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UM GIRO NO NORDESTE

sábado, 4 de outubro de 2014

Após protesto, muro de General Severiano é pichado: "Acabou o amor"

Após protesto de torcedores na noite dessa sexta-feira, a sede de General Severiano amanheceu pichada neste sábado. O principal alvo foi o presidente Maurício Assumpção, que teve seu nome escrito com cifrões ao lado de dizeres como “Fora M. A.” e “Acabou o amor”. A vitrine da loja do clube também foi pichada, mas funcionários já faziam a limpeza pela manhã.
Muro General Severiano, Botafogo (Foto: Vicente Seda)Muro de General Severiano foi pichado durante a madrugada (Foto: Vicente Seda)

Na noite de sexta, torcedores se reuniram em frente à sede para uma ação pacífica. A Polícia Militar reforçou a segurança, mas não houve tumulto. Palavras de ordem foram gritadas contra Mauricio Assumpção e algumas músicas de apoio aos atletas entoadas. O dirigente não se encontrava em General Severiano e o grupo chegou a ameaçar caminhar até a residência de Assumpção, em Copacabana. Porém, desistiu por não ter certeza de onde o mandatário estaria. 
Muro General Severiano, Botafogo (Foto: Vicente Seda)Presidente Maurício Assumpção foi o principal alvo da ação (Foto: Vicente Seda)
Na parte da manhã, Emerson, Bolívar, Edilson e Julio Cesar, quatro dos principais jogadores e líderes do elenco, foram afastados por causa de divergências com a diretoria. Em seguida, o presidente do clube, Maurício Assumpção, anunciou a rescisão de contrato dos jogadores. O treinador Vagner Mancini chegou a colocar seu cargo à disposição, algo não aceito pelo presidente.
Muro General Severiano, Botafogo (Foto: Vicente Seda)Vitrine da loja do clube não escapou do protesto, mas foi limpa pela manhã (Foto: Vicente Seda)

Ana Hickmann bate-boca e chora durante programa ao vivo: O assessor, então, alfinetou a apresentadora: "Você trabalha com algum político, Ana? Parece que eu já ouvi seu nome em algum lugar, ligado a algum parlamentar".

A apresentadora Ana Hickmann passou por uma situação difícil durante o 'Programa da Tarde' nesta sexta-feira (03). No quadro Patrulha do Consumidor, uma telespectadora tentava conseguir um tratamento hospitalar para sua filha. A modelo entrou em contato com um assessor de imprensa da Prefeitura de São Bernardo do Campo, em São Paulo, para tentar solucionar o problema.


"Isso aqui não é sensacionalismo. As pessoas nos procuram porque as prefeituras e o governo do estado ninguém ajuda!", disse Ana ao rapaz identificado apenas como Helder. O assessor, então, alfinetou a apresentadora: "Você trabalha com algum político, Ana? Parece que eu já ouvi seu nome em algum lugar, ligado a algum parlamentar". A loira logo perdeu a paciência e, indignada, disparou: "Ele é um monstro! Desisto! Não entendi a parte que ele falou de parlamentar".
Minutos depois, Ana apareceu com os olhos vermelhos e pediu desculpas ao público por ter chorado. Ticiane Pinheiro, que divide o programa com a loira, fez questão de defender a amiga: "Lamentável! Que homem é esse? Queria que viesse aqui ao vivo". O apresentador Britto Jr. completou: "Você já fez a dona Joana (telespectadora) chorar, já fez a Ana Hickmann chorar, você indignou todo mundo, mas vou te respeitar como assessor de imprensa. Se você concordar, vamos colocar a Joana e o Tanuri (Sérgio, advogado) no carro da Patrulha do Consumidor e vamos resolver isso agora".
Reportagem iBahia

CRIME: Relação de Frank Aguiar com suspeito de tráfico é investigada

O vice-prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Frank Aguiar, é investigado pela Polícia Civil de São Paulo por supostas ligações com um suspeito de "comandar rotas nacional e internacional de tráfico de drogas". O inquérito também apura uma suposta rede de proteção para livrar Frank da investigação, segundo a Folha Online.
O ex-secretário da Segurança Antonio Ferreira Pinto estaria envolvido nesta rede de proteção, segundo a investigação. Tanto Ferreira Pinto quanto Frank são candidatos à Câmara dos Deputados.
De acordo com a reportagem, Frank aparece em vários escutas telefônicas com Jailson Lopes de Souza, o Jabá, "conhecido como traficante internacional". A investigação e as interceptações, com autorização judicial, começaram após uma apreensão de 230 kg de cocaína em 2011 na cidade de Itu.
(Foto: Ag. News)
O prestígio de Frank era usado pelo traficante para beneficiar uma rede de empresas fantasmas que faziam lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e da venda de combustível adulterado. A casa em que Frank mora em São Bernardo, de 949 m², está em nome do suspeito de tráfico.
Vários investigadores foram afastados do caso, que ficou parado de abril de 2012 até fevereiro deste ano. Policiais ouvidos em setembro afirmaram que o afastamento de vários dele foi ordem do então secretário Ferreira Pinto. A polícia já pediu à Justiça para fazer buscas na casa de Frank.
Frank Aguiar e Ferreira Pinto negaram que se conhecem pessoalmente e dizem que há motivo eleitoral por trás da investigação. O forrozeiro admitiu que tem relações de amizade com Souza, mas não sabe que ele é suspeito de tráfico de drogas. Ele disse também que comprou o imóvel do empresário.

CRÔNICA: O GRITO DAS RUAS SERÁ TRANSFORMADO EM SILÊNCIO NAS URNAS?

Rangel Alves da Costa*


Ainda há tempo para a busca da felicidade. Creio profundamente nessa possibilidade. Diante de tal perspectiva, creio também que ainda resta um pouco de consciência, de razão e sensibilidade nos milhões de eleitores que logo mais estarão escolhendo o próximo governante maior do país. E o mesmo vale para governadores, senadores e deputados.
Contudo, diante das últimas pesquisas, não posso deixar de temer que o grito das ruas seja transformado em silêncio nas urnas. Por outras palavras, chega a assustar a possibilidade de repentinamente aqueles manifestantes de junho do ano passado ou mesmo todos aqueles que sofrem na carne, no bolso e na mesa, se transformem em eleitores de seus algozes.
Seria lamentável observar que o povo que tanto exigiu mudanças, bradou pela moralidade na política, mostrou os porões putrefatos do poder e exigiu o fim da corrupção disseminada em todas as esferas palacianas, agora recue, se contradiga, queira carregar sobre si a culpa por acolher e reeleger quem lhe relega um país sem esperanças.
Seria deplorável avistar aquela mesma multidão que ontem levantava revoltosas bandeiras, gritava indignações e até confrontava as armas, agora caminhando em direção às urnas para votar naqueles que tanto chamou de corrupto, ladrão, mau gestor, mentiroso, inerme no poder. Tudo devidamente aplicável também à mandatária maior, sob cujos grilhões o povo brasileiro tanto padece.
As ideias foram esquecidas, os pensamentos esvaziados e os guerreiros derrotados por si mesmos, pela sua covardia, pelo seu conformismo e aceitação do pior como destino que lhe afeiçoa. Triste pensar assim, principalmente quando a letra do hino diz que o filho teu não foge à luta. Triste agora sentir um povo parodiando outra estrofe de seu hino: Deitado eternamente em escravismo esplêndido!


Será que os ecos do passado distorcem as palavras, os gritos, ou aquelas vaias e achincalhes proferidos nos estádios contra a presidenta Dilma se transformaram em vivas e agradecimentos? Será que a educação brasileira é de tamanha qualidade ao ponto de o povo aprender que inflação alta é coisa boa, que uma vergonhosa esmola é demonstração de cuidado com o povo, que o governo não tem culpa alguma quando a nação é roubada pelos seus próprios agentes?
Será que o senso tropical do povo brasileiro e sua verve naturalista acabaram incutindo na sua mente que é assemelhado ou igual àquela simbologia dos três macacos: um não ouve, outra não fala e o outro não vê? Estaria ali a caracterização perfeita do eleitor brasileiro? Ou a idiotice lhe acometeu a tal ponto de não mais se reconhecer como gente e se compraz em servir aos objetivos escusos e sempre corruptos do PT? Não se deveria falar mal dos generais, das botas cruéis da ditadura, dos terríveis porões. Ora, Dilma é tão ou mais cruel, mais bruta, mais impiedosa e arrogante que o mais cruel dos generais daqueles tempos terríveis.
Eis a dissimulação em pessoa. Aquele sorriso esconde o veneno e o fel, aquele aceno esconde a mão generalesca que sustenta a sua impiedosa arrogância. Se os seus subordinados temem tanto o seu autoritarismo, ditatorialismo e prepotência, que se imagine o povo humilde, o zé-ninguém debaixo de suas solas. E de uma teimosia sem igual. Tudo vai mal e a insistência em maquiar os fatos. Por consequência, uma mentirosa também sem igual. Ou o povo não encontra a verdade quando precisa de hospital, quando faz compra ou quando é jogado à violência?
De repente, imagina-se viver num país com duas faces totalmente diferentes. Aquele alardeado pelo governo, onde tudo está às mil maravilhas, tudo funciona com qualidade, tudo de primeiro mundo. Não há inflação, não há corrupção, há controle absoluto na economia, tudo de fazer inveja aos países mais desenvolvidos. E aquele outro país, o real, o verdadeiro, contradizendo em tudo as mentiras e os engodos palacianos.
Surge, então, o questionamento: Votar na Dilma do país da mentira ou mostrar a ela que vive num país de verdades estarrecedoras? Votar na Dilma que engana, que mente, que é arrogante, autoritária e prepotente, ou mostrar a ela que o país precisa de um governante decente, sincero, humano? Cabe a cada eleitor escolher. Mas, segundo as últimas pesquisas, a maioria prefere mesmo viver num país de faz-de-conta e com uma governante que também faz de conta que o povo existe.
Mas seja o que Deus quiser. Mas é melhor deixar Deus fora disso, ainda que ele a tudo observe e se questione: Onde foi que eu errei com esse povo brasileiro?


Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Da glória ao fracasso: São Caetano cai para Série D e revolta torcida e ídolos

As centenas de fotos, recortes de jornais e pôsteres espalhados pelas paredes de uma salinha, situada embaixo da numerada do Anacleto Campanella, remetem a um tempo de glórias do São Caetano. Lembranças que Agostinho Folco, de 80 anos, fundador e presidente da famosa Bengala Azul, mostra com orgulho na sede da torcida. Mas um orgulho ferido, que nos últimos tempos tem se transformado em tristeza.


Quando o Azulão entrar em campo neste sábado, às 16h, fora de casa, contra o Duque de Caxias, fará sua última partida na Série C do Campeonato Brasileiro. O time já está rebaixado para a Série D. Sim, o clube – que no começo dos anos 2000 foi vice da Taça Libertadores, duas vezes do Brasileirão e campeão paulista – em 2015 jogará a Série A-2 do Paulistão – também caiu este ano – e a Quarta Divisão nacional.
Agostinho acompanhou de perto os grandes momentos do São Caetano. Viajou, comemorou e até ficou famoso por conta da torcida, formada apenas por idosos. Mas nos últimos anos isso deu lugar a um sofrimento, motivado por quedas e vexames, por enquanto sem fim. As alegrias estão só nas recordações. E as palavras dele não escondem isso.
Agostinho Folco, do São Caetano (Foto: Fabrício Crepaldi)Com olhar saudoso, Agostinho observa lembranças de uma época vitoriosa do Azulão (Foto: Fabrício Crepaldi)

 – Sentimos muito, não é brincadeira o que estamos recebendo. Saíamos na rua com o orgulho de usar a camiseta do São Caetano, as pessoas perguntavam sobre o clube. Hoje temos que baixar a cabeça, porque em qualquer esquina que passamos somos criticados e humilhados. Mudamos do vinho para a água. Não tem como continuar dessa maneira – contou, indignado.
A situação é precária. É lamentável o clube que tem essa história, que há 12 anos era uma atração no mundo todo, estar nessa situação
Agostinho Folco, torcedor-símbolo do Azulao
A Bengala Azul também não é mais a mesma. Apesar de ter mais de 600 associados, que ajudam a realizar festas e eventos na cidade, apenas 20 ou 30 costumam comparecer aos jogos. Mesmo assim, Agostinho garante que ela não acabará e nunca deixará de dar apoio ao Azulão. O que, no entanto, não diminuiu a revolta pela decadência do clube. Uma decadência para a qual ele não consegue encontrar motivos.

– A situação é precária. A cidade está sofrendo um trauma muito esquisito com esses rebaixamentos. O clube está abalando toda a estrutura da cidade. O povo quer que cheguemos novamente. É lamentável o clube que tem essa história, que há 12 anos era uma atração no mundo todo, estar nessa situação. Muitas vezes eu também me pergunto como isso está acontecendo – disse ele.
Agostinho Folco, do São Caetano (Foto: Fabrício Crepaldi)Agostinho e a memorabília do São Caetano: troféus, faixas de campeão, pôsteres e mais (Foto: Fabrício Crepaldi)


Agostinho Folco tem nos anos de glória a esperança para dias melhores no Azulão, como o vice da Libertadores de 2002 e o título paulista de 2004, considerados por ele os momentos mais inesquecíveis do clube. E por mais no buraco que o time esteja, ele afirma: nunca vai deixar de acreditar que um dia voltará a receber alegrias do clube de coração.

– A revolta nós sentimos porque temos um passado que nos consola. Nós tínhamos tudo aquilo, por que hoje não temos nada? Eu também não sei. Todo clube tem sua fase ruim, e nós estamos passando por ela. Creio que está acontecendo pela fase gloriosa que tivemos anos atrás. Eu penso "poxa vida, o clube foi tudo isso? Agora vamos castigar um pouco para nos reerguer". E vamos conseguir. Não vou perder a esperança – finalizou.

"Tragédia" e descaso

Se a torcida não consegue encontrar explicações para a situação do São Caetano, um ex-jogador que ajudou muito a construir a história positiva do Azulão é mais incisivo nas críticas. Morador da cidade e lateral-direito campeão paulista pelo clube em 2004, Anderson Lima vê a diretoria como responsável pelo momento que ele define como trágico.

– É culpa de má administração, falta de planejamento, uma coisa puxa a outra. Se a administração não é boa, o restante não rende. Quando as pessoas começaram a pensar no próprio umbigo, começou a cair. E eu fico muito triste com isso. Todos nós estamos abalados, porque chegou numa situação que no futuro pode até mudar, mas vai ser muito difícil. Para mim é muito triste. Ver um clube como o São Caetano, que conquistou tudo aquilo, nessa situação é uma tragédia – lamenta ele.
Anderson Lima auxiliar Chapecoense (Foto: Fabricio Crepaldi)Hoje auxiliar na Chapecoense, Anderson Lima culpa diretoria por decadência do São Caetano (Foto: Fabricio Crepaldi)

Anderson é o único dos ex-jogadores de sucesso do Azulão que mora na cidade. Ele continua trabalhando com o futebol e é auxiliar do técnico Jorginho na Chapecoense. Mas poderia estar no próprio São Caetano, se a diretoria tivesse aceitado um projeto de "ajuda" dele e de outros ex-companheiros de clube. A reportagem do GloboEsporte.com tentou contato com o presidente Nairo Ferreira – o mesmo da época de títulos – e outros dirigentes, mas foi informada que nenhum deles falaria.
É culpa de má administração, falta de planejamento, uma coisa puxa a outra (...). Se a administração não é boa, o restante não rende
Anderson Lima, ex-jogador e ídolo
– A cidade é como os ex-atletas: não tem muita abertura para ajudar o clube. Eu e outros atletas que passamos por lá tentamos várias vezes ajudar de uma forma ou de outra, porque para você fazer um trabalho bom precisa profissionalizar o futebol. E o São Caetano não fez isso, não tem pessoas capacitadas para tocar o futebol. Tentamos trabalhar no futebol, ajudar a planejar um pouco mais, porque tivemos a experiência de ter vestido a camisa do São Caetano e soubemos tudo o que se passa lá dentro. Poderíamos ajudar trabalhando lá dentro – explica.

Mesmo com a negativa, Anderson Lima garante: nunca vai recusar uma ajuda ao Azulão. E acredita que um dia vai voltar a ver no clube aquilo que vivenciou dentro de campo.

– Sou identificado com o clube. Sempre quero ajudar. Mas infelizmente não temos essa chance. Esperamos um dia voltar e ajudar. Dá saudade em mim e em todos. As pessoas deixam de ver o São Caetano jogar para acompanhar o (esporte) amador de São Caetano. Se pessoas capacitadas trabalharem num futebol profissionalizado, é possível voltar a ser um clube sério e com profissionais que querem ajudar – completou.

O futuro já começou

O Azulão nem terminou a participação na Série C do Brasileiro, mas já apresentou o técnico para a próxima temporada: será Luis Carlos Martins, que ganhou o apelido de Rei do Acesso por ter subido de divisão mais de dez times na carreira. Ele já trabalhou no clube, em 1999, e assumirá de fato no fim deste mês.
O São Caetano tem força, tradição, camisa, torcida, um grupo de apoio bom (...), mas por algum motivo as coisas não andaram bem em campo
Luis Carlos Martins, técnico
O objetivo do novo comandante é justamente esse. O primeiro passo será recolocar a equipe na Série A-1 do Paulistão, e Martins se mostra empolgado e esperançoso em reerguer o São Caetano.

– Nos últimos anos as coisas não foram bem aqui. Mas agora vamos pensar para frente, pensar em fazer as coisas bem para o São Caetano. Vamos virar essa página e pensar que tudo vai dar certo. Vamos fazer o possível, vou tentar tirar o máximo e montar um grupo vencedor. Para isso temos de estar unidos e respeitar a cidade – analisou.
Luis Carlos Martins novo técnico São Caetano  (Foto: Fabricio Crepaldi)Luis Carlos Martins, o Rei do Acesso: técnico é uma esperança na luta pelo reerguimento (Foto: Fabricio Crepaldi)


E a grande aposta do novo técnico é naquilo que foi construído nos tempos de vitórias, mas esquecido nos últimos anos.

– O São Caetano tem força, camisa, tradição, cidade, torcida, diretoria capacitada, um grupo de apoio bom. O time tem isso, mas por algum motivo as coisas não andaram bem em campo. Agora, com tudo isso, vamos fazer o que pudermos pelo clube para recolocá-lo em seu lugar – completou.

É o que esperam a Bengala Azul, Anderson Lima e todos aqueles que se acostumaram a ver o São Caetano brilhando entre os grandes do futebol brasileiro e até internacional.

Memórias de um capitão: em prantos, Léo Moura passa a limpo vida no Fla


Um brinde ao amor. A celebração de um relacionamento que começou até certo ponto despretensioso em um 12 de junho, dia dos namorados, e terá na tarde de sábado, no Maracanã, o capítulo de número 500. Léo Moura é sinônimo de Flamengo há quase dez anos. Torcedor na infância, o menino da Vila Kenedy precisou rodar bastante até, enfim, vestir a camisa do clube do coração. Passou por Holanda, Bélgica, Portugal, todos os outros rivais do Rio, dez clubes no total, até desembarcar na Gávea em meados de 2005. Nove anos e quatro meses depois, completa diante do Santos, cinco centenas de exibições com a camisa rubro-negra.
Léo Moura, 500 Jogos Flamengo (Foto: André Durão)Léo Moura com os oito troféus conquistados em 499 jogos com a camisa do Flamengo (Foto: André Durão)


A partida, válida pela 26ª rodada do Brasileirão, será praticamente um evento em celebração ao capitão do Flamengo. No meio da tabela, rubro-negros e santistas aspiram pouco na competição, mas os 19 mil ingressos vendidos até a noite de quinta-feira deixavam clara a importância do programa na véspera das eleições. Na Gávea, o presidente é Léo Moura, que será recebido no Maracanã como "chefe do estado flamenguista". Uma série de homenagens está programada para o lateral-direito antes e depois do jogo.
 
Nesta sexta-feira, véspera da marca histórica, Léo Moura conversou com o GloboEsporte.com sobre sua história no Flamengo. Com os oitos troféus conquistados ao longo de quase uma década (um Brasileirão, duas Copas do Brasil e cinco Cariocas) expostos no gramado da Gávea, o lateral-direito passou a limpo sua trajetória no clube: celebrou títulos, programou um futuro além de dezembro de 2015 - o que era seu desejo de aposentadoria inicialmente -, admitiu seguir a vida em outro clube caso não tenha o contrato renovado e esclareceu polêmicas, como os relacionamentos com Álvaro e Cuca em 2009.

Com a emoção à flor da pele, o capitão do Flamengo recebeu ainda o carinho de pessoas determinantes nesta trajetória de sucesso e não conteve as lágrimas, caiu em prantos. Clique nos vídeos e confira todo bate-papo com Léo Moura, que pisa às 16h20m (de Brasília), no gramado do Maracanã para escrever mais uma página marcante de uma história de 235 vitórias, 135 empates, 129 derrotas e 47 gols com a camisa rubro-negra.

Confira alguns tópicos da entrevista e os cinco gols escolhidos pelo lateral:

Chegada ao Fla em 2005
Léo Moura, 500 Jogos Flamengo (Foto: André Durão)Léo Moura chora bastante ao ver mensagens de amigos e familiares (Foto: André Durão)
- A partir do momento que acertei com o Flamengo, já foi especial. Sempre tinha sonhado jogar no clube. A oportunidade surgiu lá em Portugal (jogava no Braga). Quando tudo estava certo, liguei para minha mãe e disse: "Deu tudo certo. Vou jogar no time que sempre sonhei". É uma emoção até difícil de descrever. 

Aposentadoria adiada

- Me dedico, me cuido, procuro fazer trabalhos de prevenção. Por isso, jogo esse tempo todo na lateral. Sei que não sou mais garoto, mas tenho experiência e sei a hora de atacar ou não, só vou na boa. Tenho condição ainda de jogar mais um ou dois anos no auge. Me sinto muito bem.

Encerrar a carreira em outro clube

- Não vejo problema. Sou um atleta profissional. Já tinha passado por outros clubes e estou há quase dez anos no Flamengo. Se não for possível ficar aqui, vou agradecer e seguir. Até porque, tenho uma família que depende de mim e não posso parar agora.

Penteado Moicano

- Não imaginava (que ia virar moda). Sempre usei cabelo na máquina, muito baixinho, mas quando vim para o Flamengo vi o Beckham fazer esse penteado na Copa (de 2006) e pensei: "Vou deixar crescer e vou fazer". Fui testando, fui mudando. O Flamengo ajuda muito, a criançada começa a ver, imitar, e virou essa febre até hoje.

Desabafo após gol diante do Náutico, em 2009


- Naquele momento, ainda estávamos querendo uma crescente no campeonato. Era um jogo decisivo, em casa, contra um time menor... Estávamos buscando a vitória e a torcida pegando no pé, cobrando, vaiando... É normal, a torcida só cobra de quem pode dar alguma coisa. Quando saiu o gol, eu só quis falar, gesticular, xingar daquela forma por ser um momento de pura explosão. Não foi para ofender ninguém. Até porque, tenho um carinho e um amor por essa torcida que só eu sei. 

Títulos pelo Flamengo


- O jogador só é marcado no clube quando conquista títulos, e eu conquistei muitos importantes, entrei para história. Só não conquistei em 2010 e 2012. Brasileiro depois de tanto tempo na fila, bicampeão da Copa do Brasil, Estadual.. Cada título é importante e marcante, em cada um é uma equipe totalmente diferente e eu continuei.
TOP 5 - GOLS DE LÉO MOURA PELO FLA

Flamengo 3 x 1 Cruzeiro - 12 de setembro de 2007 - Brasileirão - "É engraçado esse gol. Quem tinha que cruzar era eu, não era o Souza. Quem tinha que ajeitar, era o Souza e não o Toró, que é pequenininho. E eu peguei de primeira. Tem coisas que não dá para entender no futebol".


Náutico 0 x 2 Flamengo - 04 de outubro de 2008 - Brasileirão - Léo Moura marcou o segundo gol da vitória rubro-negra nos Aflitos em lindo chute de fora da área.




Flamengo 2 x 0 Universidad Católica - 24 de fevereiro de 2010 - Libertadores - "Ali quem ia bater era o Adriano. Eu falei para que ele deixasse eu bater. Ele deixou e disse: "Faz ela passar em cima do terceiro homem da barreira que é gol". Eu estava concentrado e quando bati e ela passou ali, ele veio correndo dizendo: "Eu falei!". Foi marcante porque o Zico estava até assistindo no estádio".

Flamengo 2 x 2 Universidad do Chile - 8 de abril de 2010 - Libertadores - "O (Vágner) Love disputou a bola, ela sobrou e eu falei: "Meu irmão, eu vou soltar a perna aqui". Os caras entraram tudo para o gol e eu pensei: ou ela vai entrar e ninguém vai conseguir tirar ou vai para fora do campo. Peguei bem na bola, pegou na veia e estufou a rede.

Flamengo 4 x 0 Botafogo - 23 de outubro de 2013 - Copa do Brasil - "Foi o gol do meu aniversário, que foi um momento inesquecível. É um dos momentos que mais vou guardar da carreira. Poder fazer um gol em um rival, no dia do meu aniversário, com o Maracanã inteiro gritando meu nome".

NA ESTRADA DA VIDA

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...

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