A previsão dos meteorologistas é de pouca chuva no semi-árido nordestino em 2013. Segundo os especialistas, o prognóstico para os meses de março, abril e maio é de um inverno abaixo do normal nessa região, mas acima da média no litoral.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (22), após “IV Reunião de Análise Climática para a Região Nordeste do Brasil 2013”, que aconteceu na sede da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), na Região Metropolitana de Natal.
Durante a reunião, que acontece desde a última quinta-feira (21), foram analisadas as condições regionais da pluviometria e globais dos oceanos e da atmosfera, assim como os resultados de modelos numéricos de previsão sazonal, visando elaborar o prognóstico climático para o trimestre (março, abril e maio), deste ano, sobre o setor norte da região Nordeste.
Os especialistas do Nordeste estimam uma tendência com categoria abaixo do normal tendo a maior probabilidade de ocorrência (40%), categoria normal (35%) e acima do normal (25%). Mesmo com essa previsão, não existem sinais evidentes se o Nordeste terá um ano de chuvas normais ou não. Ainda segundo a previsão, os parâmetros observados, como as águas dos oceanos Pacífico e Atlântico, as Zonas de Leste e a atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), não são suficientes no momento para uma conclusão.
De acordo com dados do relatório “tanto na região semi-árida como na faixa Leste tem como característica a alta variabilidade espacial e temporal nos índices pluviométricos, o que pode ocasionar que em algumas localidades a quantidade de chuva pode ser menor do que em outras. E por isso é de fundamental importância o acompanhamento das previsões do tempo da sua região e do monitoramento contínuo das condições oceânico-atmosféricas sobre as Regiões oceânicas”.
Os meteorologistas observaram no oceano Pacífico Equatorial condições de neutralidade em termos de Temperatura da Superfície do Mar (TSM). Já no oceano Atlântico Tropical Norte e próximo à costa da África, “ressalta-se a presença de anomalias de TSM, com valores em torno de 0,5 oC”.
O encontro contou a participação de meteorologistas de todo o Nordeste, além de representantes de órgão como o CPTEC/INPE e INMET, por meio de áudio-conferência. A próxima reunião de Análise Climática será em Recife, coordenada pela Agência Pernambucana de Água e Clima (APAC), em março.
Fonte: JC Online