O 34º Congresso da Federação Mundial de Vôlei (FIVB) decidiu por uma série de importantes mudanças para o esporte. Além de novas regras na praia e na quadra – a principal delas sendo a proibição de qualquer tipo de toque dos jogadores na rede -, a entidade aprovou o mesmo formato adotado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para delimitar o mandato do presidente. Agora, o limite máximo será de 12 anos, com uma primeira gestão de oito anos e possível reeleição por mais quatro. No caso do atual mandatário, o brasileiro Ary Graça, haverá uma inversão destes períodos, o que permitirá que o presidente ultrapasse o limite máximo de 75 anos de idade durante a permanência no cargo.
Ary Graça poderá seguir como presidente da FIVB até 2024, caso se reeleja (Foto: Divulgação / FIVB)
Ary Graça foi eleito para o cargo máximo do vôlei mundial em 2012 para servir até 2016. A FIVB aprovou que, no caso dele, o segundo mandato seja o de oito anos. Como o brasileiro deverá ser candidato único em 2016, ele poderá seguir no poder até 2024, quando terá 79 anos. Antes a FIVB não possuía um limite de reeleições, desde que o candidato se sagrasse vitorioso no pleito realizado a cada quatro anos.
O Congresso em Cagliari também estipulou uma série de importantes mudanças no esporte em si. A mais relevante tanto para a quadra quanto para a areia é a proibição de qualquer toque na rede, aprovada por apenas 111 dos 210 delegados presentes no evento. Se antes apenas o contato com a fita ou toque na rede que interferisse no andamento da jogada era vetado, agora qualquer ação desta natureza resultará em punição.
A quadra terá outras duas mudanças importantes. Em mais uma tentativa de reduzir a duração das partidas e tornar as transmissões de televisão mais dinâmicas, competições como o Mundial terão apenas um tempo técnico por set. Haverá também alteração na chamada “área livre”, que vai dos limites da quadra até as placas de publicidade. A distância mínima nas laterais será de 5m, enquanto no fundo será 6,5m. Todas estas mudanças deverão entrar em vigor em três meses.
Para o vôlei de praia, outra mudança fundamental se refere à duração do Circuito Mundial. Em vez de anual, como é atualmente, a competição passará a durar dois anos. Neste contexto, será criado uma espécie de “torneio final” reunindo as oito melhores duplas do ranking em cada gênero, com premiação total de US$ 250 mil (quase R$ 580 mil). O Mundial adulto da modalidade será mantido nos anos ímpares, mas o Mundial sub-23 será extinto – antecipando a chegada dos jovens atletas à categoria principal.