Ainda não eram 7h30. Funcionários da limpeza da prefeitura já varriam desde cedo a sujeira e os destroços da fachada apedrejada do Banco do Brasil na rua Rio de Janeiro, próximo à Praça Sete, no centro da capital, quando os gritos de socorro de uma mulher cortaram o silêncio da manhã de domingo. Algemada e jogada dentro de uma viatura por dois policiais militares, junto com o namorado, ela ainda relutava contra a prisão, ao que a polícia respondeu com socos e pontapés, empurrando-a para dentro do carro. A viatura saiu em disparada, deixando os vizinhos e transeuntes em choque. Alguns gritavam que haviam filmado a agressão.
“Ela estava alegando que tinha rastreado o iPhone roubado dela até o prédio ali da esquina”, conta a estudante de gastronomia Marina Cançado, 30, que presenciou toda a cena. Segundo ela, a moça loira, de cerca de 30 anos, estava visivelmente alterada, gritando contra o porteiro, quando foi abordada e começou a xingar os policiais. Marina, que havia visto militares espancando mulheres da manifestação na noite anterior, até pensou em registrar a agressão contra a loira com o celular, mas teve medo. “Se eles viessem para cima de mim, eu não poderia fazer nada”, reflete.
Era o clima de uma cidade ainda à flor da pele, após ter se transformado em um campo de guerra na noite de sábado.
“Ela estava alegando que tinha rastreado o iPhone roubado dela até o prédio ali da esquina”, conta a estudante de gastronomia Marina Cançado, 30, que presenciou toda a cena. Segundo ela, a moça loira, de cerca de 30 anos, estava visivelmente alterada, gritando contra o porteiro, quando foi abordada e começou a xingar os policiais. Marina, que havia visto militares espancando mulheres da manifestação na noite anterior, até pensou em registrar a agressão contra a loira com o celular, mas teve medo. “Se eles viessem para cima de mim, eu não poderia fazer nada”, reflete.
Era o clima de uma cidade ainda à flor da pele, após ter se transformado em um campo de guerra na noite de sábado.
Resposta
A reportagem de O Tempo entrou em contato com o sargento Paulo Marcio da Silva do 1º Batalhão da Polícia Militar, que esteve na ação e ele negou que tenha ocorrido agressão contra a moça e o companheiro dela.
“Lógico que não houve agressão. A gente usou de força moderada para conter a agressão dela. Na delegacia, ela até pediu desculpas por ter cuspido e jogado água no rosto do cabo”, afirmou o sargento.
Segundo o sargento, o casal detido estava com sintomas de embriaguez.
Jaqueline Aparecida Resende, de 35 anos, e Amilton Cirilo do Carmo, de 38 anos, foram detidos por desacato a autoridade. Os dois foram encaminhados para a Central de Flagrantes.
A reportagem de O Tempo entrou em contato com o sargento Paulo Marcio da Silva do 1º Batalhão da Polícia Militar, que esteve na ação e ele negou que tenha ocorrido agressão contra a moça e o companheiro dela.
“Lógico que não houve agressão. A gente usou de força moderada para conter a agressão dela. Na delegacia, ela até pediu desculpas por ter cuspido e jogado água no rosto do cabo”, afirmou o sargento.
Segundo o sargento, o casal detido estava com sintomas de embriaguez.
Jaqueline Aparecida Resende, de 35 anos, e Amilton Cirilo do Carmo, de 38 anos, foram detidos por desacato a autoridade. Os dois foram encaminhados para a Central de Flagrantes.