O senador Eduardo Amorim (PSC-SE) esteve na manhã da quarta-feira, 12, em audiência com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para reivindicar a autorização de limites orçamentários para empenho de suas emendas individuais de 2012, como também, empenho da segunda etapa do Hospital do Câncer de Sergipe, orçado em R$ 25 milhões.
“A ministra Ideli mostrou-se sensibilizada com as propostas apresentadas, principalmente, com a do Hospital do Câncer. Com os atrasos vários diagnósticos deixam de ser realizados e vidas são perdidas”, informou Eduardo Amorim.
Segundo o parlamentar não adianta apresentar as emendas e deixá-las soltas, existe uma peregrinação aos diversos ministérios para que os projetos sejam concretizados. “Sempre explicamos como determinado projeto transformará a realidade com mais benefícios para as pessoas. Se disponibilizamos infraestrutura onde não existe já estamos colaborando”, disse o senador.
A ministra averiguou as emendas dos diversos municípios de Sergipe e deverá conceber encaminhamento. Eduardo Amorim solicitou, ainda, a liberação do financeiro “restos a pagar” dos contratos com medições, ou seja, aqueles já iniciados. “Queremos garantir que as obras tenham andamento e que as pessoas confiram as finalizações em suas cidades”, disse Amorim.
Proinveste
Na audiência com Ideli Salvatti, o senador mostrou um demonstrativo da situação fiscal do Estado de Sergipe, como por exemplo, os últimos empréstimos contraídos de 2009 a 2012. Segundo ele, os valores ultrapassam R$ 1 bilhão; já os juros, encargos e amortizações da dívida também chegam quase R$ 1,5 bilhão. “Faço a seguinte indagação: com todos esses empréstimos contraídos será que os sergipanos usufruem de uma Saúde, Educação e Segurança dignas como manda a Lei? Não é isso que observamos”, disse Amorim.
“A solução para o Governo seria iniciar o processo de enxugamento da máquina e não ter como última saída à contratação de mais um empréstimo. Essa atitude é de quem não se preocupa com as gerações futuras. Nunca na história do nosso Estado estivemos tão endividados”, completou Eduardo Amorim.
Detentos do presídio Senador Leite Neto, situado em Nossa Senhora da Glória, iniciaram no final da manhã de ontem, 16, uma nova rebelião.
Familiares dos rebelados informam que a manifestação se deu devido à demora ao começar a visita. Além disso, eles comentaram que os detentos estão passando por uma situação humilhante e este talvez seja um dos motivos reivindicatórios.
Dois agentes penitenciários, Fernando Almeida e outro conhecido por “Tenso”, foram atingidos por tiro, um quando foi abrir a cela denominada de “Horta”, e o outro, provavelmente, ao tentar conter a manifestação. Outros dois agentes foram mantidos como reféns. Os feridos foram encaminhados ao Hospital Regional de Glória e serão levados ao Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE).
Os rebelados destruiram parcialmente algumas dependências da unidade, conseguiram a chave do local onde são guardadas as armas e, por volta das 14h30, queimaram colchões em uma das guaritas e dispararam diversos tiros, apavorando todos que se encontravam nas imediações da unidade carcerária. Os policiais da Caatinga estão tentando conter a movimentação.
Durante toda à tarde de ontem, 16, houve as negociações, com a chegada do Secretário de Estado da Justiça, Benedito Figueiredo e o Capitão da Companhia de Operações Especiais (COE), Henrique. Algumas mulheres e crianças foram liberadas. Com a chegada do corpo de Bombeiros as chamas que atingiram o setor administrativo do presidio foram contidas. O Secretário de Estado da Justiça em conversa com os presos, pede que não haja nenhuma tentativa de fuga, porque não irão conseguir, e fala um pouco da verdadeira causa dessa rebelião.
“Não há reivindicação com isso, não foi uma rebelião, foi uma tentativa de fuga [...] Os familiares estavam ali, com isso pegaram os reféns e tentaram fugir pela porta principal [...] mas graças aos agentes penitenciários eles foram barrados; inclusive, houve troca de tiros [...] essas pessoas é que temos que elogiar, por evitarem que cento e poucos presos estivessem agora aos redores dos municípios que se limitam aqui em Glória [...]”, destacou Benedito Figueiredo.
As negociações foram suspensas e retornam hoje, 17, pela manhã. No momento, se encontra reféns dois agentes penitenciários e aproximadamente cinquenta familiares.
A banda Harmonia do Samba, que tinha show confirmado para este sábado (15), na cidade de Itaberaba, teve a apresentação adiada por causa de um grave acidente com um dos veículos que transportava os equipamentos de som da equipe. A banda havia feito um show no dia anterior na cidade de Guaibim, o comboio com os veículos pegou a estrada em destino a Itaberaba. Ao chegar na cidade e se instalar, se deram conta da falta do veículo. A produção tentou contato com o motorista pelo celular mas não obteve retorno. Por volta das 15h30, veio a confirmação de que o veiculo perdeu o controle e capotou próximo à cidade de Andaraí, vitimando fatalmente o motorista. O show foi adiado para o dia 23/12 e, segundo informações dos organizadores do evento, ainda não tem local definido para realização. Em contato com a redação do Bocão News, a assessoria da banda Harmonia do Samba se solidarizou com a família da vítima e esclareceu que o motorista não tinha nenhum vínculo com o grupo de pagode. Foi contratado pelos organizadores do evento para fazer o transporte dos equipamentos de som da banda.
O prefeito Ednaldo Barros (PSDB), reeleito para administrar o município de Sento Sé, foi afastado do cargo por uma decisão da Justiça Federal. Além disso, perdeu os direitos políticos durante cinco anos e foi multado em R$ 95 mil. Barros foi acusado de não realizar a perfuração em pelo menos 20 poços artesianos, mesmo tendo firmado convênio com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e recebido R$ 237 mil para realizar a ação. Em sua decisão, o juiz federal em Juazeiro, Eduardo Gomes Cargueja sentencia que “dado o valor do convênio, se considerado que se trata de Município pobre, e a finalidade de importante repercussão socioeconômica, determino a perda da função pública”. Ele aponta ainda que “há razão suficiente para que se suspendam os direitos políticos por cinco anos, metade da previsão legal, porém suficiente para que seja necessária uma nova aproximação com o eleitorado”. Com a decisão, o vice-prefeito eleito Manoel da Paixão Reis (PSDB) deve tomar posse em janeiro.
Pablo é um fenômeno. Desde que iniciou a carreira, com o grupo Asas Livres, o cantor transformou o arrocha em um movimento musical e desmitificou a ideia de que o ritmo seria “vulgar”. Rotulado como “A Voz Romântica”, o artista encantou públicos de diferentes classes e gostos e se tornou atração principal em eventos. Ele é padrinho da banda de arrocha universitário Kart Love, cujo vocalista já foi chamado por alguns de “Príncipe do Arrocha”. Logo, seria Pablo o “Rei”? Ele acredita que não. E nem que seja o criador. “A mídia gosta de me patentear como o criador. Mas eu costumo dizer que quem criou o estilo foi o povo”, avaliou. Em entrevista ao Bahia Notícias, o cantor falou da saída do Asas Livres, sobre como trabalhou o estilo musical ao longo dos tempos e sobre o polêmico atraso em show na cidade de Una, no sul da Bahia, em que o público queimou o seu carro de som. O arrocheiro aproveitou para falar da gravação de seu primeiro DVD Oficial, que contará com participação de Daniela Mercury, Gaby Amarantos, Claudia Leitte, Alinne Rosa e Tatau. Confira!
Bahia Notícias – Você começou cantando no Asas Livres. E foi aquele estrondo, aquele sucesso. Por que você revolveu deixar o grupo?
Pablo – Olha só, meu contrato tinha vencido e eu não quis renovar. Então nós resolvemos fazer outra formação, “Pablo e Grupo Arrocha”. Isso para a gente manter o nome do arrocha. E demos continuidade ao trabalho juntamente com o parceiro que dividia o palco comigo, Nelsinho.
BN – Mas esse “Pablo e Grupo Arrocha” não é o mesmo Pablo de hoje?
P – Não. Hoje a gente trabalha “Pablo, a Voz Romântica”. A gente colocou “Pablo e Grupo Arrocha” na época e depois dessa formação, que o meu parceiro que cantava comigo resolveu sair, a gente montou o “Grupo Arrocha”. Só “Grupo Arrocha”. Depois desta formação, eu resolvi fazer carreira solo. Antigamente eu tinha envolvimento com empresário, produtora, mas eu resolvi sair e montar minha própria produtora.
BN – Quando você saiu do Asas Livres, passou um tempo sumido, mesmo que você estivesse fazendo shows. E agora você volta como Pablo, com outdoors na rua, todo mundo comentando. Está um fenômeno novamente, como aconteceu com Asas Livres. O que é que mudou do Pablo do Asas Livres para o Pablo de agora?
P – Bom, a linha romântica continua a mesma. Eu digo que as coisas aconteceram naturalmente. Logo depois da minha saída da gravadora, as coisas aconteceram. Nós fizemos um trabalho carreira solo, o “Pablo, a Voz Romântica” e eu digo que voltamos aquele “boom” da época do Asas Livres. E hoje posso dizer até que está bem melhor. Hoje o arrocha está bem aceito no mercado, porque antigamente tinha aquela coisa das críticas da classe A e tudo mais...
BN – Exatamente! É algo que a gente se pega pensando. Quando o arrocha começou, era tido como ritmo vulgar. E hoje um show de Pablo está cheio de patricinha. Como você acha que se deu essa mudança, por que que isso aconteceu? Foi algo natural essa migração de públicos?
P – Realmente foi uma coisa natural. E pela persistência da gente também em manter uma linha romântica. As pessoas tiraram esse foco de que o arrocha é uma coisa, como você acabou de falar, imoral. As pessoas tinham essa impressão do movimento. Mas se deram conta de o arrocha é um estilo romântico, que agrada a todos os públicos, todas as classes, todos os gostos. Hoje em dia, a gente vê criança curtindo o arrocha. A classe A também. Enfim, todos abraçaram com muito carinho o trabalho, grandes artistas de grandes nomes também. Todo mundo cantando e gravando o arrocha. Então, a gente vê um trabalho que começou do zero, hoje crescendo a cada dia, evoluindo e pra mim é muito gratificante.
BN – Você falou dos artistas que cantam o arrocha. O que a gente tem visto não é exatamente uma migração, mas por exemplo: Alinne Rosa está com uma música de trabalho que é arrocha, Parangolé agora também. Você acha que de certa forma isso é bom ou tira um pouco o espaço de outros cantores de arrocha?
P – Não, claro que não. Eu vejo isso como outro mercado se abrindo, outras portas se abrindo. Porque assim, grandes artistas como Léo (Santanna), a Claudinha (Leitte), como a Alinne (Rosa), Ivete (Sangalo), todo mundo abraçando esse movimento, eu acho que abre as portas também. Leva o nome da gente para um nível nacional. E isso é muito bacana para fortalecer o movimento.
BN – Você se considera o precursor do arrocha? Quem começou tudo?
P – Bom, geralmente a mídia gosta de me patentear como o criador. Mas eu costumo dizer que quem criou o estilo foi o povo. Porque veio de uma expressão sim, de uma expressão que logo no início eu falava no Asas Livres, “Arrocha”, que seria arrocha para os rapazes dançarem agarradinhos, para chamar as meninas para dançarem coladinho, uma dança mais sensual. Antigamente era seresta, e as pessoas já não diziam “Vamos para a seresta” e sim “Vamos para o arrocha”. “Hoje vai ter arrocha, hoje vai ter Pablo”. E as pessoas foram dando este nome ao movimento que hoje está aí.
BN – Eu te perguntei sobre o arrocha ter chegado à classe A. Eu queria que você dissesse por que você acha que aconteceu esse alcance na classe A. Se deu até por conta do arrocha universitário? Você acha que tem alguma relação? Porque agora está na moda “tudo universitário” e atinge essa classe, não é?
P – Bom, soma também bastante esse lance do arrocha universitário. Então eu acho que abriu um pouco a cabeça dos adolescentes. A galera de faculdade fazendo arrocha, aquela coisa toda. Eu acho que abriu as portas também para quebrar esse preconceito.
BN – O que você acha desse arrocha universitário? Qual a diferença do arrocha universitário para o tradicional?
P – Bom, o arrocha mesmo, raiz assim, é um arrocha na linha mais romântica. O arrocha universitário, que até o Michel Teló também está fazendo, o Gusttavo Lima, enfim essa galera do “Camaro Amarelo”, aquela coisa toda, eu acho bacana porque, como eu falei agora pouco, eles estão levando o nome para o Brasil. O arrocha universitário também só serviu para fortalecer o movimento.
BN – Você é o padrinho da banda Kart Love. Como aconteceu essa parceria, como é que veio esse convite de você ser padrinho da banda?
P – O [Lucas] Kart é louco pelo meu trabalho, louco por mim. E como ele tava começando, entrou em contato com nossa produtora e pediu para meu empresário falar comigo, para eu fazer uma participação, que era o sonho dele e tal. E ai, eu fiquei adiando. E depois resolvi fazer. Ele é fã e canta todas as minhas músicas no show e tal. Aí, eu disse: “Ah, vou fazer essa participação no CD de trabalho deles”. E eu conheci o Kart, é um cara super gente fina. Então, eu apadrinhei.
BN – Inclusive deu o título a ele de “Príncipe do Arrocha”.
P – É verdade. (risos)
BN – Você seria o “Rei do Arrocha”?
P – Não me considero, não.
BN – Então, por que o Lucas (Kart) é o “Príncipe do Arrocha”, com tantos outros cantores de arrocha por aí também?
P – Pode ser que seja pelo fato de ser universitário, aquela coisa toda. A galera toda novinha e tal. Então patentearam ele como príncipe. (risos)
BN – E como é que você o vê despontando agora, fazendo sucesso, começando a cantar em outros estados. Enfim, como você vê alguém que apadrinhou fazendo tanto sucesso?
P – O Kart é um cara que é um sonhador também e batalhou para ter o momento dele. Então eu admiro muito isso nele, a persistência dele no trabalho. É bacana você ver uma pessoa que vem do zero e acaba conquistando seu próprio espaço. Então eu me sinto feliz por ele também.
BN – Em uma entrevista que Lucas Kart deu para a gente lá na Coluna Holofote, a gente ficou conversando sobre o arrocha universitário e ele disse assim: “Quando a gente começou com o arrocha universitário, existia um receio de que o público não abraçasse”. E então ele soltou: “Hoje o público gosta até mais do que o arrocha tradicional”. Você acha que realmente acontece isso?
P – Assim, eu acho que cada estilo tem o seu público, é uma diversidade. Então tem o público que gosta mais da linha romântica, que é a linha tradicional do arrocha mesmo, e o arrocha universitário é aquele arrocha um pouco mais para frente, não é? Aquele arrocha para dançar mais soltinho, aquela coisa toda. O nosso é para dançar mais agarradinho, uma dança mais sensual. Então eu acho que cada público tem direito a escolher o seu gosto, a forma de dançar.
BN – Eu nunca mais vi as pessoas dançando como antes, agarradinhos. Você acha que continua ou está se perdendo um pouco mais, que o arrocha tinha aquela dança que até fazia com que o ritmo fosse visto como imoral, como vulgar.
P – Não, hoje tem sim. Ainda continua a dança e tal. Porque é uma dança gostosa, não? É uma dança para dançar agarradinho. E quem que não vai para o show para arranjar um parceiro para dançar, para namorar e tal? Mas rola muito de dançar agarradinho. Muita gente está dançando sozinho também, porque a gente está vendo o trabalho crescendo e evoluindo, então estamos criando um cenário bacana, uma estrutura maior no palco. Então a galera fica mais impressionada, assistindo o show, olhando para o palco. Então tirou o foco um pouquinho da galera para poder dançar. Mas enfim, ainda rola sim aquela coisa da galera dançar agarradinho.
BN – E é uma dança que teoricamente é para dançar agarradinho, mas que dá para dançar sozinho também.
P – Bom, quem não tem parceiro pode dançar sozinho também. (risos)
BN – Agora não dá para a gente conversar sem tocar naquele episódio do carro de som que queimaram porque você tinha se atrasado. O que foi que aconteceu que você atrasou tanto? Foram cinco horas de atraso, não é?
P – É, atrasamos por conta de dois acidentes que teve na estrada. E acho que não foi pelo fato do público se revoltar, não. Acho que o local não foi muito adequado. A gente fez festa com um parceiro de muito tempo, só que ele não foi feliz na escolha do local. O espaço em si e a localização também. Eu acho que se a pessoa é fã do artista, não vai chegar a esse ponto, esse extremo. Mas enfim, não foi culpa nossa, foi uma fatalidade, aconteceu e a gente tem que encarar a realidade.
BN – Mas você costuma ficar atrasando? Porque existem artistas que já estão se achando estrela e começam a chegar atrasado ao show e quem quiser que espere. Você é esse tipo de artista?
P – Não, eu acho que quando tem que atrasar, atrasa mesmo. E o fã, quando é fã, espera, entendeu? Como eu acabei de falar foi uma fatalidade. Não tem artista que não atrase no segundo show, no terceiro show. Não existe você fazer dois, três shows na noite e ser pontual. Isso não existe. Sempre tem os imprevistos. Tanto que a gente está se organizando para fazer um show por noite, porque geralmente não dá para fazer dois shows na noite porque você sempre acaba atrasando. Mas enfim, eu acho que o fã de verdade, o fã não falta com respeito de tamanha forma ao artista.
BN – Agora vamos falar da gravação do DVD. Como é que está a expectativa, o que você está preparando de novo, vai ser um repertório diferenciado?
P – A gente está preparando uma mesclagem. Músicas que fizeram sucesso logo no início da carreira do Pablo na época do Asas Livres. Porque é um DVD Oficial, que estamos fazendo pela Som Livre, e é o primeiro DVD do Pablo oficial. Então a gente resolveu resgatar músicas antigas também, que já fizeram sucesso, que não chegaram a nível nacional, para agradar a todos os públicos. A gente faz o repertório, logo no início, do disco da atualidade, e música da época do Grupo Arrocha também. Quem for, vai curtir uma mesclagem muito gostosa no nosso repertório.
BN – E como foi feita a escolha dos convidados? Porque a gente percebe que Gaby Amarantos é um estilo, Daniela Mercury é outro. São convidados com estilos completamente diferentes e diferentes também do seu.
P – É verdade. É porque, eu gravei várias músicas inéditas, música deles também. Já gravei música do Tatau, gravei da Gaby Amarantos. Enfim, então resolvemos convidar os autores das músicas que gravamos. Não está todo mundo porque, como é véspera de feriado, a maioria dos artistas estão viajando. Não que esses que convidamos não estejam trabalhando, mas a gente tentou conciliar o tempo. Eles vão fazer show em outros lugares e a gente conseguiu o show para fazer a participação com a gente aqui.
BN – Pois é, Daniela Mercury, que tem essa fama de ser chata, de que é metida a cult, cantando arrocha. Foi difícil convencer Daniela a cantar arrocha?
P – Não, não foi difícil. Nada, nada mesmo. Eu fui fazer uma participação com Tatau na volta do Araketu dele e tal, e ela participou também. A gente conversou e ela me mostrou ser uma pessoa maravilhosa. No entanto, eu não conhecia a Daniela como pessoa assim, mas achei ela extremamente maravilhosa. Em momento algum ela mostrou ser assim metida. De jeito nenhum.
BN – Você agora é o cara do momento, o fenômeno. Está preparando alguma coisa para o verão, além do DVD? Está pensando em ensaio semanal?
P – Não, não. Nós vamos fazer o bloco Alô Inter este ano. Já é o quarto ano do Bloco Arrocha, que sai na Avenida, e esse ano vamos fazer o Alô Inter pela primeira vez no circuito Barra/ Ondina.
por Fernanda Figueiredo Com quatro anos de estrada, a dupla Munhoz & Mariano conversou com a Coluna Holofote e comentou a fusão do sertanejo com o arrocha. Munhoz e o quê? Verdade. Ficou faltando a apresentação. Munhoz & Mariano, os meninos do “Camaro Amarelo”. Devidamente apresentados, vamos dar continuidade. Pela primeira vez no Nordeste, os meninos do Mato Grosso do Sul fizeram um show na Costa do Sauípe, durante o Sauípe Fest e, após abrir a última noite do evento, bateram um papo com esta coluna e falaram sobre a decadência de Goiás, antes era tido como o celeiro de sertanejos, como difusor do ritmo. “Até então, era o Goiás que costumava exportar música sertaneja, e agora não. A gente teve vários artistas que saíram, consecutivos, do Mato Grosso do Sul e acabou voltando os olhos de todo o Brasil para o nosso estado”, diz a dupla. Além disso, os meninos explicaram porque cantam arrocha, mas se intitulam cantores de sertanejo e comenta fim do sertanejo de raiz. Confira o bate-papo na íntegra!
Coluna Holofote: Vocês são bem jovens. Quanto tempo têm de estrada?
Munhoz & Mariano: De formação de dupla a gente vai fazer oito anos, mas, profissionalmente, a gente tem quatro anos. Antigamente a gente tocava, simplesmente, para tomar uma cerveja, para se divertir. Mas a gente dedica nossa vida exclusivamente à música há quatro anos.
CH: Sempre vocês dois?
M&M: Sempre.
CH: Vocês são irmãos?
M&M: Como se fosse. Somos vizinhos de infância.
CH: De onde vocês são?
M&M: Somos de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
CH: Antigamente, era Goiás quem fabricava as duplas de sucesso do sertanejo. Agora, vem de qualquer lugar, não é? Como foi que veio a vontade de tocar sertanejo?
M&M: Sim. O nosso estado é muito sertanejo. A gente cresceu ouvindo Zezé Di Camargo & Luciano, Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo. Então, o nosso estado sempre teve uma tradição muito sertaneja e, de um tempo pra cá, o nosso estado ganhou um nome assim... De novo celeiro da música sertaneja. Porque, até então, era o Goiás que costumava exportar música sertaneja, como você falou e agora não. A gente teve vários artistas que saíram, consecutivos, do Mato Grosso do Sul e acabou voltando os olhos de todo o Brasil para o nosso estado.
CH: Como quem, por exemplo?
M&M: Saíram de lá, consecutivamente, João Bosco & Vinícius, Michel Teló, Maria Cecília & Rodolfo, Luan Santana, uma galera. Então, nosso estado acabou criando esse rótulo de "novo celeiro sertanejo".
CH: Vocês disseram que cresceram ouvindo Zezé Di Camargo, Leandro & Leonardo, que tocam sertanejo de raiz. Mas o sertanejo de vocês é bem diferente...
M&M: Nosso sertanejo não é um sertanejo de raiz, porque a música vai evoluindo, vai se inovando a cada dia. E isso acontece em todos os estilos. Toda música passa por mudanças e o sertanejo universitário é tido hoje como a música mais tocada em todo o país. O sertanejo universitário conseguiu quebrar esse tabu de preconceito musical e hoje a música sertaneja consegue abranger vários estilos em uma música só, como o arrocha que puxa um pouco aqui do Nordeste, por exemplo.
CH: Pois é. Os jovens cantores sertanejos estão todos seguindo essa coisa de universitário. Não corre o risco de o sertanejo de raiz se perder no tempo, então?
M&M: Acho que não. Porque nós inovamos, mas a raiz fica, que é o começo de tudo. E quando você tem uma raiz, não se perde jamais.
CH: Vocês devem o sucesso de vocês ao "Camaro amarelo"?
M&M: Na verdade, a gente já vinha em um trabalho muito bacana há um tempo atrás e a gente acabou vencendo a Garagem do Faustão, em 2010, com a música “Sonho Bom”. Foi a nossa primeira aparição em nível nacional. Aí a gente lançou nosso DVD e foram várias músicas, que caíram no gosto da galera, como “Te Quero Bem”; “Um Final de Semana”, mas a música que deu maior destaque para Munhoz & Mariano foi “Eu Vou Pegar Você e Tãe” e a “Camaro Amarelo” veio para massificar, foi a que deu aquele “boom”, que a galera fala que explodiu.
CH: Aqui, a gente chama vocês de...
M&M: De Camaro Amarelo. Nós sabemos disso. A música hoje, a gente pode dizer até que é mais forte que o nome Munhoz & Mariano, entendeu? Como você disse, muita gente associa, não sabe o nosso nome, mas sabe que é a dupla do “Camaro”. A música tem um pouco mais de força do que o nosso nome.
CH: Quando eu entrevistei Gabriel Gava, ele me falou que o sertanejo dele é universitário, mas esse sertanejo universitário se confunde com o arrocha daqui.
M&M: São as tendências, não é? Eu acho que a música é muito por modinha. Eu acredito que até um tempo atrás, era o funknejo que tinha esse lance de misturar o pessoal do funk com o sertanejo e dava essa batida de misturar dois estilos. Agora tem o arrocha no sertanejo, também, que trouxe essa pegada mais do Nordeste.
CH: Tem uma pegada total de arrocha! Então, por que vocês não se intitulam cantores de arrocha? É menos comercial?
M&M: Não é isso. Nós somos sertanejos. Em nosso repertório tem apenas umas duas ou três músicas desse caso de misturar sertanejo com arrocha. Aliás, só tem a Camaro amarelo que é um arrocha, realmente.
CH: ‘Eu vou pegar você e tãe’ também tem arrocha...
M&M: Você está enganada. “Eu vou pegar você e tãe” está mais pro batidão, não tem arrocha.
CH: Eu ouvi o show de vocês e vocês cantaram “180 180 360”, que é um arrocha. Aliás, muitas músicas no repertório de vocês que puxam o arrocha...
M&M: Sim, são músicas que a galera gosta e a gente inclui em nosso repertório, mas não são músicas de Munhoz & Mariano. São músicas de outros artistas, que estão estouradas, na boca da galera, agrada ao público e a gente traz pro nosso show pra galera curtir. De arrocha, a gente só tem “Camaro amarelo” mesmo.
CH: Vocês acabaram de fazer o show aqui no Sauípe Fest e foi a primeira vez de vocês no Nordeste. Como foi a receptividade do público baiano?
M&M: Para a gente foi incrível! A gente não sabia que o nosso trabalho estava sendo reconhecido aqui e foi nosso primeiro show aqui no Nordeste. Pra gente foi muito importante, ainda mais, aqui no Sauípe Fest, que é um evento de grande credibilidade no Brasil todo. Então, a responsabilidade foi ainda maior. Além do mais, a gente dividiu o palco com bandas como o Chiclete com Banana, o Psirico, que a gente sabe que são reis aqui no Nordeste. Então, pra gente, a responsabilidade aumentou mais ainda. Mas foi muito gratificante e a gente só tem a agradecer a todo mundo que acreditou e deu essa oportunidade pra gente.
CH: Quem, aqui na Bahia, é referência de artista para vocês?
M&M: Tem vários. Nós gostamos muito do axé, de música baiana. Tem a Ivete Sangalo que é... É fantástica! Tem Leozinho Santana, do Parangolé, que nós adoramos as músicas dele. Gostamos demais do... Vixe! A gente sempre ouviu muito as músicas do Harmonia do Samba... Vixe Maria! Tem muita coisa aí... Se for citar todo mundo.
Em Salvador, o segmento evangélico é um dos que estão mais inquietos sobre como será a postura do futuro prefeito ACM Neto no quesito religiosidade. Não só pela preferência religiosa do herdeiro carlista, que pende mais para o sincretismo e candomblé. A preocupação é porque os evangélicos recebem um tratamento de privilégios no governo João Henrique. As regalias são desde o início do mandato, quando o gestor era crente de carteirinha, até agora no final, quando o prefeito resolveu se esbaldar um pouco mais com as tentações do “mundo”, a exemplo do Carnaval.
Esse tratamento fez com que os evangélicos, em especial os líderes de igrejas, não sentissem saudades da época da administração de Antônio Imbassahy, que não costumava dar certas “mordomias” ao segmento, que vivia em pé de guerra com a Sucom. Hoje em dia, João Henrique dá até isenção de IPTU para templos que funcionam em prédios alugados, benefício que só era concedido em caso de imóveis próprios.
É fazendo esse comparativo que alguns líderes evangélicos demonstram preocupação e já começaram a se reunir para tratar do assunto. Nesta semana, por exemplo, houve um encontro entre o pastor Rogério Dantas, presidente da Igreja Batista Lírio dos Vales, que tem cerca de 5 mil membros; o pastor Manoel Jorge, presidente nacional da Convenção Batista Missionária no Brasil; pastor Luis Carlos Lima, presidente estadual do Conselho de Juízes de Paz Eclesiásticos e Arbitral da Bahia (Conjupab); José Pereira Santos Filho, presidente nacional da Convenção Batista Aliança e Edirlei Barbosa da Assembleia de Deus.
Mas Neto teve um defensor no encontro: o pastor Charlston Soares, assessor especial do prefeito João Henrique, que esteve presente ao encontro com a missão de tranquilizar os irmãos. “Pelo que conheço de ACM Neto, ele vai manter o bom relacionamento com as igrejas. O prefeito eleito é sensível e governará para todos. Não tenham dúvidas disso”, disse Charlston.
Em Salvador, a comunidade evangélica é representada por cerca de 460 mil pessoas. Na Bahia, o número passa de 2,7 milhões.
O acidente – A colisão envolveu a motocicleta Honda Boz, placa JQK-9697, e um carro modelo Fiat Pálio, placa JPM-9924. As circunstâncias do acidente ainda não foram totalmente esclarecidas, mas testemunhas disseram que o carro vinha no sentido bairro da Bomba-bairro da Rodagem e atingiu a moto que vinha no sentido BA-411-Centro.
Após bater na moto o carro subiu em uma calçada, bateu em uma joalheria e capotou. O motorista do Pálio Ramon Borges Araújo, 22 anos, e três passageiras, Dalila Araújo Ventura, Tainara Araújo Ventura e Laise Borges Ventura tiveram apenas ferimentos leves. O pedestre Waldelnildo Santos Ferreira, que estava na calçada no momento do acidente, também ficou ferido, porém sem gravidade.
Já Reginaldo Ferreira dos Santos, que pilotava a moto, e a passageira, Balbina Sena Ribeiro, 34 anos, foram retirados do local por equipes de resgate e socorridos inicialmente no Hospital Municipal de (HM) de Serrinha. Balbina, que morava em Salvador e tinha vindo a Serrinha para visitar um filho, não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital Geral Clériston Andrade em Feira de Santana. Clériston Silva
Um eletricista da prefeitura de Iaçu, no norte baiano, a 241 km de Serrinha, decidiu chamar a atenção da população e da administração municipal, na tarde desta quarta-feira (12), para que seu salário seja pago. Cebolinha, como é conhecido, munido de uma faixa e um megafone, subiu na parte superior do prédio da prefeitura e afirma que só descerá se o tesoureiro for entregar, lá em cima, os vencimentos que diz ter direito.
Apesar de o atraso no pagamento de salários ser um drama vivido por milhares de servidores de centenas de cidades baianas, a prefeitura argumenta que está em dia com o funcionalismo e alega que o profissional, que é concursado, quer ser beneficiado sem mérito. “Ele não trabalha e quer receber dinheiro. Quando ele é chamado para realizar um serviço não aparece”, disse uma interlocutora da atual gestão, de prenome Jaene.
Segundo ela, que se negou a informar o sobrenome e o cargo que ocupa, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar foram acionados, estiveram no local, conversaram com Cebolinha, que se recusou a descer, e foram embora. Segundo a funcionária, o eletricista não pensa em se jogar lá de cima. “Ele usa um megafone para cobrar, mas em nenhum momento ele falou em se matar. O tesoureiro já conversou, pediu para ele descer e negociar, mas ele afirmou que só desce se o dinheiro for entregue lá em cima”, informou.
Até as 16h desta quarta, Cebolinha permanecia nas alturas.
O jovem serrinhense que pesa cerca de 280 quilos e está internado no Hospital Geral Roberto Santos, em Salvador, teve alta médica na manhã desta sexta-feira (14), segundo a assessoria de comunicação da unidade hospitalar. De acordo com Maria Aurizete, mãe de Francisco Araújo Júnior, 23 anos, ele deve deixar o hospital em uma ambulância até o domingo (16) e voltar para a cidade de Serrinha, a 173 km da capital baiana.
Francisco Júnior saiu da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e foi transferido para um quarto do Hospital Roberto Santos no dia 3 de novembro. De acordo com a assessoria de imprensa da unidade de saúde, o jovem já está curado das infecções que apresentava quando deu entrada no hospital e, por isso, dará continuidade ao tratamento contra obesidade em casa.
O jovem sofre da síndrome Prader-Willi, que gera apetite excessivo. No dia 30 de novembro, Osmário Salles, chefe do setor de endocrinologia do Hospital Geral Roberto Santos, disse que o jovem teria que colocar um balão intragástrico antes de ser submetido a uma cirurgia bariátrica, de redução de estômago. No entanto, por medo, o jovem se recusa a colocar o balão.
"Ele não quer colocar o balão. Então, o médico deu tempo para ele retornar para o interior e, em maio, tentar de novo", relata a mãe do jovem. Ela acrescenta que Francisco Júnior perdeu muito peso desde que deu entrada no hospital, mas, como não há balança que o suporte, ainda não há precisão do peso atual.
Mãe relata dificuldades - Maria Aurizete lamenta não ter alguns equipamentos para dar continuidade ao tratamento contra obesidade em Serrinha, onde mora com o filho obeso, uma filha especial e o marido. Ela conta que não possui cadeira de rodas e não tem condições de comprar produtos necessários para a dieta de Francisco Júnior. "Ele tem que ter acompanhamento para o resto da vida, mas nós precisamos de muita coisa. Ele precisa de cadeira de rodas, cremes, lençol. E eu não tenho nada disso. Ele vai voltar para lá [Serrinha] sem nada".
Por isso, enquanto aguarda a alta médica do filho, Maria Aurizete passou a dormir na casa de uma amiga, localizada nas proximidades do hospital. "Eu pegava dois ônibus, mas não tenho mais como ficar gastando porque até o momento não tive ajuda. Eu vendi tudo para cuidar dele”, relatou Maria Aurizete, que trabalhava como vendedora de roupas.
Apesar de ter tido sete filhos, apenas dois deles moram com Maria Aurizete: Francisco Júnior e uma menina de 16 anos, que possui síndrome de down, segundo conta. “Tem 16 anos e não conversa, fica calada, só faz chorar. Não toma banho só, não se cuida. Quem está cuidando dela agora que eu estou aqui [em Salvador] é minha irmã”, apontou. Clériston Silva
Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém... Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim... E ter paciência para que a vida faça o resto...