Cuidando Bem da Sua Imagem

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GIRO REGIONAL

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UM GIRO NO NORDESTE

sábado, 8 de novembro de 2014

DIREITOS AUTORAIS: Ilustrador vai processar PT por uso de desenho de Dilma durante campanha

O ilustrador Sattu Rodrigues, criador de um desenho estilizado de Dilma Rousseff, usado ativamente durante sua campanha à Presidência deste ano, afirma que vai processar o PT por direitos autorais, pois nunca permitiu que a imagem fosse utilizada para tais fins.
Sattu disse à Folha de S. Paulo que nunca foi procurado por nenhum integrante da campanha do partido para que desse autorização do uso de sua criação. "Fiquei surpreso. Quando vi, no final do primeiro turno, já estava rolando".

Foto: Divulgação
O ilustrador fez a imagem em 2010, com uma foto de 1970, a pedido da revista Época, para estampar uma das capas da publicação. Quatro anos depois, o desenho foi amplamente usado pela campanha de Dilma e, ainda, na televisão, banners, folhetos, internet, comícios e outros materiais de divulgação.
Segundo o advogado de Sattu, André Marsiglia, "houve uso indevido da obra, de forma comercial e também com implicações ideológicas".

O PT confirmou que nunca entrou em contato com o ilustrador e que o caso foi encaminhado para análise em seu setor jurídico.

Farra com força: Município declara situação de emergência e Prefeitura vai realizar sete dias de festa

O fato preocupante é que, a própria administração municipal decretou situação de emergência, pois Itaporanga tem sido bastante prejudicada pela seca
Aniversário de Itaporanga causa polêmica
A Prefeitura da cidade de Itaporanga anunciou que fará sete dias de festa no aniversário da cidade que ocorre no dia 09 de janeiro. A informação foi veiculada na imprensa do Vale do Piancó. O município estará completando 150 anos e o prefeito Aldiberg Alves deve marcar com um grandioso evento.
O fato preocupante é que, a própria administração municipal decretou situação de emergência, pois Itaporanga tem sido bastante prejudicada pela seca, além de passar por problemas sanitários.

O anúncio da grande festa tem dividido opiniões na cidade e região. Alguns populares dizem que não há necessidade de realizar sete dias de festa, quando a prioridade devia ser solucionar os problemas do município.
Os sete dias de festa também têm sido criticados pela imprensa do Vale do Piancó que, acha um exagero realizar uma semana de festa, quando o município passa por dificuldades.
Outras pessoas consideram o fato dos 150 anos do município ser uma data memorável e concordam com o grande evento que deve ser bancado pela Prefeitura de Itaporanga.

DIÁRIO DO SERTÃO

VIOLÊNCIA E MEDO: estudantes são assaltados dentro da sala de aula

20141107065749Depois de promoverem arrastões em postos de combustíveis, farmácias, casas lotéricas, residências e ônibus, os bandidos agora resolveram atacar as escolas públicas.
Em Campina Grande estudantes de duas escolas públicas estão vivendo uma rotina de medo com as ameaças dos marginais. As vítimas sofrem arrastões quando chegam ou saem das escolas São Clemente, no distrito de São José da Mata, e Severino Cabral, localizada no bairro de Bodocongó. No distrito, os bandidos assaltam os estudantes dentro das salas de aula da escola da rede municipal. Segundo denúncias, diariamente a escola está sendo invadida por adolescentes e com medo aulas acontecem de portas trancadas.
No dia de ontem, as aulas foram suspensas em decorrência dos assaltos. O diretor disse que muitas professoras estão se recusando a dar aula devido o medo.
O subcomandante do 2º Batalhão de Polícia Militar, major Gilberto Felipe da Silva, disse que não tinha conhecimento dessa frequência de ações na escola e garantiu que irá reforçar a atenção com a área. A Secretaria de Educação de Campina Grande adiantou que vai acionar o setor jurídico para tomar providências em relação à conduta dos adolescentes que estão invadindo a escola.
PBAgora

Policial Civil de 70 anos morre no motel após entrar com duas jovens

Um comissário de Polícia Civil de 70 anos morreu nesta quinta-feira (6), dentro do quarto de um motel localizado no município de Santana, a 17 quilômetros de Macapá.

Segundo a Polícia Militar (PM) do Amapá, ele chegou ao local acompanhado de duas mulheres, de 27 e 28 anos, que foram apresentadas na Central de Flagrantes da cidade. O idoso teria reclamado de dores no peito minutos antes de morrer. Ainda de acordo com a PM, não foram encontrados sinais de agressões físicas no corpo. A morte do comissário está sendo investigada pela Delegacia de Polícia Civil de Santana. O delegado José Neto, responsável pelo caso, não foi encontrado para falar sobre o assunto.
O 4º Batalhão de Polícia Militar informou, por meio de nota, que no momento da morte a mulher de 27 anos estava no quarto junto com o policial, enquanto que a outra aguardava dentro do carro da vítima, na garagem do motel.
O policial atuava na Delegacia de Investigação em Atos Infracionais (Deiai). Ele iria se aposentar em 2015, segundo informou o titular da delegacia, Plinio Roriz. “Estava trabalhando, mas já havia entrado com o pedido de aposentadoria. Desenvolveu um trabalho muito bom”, destacou.
G1

Enem 2014: Candidata de 32 anos tem AVC e morre em local de prova

Fachada do Colégio Santa Emília, onde a candidata Edvania Florinda morreu

Amanda Miranda - O Globo

Uma candidata do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) teve um AVC e morreu no Colégio Santa Emília, um local de aplicação da prova no bairro do Jardim Atlântico, em Olinda, Região Metropolitana de Recife. A comerciante Edvania Florindo de Assis, de 32 anos, chegou a ser atendida pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Emergência (Samu), mas não resistiu e faleceu no local. No fim da tarde, o Instituto Nacional de Estudos Educacionais Anísio Teixeira (Inep) emitiu uma nota lamentando o ocorrido.

Segundo funcionários que trabalham na entrada da escola, Edvania foi, primeiramente, a uma outra unidade do Colégio Santa Emília, a cerca de 1km de distância, no mesmo bairro do Jardim Atlântico. Quando percebeu que estava no prédio errado, correu para o endereço certo. Ela atravessou os portões de entrada quatro minutos antes do seu fechamento, mas desmaiou em seguida. Acordou pouco depois, mas logo desmaiou de novo. Edvania foi socorrida pela enfermeira do local e pela equipe do Samu, que não puderam salvá-la.

Edvania estava acompanhada do sobrinho e do marido, Ginaldo Antonio de Araújo, com quem tinha uma filha de 4 anos de idade. Ginaldo, que também é comerciante, contou que eles estavam juntos há seis anos.
Leia na íntegra a nota de pesar do Inep.

"O Instituto Nacional de Estudos Educacionais Anísio Teixeira (Inep) lamenta profundamente a morte da participante do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014 Edivania Florinda de Assis, ocorrida neste sábado, 8, em Olinda, no Colégio Santa Emília, onde faria as provas. Nesta oportunidade, o Inep se solidariza com a sua família."


extra.globo.com

Juiz que processou agente que disse que ‘ele não é Deus’ já foi multado por ‘dirigir sob influência de álcool’

Juiz João Carlos de Souza Correa já foi multado por dirigir sob influência de álcool, em 2013

Ana Carolina Pinto e Breno Boechat

O episódio que virou ação na justiça não foi o único envolvendo o juiz João Carlos de Souza e o descumprimento a regras de trânsito. Em 2013, dois anos após o caso, o magistrado foi multado ao parar em uma blitz por dirigir sob influência de álcool. A infração aconteceu na madrugada de 14 de março do ano passado, quando ele foi parado por agentes da Lei Seca, em Copacabana. Na ocasião, segundo a Secretaria estadual de Governo, João Carlos se recusou a fazer o teste do bafômetro e teve a carteira apreendida. O veículo foi liberado após a apresentação de outro condutor.

Na última sexta-feira, uma decisão tomada pelo desembargador José Carlos Paes, da 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, na sexta-feira, confirmou sentença de primeira instância, que condenou a agente do Detran-RJ Luciana Silva Tamburini a indenizar João Carlos em R$ 5 mil, por ironizar uma autoridade pública”. O caso ocorreu em 2011, quando João Carlos foi parado pela fiscal por dirigir um carro sem placa e estava sem a carteira de motorista. Ele chegou a dar voz de prisão à agente por desacato.

Ao todo, no nome do juiz, estão registradas sete multas de trânsito, que, juntas, somam 28 pontos na carteira de habilitação do magistrado. Seis dessas autuações estão vencidas e não foram pagas. Somadas, as multas resultam num valor de R$ 2.330,39. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, o motorista que acumular 20 pontos na carteira no período de um ano tem o direito de dirigir suspenso.


Agente foi condenada a pagar R$ 5 mil em indenizações ao juiz

Agente diz que vai recorrer

O processo, originalmente, foi movido pela agente contra o magistrado. Ela exigia indenização, alegando que ele tentou receber tratamento diferenciado por ser juiz. Em primeira instância, no entanto, a Justiça entendeu que Luciana perdeu a razão ao ironizar uma autoridade e reverteu a ação, condenando a agente. Ela vai recorrer para o Superior Tribunal de Justiça.
— Vou até o final, porque sei que agi corretamente. Não me arrependo de nada, faria a mesma coisa de novo — afirma.
O juiz João Carlos de Souza Correa e o desembargador José Carlos Paes informaram, por meio da assessoria de comunicação do TJ, que não vão se manifestar.
Na internet, um grupo de pessoas que soube do caso e se indignou iniciou uma campanha para arrecadar recursos para ajudar Luciana a pagar a indenização à qual foi condenada.

Luciana Silva Tamburini vai recorrer da decisão da Justiça


extra.globo.com

VAI FICAR NA SAUDADE

Rangel Alves da Costa*


Ninguém pode negar a importância das novas tecnologias na realidade presente. Tudo está muito próximo, a comunicação é instantânea, as respostas imediatas, não há mais ilha de convivência humana. De qualquer ponto do mundo será possível manter comunicação instantânea com as paragens mais remotas. Assim a vida sem esconderijos.
Contudo, as tecnologias, os modismos e as facilidades do mundo moderno, acabam provocando distanciamento do ser humano perante sua realidade e desinteresse pelos seus afazeres mais simples e cativantes.  O novo e fácil e rápido vai gerando um alheamento àquilo que costumava fazer com esmero e carinho, eis que agora tudo num simples teclado, num envio e numa resposta. Também quase não há mais tempo pra se pensar nem escolher, pois tudo requer rapidez.
Basta acessar a internet e lá estarão as notícias do mundo inteiro, em tempo real. As cartas, bilhetes, comunicados ou informações pessoais podem ser enviados pelo computador. As conversas rápidas se dão através das redes sociais. Ouvir a voz e avistar a pessoa também não é problema, pois tudo ali diante da telinha. As presenças se tornaram virtuais. Nada, pois, se distancia ou pode deixar de ser alcançado.
Mas nem todos se acostumam com os novos mecanismos. Não são poucos os que ainda relutam em aceitar e utilizar os novos mecanismos. Conheço gente que continua teclando seus textos na velha máquina de escrever ou mesmo escrevendo a punho. Afirma que perde a criatividade diante de um computador. E justifica a continuidade no velho hábito dizendo ainda que a escrita criativa deve ser algo tão manual e artesanal como se moldada na madeira ou no barro, pois perde todo o sentido se dependente de uma máquina que de repente pode apagar tudo.
E também aqueles que se negam a ler notícias através de sites de jornais. No mesmo sentido os que rejeitam a leitura de qualquer livro via computador. Tanto com relação ao noticiário quanto aos livros, a justificativa é sempre no sentido de não provocarem a mesma sensação que tocar no papel, folhear, passar folha por folha ou página por página. Nada igual a receber um jornal na porta de casa ou adquiri-lo na banca, nada parecido como retirar o livro da estante, deitar numa rede e entregar-se à leitura.
Segundo afirmam os adeptos da leitura no papel, não faz nenhum sentido tomar café pela manhã tendo à frente uma tela de computador. O que seduz e encanta, desperta interesse e curiosidade, é recolher o jornal jogado pelas grades da casa e, como num ritual de todo amanhecer, levá-lo até a mesa e ali folheá-lo avidamente, visualizando manchetes e adentrado no noticiário mais interessante ou convidativo. E as letras vão sendo sorvidas, engolidas com café e pão, no sabor do queijo e do leite.
Com efeito, as palavras impressas cativam e aproximam o leitor. São como grãos espalhados que vão sendo juntados para a safra daquele momento. Muitos dizem da magia em folhear o jornal, avistar as chamadas principais, dialogar com os fatos, enraivecer-se com uns e até sorrir com tantos outros. As informações também recebem tratamento diferenciado. É como se o papel fosse a prova, para acreditar ou não. E não raro que após a olhada na primeira página, o leitor se apresse para chegar aos articulistas ou colunistas preferidos, já sabendo de antemão o que deseja encontrar.
E não é muito diferente com relação aos livros. Verdade que as histórias, tramas e enredos não mudam se lidos numa tela ou folheando página a página. Mas o encantamento sim, o diálogo com o texto sim, pois se apalpa o papel como se estivesse interagindo com a narrativa, envereda-se por aqueles caminhos como se pretendesse ajudar um personagem, com ele manter cumplicidade, fazer parte daquele emaranhado de situações. Há, na leitura manual verdadeira simbiose do leitor com a história. Sem falar na possibilidade de fechar o livro por alguns instantes e depois retornar ao mesmo com igual fervor e expectativa.
Mas as novas tecnologias não trouxeram consequências apenas na leitura de jornais e livros. As cartas pessoais, amorosas ou de amizades, já não são mais anunciadas pelos carteiros como noutros tempos. Tornou-se raridade encontrar alguém de feição rubra diante de uma correspondência. E ao abri-la, com o coração palpitante, deixar que os olhos e a feição reflitam o que ali se derrama. A cartinha tremula nas mãos, os olhos gotejam por cima da folha, as letras tortas se amiúdam ainda mais ao dizer: A saudade é demais, em breve retornarei. Um beijo e um abraço de quem te ama!
E assim também com os cartões natalinos, os telegramas, as mensagens costumeiramente enviadas via correios. Carteiro hoje em só entrega impressos, extratos e nada mais. Também ninguém se põe à janela ao entardecer esperando que o velho amigo anuncie a chegada da cartinha tão esperada. Assim não existe mais porque tudo através do celular, do computador, das redes sociais. E não sei se brevemente a presença vai ser necessária nos relacionamentos humanos, eis que tudo virtual.
Seja como for, nada substituirá o prazer em rabiscar numa folha ou colocar o papel na velha máquina para dedilhar a prosa, o verso, a vida. E também deixar a folha seca da amendoeira marcando a página onde o oráculo anuncia como será o amanhã.


Poeta e cronista
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VELHAS E NOVAS LIÇÕES

Rangel Alves da Costa*


Por mais que se busque preservar as bases primordiais das civilizações, a verdade é que o tempo vai varrendo muito daquilo que caracterizou a vida de muitas sociedades. Os sistemas jurídicos e sociais, por exemplo, são aprimorados para atender às feições do novo tempo. Porém muito se deteriorou pelo uso ou foi simplesmente esquecido.
A Lei do Talião, aquela do olho por olho dente por dente, e contida no Código de Hamurabi (1700 a.C.), teve validade e justificação naquele momento histórico da Babilônia. Contudo, a evolução do Estado e as novas concepções do homem enquanto senhor de direitos, expurgou de vez esse tipo de justiçamento, ou lei pelas próprias mãos. E igualmente com diversas legislações modernas que alijavam às mulheres quase todos os direitos sociais. Em algumas sociedades ainda prosperam as discriminações, porém contrapondo aos ditames humanos da lei.
Muitas práticas das sociedades e povos antigos são vistas atualmente como absurdas. E não raro se imaginar que assim agiam por estarem vivendo num período de barbárie. Mas sempre errôneo pensar assim. As práticas, condutas e leis eram justificadas pela própria sociedade de então. Existiam de tal forma porque as condições de então requeriam suas práticas. Somente com a evolução de outras sociedades ao redor, aquelas de princípios mais tradicionais começaram também a se moldar perante as novas realidades.
A verdade é que as transformações foram ocorrendo com a própria evolução da sociedade, do seu pensamento e na sua forma de se situar perante o seu meio. Assim, aqueles tantos deuses cultuados foram dando lugar a uma crença num ser superior, ainda que permanecessem os cultos esporádicos às divindades. Neste percurso, o sistema patriarcalista, onde havia nítida prevalência do homem como senhor absoluto, foi dando lugar a um regime familiar, com reconhecimento da importância da mulher na tomada de decisões.
Do mesmo modo ocorreu com as práticas rituais, os costumes, as tradições e as manifestações próprias de cada povo. Num passado não muito distante, a vida entre determinados povos era em grande parte permeada por cultos e ritos que fortaleciam não só sua espiritualidade como permitiam maior unidade e controle social. Com o passar dos anos, ainda que permaneçam vivos resquícios das tradições, pouco restou daquela existência mista de cultura e religiosidade próprias.
Contudo, mesmo o passado sem rastros, devorado e esvoaçado de vez pelo tempo e as transformações, não desaparece de modo que dele não se possa avistar suas lições. Muito continua existindo com nova feição. Na verdade, nada de novo existe que, de alguma forma, já não tenha existido no passado. E a pura verdade, eis que o homem vai apenas transformando o já existente para o surgimento do novo. E desde a primeira chama do fogo ao laser mais moderno.
Nada melhor que a História para servir de exemplo e testemunho de realidades que não devem ser repetidos pelas gerações. Verdade é que as atrocidades das guerras parecem espelhos de pouca valia diante dos absurdos repetidamente cometidos. E igualmente com relação aos abusos empreendidos em nome do fanatismo, preconceito e discriminação. Em nome da fé espalha-se o terror e o medo.
Mas foi também a História que cuidou de lançar ao olhar das civilizações a necessária aversão por práticas e costumes que confrontavam o próprio sentido de humanidade. E a escravidão humana - que por tanto tempo submeteu impiedosamente pessoas pela sua cor, tornando-as como reles mercadorias ou instrumentos de trabalho - teve de ser renegada ante as novas realidades históricas.
Contudo, os resquícios escravagistas continuam açoitando a dignidade humana em diversos recantos. E o seu combate só pode ter continuidade se aquele passado de dor e sofrimento não for esquecido. Do mesmo modo a negação da mulher em diversas sociedades e os tribalismos que colocam seres inocentes como alvo de suas guerras infindas. Os radicalismos islâmicos e suas barbáries são exemplos claros de como o homem insistem em continuar se bestializando.
Contudo, nada acontece por acaso. Sempre se espera que a guerra, o sofrimento, a perseguição, o preconceito e o sangue injustamente derramado sirvam como alguma lição. E que deva ser aprendida a tempo de salvar o que resta da humanidade.


Poeta e cronista
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CRÔNICA: CAJUÍNA, PEITO DE VÉIA E OUTRAS DELÍCIAS

Rangel Alves da Costa*


Há poucos dias minha prima Lena enviou-me uma cajuína. Não só o refrigerante como também uma rapadura na palha. E tudo vindo de Juazeiro do Norte, na romaria que anualmente faz para alimentar sua fé. Lembranças singelas e cativantes demais, e com significado especial.
Sei que a rapadura ainda pode ser encontrada em qualquer feira nordestina, mas certamente sem a simbologia de uma que chega embrulhada na palha e vinda diretamente das terras do Padre Padim Ciço, verdadeiro santo nordestino. E a cajuína merecedora de atenção especial, vez que esse tipo de refrigerante está rareando cada vez mais nas mercearias e botequins sertanejos.
Verdade que a cajuína de fabricação moderna, em garrafa pet e rótulo bonito. Contudo, me fez relembrar outras cajuínas ou tubaínas que tanto apreciei noutros doces e distantes momentos da vida. Estas eram de fabricação quase artesanal, engarrafadas em vidro, com tampa de alumínio. O preço era acessível a qualquer um, bastando escolher o sabor, geralmente entre o guaraná ou tutti-fruti.
Também conhecida como refrigerante de pobre, a cajuína não podia faltar nas prateleiras e geladeiras dos armazéns e bares interioranos. Num tempo ainda de raridade de geladeira pelos sertões, ainda assim a velha cajuína estava disponível para ser levada para o regabofe ou para ser servida ali mesmo no balcão, e como companhia inseparável do biscoito ou bolachão de pacote.
Quando não era a cajuína era a mariola fazendo companhia ao tareco, ao biscoito de prateleira, ao pão adormecido de muitas noites. A goiabada, prima rica da mariola, e que por muito tempo chegava enlatada às vendas, era iguaria com preço mais elevado, inacessível à maioria. E por isso mesmo consumida aos poucos, cuidadosamente. Uma delícia com um pedacinho de queijo. O doce era geralmente servido em pequenas fatias após o almoço, mas principalmente oferecido como sobremesa aos visitantes.
Hoje se tem como brega sobremesa de goiaba, porém duvido que alguém negue seu sabor ou rejeite uma fatia. Conheci pessoas que a apreciavam tanto a ponto de manter escondida uma lata dentro do armário e até devidamente embrulhada debaixo do colchão. Por isso mesmo que jamais perdeu seu status de gula socializadora. Naqueles idos, a primeira encomenda que um ricaço fazia ao chegar era um quarto de goiabada cascão com queijo derretido por cima. E comia de se acabar.
Qualquer novidade que surgisse na feira de antigamente fazia sucesso. Num tempo sem energia elétrica, com o gelado esquentando na mão de muita gente, chegar por aqueles rincões carregando barras de gelo encaixotadas e depois raspá-las miudinho para vender misturado ao ki-suco de diversos sabores, era coisa que não dava para tanta meninada em fila.
O picolé só apareceu depois, com a chegada da energia elétrica e das primeiras geladeiras. E era picolé de forma, segundo o sabor escolhido, com pessoas levando copos e perguntando pela janela se ainda havia picolé para vender. Mas nada comparado ao sucesso alcançado pelo famoso peito de véia, principalmente de coco. Colocava-se o leite ou ki-suco num saquinho e depois congelava para vender. Saía do congelador endurecido, mas depois de mordido num canto e colocado na boca começava a amolecer. Daí o nome peito de véia. E que ainda continua sendo chupado em diversas localidades interioranas.
O quebra-queixo era outra especialidade das feiras interioranas. Aquele tabuleiro com cocada dura, liguenta, pedaços trabalhosamente cortados e servidos em papel de seda, era verdadeira festa ao olhar de todo mundo. Contudo, a meninada preferia os pirulitos de mel em canudinhos e vendidos na tábua. Era doce de todo dia e que, ao lado da cocada e do arroz doce, podia ser encontrado nas janelas sertanejas.
Relembro com saudade e água na boca os pirulitos de Dona Luisinha e também a cocada de doce de frade de Dona Cecília. E com uma recordação especial ao arroz doce de Baíta. Todo mundo dizia que era aguado, mas ninguém resistia. Bastava chegar o entardecer e os copos com canela por cima chegavam aos apreciadores nas calçadas. Incomparável também a cocada branca de Dona Quininha, colocada ali na janela, com pano branco por cima, silenciosamente chamando para as delícias da vida.
Mas na minha meninice eu sempre aguardava ansioso por alguém que passasse oferecendo a mais deliciosa das frutas. Por onde anda araçá, por onde anda minha pequenina e doce fruta? Pelo sumiço do sertão, temo em não mais beijar sua boca.


Poeta e cronista
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Gre-Nal de musas: atrizes torcem e até rezam por vitória no clássico gaúcho

Os atributos costumam render elogios, olhares e até mesmo cantadas de marmanjos a cada passeio pelas ruas. Não à toa. Elas são belas, loiras e gaúchas. Habituadas a figurar no centro das atenções, a atriz Morgane Martin e a modelo e apresentadora Luize Altenhofen ocuparão posição secundária - se é que isto é possível - a partir das 17h do próximo domingo, para assistir ao Gre-Nal da Arena, pela 33ª rodada do Brasileirão.
As musas também conservam do berço quase a mesma paixão pelo futebol. Quase. Fica cada uma na sua. Morgane, assim como a irmã gêmea, Mônica, ao lado de quem ganhou fama ao contracenar com Cauã Reymond, no seriado “O caçador”, é gremista fanática. Luize é colorada e já desfilou pelas passarelas com as cores do clube. 
Montagem grêmio musas (Foto: Montagem sobre fotos/Carlos Santos/GloboEsporte.com/Sérgio Gaia/DVG)Musas dão seus palpites para o Gre-Nal (Foto: Montagem sobre fotos/Carlos Santos/GloboEsporte.com/Sérgio Gaia/DVG)


Elas afirmam ao GloboEsporte.com que estarão sintonizadas em todos os lances do próximo confronto entre Grêmio e Inter. E sem abrir mão das superstições para torcer pelos clubes do coração, lançam seus palpites para o clássico e pedem até uma ajudinha divina.
- Não perderei esse jogo por nada. Estou apostando em 2 a 1 para o Grêmio, com gols de Dudu e de Barcos. Gosto sempre de assistir aos jogos com a camiseta do Grêmio, mas dia de Gre-Nal é tenso. Começam os palpites do placar e vale até pedir para Nossa Senhora dar uma forcinha - arrisca a musa do Tricolor
- Claro que assistirei. Será 1 a 0 para o Inter, com gol do D’Alessandro. Talvez do Aránguiz. Vou assistir ao jogo com meu gorro da sorte. Minha irmã gremista já tentou dar um fim à ele, mas ele é forte – rebate a bela do Colorado.
Gêmeas gremistas Morgane e Monica Martin (Foto: Sérgio Baia / GMP Assessoria, DVG)Morgane e a irmã gêmea, Mônica (Foto: Sérgio Baia / GMP Assessoria, DVG)
Natural do município de Giruá, Morgane acostumou-se desde cedo a vestir o azul, preto e branco do Grêmio. Se tornou gremista por influência dos pais e das irmãs, e logo começou a frequentar o Estádio Olímpico, mesmo que precisasse superar uma distância de quase 500 quilômetros entre a cidade natal e Porto Alegre. Com residência fixa no Rio de Janeiro, ainda sonha em conhecer a Arena. 
- Adorava assistir aos jogos no Olímpico. A emoção de poder fazer parte da energia da torcida gremista no estádio é inexplicável. Ainda não tive a oportunidade de conhecer a Arena, mas em breve irei prestigiar meu time em um jogo em Porto Alegre – revela.
Luize nasceu em Cruz Alta, e não mantinha a mesma frequência da musa rival no Beira-Rio. Ausência que está longe de significar menor apego ao Colorado. A modelo costumava se reunir com amigos para assistir aos jogos e, assim, manter viva a paixão que herdou do avô "fanático", que a conquistou ao lhe dar de presente uma camisa do Inter.
- Eu dificilmente podia ir ao Beira-Rio, devido à distância de Cruz Alta a Porto Alegre ( cerca de 350 quilômetros), mas nos reuníamos para ver os jogos. Pretendo conhecer o novo estádio, de preferência numa final de campeonato.
As torcedoras ilustres não fogem das perguntas e das opiniões. Falam sobre histórias de torcida, do trabalho de Abel Braga e de Luiz Felipe Scolari e de seus ídolos nas equipes atuais.
Confira:
Gre-Nal inesquecível:
Morgane: 
Um jogo emocionante foi a final do Gauchão de 1995, onde o Grêmio ganhou de 2X1 do Inter e partiu rumo ao Mundial.
Luize:  Várias finais do Gauchão. Quando o meu colorado vencia, o momento inesquecível era a comemoração pelas ruas da cidade.
Luize Altenhofen camisa Internacional desfile (Foto: Jefferson Bernardes/ Vipcomm)Luize desfilou com a camisa do Inter (Foto: Jefferson Bernardes/ Vipcomm)
Trabalho dos treinadores:
Morgane:
 Luiz Felipe Scolari é um nome que todos os gremistas gostam de ouvir. O Felipão já acompanhou o Grêmio em grandes conquistas, e agora temos novamente uma boa fase sobre o seu comando.
Luize: A equipe precisa de mais sorte nos resultados, mas confio no Abel Braga devido ao título de campeão do mundo que conquistou com o Inter em 2006.  
Momento inesquecível como torcedora:
Morgane:
 Um jogo que ficou na minha memória e me deixou literalmente aflita do começo ao final foi a inesquecível Batalha dos Aflitos, último jogo do Campeonato Brasileiro Série B, de 2005.
Luize: O desfile que fiz para a apresentação da camiseta dourada, em Porto Alegre.


Ídolo na equipe atual:
Morgane:
 Barcos
Luize: D'Alessandro
Corneta com o rival:
Morgane:
 Realmente, a rivalidade é muito grande, mas sou uma torcedora consciente. Acho importante respeitar o próximo, apenas algumas brincadeiras surgem quando o time adversário perde uma partida no campeonato.
Luize: Quando trabalhava com jornalismo esportivo meus colegas Neto, Milton Neves e Denilson tiravam onda das derrotas do Inter. 

NA ESTRADA DA VIDA

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...

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