submetidas a um “teste do sofá” no ambiente de trabalho.
As declarações ocorreram no ano passado, durante o painel “Gênero e a Feminização da Magistratura” no XXIII Congresso Brasileiro de Magistrados.
“Meus colegas fazem às vezes o teste do sofá”, disse a juíza Patrícia Cunha Paz Barreto de Carvalho, em maio de 2018.
E emendou: “Ouço a história de várias carreiras, de delegadas, advogadas, advogadas com juízes, para uma liminar, servidoras, teste do sofá”.
No evento, a magistrada completou que as situações ocorrem de modo velado e escondido.
Para choque do público, que fez burburinho, ela seguiu dizendo que “é muito delicado o tema, e não vem à tona. A gente ouve. Lógico que não vem a público. De repente você tem uma amiga servidora, então ela se sente à vontade para dizer. Mas é uma coisa velada, escondida, privada”.
Procurada pela coluna, a magistrada não quis comentar as denúncias que fez. “Isto é objeto de estudo somente em cursos que tratam do assunto”, sobre “as várias dificuldades das mulheres magistradas”, afirmou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário