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terça-feira, 17 de maio de 2016

Bruno na cadeia: tentativa de suicídio, facada, faxina e reencontro com a bola

Goleiro Bruno em Santa Luzia (Foto: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)

Por 
Santa Luzia, MG

A área rural acessada por quatro quilômetros de estrada de terra dá um ar convidativo e sereno, quebrado pelo som das grandes trancas de ferro. A música "Aleluia" na entrada e as muitas frases remetendo a Deus e perdão recebem quem visita a Apac de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde o goleiro Bruno, hoje com 31 anos, está preso há oito meses. No regime fechado, o canto do ex-futuro camisa 1 é a cama dois da cela 18 do bloco 3. Um dos 68.810 presos do estado de Minas Gerais, Bruno cumpre pena de 22 anos e três meses pela morte de Eliza Samúdio em 2010. Mas, com a progressão por dias trabalhados, a liberdade poderá ser respirada já em 2018, segundo seus cálculos. Bruno está sem advogado no momento, mas juristas consultados pela reportagem atestaram ser possível que o goleiro consiga o regime semiaberto em 2018, como o próprio almeja.

Goleiro Bruno em Santa Luzia (Foto: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)

O goleiro recebeu a reportagem do GLOBOESPORTE.COM entre as suas funções na limpeza da capela e a prova de soldador. A rotina começa às 6h, tem três paradas para oração, refeições e horário de lazer a partir das 18h. De lá, acompanha jogos pela televisão, com misto de saudade do Flamengo e paixão pelo Atlético-MG, este estampado na meia que usou durante a entrevista e na calça que sujou de terra com as defesas no treinamento também registrado pela reportagem. 

- Reconheço que eu tenho que pagar a minha dívida com a Justiça. Tudo que aconteceu vai servir de experiência. Eu vou voltar. Chega de sofrer, sabe? Eu sofri muito e fiz muitas pessoas sofrerem.

Do sistema de presídio comum, onde passou cinco anos entre as penitenciárias Nelson Hungria e Francisco Sá, sobraram traumas e lembranças ruins. Tentativa de suicídio, uma facada que deixou marca e depressão tratada com remédios. Agora, foco no trabalho, nos cursos e nos treinamentos na Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado), uma ONG que administra prisões e trabalha em conjunto com diversos estados e os respectivos tribunais 

de justiça buscando "a humanização no cumprimento das penas privativas de liberdade". O método tem inúmeros elementos, mas principalmente a confiança no detento, que passa a ser tratado pelo nome, usa crachá, não enverga uniformes da secretaria penitenciária e não passa pelas privações e lotações do sistema comum. 

Dados da Secretaria de Estado de Defesa Social apontam que os presos da Apac, chamados de recuperandos, custam ao estado um terço dos presos do sistema comum. Isso ocorre porque os próprios detentos cuidam da alimentação, limpeza e todos os demais afazeres da cadeia. São eles que fazem o pão e a comida, a limpeza e a pintura, a manutenção das instalações e cuidam até da portaria, por isso a per capita por condenado é considerada baixa. Além disso, trabalham com artesanato, confecção de tapetes, origami, aulas de violão, coral, diversos cursos profissionalizantes, capacitação à distância e educação em vários níveis com professores voluntários que marcam presença diariamente entre as grades. 

O trabalho diário, a disciplina e o bom tratamento com a família, que não precisa passar por revistas como o agachamento em espelhos no caso das mulheres, fazem com que o índice de recuperação gire em torno de 85%. Hoje no sistema comum estima-se que mais de 70% voltam a reincidir no crime. 

Sem o convívio com armas e algemas por perto - não há polícia e agentes penitenciários -, o clima é bem mais leve. A religião é aliada na recuperação. A disciplina, o carro-chefe. Quem se atrasa para as atividades perde benefícios como ligação para familiares e momentos de lazer, como ver televisão. Isso tudo controlado pelo CSS, o Conselho de Sinceridade e Solidariedade, espécie de órgão regulador administrado pelos próprios detentos. Outra grande diferença para o sistema convencional está na taxa de ocupação. No sistema fechado da Apac de Santa Luzia, há espaço para 120, mas atualmente há apenas Bruno e outros 92.
Bruno está sem advogado no momento, mas especialistas consultados pela reportagem atestaram ser possível que o goleiro consiga o regime semiaberto em 2018, como o próprio calcula em função da progressão de pena
 - Aqui nós temos no máximo 200 presos (contando regime fechado e semiaberto), enquanto no sistema comum chega a 2 mil, 3 mil por complexo. Então a gente acaba sabendo qual é a dificuldade de cada um. Na Apac todos os recuperandos fazem a segurança. Por isso que as chaves estão na mão deles. Todos têm uma função de confiança, o porteiro, o cozinheiro, o padeiro... Rebelião nós nunca tivemos, fuga tem, até porque nós estamos trabalhando com ser humano, uns bem resolvidos, outros nem tanto. Mas muito pouco perto do que acontece no sistema convencional. Ano passado, por exemplo, não tivemos fuga. É a confiança que leva a isso tudo. Se você compartilha a responsabilidade, eles se sentem co-gestores da situação - afirma Humberto Andrade, diretor de segurança da Apac de Santa Luzia. 
- O mais bacana é quando você esbarra com um preso em liberdade na rua e vê o cara recuperado, trabalhando, com família forte - emenda Alexandre Nery, um dos voluntários que trabalham sem receber na Apac. 

Cada preso tem direito a visita íntima a cada 15 dias. O contato com a família por telefone se dá três vezes por semana, com ligações de cinco minutos, tudo dentro da lei de execução penal. Nas primeiras terças-feiras de cada mês acontece o dia do ato socializador, quando os recuperandos ficam trancados para lembrarem do sistema comum. É neste ambiente que Bruno tenta se recuperar do crime cometido em 2010.
- Com um erro cometido, eu fiz pessoas sofrerem. Uma decisão meio que inconsequente, eu fiz pessoas chorarem. Eu vou lutar e vou dar a volta por cima. 
Saiba mais sobre a APAC no vídeo abaixo:
Orientações para visitantes na Apac de Santa de Luzia, onde Bruno está

Nesta conversa com o GLOBOESPORTE.COM, Bruno não quis transitar pelos detalhes do crime pelo qual foi condenando, garantindo que está escrevendo um livro com a "verdadeira história". A amizade com Macarrão é coisa do passado, e o presente aponta conformismo com a pena. 

De volta aos 90kg da época de Flamengo após chegar a ter perdido 16kg, o goleiro relatou momentos dramáticos pelos presídios, lembrou com saudade a época do Flamengo, mostrou mágoa com muitos companheiros do ex-clube, contou como acompanha o futebol atualmente, garantiu ter perdido todo o dinheiro que juntou na carreira, falou do amor pelo Atlético-MG, disse que se inspira em Edmundo para suportar a pressão quando voltar a jogar, afirmou que a primeira coisa que fará quando ganhar a liberdade é pedir perdão para muitas pessoas e calculou para 2018 o ano em que conseguirá o regime semiaberto e, consequentemente, a possibilidade de voltar aos gramados.  

Confira a entrevista:
O período preso
- São cinco anos e nove meses recluso de liberdade. Um tempo muito grande. Uma vida, uma história. Mas já me serve de aprendizado. Se a pessoa pegar isso aqui como punição, é bem pior. A pessoa tem que aceitar para sobreviver nesse lugar. 
Quem é o Bruno hoje?
- Um cara bem maduro, experiente. Um pai, um filho, um marido. Bem mais responsável que o Bruno de seis anos atrás. 
De camisa azul, Bruno no pátio do regime fechado da Apac

Traumas do cárcere
- Quando você chega no sistema convencional, você é muito maltratado pelos agentes penitenciários, pela direção, mas o que dói mais é você receber a sua visita, a sua mãe, a sua esposa, e essas pessoas chegarem chorando. Isso me doía mais, ver o sofrimento da minha família. 

Tentativa de suicídio
- Quando você vai para uma cadeia de segurança máxima, vai para um lugar chamado COC (Centro de Observação Criminalística). Um lugar de observação durante 15 dias. Mas eu fiquei 10 meses nesse lugar. Na Nelson Hungria, eu sempre fui muito perseguido e maltratado. Os agentes penitenciários faziam muita covardia. A pressão era muito grande. Eu cheguei ao ponto de perder o equilíbrio, acabei tentando o suicídio amarrando um lençol na grade e me joguei. Acabou que Deus botou a mão naquele momento ali e não permitiu que eu tirasse a minha própria vida. Quando eu saltei da ventana, o lençol partiu. Impressionante. Foi um dos momentos mais difíceis da minha caminhada. 




Dificuldade para dormir e o uso de remédios
- Eu tive a infelicidade de me deparar com a depressão. Eu tentava dormir, virava para um lado, para o outro, o sono não vinha. Eu tentei procurar uma saída nos remédios. Isso é muito comum nos presídios. Me fez muito mal. Quando a minha família chegava era nítido como eu estava abatido. Minha mãe se deparava com aquela situação e chorava muito.
Trabalho dentro da cadeia no sistema comum
 São cinco anos e sete meses recluso de liberdade. Um tempo muito grande. Uma vida. Mas já me serve de aprendizado. Se pegar isso aqui como punição, é bem pior. Tem que aceitar para sobreviver"

 No sistema comum, aprendi várias profissões. A primeira foi trabalhar na faxina. Não é muito legal, não, mas era o que tinha para fazer. Mas eu sabia que era a oportunidade para reduzir a minha pena. Trabalhei na lavanderia, depois fui para a turma da capina, um serviço bem árduo e pesado. Mesmo assim era muito oprimido. Você está fazendo a sua função e os agentes penitenciários ficam em cima de você com fuzil na mão, te oprimindo. Se você para um pouco para descansar o cara já acha que você vai fugir. E isso dentro de um presídio de segurança máxima. 
Relação com outros presos e facada 
Bruno mostra marca da facada (Fotos: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)
- Mente vazia é a oficina do diabo. Eu preferia, mesmo com toda a dificuldade, estar trabalhando do que estar dentro de uma cela. Fui condenado pela justiça por um crime no qual a justiça acredita que eu tenha participação. No sistema comum, o meu relacionamento com outros presos, no início, foi um mar de rosas. Fiquei quatro anos no pavilhão de trabalho da Nelson Hungria. Passei seis meses na Francisco Sá e depois voltei para Nelson Hungria, aí sim eu fui para o convívio, no pavilhão 12, com outros presos. Quando lá cheguei os presos me olharam com outros olhos. Um dia o Bruno foi amado por muita gente, agora era odiado por muitos. Devido à irresponsabilidade de algumas pessoas em programas sensacionalistas, eu fui agredido por terem divulgado inverdades falando que eu era de um grupo de extermínio (um programa de TV relacionou Bruno ao grupo de Bola, ex-policial civil e também condenado pela morte de Eliza Samúdio). Não foi uma coisa muito legal de ser dita no pavilhão que eu estava. Os caras não queriam nem saber. Para eles, tirar a vida de alguém lá tanto faz. É a mesma coisa de tirar a vida de um animal. Num banho de sol, fui agredido. Foi um corte no braço, mas graças a Deus pegou de raspão. Consegui superar essa situação e vir para Apac. 
Cartas de fãs
- Na Nelson Hungria, nos dois primeiros anos, eu recebia mais de cem cartas por semana. Com o passar do tempo, vai caindo. E hoje, depois de quase seis anos, eu ainda recebo cartas de algumas pessoas. São atitudes como essa que nos fortalecem. Na situação que eu me encontro, a pessoa dar uma palavra de carinho mesmo sem saber se você é inocente ou não, fiquei muito feliz. São pessoas assim que nos motivam a dar a volta por cima. 
Como acompanha futebol?
Goleiro deu entrevista com meia do Galo (Fotos: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)
- Eu vejo jogos. Sou atleticano. Mas acompanho pouco. Na Nelson Hungria, não assistia. Quando via o Flamengo sofrendo, naquela cela escura e fria, eu pensava "poxa, poderia estar ajudando os companheiros e por causa de um deslize meu eu me encontro aqui afastado dos gramados". Aquilo me doía muito, sofria muito. Só fui voltar a ver jogos com mais frequência aqui na Apac. Seleção brasileira eu também não acompanho desde 2010 porque todo mundo sabe que em 2010 eu poderia estar lá. Se falava muito dentro da CBF que meu nome estava na pré-lista. E devido a uma irresponsabilidade minha, o Dunga estava assistindo ao jogo contra o Avaí. Eu tinha autoconfiança, fui tentar driblar o rapaz e o cara quase tomou a bola. Tive que chutar para fora. E por causa daquele lance me custou muito caro e eu acabei não indo para a Copa de 2010. E a meta era chegar na de 2014 aqui no Brasil. Mas devido ao que aconteceu comigo fiquei fora. Vejo os jogos do Atlético Mineiro, acompanho. Mas não consigo ver jogos do Flamengo porque eu poderia estar ali. É até difícil de falar porque é muito forte, mas devido ao que aconteceu comigo não posso estar presente. 
Bruno torcedor
 Vejo os jogos do Atlético Mineiro, acompanho. Mas não consigo ver jogos do Flamengo porque eu poderia estar ali. É até difícil de falar porque é muito forte, mas devido ao que aconteceu comigo não posso estar presente". 

 - Agora eu posso cornetar, né? A vantagem é essa. Mas quando alguém falha, fura, eu tento explicar pros caras aqui que é o cansaço, que é psicológico, que são frações de segundos, mas os caras não perdoam. O Bruno torcedor é bem mais tranquilo. 
Flamengo
- Não guardo mágoa do Flamengo, pelo contrário, agradeço muito ao Flamengo por ter me ajudado a chegar além. Eu achava que só de ter me profissionalizado eu já tinha alcançado meu objetivo. A torcida do Flamengo é diferenciada. Quando entrei no Maracanã pela primeira vez... aquele frio na barriga de jogar em time grande eu senti do primeiro ao último jogo. Eu sinto muita saudade de entrar no Maracanã e ver aquele mar de pessoas. Até das cobranças eu sinto falta. Eu vivi um momento muito marcante.

- Essa pergunta é difícil de responder. Eu tinha muitos jogadores daquele grupo como meus amigos, mas para muitos eu não passava de um colega de trabalho. Tem pessoas que marcaram a minha vida e demonstraram lealdade. O Adriano me ajudou muito, nunca deixou de ser amigo de verdade, sempre demonstrou preocupação. O Sheik foi um cara que demonstrou carinho. O Fábio Luciano.. aprendi muito com ele sobre liderar uma equipe. A gente ajudava o companheiro que tava para baixo, estendia a mão. O Álvaro é amigo. O Juan, lateral-esquerdo baixinho, é um cara fenomenal. O Zé Roberto era show de bola. O Marcelo Lomba... Essas pessoas sempre ficaram preocupadas comigo. São pessoas que eu sinto saudade. Eu não sei se terei um dia a oportunidade de reencontrá-los, mas são pessoas que vou guardar com muito carinho no meu pensamento e no coração. Mas as pessoas que eu mais sinto falta são as pessoas que eu aprendi a ter como minha família, a pessoa que dobra a roupa, a tia da lavanderia, o cara que cortava a grama do campo, o Gigante, um dos preparadores físicos, um cara que só dava boas ideias. Eu sei que muitas pessoas ficaram preocupadas comigo, mas eu quero dizer para essas pessoas que eu estou bem, que eu estou feliz, independente de estar na situação que eu me encontro hoje. Eu estou feliz, com objetivo de vida, com metas a seguir. Voltei a ter esperança e vou lutar até o fim. 
Bruno diz que contrato com o Montes Claros já não vale mais (Fotos: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)

Adriano
- Falaram que eu teria proibido a entrada do Adriano na Nelson Hungria. Mas não foi assim. Ele queria me visitar, mas sendo uma pessoa pública não seria bom para ele. Eu pedi que chegasse essa informação nele para não deixá-lo ir lá. Quando falaram que ele iria me visitar, houve uma movimentação muito grande lá na Nelson Hungria. O Adriano é meu eterno amigo.
Mágoa
- A Patrícia Amorim proibiu o meu nome de ser mencionado dentro da Gávea, mas aquele grupo não precisava falar meu nome na imprensa. Daquele grupo eu queria ter recebido só uma carta. Independente se fosse uma crítica, mas eu faria daquilo ali algo positivo. As pessoas esqueceram do Bruno.
Longe dos gramados há quase seis anos, Bruno treina reposição de bola (Fotos: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)
Quase ida para Europa
- Poucas pessoas sabem que naquele momento eu já estava praticamente com pré-contrato assinado com o Milan, já tinha aceitado sair do Flamengo devido a Patrícia Amorim ter mandado o meu treinador de goleiro embora (Robertinho). 
Sem dinheiro
- Muitos acham que eu ainda tenho dinheiro. Mas devido aos anos recluso e aos problemas que tive nessa caminhada, perdi tudo. Não tenho vergonha nenhuma de assumir. Tudo que eu tinha conquistado num período de cinco anos de carreira, nesses seis anos eu perdi. O que sobrou é a vontade de dar a volta por cima, de vencer, de lutar, de reconquistar. Falando da parte financeira, talvez eu não chegue onde cheguei um dia. Mas que eu possa ter o suficiente para cuidar da minha família. 

Voltar a jogar
 Reconheço que eu tenho que pagar a minha dívida com a justiça.  Quando eu conseguir o semiaberto eu vou correr atrás do tempo perdido. Tudo o que aconteceu vai servir de experiência. Eu vou voltar. Chega de sofrer, sabe? Eu acho que sofri muito e fiz muitas pessoas sofrerem. Mas está na hora de fazer essas pessoas felizes". 

- Se eu tivesse ficado no sistema comum, eu teria encerrado a minha carreira. Mas depois que eu vim para a Apac, onde tenho condição de estar treinando, de estar trabalhando, aprendendo novas profissões... Depois que eu vim para cá eu voltei a ter esperança. Acendeu uma luz no fim do túnel. Reconheço que eu tenho que pagar a minha dívida com a justiça. Existem muitas coisas para acontecer nesse processo. Mas quando eu conseguir o semiaberto eu vou correr atrás do tempo perdido. Tudo o que aconteceu vai servir de experiência. Eu vou voltar. Chega de sofrer, sabe? Eu acho que sofri muito e fiz muitas pessoas sofrerem. Mas está na hora de fazer essas pessoas felizes. Quando eu fui preso, eu não fui preso sozinho. Eu trouxe a minha família para dentro da cadeia. Um erro cometido, eu fiz todas essas pessoas sofrerem. Uma decisão meio que inconsequente, eu fiz essas pessoas chorarem. Eu vou lutar e vou dar a volta por cima. 
Clubes interessados e fim do acordo com o Montes Claros
- Eu brinco que hoje eu posso ter proposta do Real Madrid, do Barcelona, mas enquanto eu não quitar parte da dívida com a justiça, nada disso vale. Eu quero viver com os pés no chão, com a realidade. Lógico que a pessoa tem que sonhar. E eu sonho alto. O meu contrato com o Montes Claros deixou de ser contrato a partir do dia que eles não cumpriram com o que estava no contrato. Não foi concedido (o semiaberto para voltar a jogar) porque eu me encontro no regime fechado. Não deu certo e eu acabei voltando. Os advogados já falaram que o contrato já não serve para mais nada.
Bruno calcula saída do regime fechado em 2018

Vai sair quando?
- A realidade, com a progressão de regime, pelas contas que eu faço, é lá para 2018. Lógico que tem muita coisa para acontecer no processo. Apelação para redução de pena, alguma coisa assim. O que a justiça achar que é justo, é isso mesmo. Pés no chão, cabeça erguida e bola para frente. 
Treinamento dentro da cadeia
- A Apac te dá as condições, desde que você cumpra os seus deveres. Ela te dá as condições para crescer. E como eu era um atleta profissional de futebol, eu preciso cuidar da ferramenta. Por isso tenho a oportunidade de fazer um trabalho físico. E com isso inseri outras pessoas. Além de estar cuidando da saúde da rapaziada, ao mesmo tempo me motiva. Porque treinar a parte física, algo que o atleta não gosta de fazer, sozinho, com o passar do tempo, vai diminuindo a vontade. Mas é isso aí, vivendo um dia de cada vez. 
O Bruno preparador físico
- Eu cobro para os recuperandos aqui sempre estarem evoluindo. Não é só um treinamento físico para o Bruno. Existem outros recuperandos treinando. Quando eu vejo um resultado, como um recuperando que perde 19 quilos e fica satisfeito com seu corpo, isso é gratificante. Não é só uma questão estética, é uma questão de saúde. 
Bruno treina e comanda atividade física ao lado de outros presos

Futebol na prisão
- Eu jogo na linha para manter a parte física e trabalhar a parte técnica. Sempre fui um goleiro técnico, com capacidade de sair jogando com a bola nos pés. A gente estava invicto, o Pep Guardiola (é como chama o Tarcísio, um dos companheiros de cela e treinador da equipe) estava bem, mas veio um time com uma panela e meteram uma sacolada na gente aqui dentro. Mas queremos revanche. Não pode perder em casa, não. 
O dia em que tomou um frango na cadeia
- Faz parte. O cara foi chutar lá do meio de campo, eu fui pegar a bola e ela passou no meio do cotovelo, que tava meio aberto. Passou debaixo da perna e não ficou muito bom pra mim, não. Os caras me zoaram muito, pegaram muito no meu pé. Mas eu levei na boa. 
Entrada do regime fechado da Apac Santa Luzia, onde Bruno está preso

Pressão pelo crime quando voltar ao futebol
- Se eu falar para você que eu tô pronto, eu vou estar mentindo. Mas tenho que me preparar a cada dia. Tem pessoas que me inspiram, que eu pego como exemplo. Tudo que aconteceu na vida do Edmundo, do Belo, do Guilherme, do Alexandre Pires. Essas pessoas me motivam. Conseguiram dar a volta por cima. Muitos diziam "a carreira acabou". Mas souberam lidar com essa situação. O Edmundo, teve um Flamengo x Vasco no Maracanã que após ele perder um pênalti que eu defendi, eu vi que ele estava bem cabisbaixo, com a moral baixa, e a torcida do Flamengo começou a pegar no pé. Eu vi que ele estava exausto psicologicamente. Naquele momento, eu abracei ele, falei "levanta essa cabeça". Da mesma forma que um dia eu cheguei perto de um Edmundo, um ídolo que precisava de um incentivo, eu quero acreditar que num momento difícil que eu vou passar, tenho certeza que certas pessoas podem me motivar, para trazer uma palavra de força. 
Goleiro Bruno diz que, hoje, não estaria pronto para voltar ao futebol 

Bruno pai e a família
- Até isso a Apac me devolveu. Além de ter me devolvido a dignidade, o respeito, me trazido confiança, me devolveu o direito de eu ver as minhas filhas, a Bruna Vitória e a Maria Eduarda. Eu não vejo o Bruninho não é porque eu não quero. É porque eu não posso. O sistema comum me tirou o direito de eu ver as minhas filhas. Fiquei três anos sem vê-las. Fiquei dois anos sem ver a minha mãe. A Apac restituiu a minha família. Minha família hoje é a Ingrid, minha esposa guerreira, a minha mãe, que mesmo com todos os problemas de saúde vem me visitar, minhas filhas, meus tios. Eu incluo o meu sogro, o pai da Ingrid. Desde o primeiro dia ele falou: "eu tô deixando minha família namorar não é com o goleiro do Flamengo. É com o Bruno. Não pisa na bola, não". E eu pisei. Mas ele me deu uma nova oportunidade e depois que aconteceu tudo isso comigo, ele abraçou a causa, independente se eu estava certo ou errado. 
Presos da Apac de Santa Luzia fazem artesanato e pintura (Fotos: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)

A ida para Apac
- No sistema comum, quando eu já estava a ponto de me entregar, Deus usou o Humberto Andrade (um dos diretores da Apac de Santa Luzia) para me resgatar naquele lixão. O sistema convencional é isso, um lixão, um depósito de gente. Na Apac, a pessoa consegue mudar de vida. Deixei de ser tratado como um número. Me devolveram meu nome. Deixei de usar um uniforme vermelho da Suapi (Subsecretaria de Administração Prisional) e voltei a usar a roupa que eu gosto. Na Apac você não pode raspar a cabeça. Tem que manter um corte de cabelo, a barba bem feita. Aqui a pessoa tem que querer mudar. O presidente Gustavo Salazar, o vice-presidente Hilton. Todos me trataram muito bem. E sem falar nos recuperados, pessoas que me ajudaram muito, como o Ivo Marcos, o Tarcísio, que me ensinou muita coisa, as regras e a disciplina daqui, e o Alonso, que é um cara sensacional. Tenho certeza que com ajuda dessas pessoas vou sair daqui uma pessoa bem melhor. Aqui você vê resultado. No sistema comum, uma pessoa entra um ladrão de galinha e sai um megatraficante. Na Apac, se mata o criminoso e recupera o homem. 
Na Apac de Santa Luzia, presos precisam cumprir normas de limpeza 

Primeira coisa a fazer quando ganhar a liberdade
- A primeira coisa que eu vou fazer é pedir perdão para todas aquelas pessoas que eu devo perdão. Eu devo muita satisfação para muita gente. Mas é pedir um perdão verdadeiro, do coração mesmo. É a primeira coisa que vou fazer quando chegar lá fora. 
Onde vai morar?
- Com certeza quero voltar para o Rio. A minha esposa mora lá. Assim que ganhar a minha liberdade quero ir para lá. Nem que seja para passar um tempo. Depois começar a colocar a minha vida em ordem. Aí sim pensar o que eu quero para minha vida. 

Escrevendo um livro
 (No livro vai contar) O que realmente aconteceu, a verdadeira história que quase ninguém sabe 

- Quando aqui cheguei, tive a oportunidade de conhecer um menino chamado Bruno Carlos. Ele falou: "Poxa, Bruno, por que você não faz um livro? Eu até comecei a fazer esse livro na Nelson Hungria, mas era tanta porrada, um dia a dia tão pesado, que acabou que toda vez que tinha uma geral na minha cela eles rasgavam tudo. Eu perdi o material e isso me desanimou. Mas quando aqui cheguei, nós iniciamos esse livro, começamos a escrever. E tá saindo. É um livro que vai surpreender muita gente. Vou falar sobre tudo. Sobre a infância do Bruno, como o Bruno profissionalizou no Atlético, a minha saída do Atlético, o que realmente aconteceu já que ficou um clima ruim e a torcida até hoje não sabe por quê eu saí. A minha ida para o Corinthians e o que aconteceu lá, o tempo que eu passei no Flamengo, os bastidores, o que acontecia no dia a dia, festas. Posso acrescentar alguma coisa do fato que aconteceu comigo, o que realmente aconteceu, a verdadeira história que quase ninguém sabe. Mas eu não posso fazer um livro sem um final feliz. Eu não posso fazer um livro e simplesmente terminar dentro da cadeia. Todo livro tem que ter um final feliz, e eu estou esperando esse final acontecer na minha vida.


Goleiro usa calça do Galo no treinamento 

Bruno trabalha a parte física em circuito montado por ele mesmo 
Bruno treina diariamente a parte física 

Bruno orienta os outros presos no trabalho físico na Santa Luzia 
Goleiro repete as atividades da época de jogador 
Goleiro Bruno na Apac de Santa Luzia 
Bruno nas cobranças de falta: quatro gols na carreira 

Goleiro Bruno em Santa Luzia (Foto: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)

Casagrande e Gilmar Rinaldi batem boca durante participação em programa

(redacao@correio24horas.com.br)

O clima ficou quente entre o comentarista Walter Casagrande e o coordenador de seleções da CBF, Gilmar Rinaldi, durante participação no programa 'Bem, Amigos', comandado pelo narrador Galvão Bueno. Gilmar e o técnico Dunga foram os convidados na noite desta segunda-feira e a conversa teve momentos de tensão quando Casagrande criticou a postura do Brasil diante do Paraguai, no último jogo da equipe pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. 
Gilmar elogiou Dunga por ter mudado o time no segundo tempo e conseguido o empate depois de sair perdendo por 2 a 0, e relembrou críticas da imprensa na época por conta do fraco desempenho do Brasil no jogo. Neste momento, Casagrande afirmou que foi ele que criticou o time de Dunga e os dois começaram a bater boca. 
"O jogo do Paraguai. No outro dia eu fui vendo os comentários na imprensa e parecia outro jogo.  E eu falei para ele (Dunga) 'você é maluco'. Tirou os volantes, botou o time para frente. E depois ainda falaram que o Paraguai recuou (a imprensa). Na verdade ele empurrou os caras lá'', disse Gilmar.
Gilmar e Dunga foram os convidados do programa 'Bem, Amigos', do narrador Galvão Bueno
(Foto: Reprodução/SporTV) 
“Fui eu que falei que recuou. Eu falei, Gilmar. Naquele jogo o Ramón Dias definiu que ia segurar o 2 a 0 e deu espaço. O mérito do Dunga foi ver isso e ter mudado o time. O mérito dele foi ter mudado. Eu não concordo. Gilmar, que o Paraguai foi acuado pelo Brasil", respondeu Casagrande. 
O coordenador continuou descordando do comentarista. "O Dunga empurrou o Paraguai. A mudança dele fez o time ir para trás. Não foi o Brasil que foi para cima do Paraguai?", questionou. Foi então que Casagrande levantou a voz. 
“Você está falando que só você viu o certo e eu vi errado. Eu não acho que o Dunga seja um péssimo treinador. O Ramón Dias pôs o time para trás e o Dunga viu e mudou o time. Gilmar, o primeiro tempo foi ridículo'', analisou. 
Logo depois Galvão Bueno entrou na conversa e tratou de conter os ânimos, afirmando que a discussão é construtiva e dando voz ao técnico Dunga, que defendeu seu companheiro de seleção. "Todo mundo tem que falar, e o Gilmar também", comentou ele. A discussão chegou ao fim quando Casagrande afirmou que nem todos pensam igual e encerrou o tema. 

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Temer cria programa para obras de infraestrutura e 'desestatização'



Do G1, em Brasília

Em um de seus primeiros atos após assumir o cargo, o presidente em exercício, Michel Temer, criou nesta quinta-feira (12) o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). O programa foi instituído por meio de uma Medida Provisória publicada em edição extra do Diário Oficial da União.
De acordo com o texto da MP, o PPI vai servir para a “ampliação e fortalecimento da interação entre o Estado e a iniciativa privada por meio da celebração de contratos de parceria para a execução de empreendimentos públicos de infraestrutura e de outras medidas de desestatização.”

A MP ainda define como contrato de parceria atos como concessões, permissões de serviço público, arrendamento de bens públicos e “outros negócios público-privados que, em função de seu caráter estratégico e de sua complexidade, especificidade, volume de investimentos, longo prazo, riscos ou incertezas envolvidos, adotem estrutura jurídica semelhante.”
Entre os objetivos do PPI, o texto destaca a ampliação de oportunidades de investimentos e emprego no país, estímulo ao desenvolvimento tecnológico e a expansão da infraestrutura pública “com tarifas e preços adequados.” Outro objetivo será “assegurar a estabilidade e a segurança jurídica, com a garantia da mínima intervenção nos negócios e investimentos.”
Fundo e Bndes
A medida provisória autoriza ainda o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) a “constituir e participar do Fundo de Apoio à Estruturação de Parcerias.” A função desse fundo, segundo o texto, será a “prestação onerosa, por meio de contrato, de serviços de estruturação e de liberação para parcerias de empreendimentos no âmbito do PPI.”
O fundo, que terá prazo de dez anos renovável por igual período, terá natureza privada e “patrimônio próprio separado do patrimônio do administrador [Bndes] e dos cotistas.”
Os recursos do fundo virão da “integralização de cotas” por pessoas físicas ou jurídicas, estatais e organismos internacionais, além de remunerações pelos serviços do próprio fundo, “alienação de bens e direitos”, além de rendimentos de aplicações financeiras.
PAC e PIL
O texto da MP não menciona o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), vitrine dos governo petistas de Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, que teve sob seu guarda-chuva algumas das principais obras de infraestrutura do Brasil nos últimos anos em setores como rodovias, ferrovias, energia elétrica e habitação.

Também não menciona o Programa de Investimento em Logística (PIL), lançado por Dilma e que prevê a concessão de infraestrutura pública, como rodovias e aeroportos, e que foi uma das principais bandeiras da presidente afastada para destravar nós logísticos no país e incentivar o crescimento da economia.

Pelo teor da MP, é possível que o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) substitua tanto o PIL quanto o PAC.

CRÔNICA: 55 A 22. TCHAU!

*Rangel Alves da Costa


A votação começou às 06:32 da manhã. Começaria a derrocada de Dilma. Às 6:34 o placar do Senado já anunciava o resultado. O afastamento da presidente foi confirmado por ampla maioria: 55 a 22.

Tchau! E acorde para a realidade. Foram 55 votos pelo seu afastamento e 22 pela sua permanência. A verdade venceu a mentira, o chantagismo, o “companheirismo” mafioso.

Tchau! E não se assuste com o resultado. Quem aqui planta aqui há de colher. E não duvide que a porta foi aberta para você ir embora e nunca mais voltar.

Tchau! E veja que sol bonito sobre o Brasil de agora, sem a sua nuvem negra e sem a ameaça de sua presença tempestuosa. Um novo dia que se firmará na esperança.

Tchau! E veja que resultado justo: uma maioria aflita, sofrida, atormentada, vencendo uma minoria corrupta, nefasta e impiedosa. A coragem vencendo uma maldita tirania.

Tchau! E saiba que toda lição é para ser aprendida. Ao não reconhecer sua incompetência, acabou negligenciando o próprio país e semeando o caos sobre tudo e entre todos.

Tchau! E agora os sinos dobram. E dobram de alegria, de júbilo, de contentamento, como anunciando que o mal caiu e todas as armas agora procuram definitivamente vencê-lo.
Tchau! E você, Dilma, não queira mais que isso. Já chegou o seu tempo no livro da história. E na sua página uma inglória escrita no desgoverno, no descalabro e na corrupção.

Tchau! E basta. Já chega. Foram treze anos de PT no poder e o Brasil não suportava mais servir de vaca às bocas vermelhas sugando todo o seu leite.

Tchau! E chega. Já acabou a mamata. Foram treze anos com os companheiros fazendo da nação um festim e se esbaldando dos nossos cofres e nossa dignidade.

Tchau! E nem olhe para trás. Já aviltou demais toda a pátria para merecer um adeus. Foram treze de ladroíces, de corrupção, de lamaçais putrefatos.


Tchau! E nem pense que vai voltar. Já pedalou demais por onde passou e certamente aprendeu a pegar a estrada. Só que seu caminho será curto, pois Moro é o guarda da esquina.

Tchau! E se faça de vítima. Já se vitimizou demais, e agora a verdadeira vítima vai tentar sair dos escombros deixados por seu governo: o povo brasileiro.

Tchau! E não se esqueça dos números: 55 a 22. E não se esqueça porque esse mesmo número se repetirá ou será aumentado quando da votação final de seu definitivo epitáfio.

Tchau! E nem tente um último “é golpe”. Já repetiu demais e nenhum efeito causou, pois todos sabem quem são os verdadeiros golpeados, traídos, achincalhados por um governo.

Tchau! E nem peça ao companheiro para levar a mala. A essa hora ele, o mentor de toda desgraça, está preocupado somente com sua própria mala e com sua fuga iminente.
Tchau! E nem diga que se esqueceu do chicote, da taca de couro cru, no gabinete. Com essa chibata você não açoitará mais ninguém, não causará outra dor em qualquer brasileiro.


Tchau! E não vá se despedir em rede de televisão ou nas redes sociais. Já amassou panela demais, já fez muita gente ensurdecer, já fez voar muito alumínio pela janela.
Tchau! E não se esqueça de encomendar uma placa bonita no seu lar de solitário abandono: Aqui mora uma companheira. Companheira de ratos, baratas, formigas...

Tchau! E leve apenas uma caneta. Não faça como Lula que levou até o crucifixo do palácio. A caneta servirá para escrever cartas para João Santana, José Dirceu, Vaccari...
Tchau! E um adeus em todas as línguas do mundo: goodbye, au revoir, arrivederci, auf wiedersehen, tot ziens... Chispa, sai daqui, bote o rabinho entre as pernas e suma. De vez!
Tchau! E jamais diria tchau querida. Não se despede cordialmente de quem lanhou sua pele, tirou o seu sono e fez do seu sofrimento um jogo de faz-de-conta.

Tchau! E agora, ex-tirana, procure no mapa onde fica Cuba, Venezuela, Equador, Bolívia. E vá pedalando até lá.


Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

quinta-feira, 12 de maio de 2016

BAHIA: Médica e enfermeira são afastadas após briga em posto

Do G1 BA



A médica e a enfermeira envolvidas em uma briga no Posto de Saúde da Família (PSF) do bairro Vila Amorim, no município de Barreiras, no oeste da Bahia, na terça-feira (10), foram afastadas, de acordo com a prefeitura da cidade.
Segundo comunicado da administração, as duas profissionais apresentaram "conduta incompatível com a função, ferindo os princípios éticos no serviço público". Segundo a polícia, a médica é suspeita de dar socos e arranhões na enfermeira, que reagiu empurrando a colega.
A médica foi levada pela Polícia Militar até a delegacia de Barreiras após o ocorrido. Segundo o delegado da cidade, Joaquim Rodrigues, ela foi liberada após ser registrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por lesão corporal leve, já que o crime é de menor potencial ofensivo. Ela responderá em liberdade.
Agressão
Uma testemunha informou à Polícia Militar que presenciou a médica dando socos e arranhando a enfermeira com as unhas, causando lesões no rosto e no braço direito. A mulher ainda esfregou um papel no rosto da vitima, conforme o relato. A enfermeira tentou se defender, empurrou a suposta agressora e pediu socorro. A causa da agressão é desconhecida, segundo a polícia.
A vítima ficou com hematomas no rosto e a suposta agressora teve lesões leves, já que a enfermeira tentou se defender, de acordo com a PM.
Segundo a Polícia Militar, a médica e a enfermeira têm 32 e 29 anos, respectivamente. Elas não tiveram os nomes divulgados. Procuradas pelo G1 na unidade de saúde, as envolvidas não foram localizadas.

NA ESTRADA DA VIDA

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...

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