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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

BAHIA: TCM rejeitou 92 contas de prefeitos este ano; número pode crescer

TCM rejeitou 92 contas de prefeitos este ano; número pode crescer
Prestes a realizar as três últimas sessões do ano, o saldo do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) é a rejeição das contas de 92 prefeitos no estado. 

De acordo com a Coluna Tempo Presente, do Jornal A Tarde, esse é o resultado das 12 contas opinadas na semana passada, junto às 80 não aceitas ao longo de 2015. O número de prefeituras julgadas no total  é 291, sendo que das 199 aprovadas não houve nenhuma sem ressalvas - isto é, quando há uma irregularidade é possível de ser resolvida. 

A coluna informa ainda que, conforme era previsto desde 2014, devido à queda da arrecadação de impostos e cortes nos repasses da União aos municípios, o grande motivo para a desaprovação das contas é a extrapolação de gastos com a folha de pessoal, descumprindo a Lei da Responsabilidade Fiscal. 

Há também muitos casos de gastos sem comprovação, descumprimento da aplicação dos percentuais mínimos das pastas da educação e saúde.

SERGIPE: MP pede bloqueio de contas de 30 prefeituras





O promotor Alexsandro Sampaio, chefe do Centro Operacional de Apoio a Educação do Ministério Público Estadual pediu que os promotores de 32 municípios ajuízem mandados de segurança solicitando o bloqueio das contas.

A solicitação abrange os municípios de: Cristinápolis, Estância, Indiaroba, Tomar do Geru, Santo Amaro das Brotas, General Maynard, Pirambu, Graccho Cardoso, Feira Nova, Porto da Folha, Gararu, Monte Alegre de Sergipe, Aquidabã, Malhada dos Bois, Propriá, Japoatã, Santana do São Francisco, Neópolis, Campo do Brito, Carira, Pedra Mole, São Miguel do Aleixo, São Domingos, Salgado, Boquim, Lagarto, Riachão do Dantas, Pedrinhas, Laranjeiras e Santa Rosa de Lima.

Em todos esses municípios, os servidores reclamam o pagamento do 13º e o salário de dezembro.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

BAHIA: Contas da prefeita de Banzaê são rejeitadas pelo TCM


Tribunal e Contas dos Municípios do Estado da Bahia

Contas da prefeita de Banzaê são rejeitadas pelo TCM



10/12/2015
As contas da prefeita de Banzaê, Patrícia Nascimento Almeida, relativas ao exercício de 2014, foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios, na tarde desta quinta-feira (10/12), em decorrência da extrapolação continuada do limite das despesas com pessoal e pela abertura de créditos suplementares por excesso de arrecadação sem recursos suficientes.
O conselheiro Raimundo Moreira, relator do parecer, multou a gestora em R$45.360,00, equivalente a 30% dos seus subsídios, pela não redução dos gastos com pessoal, e em R$2.500,00, por falhas constatadas durante a análise do relatório técnico. Também foi determinado o ressarcimento de R$6.005,50, com recursos pessoais, em razão da apresentações de notas fiscais com prazo de validade expirado.
Cabe recurso da decisão.




SERGIPE: Sem dinheiro, Governo envia projeto que autoriza servidores a retirarem empréstimos

Votação do projeto está prevista para a semana que vem.
Abono de 12% vai ser pago aos servidores.


Do G1 SE



Sem dinheiro para o pagamento do 13º salário dos servidores do estado, o governo de Sergipe enviou um projeto de Lei à Assembleia Legislativa que autoriza os servidores públicos a retirarem empréstimos no Banco do Estado de Sergipe (Banese).
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa, Francisco Gualberto, leu o projeto no plenário da Alese, na manhã desta quinta-feira (10).
“O valor do décimo terceiro vai será igual ao empréstimo. Porém, o governo será responsável pelo pagamento da dívida. Um abono de 12% vai ser pago aos servidores, como forma de cobrir os gastos com encargos”, explicou Sales Neto, secretário de comunicação do Estado.
Francisco Gualberto disse que o dinheiro podia ser pago pelo tesouro Nacional, mas essa opção não pode mais ser realizada. “O intuito era pagar com dinheiro do Tesouro, porém dia 20 não existem condições do órgão fazer esse pagamento”.
“Iremos analisar ver se é válido para o servidor. Esse projeto é muito estranho. O governo as vezes fala e não cumpre”, explica o deputado, Antônio Passos
Apesar de ser discutido nesta quinta-feira, a  votação está prevista para a semana que vem, antes do recesso legislativo.

Homem preso por assalto foge algemado de viatura na Bahia

Do G1 BA

Suspeito de assalto estava sendo retirado da viatura, quando conseguiu escapar (Foto: Leandro Alves/Site Bahia 10)Suspeito de assalto estava sendo retirado da viatura, quando conseguiu escapar (Foto: Leandro Alves/Site Bahia 10)
Um homem que havia sido preso por assalto na cidade de Castro Alves, localizada a cerca de 190 quilômetros de Salvador, conseguiu fugir, ainda algemado, ao ser retirado da viatura, em frente à delegacia para onde estava sendo levado.
De acordo com a polícia, o homem conhecido como "Guido" já tem passagens por tráfico e roubo. Ele já estava sendo investigado pela polícia, pois é conhecido na cidade como integrante de uma quadrinha da rua da Cerquinha.
A polícia ainda conta que o homem é suspeito de realizar diversos roubos de celulares e motos na cidade. Até por volta das 22h15, o homem não havia sido capturado.

Vereador é preso em operação contra o jogo do bicho na Bahia

Do G1 BA

Ministério Público e Polícia Civil apresentaram balanço da Operação Caronte, em Salvador (Foto: Imagens/ Tv Bahia)Ministério Público e Polícia Civil apresentaram
balanço da Operação Caronte, em Salvador
(Foto: Imagens/ Tv Bahia)
O vereador Antônio Elinaldo Araújo da Silva (dem), de Camaçari, cidade da região metropolitana de Salvador, foi preso durante a Operação Caronte, deflagrada pela Polícia Civil e Ministério Público (MP-BA) nesta quinta-feira (10).
A operação foi realizada para cumprir mandados de prisão preventiva contra o vereador e outras quatro pessoas suspeitas de envolvimento com enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro, organização criminosa e exploração do comércio ilícito do jogo do bicho no município.
Um balanço da operação foi apresentado à imprensa também nesta quinta-feira, em Salvador.
De acordo com o advogado do vereador, Gamil Fopel, a prisão é ilegal porque havia uma investigação em curso e Antônio Elinaldo já tinha sido ouvido. Ele informou ainda que a defesa apresentou diversas petições, colocando o edil à disposição da Justiça.
"Mesmo que fosse feita a prisão, não havia a menor necessidade de esta prisão ser feita na Câmara dos Vereadores de Camaçari. Isso só pode ter sido feito para estigmatizá-lo, sobretudo quando ele é apontado como principal candidato a prefeito de Camaçari. Não existe lançamento de créditos tributários e, por isso, não existe sonegação fiscal. Será apresentada uma ação de impugnação em relação a prisão e quaisquer excessos ocorridos serão objeto de representação às respectivas corregedorias", explicou o advogado.
De acordo com a polícia, a operação foi iniciada em em 2014, após ser descoberta a existência da organização identificada como "O Pinta", que atua há 28 anos na Bahia. Em levantamento inicial, por amostragem, foi verificado provável enriquecimento ilícito R$ 5 milhões por parte dos criminosos.
Boxes pertencentes a organização criminosa fechados em comércio de Camaçari, na Bahia (Foto: Divulgação/ Polícia Civil)Boxes pertencentes a organização criminosa
fechados em comércio de Camaçari
(Foto: Divulgação/ Polícia Civil)
A esposa do vereador, Ivana Paula Moreira de Souza da Silva, também está sendo investigada. Assim como o casal, outros três homens foram alvos da operação: Cristiano Araújo da Silva, Ivan Pedro Moreira de Souza e Pedro de Souza Filho, que também foi preso. Todos são suspeitos de integrar a cúpula da organização criminosa.
Além das prisões preventivas de Antônio, Cristiano, Ivan e Pedro, o Ministério Público em Camaçari solicitou o bloqueio das contas bancárias deles e o fechamento de três boxes do jogo do bricho dentro do centro comercial de Camaçari.
O vereador Antônio Elinaldo Araújo da Silva e Pedro de Souza Filho foram encaminhados para a cadeia pública, em Salvador.

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TSE teme que dinheiro do narcotráfico seja usado para financiar campanhas em 2016

TSE teme que dinheiro do narcotráfico seja usado para financiar campanhas em 2016
Foto: Divulgação
A falta de dinheiro pode levar a eleição de 2016 ao extremo. De acordo com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tribunal Superior Eleitoral (TSE), há uma preocupação com o possível uso de dinheiro oriundo do narcotráfico para financiamento de campanhas. O pleito do ano que vem será o primeiro com a proibição às empresas de doarem recursos aos candidatos. A medida, prevista na Lei da Minirreforma, limita uma prática usada por políticos e empresas implicados na Lava Jato. Segundo a Polícia Federal, eles tentavam dar aparência legal a recursos desviados da Petrobras doando-os para campanhas eleitorais. De acordo com o ministro, a nova norma exigirá do Ministério Público Federal atenção redobrada. "Entre as nossas maiores preocupações, está a de que campanhas venham a ser financiadas por dinheiro oriundo de narcotráfico. Não há mais pessoas jurídicas doando para campanhas, mas nós sabemos que o mundo real busca suas alternativas", afirmou Toffoli, segundo o Estadão. Toffoli também ressaltou que o perigo de influência econômica de organizações criminosas é maior nas campanhas municipais. "Nesses pleitos, qualquer valor mínimo já pesa muito em toda a campanha".

BAHIA NOTÍCIAS

PF cumpre mandados na BA contra fraudes na transposição do São Francisco

PF cumpre mandados na BA contra fraudes na transposição do São Francisco
Foto: Divulgação

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (11), a Operação Vidas Secas – Sinhá Vitória para investigar o superfaturamento das obras de engenharia executadas por empresas em dois dos quatorze lotes da transposição do rio São Francisco. 

Cerca de 150 policiais federais de diversas regiões do país cumprem 32 mandados judiciais, sendo 24 de busca e apreensão, quatro de condução coercitiva e quatro de prisão temporária cumpridos na Bahia, no Distrito Federal e nos estados de Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. 

Os investigadores apuraram que empresários do consórcio responsável pela obra utilizaram empresas de fachada para desviar cerca de R$ 200 milhões das verbas públicas destinadas à transposição do rio São Francisco, no trecho que vai do agreste no estado de Pernambuco até a Paraíba. 

Os contratos investigados, até o momento, são da ordem de R$ 680 milhões. As investigações apontaram que algumas empresas ligadas à organização criminosa estariam em nome de um doleiro e um lobista investigados na Operação Lava Jato. Os envolvidos responderão pelos crimes de associação criminosa, fraude na execução de contratos e lavagem de dinheiro.


BAHIA NOTÍCIAS

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

5 tributos que você não faz ideia que existem, mas está pagando

Considerado o pior colocado em uma lista que avalia o retorno sobre os impostos pagos, o Brasil ainda é um país de contrastes quando o assunto é carga tributária. Apesar de 68% dos brasileiros considerarem que pagam impostos demais, 1 em cada 4 acreditam não pagar imposto algum. A razão para isso, segundo o Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributária, se encontra na complexidade da carga tributária brasileira.
Nada menos do que 44% dos impostos pagos pelos brasileiros estão inclusos em produtos consumidos no dia a dia e cobrados de forma indireta. Em países como a França e os Estados Unidos, o valor chega a 25% e 18% respectivamente. Nestes países, tributar renda e patrimônio é a solução geralmente escolhida.
Ampliar a cobrança de impostos sobre o consumo é, via de regra, a forma mais fácil de se elevar a carga tributária em um curto espaço de tempo. Além de ser mais prático, é politicamente mais fácil elevar a carga tributária de um único produto – como a cerveja, por exemplo – do que negociar o aumento das alíquotas de imposto de renda (basta ver a luta do governo para aprovar a CPMF, enquanto a elevação de impostos sobre cosméticos, cerveja e gasolina subiram recentemente sem dificuldades). Neste ritmo, o Brasil viu sua carga tributária saltar de 24,43% para 35,42% entre 1991 e 2014.
Além do efeito mais perceptível de ter elevado a carga tributária como um todo, para fazer frente aos novos gastos demandados, a Constituição Federal de 1988 também proporcionou um aumento da complexidade com que a carga é cobrada. Por ter de dividir os impostos com Estados e Municípios, a União optou por focar seu aumento de arrecadação em algo pouco conhecido, mas que hoje representa a maior parte do bolo tributário: as “contribuições”.
Desde 1988 o orçamento federal vem sofrendo uma inversão de fontes, com os impostos perdendo relevância em relação às contribuições, que hoje correspondem por mais de 55% do total arrecadado pela União. A criação de contribuições cada vez mais específicas fez o número de impostos e taxas no Brasil saltar para os atuais 92 tributos. Abaixo, listamos 5 deles que você provavelmente não conhece, mas que custam caro ao seu bolso – seja por pagamento direto ou elevando os custos de bens e serviços que você utiliza.

1. TAXA DE SAÚDE SUPLEMENTAR

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No intuito de dotar suas 155 agências e órgãos de administração indireta de autonomia financeira, o governo federal buscou criar uma série de taxas cuja arrecadação bancariam os custos de regulação e fiscalização criados após as privatizações.
Criada em 2001 a Agência Nacional de Saúde Suplementar tem o intuito de regular e fiscalizar os mais de 1300 planos de saúde em atividade no país, que juntos somam 51 milhões de consumidores – aproximadamente 25% da população brasileira. Juntos os planos despendem anualmente R$ 143,9 bilhões em saúde.
Apesar de estar em um setor que movimenta tamanha soma de recursos, a ANS ainda é dependente do tesouro para funcionar. Cerca de 2/3 de seu orçamento, próximo de R$ 200 milhões, vêm dos impostos em geral; apenas 1/3 decorre das taxas cobradas pela agência.
O valor cobrado, entretanto, não é o único custo gerado pela agência. Ao longo dos últimos anos as regulações têm feito os planos de saúde individuais serem extintos em detrimento dos planos corporativos. O modelo dificulta a obtenção de seguro independente, forçando os usuários a dependerem exclusivamente do SUS, elevando os custos do sistema em geral, em uma semelhança assombrosa com o que há de pior no sistema americano de saúde.
Não apenas os remédios brasileiros possuem a maior tributação do mundo, como a área de saúde em geral é bastante afetada pela cobrança de impostos. Paga-se mais imposto sobre saúde no Brasil do que sobre atividades financeiras, siderurgia, lazer e entretenimento, pecuária e construção civil, por exemplo. Mesmo sendo um direito constitucional, a saúde tem seu acesso dificultado por meio de uma carga tributária de 26,68%.
Anualmente o setor de planos de saúde paga R$ 8,4 bilhões em impostos, sobre um faturamento de R$ 31,5 bilhões. Tais valores, no entanto, possuem pouca ou nenhuma relação com os gastos em saúde. Os investimentos do governo federal em saúde entre janeiro e julho deste ano, por exemplo, somaram R$ 1,7 bilhões, em uma queda de 32% em relação ao ano de 2014. Tais impostos, que encarecem a saúde de 50 milhões de brasileiros, se destinam a bancar o custeio da máquina pública, destinado ao bolo orçamentário.

2. CONDECINE

Netflix
Reajustada recentemente, a Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (CONDECINE), é uma das bases de sustentação do Fundo Setorial de Audiovisual, o FSA. O intuito da contribuição é o de complementar a produção cinematográfica nacional não atingida pelos artifícios da Lei Rouanet.
O intuito é bacana. Afinal, fazer filmes independentes é o sonho de qualquer diretor preocupado com a arte e disposto a sacrificar o dinheiro público em nome da evolução do cinema – mas, e você com isso? Exatamente em que tudo isso lhe afeta?
O Condecine é uma das razões principais para o seu serviço de streaming, como o Netflix, ser tão limitado em relação a outros países. Graças a determinação da Agência Nacional de Cinema, obras estrangeiras disponíveis em catálogo devem pagar uma taxa de R$ 3 mil para produções com mais de 50 minutos, e R$ 750 para seriados com menos tempo de duração. Para expôr um filme brasileiro em catálogo, a taxa é de 20% deste valor.
Esta, porém, não é a única regulação existente sobre os serviços. Para a Ancine, as empresas que mantém este tipo de serviço devem enviar uma cópia de DVD para cada filme, ou 3 episódios no caso de seriados. O fechamento do mercado nacional atende aos interesses claros de produtores nacionais, em especial empresas como a Globo Filmes, mas também gera um efeito colateral não esperado: o aumento da pirataria.
Por se tratar de uma contribuição sobre domínio econômico, o Condecine em tese não possui objetivo de arrecadação, mas de garantir a regulação de um setor. Sua intervenção entretanto cria uma distorção não prevista no mercado de filmes em exibição. Por se tratar de uma taxa incidente sobre o título em si, os tais R$ 3 mil devem ser pagos por filmes uma única vez, estejam estes filmes sendo exibidos em 10 ou 100 salas de cinema. Tal regulação diminui a possibilidade de entrada de novas obras no circuito comercial, diminuindo as condições do que a agência se propõem a promover – o cinema independente.

3. CIDE COMBUSTÍVEIS

gasolina15
Criada em 2001, a Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), faz parte de um dispositivo constitucional para gerar arrecadação com objetivos vinculados. Atualmente, a maior e mais conhecida destas contribuições incide sobre gasolina, diesel e outros produtos correlacionados, como a querosene.
Por se tratar de um dos tributos que não necessitam de aprovação do Congresso para serem elevados (como o IPI ou o IOF), a CIDE é constantemente utilizada pelo governo para elevar a arrecadação em momentos de baixa receita – como em janeiro deste ano, quando o governo decidiu aumentar sua arrecadação em R$ 20 bilhões por meio de tributos como a CIDE. Outra função clássica é a redução do tributo para manter estável o preço da gasolina, ajudando assim a maquiar a inflação.
Por se tratar de uma contribuição com destino específico, os recursos deveriam ser destinados a melhorias em infraestrutura viária – seja na construção de rodovias ou duplicação e reparos nas rodovias federais. Um dispositivo conhecimento como Desvinculação de Receitas da União (DRU), permite ao governo, porém, utilizar estes recursos, como outros tantos até o limite de 20% do orçamento, para dar qualquer destinação que desejar, sem se limitar àquelas impostas pelo orçamento.

4. TAXAS SOBRE EDUCAÇÃO

Enem
A recente expansão do ensino superior no Brasil é comumente associada à expansão do crédito estudantil, em especial de programas como Prouni e FIES, que hoje atendem 1 em cada 4 estudantes de universidades privadas no Brasil. De acordo com dados do próprio MEC, porém, a expansão universitária, que elevou para mais de 7 milhões o total de alunos em cursos superiores no país, sendo 70% deles em instituições privadas, não foi afetado significativamente pelo FIES.
A expansão do setor está relacionada a fatores de mercado, como a introdução da Educação à Distância, reduzindo drasticamente os custos de estudo, e a consolidação do setor, que levou o Brasil a deter alguns dos maiores grupos de ensino do mundo – incluindo o maior deles, a Kroton, com 1,07 milhão de alunos, e a Estácio, com 536 mil alunos.
Para o governo, tal expansão representou uma significativa oportunidade de lucro. Além dos já tradicionais impostos sobre o setor de educação, que custam aproximadamente metade de uma mensalidade, foram introduzidas taxas de fiscalização para a criação de novos cursos. Com taxas, cobranças e outras receitas como estas, o Ministério da Educação obteve em 2014 faturamento de R$ 21,7 bilhões. Tal valor equivale a aproximadamente 2 vezes os cortes sofridos no ministério durante o ajuste de 2015.

5. FUNDOS SETORIAIS DE TELECOMUNICAÇÕES

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Privatizadas em 1997, as operadoras telefônicas tornaram-se verdadeiras máquinas de arrecadar impostos. Ao todo, são R$ 53 bilhões anuais em impostos coletados apenas do setor – o que significa dizer que em um período de 2 anos, apenas com impostos, o governo passa a arrecadar mais do que com todo o valor levantado na venda das empresas.
As razões para impostos tão altos variam da baixa capacidade de sonegar e da importância de se consumir serviços de telefonia. Para além da tarifa mais cara do mundo, o aumento de custos em uma área considerada chave para as empresas do país é um transtorno a mais na já complicada situação de empreender no Brasil
O que pouco se sabe, porém, é que boa parte destes impostos possui uma destinação pouco clara. Os fundos setoriais de telecomunicações, como o Fust e o Fistel, surgidos juntos da agência nacional do setor, a Anatel, possuem funções das mais variadas – como fiscalização e expansão da rede, algo que apesar de bem definido na teoria, não se verifica na prática. Ao todo são R$ 6 bilhões anuais, em uma fortuna somada de R$ 48 bilhões até o momento, cuja função tem sido desvirtuada para garantir financiamento ao governo.
Podendo dispor dos recursos para outras finalidades, o governo federal tem durante anos postergado a realização de tais investimentos, sem contudo dar sinais de que deixará de cobrar taxas sobre faturamento das empresas do setor ou valores como os R$ 77 cobrados para cada nova linha telefônica que entra em operação no país. Se a destinação é incerta, porém, o aumento de custos básicos para o setor produtivo é uma certeza. Afinal, como bem disse Benjamim Franklin, “na vida, só existem duas coisas certas: os impostos e a morte”.
Spotniks

NA ESTRADA DA VIDA

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...

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