Rafael Holanda escreve periodicamente no 'Paraibaonline'
“Estes cubanos não sabem onde existe um braço, mas são capazes de apenas consolarem a dor com prolongados discursos ultrapassados de um velho que perambula morto, mas ainda possui a força de um vivo”, avaliou em seu último texto, intitulado “o rabo preso”.
Para Rafael Holanda, “poucos são os Estados que não possuem o rabo preso a compromissos normais ou esdrúxulos, poucos são capazes de não aceitarem que pessoas estranhas ao convívio da população possam adentrar em casa com a finalidade de pregar princípios de Marx”.
Ele entende que o destino do Brasil se encontra nas mãos dos “afeiçoados camarões do poder e desejam que o nosso caminho seja idêntico aos caminhos dos que vivem em verdadeira miséria e na pobreza absoluta de Cuba”. Daí, á sua ótica, só resta a imposição de espanhol para que possamos numa verdadeira ladainha dizer de forma freqüente e constante: aleluia PT”.
O médico registra que alguns Estados “mostraram sua sabedoria” e não aceitaram a presença de estrangeiros dentro de sua fronteira. Mas, acredita que “o que incomoda não são as peripécias de um partido que deseja de forma intransigente a permanência no poder, mas o silencio dos bons que se escondem por entre linhas com o medo da chibata”.
13 CUBANOS NA PARAIBA
A Paraíba receberá 60 médicos, sendo 47 brasileiros e 13 estrangeiros, do Programa Mais Médicos, para atuarem na atenção básica no interior do Estado.
Cubanos embarcando em Havana com destino ao Brasil
Os médicos brasileiros começaram os trabalhos nesta segunda-feira (2), enquanto os estrangeiros iniciarão as atividades no dia 16 deste mês. Nesta terça-feira (3), às 10h30, no auditório da agência do Banco do Brasil da Avenida Epitácio Pessoa, na Capital, representantes da Secretaria de Estado da Saúde, do Ministério da Saúde e de Cuba se reuniram para discutir as estratégias do programa na Paraíba.
No dia 26 de agosto, em Recife (PE), os profissionais iniciaram uma formação, que se estenderá até o dia 13 de setembro. Na formação estão sendo abordados assuntos como Legislação do SUS, Políticas Públicas de Saúde e Língua Portuguesa. Ao final do curso, eles serão submetidos a uma avaliação e a um teste linguístico. Os médicos formados no exterior serão avaliados por professores de instituições públicas brasileiras e os que forem considerados aptos a participar do programa receberão um registro profissional provisório. A bolsa, tanto para os brasileiros quanto para os estrangeiros, será no valor de R$ 10 mil.
Os 47 médicos brasileiros trabalharão nos seguintes municípios: João Pessoa (20); Bayeux (2); Areia (2); Alagoinha (1); Bananeiras (1); Barra de Santana (1); Belém do Brejo do Cruz (1); Caaporã (1); Cacimba de Dentro (1); Cajazeirinhas (1); Catingueira (1); Caturité (1); Conde (1); Cruz do Espírito Santo (1); Cubati (1); Ingá (1); Itapororoca (1); Juripiringa (1); Lucena (1); Nova Floresta (1); Pocinhos (1); São Miguel de Taipu (1); Serra Redonda (1); Solânea (1); Tavares (1) e Vieirópolis (1).
Dos 13 médicos estrangeiros que trabalharão na Paraíba, nove são cubanos, dois espanhóis e dois bolivianos, que atuavam na Argentina. Os municípios de Água Branca e Baía da Traição receberão médicos espanhóis; São José de Piranhas receberá os bolivianos; e os cubanos irão para os municípios de Algodão de Jandaíra, Damião, Gado Bravo, Juazeirinho, Manaíra e Serra Grande.
A previsão é que os profissionais chegarão aos municípios entre os dias 14 e 15 de setembro e comecem a trabalhar no dia 16. A estimativa é que mais de 180 mil paraibanos sejam beneficiados, inicialmente, com o Programa.
“A perspectiva do Programa Mais Médicos é que onde esteja faltando médico seja garantida a chegada do profissional melhorando a atenção básica”, disse a gerente da Atenção Básica, de Secretaria de Estado da Saúde (SES), Shenia Maria Felício.
Ela explicou que, de acordo com o Programa do Ministério da Saúde, o regime trabalhista é de 40 horas semanais. Os médicos do Programa Mais Médicos serão acompanhados por supervisores que irão avaliá-los quanto ao desempenho e cumprimento de horário e também terão que cursar Especialização em Saúde da Família promovida pela UFCG. Ao aderir ao Programa Mais Médicos, os municípios se responsabilizam pelas despesas com moradia e alimentação dos médicos.
Lançado pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, no dia 8 de julho, o Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país.
ORAÇÃO PELO BRASIL
O médico campinense conclui seu artigo fazendo uma espécie de oração geral pelo Brasil, com críticas ironicamente acidas ao Partido dos Trabalhadores e aos donos do Poder
“Vivemos num ciclo da mentira onde a inflação de forma galopante vem consumindo a capacidade de sobrevivência dos que conseguem fazer as mágicas para chegarem ao fim do mês com salário que fere a dignidade humana.
Acredito de sã consciência que estes ministros da economia não freqüentam os supermercados nem passam pela feira. Dizer que tudo está a contento é querer tampar o sol com a peneira da mentira.
Não há um só momento que não aconteça aumento de alguma coisa, não há como chegar em casa com as mesmas coisas da semana passada, o dólar disparou e com o bater do bombo poderá alcançar a casa dos três reais.
Não quero ser pessimista, não desejo que tudo passe pela ponte da desesperanças e possamos voltar aos velhos tempos de Sarney/Mailson e alcancemos 80 de inflação mensal.
Rezo para que o Senhor da bondade cerque a Presidente e a livre dos que se mostram mais sabidos do que Einstein, dos que saíram de um zoológico e hoje são donos de uma empresa chamada Friboi, dos que ontem eram meros metalúrgicos e hoje disputam as melhores mansões.
Rezo para que sejamos um país onde a desigualdade seja apenas um pequeno desnível entre terrenos, onde os negros e índios não sejam discriminados para que possam entrar na universidade com pontos menores que os brancos.
Rezo pela rua pura e sem ladrões, pelos bons que se tornaram tristonhos e sem esperanças, pelos que vivem abaixo da linha da pobreza e recebem a miséria para continuarem miseráveis, pelos que vivem e morrem nas guerras do cotidiano.
Não sou contra o meu país, não poderia empunhar a bandeira para pregar discursos que quanto pior melhor, mas não posso aceitar que haja ladrões cobertos com pequena capa de dignidade a editarem ordens ou leis que são para os seus benefícios.”MarM