A Taurus, maior fabricante de armas leves do Brasil, segundo o portal Infomoney, fechou empréstimo com o BNDES em 31.9 milhões em 2013, para pagar até 2020. Este mesmo financiamento foi reduzido para 9,9 milhões em acordo com as partes. Curioso é que este tipo de empréstimo é proibido e não houve nenhuma contestação de nenhum partido em nenhuma época.
Mas outros empréstimos ainda foram feitos. Para driblar a proibição, o BNDES, desde 2002, fazia empréstimos indiretos. Os bancos que participavam mais comumente do combinado foram Banco do Brasil e Banco do Rio Grande do Sul. Ao todo, foram 73 contratos de financiamento indiretos que ajudaram a transformar a empresa na maior e na que mais exporta armas daqui para todo o mundo. O dinheiro público brasileiro ajudou a fabricar armas mortais.
A relação entre a Taurus e os políticos vem de longe. Só para ficar num exemplo, segundo o Infomoney, o ministro Onyx Lorenzoni teve campanhas políticas financiadas pela fabricante de armas. Foram 310 mil para as três campanhas de deputado federal e mais 150 mil para sua candidatura a prefeito de Porto Alegre.
Se os governos petistas foram os alavancadores econômicos da Taurus, foi da campanha de Bolsonaro para cá que a empresa teve seu maior lucro. Enquanto o candidato fazia arminha com as mãos, as ações da fabricante de armas chegaram a 500% de subida na Bolsa de Valores. Nunca antes em toda a história da nação a empresa faturou tanto.
Enquanto a ira ideológica impera sobre os debates políticos na polarização da suposta direita contra a pseudo esquerda, nosso BNDES vai contribuindo para aumentar o faturamento de empresas nos diversos governos. A última coisa que olham é para fanatismos. É o nosso estado voltado para os grandes e, em todos os governos, usando a classe média como financiadora da corrupção e do aumento do PIB dos grandes investidores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário