O Ministério Público Federal (MPF) fez um pedido para que uma ação de improbidade administrativa contra o ex-presidente Lula seja julgada pela primeira instância da Justiça Federal. Também é réu no caso o ex-ministro da Previdência Amir Lando. A ação pede a devolução de R$ 9,5 milhões para os cofres públicos. Segundo a Folha, o parecer faz parte de uma apelação do MPF contra uma decisão de um juiz de primeira instância. O caso começou em 2011, quando o Ministério entrou com a ação contra Lula e Lando. Eles eram acusados de uso da máquina pública para realizar promoção pessoal e favorecer o banco BMG, envolvido no esquema do mensalão, pelo envio de R$ 10,6 milhões de cartas a segurados do INSS de outubro a dezembro de 2004. Segundo a Procuradoria, as cartas assinadas por Lula e Lando informavam sobre empréstimos consignados com taxas de juros reduzidas. À época, o BMG era o único banco privado que oferecia esse empréstimo, segundo a acusação. Em novembro de 2012, O juiz Paulo Cesar Lopes, da 13ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal, extinguiu a ação por um erro técnico, sem julgar o mérito. Segundo o magistrado, o Ministério Público somente poderia ter processado Lula durante o mandato.
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
Dezoito cidades do interior podem decretar estado de emergência
Valença é uma das cidades castigadas pelas chuvas
Um total de dezoito cidades do interior baiano pode decretar estado de emergência por conta dos estragos causados pelas chuvas no estado. Nesta sexta-feira (29), está prevista uma visita da Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec) para sete cidades situadas no baixo sul e sul do estado: Itacaré, Camamu, Igrapiúna, Cairu, Nilo Peçanha, Valença e Ituberá. Destas cidades, Itacaré talvez seja a única que não necessite de decreto de emergência, informou o superintendente da Sudec, Salvador Brito. De acordo com Brito, as cidades já fazem o levantamento dos prejuízos causados pela chuva para avaliar a necessidade de decretar estado de emergência, que permite ao município solicitar recursos do governo estadual e federal para reparar os estragos do temporal. "Até o momento, a Sudec ainda não recebeu nenhuma informação concreta sobre cidades decretando estado de emergência. Esses pedidos devem chegar oficialmente a partir de amanhã ou depois de amanhã", disse o superintendente. Informações do Correio.
GREVE? Bom Senso pode parar Brasileirão em solidariedade aos atletas do Náutico.
A duas rodadas do fim, o Campeonato Brasileiro pode ser paralisado pelos atletas do Bom Senso F.C.. A iniciativa será colocada em prática caso os atletas do Náutico sofram algum tipo de retaliação após terem cobrado salários atrasados publicamente. Já rebaixado à Série B, o Timbu passa por problemas e os jogadores do clube ameaçaram fazer greve no domingo, quando o time encara o Vasco.
Paulo Wanderley, presidente do time pernambucano, fez uma ameaça depois que os jogadores se uniram e falaram com a imprensa no Recife. "Eu estou desafiando Martinez a fazer greve. Toda ação gera uma reação. Se fizer greve, que arque com as consequências", disse o mandatário, que também classificou o experiente Martinez como "ex-jogador". Na noite de quinta, o Bom Senso FC se pronunciou sobre o ocorrido e levantou a possibilidade de uma paralisação imediata.
Veja a nota na íntegra:
"Nesta quinta-feira o Bom Senso FC tomou conhecimento dos problemas que os atletas do Clube Náutico Capibaribe estão enfrentando, em relação a atrasos de salários.
Os jogadores estão cobrando o justo e o que é devido pelo clube. Sabendo da repercussão interna e das ameaças públicas sofridas pelos profissionais, o Bom Senso FC declara que caso exista alguma tentativa de retaliação aos atletas e o não pagamento da dívida, o Campeonato Brasileiro da Série A será paralisado IMEDIATAMENTE. Aguardamos soluções urgentes.
Bom Senso Futebol Clube
Por um futebol melhor
para quem joga,
para quem torce,
para quem apita,
para quem transmite,
para quem patrocina.
Por um futebol melhor para todos".
Brasil está 13 anos atrasado na tarefa de erradicar o trabalho infantil
O Brasil não deve erradicar o trabalho infantil até 2020, meta estabelecida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). A afirmação é do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI). A previsão da entidade é de que o país só consiga acabar com a mão de obra de crianças em 2033 – um atraso de 13 anos.
As declarações foram feitas pela secretária-executiva do Fórum, Isa Maria de Oliveira. Ela participou de audiência pública, promovida na Câmara dos Deputados na quarta-feira, 27 de novembro. Isa foi convidada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o trabalho de crianças e adolescentes no Brasil.
De acordo com o FNPETI, a principal causa desse resultado é que o Brasil não cumpre e fiscaliza as leis. “Está na Constituição: idade inferior a 16 anos, todas as formas de trabalho infantil são proibidas, com exceção da aprendizagem, para adolescentes a partir de 14 anos. A partir de 16 anos é permitido, desde que protegido, com direitos trabalhistas”, destaca Isa Maria.
Dados comprovam o atrasoO Fórum expôs alguns dados que levaram a entidade a afirmar o atraso do país neste sentido. Em onze anos – de 2000 a 2011 – das mais de 3,4 milhões crianças que estavam em situação de exploração, apenas 502 mil saíram dessa circunstância. O Brasil tem hoje 2,9 milhões de adolescentes de 14 a 17 anos em “situações de trabalho precário e de risco para saúde”. Deste total, 1,6 milhão está fora da escola.
Para outro participante da audiência, o representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Gary Stahl, a Educação deve ser usada como instrumento para acabar com trabalho infantil. Gary explicou que a cultura de algumas comunidades ainda valoriza o trabalho por parte de crianças e adolescentes, como forma de aprendizagem.
Agência CNM, com informações da Agência Câmara
JAGUNÇO NA MOITA
Rangel Alves da Costa*
Jagunço, o astuto matador dos sertões, não saía por aí para eliminar qualquer um e em qualquer lugar. Nesse aspecto se diferenciava muito do pistoleiro de mando ou do assassino de aluguel. Enquanto este podia dar cabo do desafeto do mandante assim que o encontrasse, com aquele era diferente. Havia toda uma estratégia de jagunçagem.
Enquanto o pistoleiro acabava com a vida do cabra defronte à sua porta, pelas ruas, bodegas ou em qualquer lugar que fosse possível atirar, o jagunço de verdade obedecia a um verdadeiro ritual. E o ritual da jagunçagem, ainda que resumido a poucos procedimentos, tornava-se muito mais planejado que qualquer outro que tencionasse covardemente matar.
O jagunço tinha de saber o dia certo, o lugar certo e a hora certa de apertar o gatilho. Mas nada modificava se a futura vítima não aparecesse no dia ou momento esperado. Não havia qualquer problema porque ele ali permanecia até levar a efeito seu plano de morte. Noutra hora ou noutro dia, assim que despontasse adiante estaria sob a mira de seu cano faminto por sangue.
Chegar mansamente pelos fundos da mataria, furtivo feito bicho do mato, se acocorando a todo passo ou se arrastando por cima de pedras e espinhos, tudo isso fazia parte do planejado. Do mesmo modo o posicionamento correto à espera de sua presa e o mirar em local que não desse chance de sobrevivência ao escolhido para a defuntez. Contudo, o que mais afligia o jagunço era encontrar-se consigo mesmo naquele tufo de mato escolhido.
Dizia-se homem de sorte quando chegava ao local da tocaia e em pouco tempo já dava o problema por resolvido, pois logo o cabra já estirado no chão à espera dos urubus. Mas tudo mudava quando o tempo começava a se alongar mais que o planejado. Eis que o jagunço começava a ter consciência de si mesmo, de raciocinar sobre sua ação, de dialogar algumas verdades que preferia jamais viessem à mente.
O jagunço, mesmo simbolizando a covardia, a insensatez e a frieza mais abjeta, se via num verdadeiro dilema naqueles instantes que antecediam o apertar o gatilho. Precisava não pensar em nada, não ter tempo de refletir, apenas agir. Por isso que quanto mais rapidamente desse conta do seu intento melhor, eis que sem tempo de mirar-se perante o espelho da consciência e indagar acerca daquela ação tão covarde e desumana.
Por mais que tentasse fugir dos labirintos do pensamento, procurasse evitar fazer questionamentos próprios, impossível não começar o martírio sem estar logo mirando a vítima passando adiante, pela vereda da morte. Era humano mesmo não querendo ser, se indagava mesmo querendo calar por dentro, e sofria exatamente porque também se reconhecia como um verme, uma pessoa cujo ofício na vida era exatamente matar outros seres humanos. E de forma cega, ardilosa, covarde, simplesmente porque assim seu patrão desejou.
Quanto mais o tempo passava mais surgiam as indagações, mais os questionamentos atormentavam: Estava agindo corretamente daquela maneira, esperando apenas o instante de tirar a vida de alguém que não era seu inimigo, não lhe tinha feito mal algum, não sabia verdadeiramente quem era e se tinha filhos e esposa para sustentar? Valia a pena viver sob as ordens de um patrão cujo poder era mantido e aumentado a custa da vida até de inocentes, de pessoas tornadas inimigas apenas porque não queriam se ajoelhar perante o poder e o mando?
E as questões mais contundentes: Vale a pena matar por tão pouco, uma ninharia, um quase nada? Por que esperar aqui tanto tempo apenas para ter o prazer de ver uma pessoa caindo e sangrando feito uma coisa ruim que não merece viver? Por que tirar assim, desfazer assim, uma vida que talvez venha fazendo planos de grandes realizações? Por que matar, e simplesmente matar?
Mas os pensamentos eram repentinamente cortados pelo som ouvido adiante ou a visão de um vulto se aproximando. É a pessoa esperada, só pode ser. Eis o cavalo, o chapéu na cabeça do sujeito, a sua passagem certeira por aquele lugar. Haverá mais tempo para pensar e voltar atrás no intento, ou agora já é tarde demais e apertar o gatilho será a consequência lógica desse percurso atroz?
De repente e um tiro. Apenas um. E um corpo estirado. Mas não na estrada, e sim dentro do mato, no meio da moita. A mão da consciência em redemoinho fez com que o jagunço virasse a arma para o próprio peito. E atirasse para fazer mais uma vítima. A de si próprio, como o do mais perverso dos destinos.
Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com
O CORONELISMO BAIANO NO SERTÃO SERGIPANO
Rangel Alves da Costa*
Por muitos anos, a partir da estreita relação com o poder, a política e o cangaço, o coronelismo das terras sertanejas da Bahia expandiu sua influência ao vizinho estado de Sergipe, mais de perto na região sertaneja do São Francisco, principalmente nas terras de Poço Redondo e Canindé do São Francisco.
Chamava-se João Maria de Carvalho este senhor de poder e de mando, cuja força coronelista foi muito além das fronteiras de sua Serra Negra, atual Pedro Alexandre. Aquela região baiana, aliás, foi palco de senhores poderosos que marcaram suas épocas pelo mandonismo acobertado pela força política. Neste contexto se sobressaíram o próprio João Maria e o coronel João Gonçalves de Sá, de Jeremoabo (mais tarde homenageado com nome do município Coronel João Sá).
Filho de Pedro Alexandre, contando com mais treze irmãos, João Maria de Carvalho possui uma história singular na saga dos grandes sertanejos. Tenente de patente militar, porém coronel hierarquizado pelo poder econômico e político, foi homem que soube como nenhum outro confluir para si forças antagonistas e transformá-las num poder pessoal tamanho que se fez reconhecido, respeitado e temido por todo o sertão.
Sua extraordinária capacidade de dialogar com situações opostas - e de tudo tirar proveito -, o colocaria também como magistral estrategista. Basta citar o exemplo de sua opção por dar guarida a perseguidos pela polícia, injustiçados e cangaceiros, enquanto seu irmão, o famoso Tenente-coronel Liberato de Carvalho, comandante da força baiana, esteve por muito tempo pelos sertões alagoanos, sergipanos e baianos no encalço de pessoas por ele protegidas.
Situação deveras interessante, e até incompreendida, mas se os cangaceiros que Liberato de Carvalho tanto perseguia debandassem para as terras da Serra Negra e ali pedissem refúgio a João Maria, seu irmão, certamente teriam acolhida. E o coito era tal que nenhuma força policial se atreveria a abalar o mando do grande coronel. Quer dizer, enquanto Liberato queria prender, João Maria procurava proteger da prisão.
Assim agia o coronel João Maria porque sabia que protegendo o homem da terra, por este seria reconhecido e o seu prestígio se tornaria incontestável. E assim de fato ocorreu. Por isso mesmo não mostrava receio em dar coito e abrigo nas suas vastas terras mesmo àqueles chegados de outros estados, principalmente de Sergipe. Acolheu o cangaço como uma causa justa, abrigou sertanejos perseguidos porque se via como grande pai e protetor dos oprimidos.
Limitando com Poço Redondo, Carira, Nossa Senhora da Glória, Porto da Folha, Monte Alegre de Sergipe e Canindé de São Francisco, pelo lado sergipano, Serra Negra era vista quase como uma povoação do sertão de Sergipe. Daí que o coronel baiano, acolhendo os enviados por amigos políticos ou aqueles de reconhecida periculosidade, ao mesmo tempo expandia sua influência além fronteiras. Por isso fez fama em toda a região e até interferia politicamente nos pleitos eleitorais das terras sergipanas.
Não era incomum se ouvi dizer que este ou aquele candidato era apoiado pelo coronel João Maria da Serra Negra. E bastava tal fato para que o pleiteante ganhasse força e prestígio. Do mesmo modo, as lideranças políticas sertanejas tudo faziam para não contrariar o poderoso da região. E mais. O próprio governo estadual sentia de tal modo a influência do baiano que lançava todas as suas forças contra o candidato por ele apoiado.
Assim aconteceu com José Francisco de Nascimento, mais conhecido como Zé de Julião, um ex-cangaceiro (Cajazeira) que pleiteava ser o primeiro prefeito do então emancipado município de Poço Redondo, nas eleições de 1953. João Maria tornara-se amigo do influente e já falecido pai do candidato, e este já havia recebido a proteção do baiano quando a polícia foi em seu encalço após a chacina de Angico, por fazer parte do bando de Lampião. E mais tarde o apoiou nas suas pretensões políticas.
À época, no início da década de 50, o poder estadual estava nas mãos do PSD. Mesmo sendo da UDN baiana, o coronel João Maria indicou Zé de Julião como candidato do PSD sergipano. Contudo, para afastar a influência do baiano, o governo estadual apoiou um candidato do PR, que era partido da base governista. Não só apoiou como trabalhou maciçamente para que “um ex-cangaceiro” não desonrasse os destinos de Poço Redondo. A intenção maior, entretanto, era derrotar o coronel baiano. E conseguiu.
Mesmo tendo seu candidato derrotado e sentindo que Zé de Julião não se abatera e desejava ser mais uma vez candidato, eis que João Maria novamente o apoia. Mesmo que agora o governo estadual já estivesse nas mãos de Leandro Maciel da UDN, o mesmo partido de João Maria, não houve acordo entre os líderes e a força perseguidora leandrista lançou todas as armas contra o PSD de Zé de Julião.
Num pleito marcado por fraudes e favorecimentos ao candidato governista, Zé de Julião foi derrotado e em seguida perseguido pela polícia por haver roubado três urnas e rasgado as cédulas de votação. Então o protegido do coronel baiano buscou no amigo a guarida contra a morte certa. E novamente foi acolhido até retomar seu destino.
Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com
OS CORONÉIS JAGUNCISTAS
Rangel Alves da Costa*
Para o bem ou para o mal, verdade é que o coronelismo por muito tempo ordenou o fazer e o viver pelos sertões nordestinos. Grandes latifundiários, senhores financeiramente aquinhoados, influentes amigos do poder e do mando em outras esferas, se arvoravam de comandar a vida não só de empregados seus como de todos aqueles que vivessem ao seu redor, encurralados que eram pelas esmolas aviltantes, pelos assistencialismos ou pelo temor espalhado.
E foi num cenário assim, num quadrante de sol sangrando pelas tocaias e emboscadas, em meio a nojentas tramas de coronéis, que se passou a história adiante relatada. Dizem que muitos anos atrás, sob o manto da desvalia e o sangue dos inocentes e destemidos molhando a terra rachada, quando o latifúndio era o poder e o mandonismo era a ordem, os coronéis anteciparam o poema drummondiano: Coronel Quintiliano odiava o Coronel Tertuliano, que odiava o Coronel Hercilino, que odiava todo mundo, menos a jagunçada.
Na verdade, ninguém com mando e poder podia odiar a jagunçada. Os jagunços eram seus mensageiros, seus escudos e emblemas, suas vozes mais ignorantes, seus atos quando era impossível dar cabo de qualquer coisa com as próprias mãos. Do mesmo modo que Antonil cita que os escravos eram os pés e as mãos do Senhor de Engenho, os jagunços o eram para os coronéis nordestinos.
Coronel que respeitasse sua patente forjada ou adquirida no coito da Guarda Nacional, não podia deixar ter, no mínimo, uma trinca de celerados à sua disposição. Ou fazia assim, mantendo sob suas ordens uma leva de destemidos malfeitores, ou corria grande risco de ter o seu terno de linho branco manchado do sangue da vingança perpetrada pelos seus tantos e igualmente poderosos inimigos. Era máximo deleite de um saber que o outro tombou com mancha vermelha no linho branco.
Era fera engolindo fera, como se dizia nos segredos de quixabeira. Mas tudo covarde, tudo fumaçando valentia através da crueldade do seu servo das atrocidades, que era o jagunço. Dificilmente se encontrava um coronel que se dispusesse a resolver suas vinditas pessoalmente, pois se refestelando nos casarões a ingrata sorte de todos, do maior ao menor. Eis que todo mundo era seu potencial inimigo, principalmente o seu cabra de mando, de quem tinha medo de se mijar nas calças.
E foi neste cenário de poucos donos e tantas vítimas, que um dos mais afamados mandonistas, daqueles coronéis que mandava fechar cabaré para seu desfrute pessoal, resolveu que deveria aumentar suas terras a qualquer custo. Achava pouco meio mundo de terra, bicho e gente. E para tal inventou uma mentira e ordenou que um de seus cabras fosse espalhá-la nas proximidades dos ouvidos do coronel inimigo.
O mensageiro, cabra escolhido a dedo, sabendo que não tinha acesso ao coronel desafeto do patrão, chegou diante um de seus jagunços e disse que avisasse ao patrão que o coronel fulano de tal iria lhe tocaiar para matar. Logicamente que o coronel era outro e não aquele a quem estava a mando, e tudo pra forçar um confronto entre eles.
Se a lógica acontecesse seria tudo claro demais. Inventando a mentira, o Coronel Quintiliano queria inimizar ainda mais e colocar em confronto aberto os Coronéis Tertuliano e Hercilino. Dizendo que um iria matar o outro, logicamente que um se anteciparia e daria logo cabo da vida do inimigo. E seria menos um desafeto para o coronel mentiroso. Do outro daria um jeito para mandar tocaiar depois. Jagunço servia pra isso mesmo.
Só que o Coronel Quintiliano não estava esperando que tudo ocorresse de modo diverso do planejado. Quando o Coronel Tertuliano soube da promessa de morte feita pelo Coronel Hercilino, logo decidiu que se estava correndo risco de ser tocaiado, então teria que primeiro dar cabo à vida de um inimigo de longa jornada, pois não poderia morrer sem matar primeiro o temível concorrente e opositor Coronel Quintiliano. O mentiroso.
Esperando somente saber o resultado do confronto entre os outros dois coronéis, o Coronel Quintiliano ficou de corpo aberto, à mercê do enraivecimento dos capangas do Coronel Tertuliano. E quando saiu para galopar ao entardecer, e sem estar acompanhado de nenhum dos seus jagunços, recebeu um tirombaço vindo de trás de um tufo de mato.
Assim, tornou-se vítima da própria mentira. Mas sua morte fez flamejar ainda mais o dantesco quadro de disputas e mortes tão próprias daqueles tempos medonhos. Eis que os outros dois coronéis passaram a se armar ainda mais para aumentar sua força política e de mando sobre tudo e todos, mas principalmente pelas terras deixadas pelo coronel desaparecido.
De lado a lado os jagunços esquentaram suas armas. Dizem que daí em diante se deu uma guerra tão violenta que quase põe fim ao mundo. Mas não. Apenas do mundo dos coronéis jaguncistas, pois o tempo chamou para si o dever de ir, aos poucos, ceifando aquelas ervas daninha.
Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com
Delegado da PF fala como Clovis Nunes fraudava a Campanha do Desarmamento
De acordo com as investigações, Carlos Nunes foi flagrado em determinado dia, sacando uma importância em dinheiro equivalente a 85 indenizações de pessoas que teriam entregue armas na Casa da Paz. Vale salientar que toda esta movimentação
O delegado Wal Goulart contou que a investigação sobre a fraude do desarmamento iniciou-se há três meses, quando ficou constado que a arrecadação de armas em Feira de Santana, era 14% de todo o Brasil, onde a cidade arrecadou mais armas do que em outras cidades maiores como São Paulo e Rio de janeiro.
“Diante disso, o Ministério Público Federal abriu uma investigação e em três meses descobrimos que existe uma organização criminosa, comandada pela pessoa de Clovis Nunes, qual é coordenador nacional do MovPaz, onde está instalado em 27 cidades e 10 estados”, frisou o delegado.
De acordo com as investigações, Carlos Nunes foi flagrado em determinado dia, sacando uma importância em dinheiro equivalente a 85 indenizações de pessoas que teriam entregue armas na Casa da Paz. Vale salientar que toda esta movimentação foi filmada e fotografada pela PF
Ainda de acordo com Goulart, “o coronel Martinho pensando em agilidade ao programa, o mesmo repassou a sua senha para Clovis Nunes, até então, não temos nenhuma prova que vincule o tenente Coronel Martinho e nem o tenente Danilo pela pratica de crime, pois, o erro deles foi ter cedido a senha para essas pessoas, onde se aproveitaram e praticaram a fraude”.
O Golpe
O modo operante da quadrilha, era emitir o protocolo de pagamento de armas artesanais que eram recebidas na ONG e existe também uma suspeita que eles fabricavam as armas, para receberem essas indenizações. Sendo que, a arma artesanal é recebida na campanha, mas não tem direito a indenização.
“Então, devido a facilidade que foi encontrada e começaram a gerar protocolo de forma fraudulenta, recebendo essas indenizações e ainda gerava indenizações. Então essa foi a fraude praticada pelo Carlos Nunes, seu irmão Carlos e vários voluntários, a rede é enorme mais de 50 pessoas, mas nós nos concentramos naqueles principais”.
A fraude chega a mais de R$ 1,3, milhões, mas o grande prejuízo não é nem o financeiro e sim a credibilidade da campanha, mas por outro lado, a campanha pode ganhar mais força, já que a PF prendeu os criminosos que fraudaram a campanha.
SURPRESA
Clovis Nunes chegou a Feira de Santana no final da tarde de ontem e se disse surpreso com o acontecido e que pode ter acontecido algum erro de dados no programa do Desarmamento. Clovis e Carlos Nunes, além de mais três criminosos já foram conduzidos para o Conjunto Penal de Feira de Santana
O delegado Wal Goulart contou que a investigação sobre a fraude do desarmamento iniciou-se há três meses, quando ficou constado que a arrecadação de armas em Feira de Santana, era 14% de todo o Brasil, onde a cidade arrecadou mais armas do que em outras cidades maiores como São Paulo e Rio de janeiro.
“Diante disso, o Ministério Público Federal abriu uma investigação e em três meses descobrimos que existe uma organização criminosa, comandada pela pessoa de Clovis Nunes, qual é coordenador nacional do MovPaz, onde está instalado em 27 cidades e 10 estados”, frisou o delegado.
De acordo com as investigações, Carlos Nunes foi flagrado em determinado dia, sacando uma importância em dinheiro equivalente a 85 indenizações de pessoas que teriam entregue armas na Casa da Paz. Vale salientar que toda esta movimentação foi filmada e fotografada pela PF
Ainda de acordo com Goulart, “o coronel Martinho pensando em agilidade ao programa, o mesmo repassou a sua senha para Clovis Nunes, até então, não temos nenhuma prova que vincule o tenente Coronel Martinho e nem o tenente Danilo pela pratica de crime, pois, o erro deles foi ter cedido a senha para essas pessoas, onde se aproveitaram e praticaram a fraude”.
O Golpe
O modo operante da quadrilha, era emitir o protocolo de pagamento de armas artesanais que eram recebidas na ONG e existe também uma suspeita que eles fabricavam as armas, para receberem essas indenizações. Sendo que, a arma artesanal é recebida na campanha, mas não tem direito a indenização.
“Então, devido a facilidade que foi encontrada e começaram a gerar protocolo de forma fraudulenta, recebendo essas indenizações e ainda gerava indenizações. Então essa foi a fraude praticada pelo Carlos Nunes, seu irmão Carlos e vários voluntários, a rede é enorme mais de 50 pessoas, mas nós nos concentramos naqueles principais”.
A fraude chega a mais de R$ 1,3, milhões, mas o grande prejuízo não é nem o financeiro e sim a credibilidade da campanha, mas por outro lado, a campanha pode ganhar mais força, já que a PF prendeu os criminosos que fraudaram a campanha.
SURPRESA
Clovis Nunes chegou a Feira de Santana no final da tarde de ontem e se disse surpreso com o acontecido e que pode ter acontecido algum erro de dados no programa do Desarmamento. Clovis e Carlos Nunes, além de mais três criminosos já foram conduzidos para o Conjunto Penal de Feira de Santana
TJ-BA é o penúltimo no ranking de cumprimento de meta de julgamento de casos de corrupção
O cumprimento da Meta 18 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que estabelece que as Cortes brasileiras devam julgar até o final deste ano os processos contra a administração publica e de improbidade administrativa distribuídos até o dia 31 de dezembro de 2011, ainda está longe de ser alcançado pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Em agosto deste ano, o tribunal era o pior em número de julgamento de processos de corrupção, com 5,2% dos casos julgados. No relatório do CNJ sobre o cumprimento da meta, atualizado diariamente, aponta que, até esta quinta-feira (28), a Corte baiana apresentou uma leve melhora nos níveis de julgamento de casos de corrupção, mas ainda figura em penúltimo lugar no ranking de cumprimento da meta, com 10,29%. O tribunal baiano fica atrás apenas do Tribunal de Justiça do Piauí, que julgou, até o momento, 6,92% dos casos de crimes contra a administração pública. O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) aparece em antepenúltimo lugar da lista, com 20,12%. O Tribunal de Justiça do Amapá é o que mais julgou os processos da meta, com 97,05%.
Chuva alaga Barradão e atrapalha treino do Vitória
Foto: Glauber Guerra / Bahia Notícias
Uma forte chuva que caiu em Salvador nesta quinta-feira (28), atrapalhou os planos do técnico Ney Franco de comandar um treino tático no Barradão. Com isso, os jogadores trabalharam a parte muscular na academia, supervisionados pelo preparador Éder Bastos. Confira detalhes na coluna Esportes!
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FRAM MARQUES
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