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sexta-feira, 10 de junho de 2016

PF investiga juízes por venda de decisões para beneficiar facção

Associação de magistrados se diz 'constrangida'

Suelen GonçalvesDo G1 AM

Materiais apreendidos foram levados à sede da Polícia Federal (Foto: Suelen Gonçalves/G1 AM)Materiais apreendidos foram levados à sede da Polícia Federal (Foto: Suelen Gonçalves/G1 AM)
O superintendente da Polícia Federal no Amazonas (PF-AM), Marcelo Rezende, falou nesta quinta-feira (9) sobre a segunda fase da operação "La Muralla", que teve como alvo advogados, o juiz Luiz Carlos Valois, a desembargadora Encarnação das Graças Salgado e servidores do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM). Os alvos são suspeitos de integrar um esquema para beneficiar traficantes de uma facção criminosa que atua no Estado. O caso corre em segredo de justiça no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Superintendente da PF no Amazonas falou sobre caso (Foto: Suelen Gonçalves/G1 AM)Superintendente da PF no Amazonas falou sobre
caso (Foto: Suelen Gonçalves/G1 AM)
"As informações obtida durante a investigação da La Muralla já contavam a existência de um esquema de negociações judiciárias para favorecer integrantes da facção criminosa. Como pessoas supostamente envolvidas possuem prerrogativa especial para investigação no STJ, essas informações foram encaminhadas para o Superior Tribunal de Justiça, e lá foi instaurado o inquérito judicial, e agora a polícia está cumprindo cautelar expedidas pelo STJ para a aprofundamento dessas investigações", relata Rezende.
Durante as investigações, a PF captou mensagens e diálogos evidenciando a suposta participação dos membros do judiciário no esquema.
Mesmo que apenas a desembargadora tenha o foro privilegiado, o entendimento da investigação é que havia uma relação entre as denúncias, e por isso advogados, servidores e o juiz passaram a ser de competência do STJ.
"Dois magistrados, dois servidores [do TJ-AM] e quatro advogados foram convidados a prestar esclarecimento sobre o caso. A maioria aceitou. Alguns invocaram o direito de não falar, mas a maioria dos convidados aceitou o convite. A ação ainda está em curso, os magistrados têm prerrogativa e a informação que tive é que eles estariam dispostos a contribuir.", afirma o superintendente.

Apreensões
Durante a manhã, 100 policiais federais se dividiram para apreender arquivos e documentos que possam comprovar a ligação dos alvos no esquema investigado. Residências, gabinetes e até uma locadora de carros foram visitados pelos policiais. Todo o material apreendido foi levado para a sede da Polícia Federal, no bairro Dom Pedro, e após analisados, serão encaminhados ao STJ.
Tanto a desembargadora quanto o juiz continuam no exercício de suas funções, pois não há provas que os liguem ao esquema investigado pela Polícia Federal. Caso provas sejam encontradas,  o STJ pode pedir o afastamento dos magistrados.
Desembargadora e juiz também são alvos da La Muralla 2 (Foto: Divulgação/Tribunal de Justiça do Amazonas)Desembargadora e juiz também são alvos da La Muralla 2 (Foto: Divulgação/Tribunal de Justiça do Amazonas)
"La Muralla"
No dia 20 de novembro de 2015, em ação coordenada, cerca de 400 policiais federais, 300 policiais militares do Batalhão de Choque e do Grupo Fera da Polícia Civil do Estado do Amazonas cumpriram 127 mandados de prisão preventiva, 67 mandados de busca e apreensão, sete buscas em presídios estaduais, 68 medidas de sequestro de bens, além do bloqueio de ativos registrados em 173 CPFs e CNPJs ligados a integrantes da organização criminosa, todos determinados pela Justiça Federal no Amazonas
A operação teve o objetivo de desarticular uma facção criminosa que atuava dentro do sistema prisional do estado. Além do crime de tráfico de armas, a organização criminosa é suspeita de praticar lavagem de dinheiro, evasão de divisas, roubo, homicídios, sequestro, tortura e corrupção de agentes públicos.
Policiais federais foram ao TJAM em busca de provas de envolvimento com esquema investigado (Foto: Suelen Gonçalves/G1 AM)Policiais federais foram ao TJAM em busca de provas de envolvimento com esquema investigado (Foto: Suelen Gonçalves/G1 AM)

quarta-feira, 8 de junho de 2016

A dívida brasileira chegou a inacreditáveis R$ 4 trilhões. E ela não para de crescer.



Quantas vezes é possível a um político mentir ou omitir a situação de um país até ser finalmente descoberto? Para Dilma Rousseff, no que diz respeito às contas públicas do país, a resposta é “pelo menos duas vezes”. É o que deixa claro o novo Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, segundo o qual, o déficit real do país, deixado por Dilma, estava 171% acima daquele previsto pela presidente afastada para este ano. Os R$ 170,5 bilhões de rombo descobertos por Meirelles preocupam, porém conta apenas parte de uma história que pode chegar a outros valores incomparavelmente maiores: R$ 4,017 trilhões. Que número é esse? O tamanho real da dívida brasileira.
Vistos da TV, os números e anúncios do ministro parecem distantes e pouco ligados ao seu cotidiano. Até que eles realmente impactem sua vida, seja de forma clara como um novo imposto (como a volta da CPMF), ou um aumento no preço dos combustíveis, você já terá esquecido e muito provavelmente não irá ligar uma coisa a outra. Numa conta simples, se o déficit no ano foi de R$ 170,5 bilhões num país onde há 90,639 milhões empregados, assumindo a bomba, cada um arcará com um singelo custo de R$ 1.881,08 (ou, R$ 156,75 mensais). Tudo isso sem incluir o déficit de 2015 ou de 2014.
O prejuízo gerado em um único ano pode ser quantificado. São 6 vezes o orçamento do programa Bolsa Família, 1 ano de salários do funcionalismo público, 8 anos de orçamento das universidades públicas federais, 2 vezes o valor gasto em educação. Nada disso, no entanto, leva em consideração o problema central: não vivemos em um mundo isolado onde as contas de um ano ficam naquele ano. Somando tudo até aqui, o resultado é um só: R$ 4 trilhões em dívidas.

COMO CHEGAMOS A ESTE VALOR?

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Nos três anos de crise que temos até aqui, a dívida bruta do governo saiu de 53% para prováveis 72% do PIB ao final do ano (e isso numa projeção otimista). Em outras palavras, um crescimento de R$ 1,3 trilhões em dívida,apenas nos últimos 3 anos. O resultado pode ainda parecer pequeno quando comparado ao de países ricos (que devem muitas vezes 100% de seu PIB), mas substancial quando acrescentamos outro ingrediente à receita: os juros. Enquanto os EUA, por exemplo, financia sua dívida com juros de 1,5% ao ano, por aqui eles chegam a 14,25% ao ano.
Deste total, o peso dos déficits primários, como o anunciado ontem, não parecem tão relevantes (R$ 32,53 bilhões em 2014, R$ 119 bilhões em 2015 e R$ 170,5 bilhões em 2015). Leia-se: menos de 1/5 do aumento total da dívida. E a razão para isso é simples. O tal déficit primário é apenas parte da história.
Por “primário”, entendemos receita – despesa sem incluir receita ou despesa financeira. Em outras palavras, tudo que o governo arrecada menos o que ele gasta, sem considerar ganhos financeiros ou os juros da dívida. Quando incluímos o custo da dívida, chegamos ao chamado resultado ‘nominal’, e é aí que a brincadeira fica mais séria. Apenas nos últimos 12 meses, nosso resultado nominal, que inclui os juros, ficou negativo em R$ 579,3 bilhões (uma bomba de R$ 6.391,00 para cada brasileiro empregado).
O fato de usarmos o resultado primário mais rotineiramente possui uma razão. Ao economizarmos recursos para abater os juros ou a dívida, contando com o crescimento do país, conseguimos estabilizar ou mesmo fazer a relação “dívida/PIB” cair, fazendo com que ela se torne um peso menor.
Empresas e governos necessitam de dívida. Seja para realizar investimentos ou fazer política monetária. É praticamente impossível que exista hoje uma grande empresa ou um governo sem dívida. Neste cenário, garantir que ela esteja sob controle é fundamental.
E é exatamente esta a importância de se poupar dinheiro e não registrarmos déficits como os deste ano. Ao gastarmos menos, temos menos necessidade de pedir empréstimos e assim, acabamos conseguindo pagar juros menores. Sem este controle, nossa dívida explode, dificultando a oferta de serviços públicos ou mesmo reduzindo o dinheiro que você tem no bolso.

E COMO ISSO AFETA MINHA VIDA?

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Falar em termos “macros” muitas vezes significa apenas dizer palavras complicadas, e nada mais do que isso. Superávit, déficit, nominal, primário, CPMF, política fiscal ou monetária. Nada disso possui a menor relevância se não houver como explicar o que importa, o objetivo final da economia: o impacto disso no seu bem-estar. Sem isso, este economês é só isso, um jogo de palavras.
Os resultados de um governo que gasta demais são mais simples de entender do que você pode imaginar. Basta pensar na quantidade de recursos como um pote gigante cheio de dinheiro. Famílias, empresas e governo recorrem a ele sempre quando precisam de dinheiro emprestado, e quando possível, colocam nele os juros ou parte do que pegaram antes. Cada vez que o governo demanda mais recursos, a quantidade de dinheiro no pote diminui mais rápido, e aqueles que detém este dinheiro (fundos de pensão, fundos de investimento, seguradoras, bancos, etc) têm de escolher quem pode ou não pegar este dinheiro. Na medida em que demanda mais empréstimos, o governo contribui para elevar os juros na economia – ou seja, fica mais caro investir ou comprar a prazo. É o seu carnê na loja que se dará mal no final.
O mais óbvio dos resultado, no entanto, é o impacto de um novo imposto, que via de regra é mais transparente e direto. Você sabe quando eles aumentam e percebe no aumento de preços. Em 2015, dez estados, além do Distrito Federal, elevaram impostos, na maioria dos casos, sobre combustíveis ou energia.

COMO O GOVERNO PRETENDE PAGAR ESSA DÍVIDA?

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Pagar a dívida, ou ao menos torná-la administrável, não é uma tarefa fácil. Muito mais do que uma equipe econômica bem alinhada e que saiba a necessidade real de um ajuste, cortar gastos ou elevar receitas é algo que ainda depende do Congresso.
Não é de se estranhar, portanto, que a bolsa e o dólar não tenham reagido tão bem à primeira semana do governo Temer. Além de descobrirmos que a situação do país era pior que a imaginada, sem o Congresso é impossível aprovar qualquer ajuste fiscal.
Para controlar a dívida, porém, novos impostos, ou velhos como a CPMF, além das privatizações, são apenas uma pequena parte do caminho. Sem um crescimento da economia é impossível imaginar qualquer melhora neste quadro.
A exemplo do que fez Dilma, Temer deve continuar mantendo reajustes ao funcionalismo público abaixo da inflação. Possivelmente, como fez Dilma no último Dia do Trabalhador, quando anunciou seu “pacote de bondades” (nome dado por ela e assessores), também reajustará a tabela de imposto de renda abaixo da inflação, elevando ainda mais o peso dos impostos sobre os mais pobres.
Vender patrimônio teria um impacto relativamente baixo neste déficit. Se nós somarmos o valor de todas as mais de uma centena de empresas públicas, elas valem o equivalente ao déficit de 2015 e 2016 somados. A venda, porém, seria uma alternativa para atrair investimentos que geram emprego e renda.

UM CALOTE DA DÍVIDA É ALGO POSSÍVEL?

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Com nove calotes entre 1898 e 1990, o Brasil é um país acostumado a encarar o governo com incertezas. Desta vez, após um período de estabilidade, ao contrário do que possa parecer, não é absurdo assumir que podemos voltar a cometer equívocos tão presentes no nosso passado. Com um Congresso que pressiona o governo contra ajustes e há quase duas décadas se nega a votar as reformas tributária e previdenciária, esperar que um ajuste fiscal como o proposto seja bem recebido – e votado com a agilidade que a recessão da economia brasileira demanda – é algo no mínimo improvável.
Diante deste cenário, com uma alta que pode chegar a 80% do PIB em 2018, um calote faz parte da série de especulações sobre como o governo lidará com a questão da dívida.
Por se tratar de moeda nacional, no entanto, esses riscos são menores. A exemplo do que inúmeros países já fizeram, como o próprio Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial, o governo brasileiro pode ver na inflação um meio de diminuir a dívida e o seu custo.
A forma como isto seria feito é um pouco complexa, mas basta lembrar que em períodos de inflação, aquele que detém acesso aos bancos para se proteger (seja com investimentos ou poupança) acabam sendo beneficiados. Num país com 55 milhões de brasileiros sem uma mísera conta em banco, não é difícil imaginar quem pagará essa fatura.
Reduzir o peso da dívida por meio da inflação significa tirar parte do poder de compra de cada pessoa. Na prática, a população empobrece sem nem saber que está pagando imposto – no caso, o chamado “imposto inflacionário”. Outro efeito disto seria um aumento da desigualdade – que cresce sempre junto da inflação, exatamente por que alguns se protegem mais do que outros.
De certeza em toda essa história, apenas o fato de que o ajuste será feito como sempre foi: em cima daqueles que sustentam o governo, e não do próprio governo. E sem ele, nossa dívida continuará aumentando ainda mais. Até explodir. E no seu colo.
Spotniks

Olimpíada da corrupção: #Rio2016 fraude e desvio de dinheiro em obras

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Polícia Federal faz na manhã desta terça-feira (7) uma operação para cumprir mandados judiciais em um inquérito que investiga indícios de uma fraude milionária nas obras do Complexo Esportivo de Deodoro, um dos principais empreendimentos da Olimpíada do Rio.
Um dos locais onde estão sendo feitas buscas é na sede do consórcio construtor da obra, formado pelas empreiteiras Queiroz Galvão e OAS. A Justiça já bloqueou R$ 128,5 milhões que deveriam ser pagos ao consórcio.
O Complexo Esportivo de Deodoro, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, é osegundo maior polo de competições dos Jogos Olímpicos. Vai receber 11 modalidades olímpicas e quatro paralímpicas, entre elas hipismo, esgrima, ciclismo, tiro e canoagem.
O contrato inicial da parte norte do Complexo Esportivo foi orçado em R$ 643 milhões, mas segundo as investigações, já chega a R$ 738 milhões,
O Consórcio Complexo Deodoro formado pelas empreiteiras Queiroz Galvão e OAS é responsável pela obra. Os recursos são do Ministério do Esporte, e a contratante é a Prefeitura do Rio.
Agora, a Polícia Federal quer saber por que o valor gasto com serviços de transporte e descarte de resíduos da obra disparou, um aumento de 83%.
O inquérito foi aberto depois de uma fiscalização da Controladoria Geral da União no Aterro Sanitário para onde o entulho deveria ser transportado. O terreno fica em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. E a CGU já encontrou indícios de fraude na documentação dos serviços.

BRASIL VERDE AMARELO

Nossa Bandeira Nossa Pátria

Vereador diz que empresário pagou R$ 1,2 milhão para realizar o Forró Caju e aciona MP

Vereador diz que empresário pagou R$ 1,2 milhão para realizar o Forró Caju e aciona MP
(Foto: Reprodução / Internet)

O vereador Agamenon Sobral (PHS) utilizou o plenário da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), na última quarta-feira (01/06), para criticar a exploração do Forró Caju, por parte da empresa Theo Produções e Eventos, responsável pela organização do evento.

Segundo o parlamentar, o secretário de Comunicação Social, Carlos Batalha, informou no plenário que o empresário Theo Santana não pagou nada à Prefeitura de Aracaju para realizar o evento, mas o parlamentar estranhou, pois em conversa com o empresário, ele o informou que teria pago R$ 1,2 milhão à Prefeitura de Aracaju.

Agamenon deu entrada no Ministério Público de Sergipe para que os representantes do órgão se posicione sobre a situação. "Eu não aceito que seja feita dessa forma. Não é admissível que o município coloque suas empresas para trabalhar de graça para esse empresário que só está pensando em botar o dinheiro no bolso. Quero saber quais empresas participaram dessa licitação, porque isso me cheira a falcatrua", suspeita o parlamentar.

Em resposta as acusações, o secretário chamou o vereador de imbecil, burro, louco e desequilibrado e disse que abrirá um processo. "Só vamos realizar a festa por que temos sangue no olho. Lutamos em parceria com empresas para a realização do Forró Caju 2016. Fui ontem pela manhã e dei todos os dados na CMA e esclareci que tudo está de acordo com a lei. Um imbecil como ele (Agamenon Sobral), que viveu durante três anos dos benefícios da prefeitura veio argumentar para saber se a prefeitura está lucrando. Eu respondi que a prefeitura está lucrando de forma espantosa e caso continuemos na prefeitura, próximo ano o lucro será ainda maior, mas acima de tudo, ele é burro, louco e desequilibrado. Ele vai ter que rebolar muito, e dessa vez não vai se vangloriar por ter ganhado. As coisas não podem ficar assim, a resposta oficial virá em breve", disse Batalha.

Posicionamento Theo Produções e Eventos
"Nunca fui procurado pelo vereador, apenas tivemos um embate em rádio, no qual, por mais que estivéssemos explicando toda a situação do processo, ele fez questão de, além de não entender, ser grosseiro e ofensivo. Assim como deixei claro em outras oportunidades, frisei que arrematamos o Chamamento Público por R$1.250.000 e que iremos pagar as despesas de todos os artistas e toda a estrutura. Ele, simplesmente, não entende que a Prefeitura está lucrando quando deixa de ter essas despesas", reforçou.

Jornal de Sergipe

segunda-feira, 6 de junho de 2016

NYT: Brasil ganha medalha de ouro em corrupção

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Um editorial publicado pelo jornal americano “The New York Times” nesta segunda-feira questiona a firmeza do compromisso do presidente interino, Michel Temer, com o combate à corrupção.
No texto, intitulado “A Medalha de Ouro do Brasil para Corrupção” (em tradução livre), o jornal pede ainda que o novo chefe do governo se posicione pelo fim da imunidade parlamentar para ministros e congressistas acusados de corrupção.
O artigo começa fazendo referência à ficha suja de ministros do governo – entre os quais, sete são investigados por corrupção.
“As nomeações reforçaram as suspeitas de que o afastamento temporário da presidente Dilma Rousseff no mês passado, por acusações de maquiar ilegalmente as contas do governo, teve uma segunda intenção: afastar a investigação (de corrupção)”, escreve o jornal.
Depois, o texto lembra as renúncias do ex-ministro do Planejamento, Romero Jucá, e posteriormente do ex-ministro da Transparência, Fabiano Silveira, que indicaram em conversa telefônica estar tramando para atravancar o avanço da Operação Lava Jato.
“Isto forçou Temer a prometer, na semana passada, que o Executivo não interferirá nas investigações na Petrobras, nas quais estão envolvidos mais de 40 políticos. Considerando os homens de quem Temer se cercou, a promessa soa oca”, julga o editorial.
A única forma de “ganhar a confiança dos brasileiros” é “tomar medidas concretas” contra a corrupção, argumenta o NYT. Uma delas, afirma, é abolir a imunidade parlamentar para políticos acusados de atos de corrupção.
“Esta proteção injustificável claramente permitiu uma cultura de corrupção e impunidade institucionalizadas”, diz o editorial.
“Não está claro quanto Temer pretende avançar no combate à corrupção. Se estiver realmente comprometido, e quiser enterrar as suspeitas sobre a motivação para remover (Dilma) Rousseff, faria bem em defender o fim da imunidade parlamentar para congressistas e ministros em casos de corrupção.”

BRASIL VERDE AMARELO

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CPI DOS CORREIOS: Gilmar autoriza investigação de Aécio, Paes e Clésio Andrade

Janot pediu para apurar se houve manobra em comissão.



Renan Ramalho*Do G1, em Brasília
O senador Aécio Neves, o prefeito do Rio, Eduardo Paes e Clésio Andrade (Foto: Fernando Frazão, Marcelo Camargo e José Cruz/Agência Brasil)O senador Aécio Neves, o prefeito do Rio, Eduardo Paes e Clésio Andrade (Foto: Fernando Frazão, Marcelo Camargo e José Cruz/Agência Brasil)
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda-feira (6) a abertura de um segundo inquérito para investigar o presidente nacional do PSDB e senador Aécio Neves (MG) sobre uma suposta manobra para tirar da CPI dos Correios, em 2005, informações sobre o chamado mensalão mineiro.
O pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) se baseia em informações relatadas na delação premiada do senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido-MS)
No mesmo inquérito, também serão investigados o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), e o ex-senador Clésio Andrade (PMDB-MG). Ficou de fora da investigação o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP), que também havia sido citado por Delcídio.
À época dos fatos relatados por Delcídio, Aécio estava no comando do governo de Minas Gerais e Clésio era seu vice-governador.
No pedido de inquérito, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que busca apurar se Aécio tentou, durante os trabalhos da CPI dos Correios, em 2005, esconder suposto envolvimento de políticos do PSDB no mensalão mineiro, que investigava o mensalão do PT.
Delcídio contou na delação premiada que, durante a CPI dos Correios, da qual foi presidente, surgiram pedidos de quebra de sigilo do Banco Rural. Na época, contou o senador cassado, Aécio teria pedido a Eduardo Paes, que era secretário-geral do PSDB, para tentar prorrogar prazos de entrega dos dados. O objetivo seria maquiar dados do Banco Rural para ocultar informações que comprometeriam políticos do PSDB.
"[Delcídio disse] que, foi com surpresa que percebeu, ao receber as respostas, que o tempo fora utilizado para maquiar os dados que recebera do Banco Rural; […] que os dados atingiriam em cheio as pessoas de Aécio Neves e Clésio Andrade, governador e vice-governador de Minas Gerais”, diz trecho da delação premiada de Delcídio.

No despacho que autorizou o inquérito, Gilmar Mendes observou que a suposta omissão dos dados configuraria um crime já prescrito, isto é, que não pode mais levar à punição, pela demora em apresentar a denúncia após o fato.

O ministro, no entanto, entendeu ser importante prosseguir com a investigação, pela possibilidade de se descobrir outros crimes, relacionados ao mensalão mineiro, como gestão fraudulenta de instituição financeira, falsidade ideológica praticada por funcionário público, crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro.
Carlos Sampaio
O senador cassado relatou ainda que, além de Aécio e Eduardo Paes, o deputado Carlos Sampaio também sabia da maquiagem dos dados. Segundo ele, o relatório final da CPI dos Correios "foi feito com base nestes dados maquiados".
Na decisão que autorizou a abertura do inquérito, Gilmar Mendes entendeu que Sampaio ainda não deve figurar como investigado já que, segundo Delcídio, teria apenas ciência do caso. Como ainda não se sabe se houve crime, o ministro do STF avaliou que o tucano não poderia ser investigado neste momento.

“Não há narração de qualquer contribuição ativa de Carlos Sampaio para os fatos. Tampouco há uma explicitação da razão que levou Delcídio do Amaral a crer que Carlos Sampaio efetivamente tinha conhecimento dos fatos”, justificou o ministro.
Em nota, Aécio Neves, disse que “jamais interferiu ou influenciou nos trabalhos de qualquer CPI”. O tucano chamou ainda de “absurdo” as acusações feitas contra ele por Delcídio.
“O senador Aécio Neves renova sua absoluta convicção de que os esclarecimentos a serem prestados demonstrarão de forma definitiva a improcedência e o absurdo de mais essa citação feita ao seu nome pelo ex-senador Delcídio. O senador jamais interferiu ou influenciou nos trabalhos de qualquer CPI. As investigações isentas e céleres serão o melhor caminho para que isso fique de uma vez por todas esclarecido”, diz a nota.
Também por meio de nota, a assessoria de Eduardo Paes afirmou que o prefeito do Rio está à disposição da Justiça "para prestar esclarecimentos sobre o episódio relatado por Delcídio. Segundo o prefeito, em nenhum momento o então governador Aécio Neves solicitou qualquer tipo de benefício nas investigações da CPI dos Correios.
O prefeito reafirmou no comunicado que, como deputado, "teve muito orgulho em ter sido sub-relator geral da CPI dos Correios, que desvendou o esquema do mensalão."
Ao G1, o advogado Eugênio Pacelli, responsável pela defesa do ex-senador Clésio Andrade, disse que não poderia se pronunciar porque ainda não tomou conhecimento da decisão do ministro do STF.
* Colaboraram Gustavo Garcia, do G1, em Brasília, e os G1s RJ e MG.

Adolescente morre após carro que dirigia bater em poste e se partir ao meio; veja vídeo


Um grave acidente na cidade de Londrina, interior do Paraná, resultou na morte de um adolescente na madrugada de domingo (5). O carro dirigido por Pedro Carlet da Silva se chocou em alta velocidade contra um poste. Com a pancada, o veículo se partiu ao meio.
Câmeras de segurança do local do acidente registraram o momento exato do choque. Familiares informaram a polícia que o adolescente teria pego o carro sem permissão. O corpo de Pedro foi sepultado no final da tarde de domingo, no cemitério Jardim da Saudade, em Londrina.
Veja vídeo:
CORREIO DA BAHIA

CRÔNICA: O CHEIRO BOM DO MÊS JUNINO


*Rangel Alves da Costa


O mês de junho chegou e com ele o cheiro bom saído das panelas, dos tachos, dos fornos, das palhas esverdeadas, e a maioria perfumada de milho, de coco, de cravo e canela, de tempero junino. Para muitos, é o período mais esperado e apreciado do ano, é o tempo apropriado para esquecer um pouco a dieta e sair experimentando de tudo um pouco. E também fazer promessa para arranjar namorado.

Dizem que o quentão faz encontrar a palavra, a fogueira espalha pelo corpo um calor diferente, ao redor das chamas os olhos vão se cruzando, e até aí São João já fez sua parte, pois o resto fica por conta de Santo Antônio. E são tantas as promessas que de vez em quando o pobre santo se vê de cabeça pra baixo, enterrado, escondido e até perfumado no corpo inteiro. Promessas juninas, mistérios antigos e por muitos ainda revividos.

Certamente que não é mais aquela festança tomando conta das portas, das calçadas, das ruas. Não há mais uma profusão de fogueiras acesas, de mesas enfeitadas, de folguedos e animações. Até mesmo os arraiais rarearam, e igualmente as autênticas quadrilhas matutas, ostentadas no compasso da dança e não na fantasia carnavalesca. Olha-se para cima e já não se avista bandeirolas coloridas dançando à ventania. Balões enfeitados, corações despertados pelos sabores, tudo isso parece coisa de outros tempos.

Mas o cheiro bom do mês junino ainda permanece, mesmo que não esteja fácil dispor do milho, do coco e demais preparativos para os pratos mais diversos. O milho faltou no sertão, tudo que chega vem de lotes e a preços absurdos. Mas é tradição, e como tal ainda é preservada por muitos. Mesmo sem o autêntico forró pé-de-serra e sem a quadrilha matuta, a verdade é que a festa de São João não pode faltar. Muito menos seus cheiros e sabores apaixonantes.

Mesmo sem a feição de outros tempos, creio que também neste São João não faltarão as fogueiras soltando suas labaredas, os braseiros servindo de assadeiras para carnes, milhos, queijos e até para os batismos simbólicos da época. E ao redor, tomando todos os espaços da rua, as mesas com as iguarias típicas e apetitosas. Uma fartura de gostos, sabores, pedaços e porções que se acumulam nos pratos e vasilhames e que vão fazendo a festa da gulodice.


Por isso mesmo que já sinto a presença daquelas comidas, bebidas e um monte de iguarias que logo mais estarão diante de todos. Não vai demorar muito e as cozinhas estarão preparando as canjicas, os bolos, os milhos cozidos, os licores, o arroz doce, o mungunzá, a pipoca, o quentão. As carnes serão cortadas como para churrasco, linguiças amontoadas, as espigas de milho preparadas para o crepitante braseiro. Talvez eu esteja querendo demais, mas é pela vontade mesmo.

Os fogos também não pipocam mais como antigamente. De vez quando apenas uma bombinha ou outra. Mas enquanto a verdadeira festança não chega, enquanto não vejo a meninada toda animada soltando suas chuvinhas e traques, fico imaginando as fogueiras acesas, os sons da sanfona e todas aquelas delícias perfumando os espaços. Já vejo o arroz doce sendo despejado no copo ou no prato, a canjica cheirosa recebendo a canela, o mungunzá sendo enfeitado com cravo da índia.

E tudo faz recordar meu sertão. Não o de agora, mas aquele sertão de vizinhos e compadres reunidos ao redor da fogueira, no proseado e na comilança, na animação e no compasso do forró. Quando não há um bom sanfoneiro, pois raridade também por lá, então o auxílio vem com Luiz Gonzaga e sua cantoria junina: Olhe pro céu meu amor, vê como ele está lindo. Olhe praquele balão multicor como no céu vai sumindo. Foi numa noite igual a esta...

E também chega uma recordação boa das coisas simples e belas das noites juninas sertanejas. Sem igual é o São João na roça, nas distâncias do mundo, onde somente a fogueira e o luar iluminam vidas e esperanças. A palha do milho retirado ali mesmo, de espiga nova e bonita, para depois ser estendida pelos lados da fogueira ou já no braseiro. Da cozinha chega um cheiro bom de canjica, de vez em quando aparece um copo com uma aguardente misturada com casca de pau.

Enquanto o fogo crepita e o menino brinca correndo atrás de estrelas, a família e os amigos alimentam nas chamas os prazeres da vida. Coloca-se mais lenha, alimenta-se a fogueira porque a noite é longa e o santo junino não gosta de ver ninguém triste na sua noite. Não há o licor, o quentão, o prato refinado, mas o que há se torna suficiente para que a tradição da data não seja esquecida: o milho assado, o milho cozido, a canjica, o arroz doce. Ou somente a vontade de ter.

Muitas vezes somente a fogueira faz companhia, e apenas o cheiro da lenha esturricando e da fumaça tomando os ares. Mas ainda assim o cheiro junino. E no olhar e no coração o pedido ao santo que tão cedo não lhe permita apagar como aquela chama.


Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

NA ESTRADA DA VIDA

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...

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