Fiéis da igreja evangélica Batista de Cristo do município de Cabedelo, localizado na região metropolitana de João Pessoa, tomaram um susto na noite dessa terça (30) quando chegaram para assistir ao culto. O prédio onde se reuniam estava arrombado e um novo cadeado impedia o acesso dos fiés, provocando confusão na frente da igreja.
O arrombamento da fechadura e a colocação de cadeados foram feitos pelo candidato a vereador derrotado nas úlitmas eleições, o comerciante Tarcísio Ribeiro da Silva (PP), conhecido como Ciso, proprietário do imóvel. De acordo com o secretário da Igreja Batista de Cristo, conhecido como Ivan, o prédio foi cedido para a realização dos cultos na última campanha eleitoral pelo então candidato, em forma de promessa de campanha.
O pastor revoltado foi denunciar o caso à 12ª Delegacia Distrital porque no prédio ficaram presos os equipamentos de som usados durante os cultos. “Ele não nos procurou para negociarmos porque queríamos um prazo para conseguir uma nova sede e retirar nossos equipamentos”, reclamou.
O religioso contou que o candidato teria procurado o pastor Jorge da Igreja e oferecido o local, dizendo que tinha visto a dificuldade que estavam tendo em reunir-se. Os cultos estavam acontecendo na casa de fiéis ou na do próprio pastor.
“Ele nos ofereceu o prédio durante a campanha e agora como não foi eleito resolveu tomar e da pior maneira, arrombando a porta, colocando novos cadeados e sumindo com as chaves. Ele nos enganou”, denunciou. O funcionário da igreja disse, ainda, o pastor denunciará o caso ao Tribunal Regional Eleitoral porque considera de crime eleitoral.
O candidato teve 307 votos e não conseguiu elerger-se e defendeu-se dizendo que não havia feito promessa eleitoral, mas que tinha oferecido o prédio porque foi procurado pelo pastor que teria lhe pedido ajuda. “Eu disse que ele podia ficar lá até que resolvesse a situação e fui trabalhar na minha campanha”, defendeu-se.
O candidato derrotado disse, ainda, que só pediu o prédio porque soube que o pastor estava fazendo um abaixo-assinado para tomar o imóvel. “Eu disse pastor deixe meu prédio e ele disse que ia procurar um advogado e ir para a Justiça”.
O comerciante negou que tenha cedido o prédio durante a campanha com intenções eleitoreis, mas que o fez com o ‘coração’. “Não tem nada a ver com política, mas depois que passou a campanha o procurei para conversar sobre um preço para aluguel e ele estava sempre se esquivando”, alegou.
Portal Correio