O
ministro da Saúde Marcelo Queiroga se posicionou contrário à quebra de
patentes de vacinas contra a Covid-19. O pronunciamento aconteceu durante o seu
depoimento na CPI da pandemia na tarde desta quinta-feira (6), após uma
provocação do senador Rogério Carvalho (PT-SE).
Segundo o
titular da pasta, que é médico a quebra de patentes pode “interferir de maneira
negativa” na aquisição de novas doses, principalmente porque fabricantes como a
Pfizer e Janssen, que têm termos assinados com o governo brasileiro, são
contrários à medida.
“Meu
temor é de não termos condições, mesmo com a quebra da patente, produzir essas
vacinas aqui no Brasil. Como nosso programa está calcado em vacinas como a Pfizer,
como a Janssen, isso pode interferir de maneira negativa no aporte de vacinas
para o programa nacional de imunização”, alegou Queiroga, ponderando que o
assunto “carece de análise mais detida”.
A quebra
de patentes é uma medida defendida internacionalmente que poderá permitir aos
países em desenvolvimento o acesso às tecnologias e, assim possam produzir
imunizantes desenvolvidos por farmacêuticas em todo mundo de forma facilitada.
Nesta
quarta-feira (5), os Estados Unidos defenderam a quebra de patentes na
Organização Mundial do Comércio (OMC) e afirmou, através da sua representante
na instância da ONU, que vai defender a medida. Países como a África do Sul e a
Índia também apoiam a questão.
Por Fram Marques, Jornalista DRT 2308 /MTB-SE / Radialista Mara Ryan
FONTE: BAHIA NOTÍCIAS / BRUNO LEITE
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