A procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) denunciou 25 pessoas e os clubes Londrina e Brasil de Pelotas pela confusão generalizada ocorrida no último sábado, no estádio do Café, pelas semifinais da Série D do Brasileiro. Além da briga entre jogadores e comissão técnica, foram relatados infrações como a de arremesso em campo de um rádio portátil e atraso para início do jogo. Os clubes foram acusados de não prevenir e reprimir as desordens ocorridas, que podem custar a perda de mando de campo e multa. No jogo, o empate em 2 a 2 deu a vaga na final para o Brasil de Pelotas. O julgamento ainda não tem previsão para ser realizado.
A procuradoria também pede a suspensão preventiva 11 membros dos dois times, como o técnico Claudio Tencati, do Londrina, acusado de participar do conflito e invasão de campo, e o técnico do Brasil de Pelotas, Rogério Zimmermann, por conduta contrária à disciplina esportiva e incitar ódio e violência.
Também podem sofrer suspensão preventiva os jogadores do Londrina Madison (agressão física), Allan (agressão, participar do tumulto e conduta contrária à disciplina desportiva), Anderson (participar da briga) e o massagista Marcelo Rockenbach (invasão de campo, agressão e envolvimento do tumulto).
SAIBA MAIS
No Brasil de Pelotas, além do treinador, o goleiro Eduardo Martini será julgado por agressão física e participar do tumulto, além do jogador Cirilo, também por participar da briga. O preparado físico João Beschorner foi acusado de rixa, conflito ou confronto, invasão de campo e ofensa. Fecha a lista o auxiliar técnico, Alex Lessa que vai responder por rixa, conflito ou tumulto, invasão de campo), ameaça ofensa.
Além da denúncia de suspensão preventiva, outros 14 atletas são acusados de participar da briga e serão julgados. São eles: Eduardo, Eduardo Martins, Jenner, Gustavo, Jonatan e Eder do Brasil de Pelotas; além dos jogadores do Londrina Marcelo, Diego, Cristovam, Leonardo, Elias, Guilherme, Robson e Hiago.
A denúncia foi feita com base na súmula do árbitro Eduardo Tomaz de Aqui Valadão e imagens de vídeo. A equipe gaúcha ainda responde pelo atraso de um minuto no retorno da equipe em campo para o segundo tempo.
A procuradoria não citou as agressões sofridas pelo cinegrafista da RBS TV (afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul) que levou chutes e pontapés, além da intimidação do ex-diretor de futebol do Londrina, Alex Brasil, que tentou tomar a câmera do profissional para apagar as imagens.
Confusão foi geral em campo; Clube podem pagar caro (Foto: Roberto Custodio/Jornal de Londrina)