Você já deve ter visto filmes em que mulheres decidem lutar em guerras e, para isso, se passam por homens. Mas será que isso seria realmente necessário na vida real? Durante muito tempo as mulheres não podiam participar de conflitos armados. Somente na Segunda Guerra Mundial este quadro começou a mudar, pois elas finalmente foram aceitas no exército, mas apenas com funções específicas. Nada de irem ao campo de batalha como os homens.
Da grande guerra para os dias atuais, pouca coisa mudou. Ainda hoje os jovens do sexo masculino de muitos países são obrigados a se alistar no exército. No Brasil, é obrigatoriedade surge quando os homens completam 18 anos. O comprovante de alistamento chega a se tornar um documento necessário em diversas situações, como para fazer matrícula em algumas universidades ou assumir alguma vaga em concursos públicos.
Mas e as mulheres? Por que o alistamento não é obrigatório para elas? Basicamente porque assim prevê a constituição. De acordo com a lei de serviço militar, as mulheres estão isentas do serviço militar em tempos de paz, ou seja, durante períodos de guerra elas podem ser convocadas também, como os homens.
Com exceção de algumas culturas de mulheres guerreiras, como as amazonas, o serviço militar é sempre associado a uma tarefa masculina. No Brasil, o serviço militar feminino só foi regulamentado em 1996, desde então as mulheres têm permissão para se alistar, mas apenas como voluntárias.
Assim como acontece com os homens, elas permanecem no quartel por um ano e recebem treinamento físico e também de tiro, mas elas não podem ser qualificadas para combate. Dessa maneira, a atuação delas acaba limitada às áreas de ensino, saúde, administração e direito. Normalmente as mulheres são direcionadas para servir em quartéis-generais, organizações militares de saúde, estabelecimentos de ensino e também em órgãos de assessoria do exército.
Já em outros países a situação é um pouco diferente. Na Noruega e em Israel, por exemplo, o serviço militar feminino é obrigatório. No país do Oriente Médio, as jovens se prestam ao serviço militar dos 18 aos 20 anos. O exército do país é considerados um dos mais humanitários do mundo.
As mulheres guerreiras de Kobani
Na cidade síria de Kobani, com ou sem a obrigatoriedade do serviço militar feminino, as mulheres pegam em armas. Com o avanço do Estado Islâmico na região, que ameaçava principalmente o povo curdo, as mulheres entraram no combate. A principal milícia, responsável pelo enfrentamento dos jihadistas era liderada por uma mulher, conhecida como Narin Afrin.
E se um homem não se alistar ao completar 18 anos?
As mulheres se alistam se bem entenderem, mas e se um homem decidir não se alistar. O que acontece? Ao deixar de se alistar no tempo previsto o jovem brasileiro ficam em débito com o serviço militar. Isso pode gerar algumas consequências, como por exemplo, ele não poderá obter o passaporte ou estender o prazo de validade dele, caso já tenha o documento. Também não poderá assinar contratos profissionais com o Governo Federal, Estadual ou municipal.
Carteira profissional, registro de diploma, matrícula ou inscrição para o exercício em qualquer função e licença de indústria e profissão também deixam de ser uma opção. E nada de poder realizar inscrições em concursos públicos ou assumir cargo públicos também. A boa notícia é que pelo menos o não alistamento não é punido de forma mais severa, com prisão, por exemplo.