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quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Votação de vetos de ACM Neto expõe tensão entre vereadores

por Fernando Duarte
Votação de vetos de ACM Neto expõe tensão entre vereadores
Foto: Antonio Queirós / Divulgação / CMS
Após sobrestarem a pauta da Câmara por alguns poucos dias, os vetos do prefeito ACM Neto à lei que regulamenta a atividade de aplicativos de transporte individual foram mantidos em uma tumultuada sessão nesta quarta-feira (6). Até o dia anterior, havia uma articulação para que fosse adiada a apreciação das modificações do texto aprovado, porém, no meio do processo, as votações foram confirmadas para ontem. E sobrou tensão durante a sessão, já que motoristas de táxi e de aplicativos se amontoavam no espaço destinado à população no Legislativo soteropolitano.

Até aqui, nada fora do padrão. O ponto fora da curva foi a exposição de uma fratura entre os vereadores e, em especial, na relação da vereadora Lorena Brandão (PSC) com a base aliada. Em um áudio que circulou nas redes sociais, a relatora do projeto na Câmara apareceu criticando a manutenção dos vetos e, de alguma forma, incitando protestos para que o projeto fosse mantido como aprovado pelos pares. Foi a senha para que a oposição se aproveitasse dessa fragilidade e tentasse impor uma derrota ao prefeito ACM Neto. Pelo menos era esse o esforço, que acabou frustrado, como sabemos.

Parte das eventuais dificuldades para manter os vetos estava sendo creditada ao líder do governo, Paulo Magalhães Jr. (PV). A liderança tem sido criticada há algum tempo e a “falta de pulso” do verde é citada com frequência para as ligeiras derrapadas da base aliada na Câmara. O relato dos vereadores, no entanto, é que dessa vez a “culpa” não pode ser integralmente dada a ele. Magalhães Jr. até estava buscando manter os vetos, porém foi o desacordo na reunião do colégio de líderes – que não tinham chegado a um consenso para a data da votação – e o áudio de Lorena Brandão que quase entornaram o caldo.

Mesmo o presidente da Câmara, Geraldo Jr., que em algumas oportunidades tem utilizado “fogo amigo” para mostrar independência da Casa, pareceu pouco satisfeito com a forma com que motoristas e alguns edis estavam se comportando. O dirigente chegou a pedir que o líder do governo apresentasse instantaneamente um projeto que versasse sobre taxistas, uma promessa do processo de tramitação da regulamentação dos aplicativos que ainda não foi cumprida. Geraldinho não falou claramente, mas deixou a insatisfação implícita. O “racha” entre os vereadores é algo que incomoda o presidente tanto quanto os prints vazados de conversas entre edis que reclamavam de uma suposta “traição” que poderia imputar responsabilidades indevidas aos membros da Câmara pelas posturas da prefeitura.

No entanto, o Palácio Thomé de Souza não pareceu mobilizado para manter os vetos por acreditar que a base estava coesa. Tanto que alguns vereadores criticaram a ausência de “um telefonema” para “pedir” que o texto ficasse sem novas alterações na Câmara. O problema, então, foi remediado, já que todos foram mantidos sem grandes problemas na votação. Alguma lição, todavia, deve ter sido aprendida. Tanto pela prefeitura, que viu ameaçada a integridade do bloco de aliados, quanto pelos vereadores, que acabaram expostos por uma “briga” entre os pares. Entre mortos e feridos, salvaram-se todos. Mas todos saíram insatisfeitos.

Este texto integra o comentário desta quinta-feira (7) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para as rádios Irecê Líder FM, Clube FM, RB FM, Valença FM e Alternativa FM Nazaré.

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Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
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