por Sylvia Colombo | Folhapress
Foto: Reprodução/G1
O líder opositor venezuelano, Juan Guaidó, acredita que haja infiltrados dos regimes da Venezuela e de Cuba nos protestos recentes que sacodem a América do Sul. O objetivo, segundo ele, seria desestabilizar governos neoliberais.
"Temos fortes indícios de figuras infiltradas", disse à reportagem por telefone. "Estamos investigando e há evidências, ainda que as manifestações de cada país tenham sua natureza própria e origens distintas."
De acordo com Guiadó, o presidente equatoriano, Lenín Moreno, apontou que havia "elementos que não faziam parte do conjunto de manifestantes indígenas" nos protestos que deixaram oito mortos e mais de 1.300 feridos na primeira quinzena de outubro.
Outro exemplo citado por ele é a Colômbia, em que ativistas estão nas ruas desde a greve geral que reuniu 250 mil pessoas no dia 20. "Sabemos que a ditadura de [Nicolás] Maduro está entregando ouro do arco mineiro venezuelano para financiar a guerrilha do ELN [Exército de Libertação Nacional] e para os dissidentes das Farc [Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia]."
Quatro pessoas morreram e mais de 2.800 ficaram feridas desde o início dos protestos nas ruas colombianas.
Quando atendeu a reportagem, Juan Guaidó havia acabado de telefonar ao presidente eleito do Uruguai, o centro-direitista Luis Lacalle Pou -que levou a oposição novamente ao poder depois de 15 anos.
"Ele se mostrou pronto a nos apoiar", disse ele. A nova gestão no Uruguai propõe uma mudança de posição em relação à Venezuela: enquanto o governo da centro-esquerdista Frente Ampla defendia uma política de não-ingerência e respeito à soberania do país caribenho, o presidente eleito já afirmou que atuará com mais força no Grupo de Lima para pressionar pela saída de Maduro do poder.
Em janeiro, Guaidó enfrenta eleições internas na Assembleia Nacional, depois de um ano como presidente do órgão, e disse "ter certeza" que "a ditadura tentará algo para inviabilizar minha reeleição, que já está acordada com os congressistas".
"Mas nós enfrentaremos como viemos enfrentando tudo ao longo do ano, com a dificuldade de que a crise humanitária está cada vez mais grave."
Guaidó também comentou o entrevero que teve no Twitter com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem chamou de "ladrão condenado" depois de ser acusado de "golpista apoiado pelo mundo inteiro".
"Você e Maduro foram partícipes do saque a nossos povos através da Petrobras, Odebrecht e PDVSA", escreveu o venezuelano.
À reportagem, ele disse que não se arrepende do tom nem do conteúdo das postagens porque se baseia "na Justiça brasileira, que voltou a condenar Lula". "É um homem que tem uma condenação por corrupção que afetou muito o meu país, causou muito dano para a Venezuela e vem me falar da minha legitimidade?"
"Temos fortes indícios de figuras infiltradas", disse à reportagem por telefone. "Estamos investigando e há evidências, ainda que as manifestações de cada país tenham sua natureza própria e origens distintas."
De acordo com Guiadó, o presidente equatoriano, Lenín Moreno, apontou que havia "elementos que não faziam parte do conjunto de manifestantes indígenas" nos protestos que deixaram oito mortos e mais de 1.300 feridos na primeira quinzena de outubro.
Outro exemplo citado por ele é a Colômbia, em que ativistas estão nas ruas desde a greve geral que reuniu 250 mil pessoas no dia 20. "Sabemos que a ditadura de [Nicolás] Maduro está entregando ouro do arco mineiro venezuelano para financiar a guerrilha do ELN [Exército de Libertação Nacional] e para os dissidentes das Farc [Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia]."
Quatro pessoas morreram e mais de 2.800 ficaram feridas desde o início dos protestos nas ruas colombianas.
Quando atendeu a reportagem, Juan Guaidó havia acabado de telefonar ao presidente eleito do Uruguai, o centro-direitista Luis Lacalle Pou -que levou a oposição novamente ao poder depois de 15 anos.
"Ele se mostrou pronto a nos apoiar", disse ele. A nova gestão no Uruguai propõe uma mudança de posição em relação à Venezuela: enquanto o governo da centro-esquerdista Frente Ampla defendia uma política de não-ingerência e respeito à soberania do país caribenho, o presidente eleito já afirmou que atuará com mais força no Grupo de Lima para pressionar pela saída de Maduro do poder.
Em janeiro, Guaidó enfrenta eleições internas na Assembleia Nacional, depois de um ano como presidente do órgão, e disse "ter certeza" que "a ditadura tentará algo para inviabilizar minha reeleição, que já está acordada com os congressistas".
"Mas nós enfrentaremos como viemos enfrentando tudo ao longo do ano, com a dificuldade de que a crise humanitária está cada vez mais grave."
Guaidó também comentou o entrevero que teve no Twitter com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem chamou de "ladrão condenado" depois de ser acusado de "golpista apoiado pelo mundo inteiro".
"Você e Maduro foram partícipes do saque a nossos povos através da Petrobras, Odebrecht e PDVSA", escreveu o venezuelano.
À reportagem, ele disse que não se arrepende do tom nem do conteúdo das postagens porque se baseia "na Justiça brasileira, que voltou a condenar Lula". "É um homem que tem uma condenação por corrupção que afetou muito o meu país, causou muito dano para a Venezuela e vem me falar da minha legitimidade?"
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