Eduardo Amorim recebeu a o recebeu o G1 em sua residência, em Aracaju, e durante a conversa o candidato do PSC ao Governo de Sergipe lembrou da sua origem humilde em Itabaiana e revelou parte da vida política e das metas para conquistar o governo através da coligação 'Agora sim', formada por DEM / PSDB / PP / PT do B / PSC / PTC / PSL / PTB / SDD / PV / PPS / PHS / PMN / PR / PEN.
Desta segunda-feira (4) até a sexta-feira (8), oG1 publica os perfis dos cinco candidatos ao Governo de Sergipe. A ordem de publicação foi definida através de um sorteio com a presença de representantes dos partidos políticos dos candidatos.
Casado, pai de dois filhos, o médico, de 51 anos, diz não se achar melhor do que ninguém. “De fato, somos iguais nas leis divinas, nas leis da natureza e perante as leis dos homens”, argumenta. Esse princípio teria vindo da infância humilde que teve em Itabaiana, cidade em que nasceu.
“Sou filho de uma família muito simples, de uma mãe que nem concluiu o primeiro grau completo, e de um pai que não sabia nem ler nem escrever”, diz. Filho de agricultores, ele afirma ser conhecedor da vida do campo. “Eu sei o que é fazer uma farinha, o que é plantar feijão, milho, abrir uma cova para plantar milho. Eu sei o que é fazer isso, por que eu fazia”, garante.
A solução para mudar de vida veio dos estudos. Estudou em Itabaiana, mas concluiu o segundo grau em Aracaju. Chegou a cursar Telecomunicações pela antiga Escola Técnica, mas foi em outra área que ele encontrou a sua verdadeira vocação. Entrou na Universidade Federal de Sergipe para cursar Medicina no início da década de 1980. Ainda neste período, sentiu as dificuldades da origem simples.
“Na faculdade morei em república universitária. Também fui filho do restaurante universitário, pois não tinha outro lugar para comer. Quando o restaurante entrava em grave, o estômago também tinha que acompanhar”, comenta Amorim.
Fez especialização em anestesiologia na cidade de Campinas, São Paulo. Também se formou em Direito, por uma universidade particular de Aracaju. Se fosse escolher uma terceira formação, sem titubear, ele revela que escolheria geologia. “Só para provar como Deus foi generoso com o povo brasileiro, colocando para habitar sobre a maior reserva de água potável do planeta, sobre as terras mais férteis e sobre as maiores reservas de diversos minérios, como o ferro, o urânio, petróleo e gás”, comenta ele.
Sua entrada na carreira política ocorreu no início dos anos 2000, quando foi convidado a assumir a Secretaria de Estado da Saúde, no governo de João Alves Filho. “Depois que deixei a pasta, percebi a importância da política. Eu não tinha essa consciência. Percebi que politica tem que ser um instrumento de transformação social. Se o nosso país não chegou ao grau de dignidade que merecemos ter, foi porque falhamos nas nossas escolhas. A pessoa que tem um mandato possui uma procuração para legislar sobre tudo que vai interferir na vida da população. Por isso, posso dizer que, quando fui chamado para a política, eu fiz por convicção”, comenta Amorim.
Se elegeu deputado federal em 2006 e, em 2010, senador da República, com o apoio do grupamento do atual Governo, com quem rompeu politicamente em 2012. De lá para cá, formou a base para a própria candidatura, angariando partidos para o seu projeto político, que é o de ser governador de Sergipe. “Estou preparado para gerenciar esse estado e para levar dignidade que o povo sergipano merece. Espero começar meu dia, se for da vontade de Deus e do povo de Sergipe, visitando uma escola sem ninguém saber. Só para ver como está o negócio. Não serei um gestor de gabinete. Serei um gestor presente, para ouvir as mazelas, os sofrimentos e buscar soluções. Sei que nos primeiros anos teremos muita dificuldade para arrumar a casa. Mas plantaremos a semente da boa gestão do orgulho de ser sergipano”, diz Amorim.
Na entrevista, o G1 pediu que o político respondesse perguntas feitas a todos os candidatos, sobre trajetória política e os temas que mais preocupam os eleitores. Confira as respostas.
Qual o momento mais marcante na sua carreira política?
Estou vivendo este momento. Uma nova etapa. Para se aprovar um projeto no Legislativo é preciso sugerir e depois contar com a concordância dos colegas. No Executivo é diferente: é você, são suas convicções, são suas posições, seus princípios, seus valores, é a sua caneta. Essa é uma grande etapa da minha vida politica e, com certeza, muito marcante.
Estou vivendo este momento. Uma nova etapa. Para se aprovar um projeto no Legislativo é preciso sugerir e depois contar com a concordância dos colegas. No Executivo é diferente: é você, são suas convicções, são suas posições, seus princípios, seus valores, é a sua caneta. Essa é uma grande etapa da minha vida politica e, com certeza, muito marcante.
Na sua opinião, qual é o principal problema de Sergipe? Qual sua proposta para resolvê-lo?
Mau gerenciamento com aquilo que é público. Descaso total com o dinheiro público. Isso é muito grave. Quando falo do dinheiro público atinge a educação, a saúde, a segurança. Vamos acabar com isso.
Mau gerenciamento com aquilo que é público. Descaso total com o dinheiro público. Isso é muito grave. Quando falo do dinheiro público atinge a educação, a saúde, a segurança. Vamos acabar com isso.
Como deve ser o Sergipe do futuro?
O Sergipe que nós merecemos é o Sergipe digno. O Sergipe com uma saúde pública digna. Com uma segurança que eu transite em todas as ruas com tranquilidade e que a gente tenha uma educação de qualidade que os nossos jovens.
O Sergipe que nós merecemos é o Sergipe digno. O Sergipe com uma saúde pública digna. Com uma segurança que eu transite em todas as ruas com tranquilidade e que a gente tenha uma educação de qualidade que os nossos jovens.
Cite propostas para cada uma destas áreas: saúde, segurança, trânsito e educação.
- Saúde: a gente não tem um Centro de Diagnóstico, onde se tenha referência para dar diagnóstico, com aparelhos de tomografia e ressonância. Isso é possível e eu farei, pois é um grande sonho que eu tenho. Além disso, pretendo construir o Hospital do Câncer e o Hospital de Ortopedia. Lutarei para que isso aconteça.
- Segurança: vamos cuidar não só de quem entra e quem sai do estado, mas também de dentro. Combater realmente o crime que tem aí, o tráfico como grande alimentador de tudo isso que está aí. Não temos nem um centro de reabilitação para cuidar daqueles que são vítimas da dependência química. Vamos buscar isso. Também faremos parcerias com as Guardas Municipais e as polícias no sentido de integrar a segurança.
- Trânsito: vamos procurar fazer a integração e melhorar ainda o escoamento das vias – não só da nossa capital. Só temos uma BR duplicada. Vamos duplicar os principais corredores, dando um acesso fácil para você ir do interior à capital.
- Educação: uma educação de qualidade e que respeite os profissionais. Vamos dar qualidade ao gasto público e buscar a educação de ensino integral, onde o aluno possa ir para a escola de manhã e ficar ali boa parte do seu dia.
- Saúde: a gente não tem um Centro de Diagnóstico, onde se tenha referência para dar diagnóstico, com aparelhos de tomografia e ressonância. Isso é possível e eu farei, pois é um grande sonho que eu tenho. Além disso, pretendo construir o Hospital do Câncer e o Hospital de Ortopedia. Lutarei para que isso aconteça.
- Segurança: vamos cuidar não só de quem entra e quem sai do estado, mas também de dentro. Combater realmente o crime que tem aí, o tráfico como grande alimentador de tudo isso que está aí. Não temos nem um centro de reabilitação para cuidar daqueles que são vítimas da dependência química. Vamos buscar isso. Também faremos parcerias com as Guardas Municipais e as polícias no sentido de integrar a segurança.
- Trânsito: vamos procurar fazer a integração e melhorar ainda o escoamento das vias – não só da nossa capital. Só temos uma BR duplicada. Vamos duplicar os principais corredores, dando um acesso fácil para você ir do interior à capital.
- Educação: uma educação de qualidade e que respeite os profissionais. Vamos dar qualidade ao gasto público e buscar a educação de ensino integral, onde o aluno possa ir para a escola de manhã e ficar ali boa parte do seu dia.