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sábado, 9 de julho de 2016

9 números que explicam por que a educação brasileira vai de mal a pior

Em todo o país, mais de 600 escolas públicas estaduais e federais seguem ocupadas. Greves de professores já são uma realidade em ao menos sete estados. Movimentos de alunos grevistas paralisam aulas nas três universidades paulistas. À primeira vista, não parece lá muito difícil entender o que motiva qualquer protesto. Desde o início de 2015, apenas em escala federal, a educação já perdeu cerca de R$ 14,7 bilhões em recursos. Programas como FIES ou Ciências Sem Fronteiras foram congelados ou drasticamente reduzidos. Vistos mais de perto, no entanto, a maior parte dos movimentos ajuda apenas a mostrar um grave problema da educação no país: há tempos nos prendemos à ideia de que mais educação é sinônimo de “mais verba para a educação”.
Não à toa, educação é considerada uma área prioritária por dez entre dez brasileiros. Na prática, estudar um ano a mais pode lhe render um aumento de até 15%, em média, na renda. Para cada ano de pós-graduação por exemplo, a renda média pode crescer até 35,65%, segundo um estudo sobre o tema elaborado pela FGV. Investir em educação é, portanto, um grande negócio, seja para o trabalhador, seja para o país, correto? Restam poucas dúvidas disso. Exemplos como os da Coréia do Sul, que há quatro décadas era mais pobre que o Brasil, e hoje é três vezes mais rica, não nos deixam mentir sobre o impacto que a educação pode ter para transformar o futuro de um país. Definir exatamente o que é “investir em educação”, porém, é a grande questão.
Foi ainda como governador do Ceará que Cid Gomes fez chacota da greve dos professores,sugerindo que “professor deve trabalhar por amor, não por dinheiro”. A frase causou revolta e já foi atribuída erroneamente a diversos autores, como o governador paulista Geraldo Alckmin. Significa, na prática, o exato oposto daquilo que se considera como o correto para termos uma educação de qualidade que coloque o Brasil entre os países desenvolvidos.
Não por um acaso, abraçamos com veemência a ideia de destinar 10% do PIB para a educação, ainda que no mundo real este número mágico não siga estudo algum que o comprove. De fato, o país que mais investe em educação proporcionalmente ao seu PIB, o Timor Leste, não tem tido grandes avanços com isso.
Entre 2005 e 2015, vimos o orçamento do Ministério da Educação crescer 531%, saltando de R$ 15,97 para R$ 85 bilhões em orçamento, sendo 1/3 dele destinado aos 1,7 milhão de universitários matriculados em instituições públicas brasileiras. Apesar disso, seguimos sem grande destaque entre as universidades do mundo. A primeira universidade federal brasileira a aparecer no ranking das melhores do mundo, a UFRJ, ocupa um modesto 323º lugar. Quanto nos comparamos ao resto do mundo, o resultado fica ainda mais preocupante. Nem todo este aumento de verba impediu o Brasil de cair para um 60º lugar no PISA, o exame internacional de educação que mede a qualidade do ensino em matemática, ciências e leitura. Estamos ao lado de países como Albânia quando o assunto é matemática, e atrás de Romênia e Bulgária quando tratamos de leitura.
Entender o que deu errado, ou mesmo por onde as coisas começam a dar errado na nossa educação, não é algo fácil. Do ensino básico ao ensino superior, continuamos capengando. Quer saber melhor o tamanho da encrenca? Estes são alguns dos motivos:

1. INVESTIMOS MAIS DO QUE QUALQUER PAÍS EM ENSINO SUPERIOR, E MENOS EM ENSINO BÁSICO.

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Ao contrário do que se imagina, gastar com educação não é algo colocado em segundo plano pelo governo brasileiro. Gastamos cerca de 19% do total de despesas do governo brasileiro com educação, contra 13% na média da OCDE, uma organização que reúne alguns dos países mais ricos do mundo, além de outros países emergentes, como Chile e México, por exemplo.
Gastamos com educação 6,1% do nosso PIB, contra 4,5% do Chile e 4,7% da Argentina, ambos países melhor colocados no PISA.
Na média, despendemos cerca de US$ 10,9 mil por cada aluno no ensino superior, já excluídos gastos com pesquisa, contra US$ 9,3 mil de países ricos.
Por aqui, são gastos em média 410% a mais por cada aluno no ensino superior em relação aos alunos de ensino básico, contra 30% a mais que gastam os países já considerados desenvolvidos.
Quando comparamos com nosso PIB per capita, gastamos na média 93% dele por cada aluno no ensino superior, contra 23% gastos com alunos do ensino básico.

2. TEMOS 3 VEZES MAIS BUROCRATAS NA ÁREA DE EDUCAÇÃO DO QUE A MÉDIA MUNDIAL.

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Quantas pessoas trabalham na área de educação no Brasil? Aparentemente essa pergunta possui pouca ou nenhuma relevância quando nos preocupamos em “como investir em educação”. O exército de 5,1 milhões de funcionários da educação no Brasil, no entanto, dá uma boa pista de para onde vai todo nosso “investimento”.
Temos hoje cerca de 2 milhões de professores, contra 3,1 milhões de “não professores”, ou seja, pessoas que trabalham em escolas, secretarias de educação e tudo o mais que seja necessário para manter uma universidade ou escola. Ocorre que esta média, de 1,5 não professor para cada professor, é considerada única no mundo. Trata-se de um recorde de consequências poucas conhecidas.
Na média, cada país membro da OCDE emprega 0,5 não professores para cada professor. Considere por um minuto que as escolas brasileiras precisassem do mesmo número de funcionários que as bem sucedidas escolas de países como Finlândia, França ou Alemanha – isso implicaria que temos por aqui algo como 2 milhões de pessoas trabalhando em um setor sem que sejam de fato necessárias.
Cerca de 11% do orçamento do Ministério da Educação destina-se exclusivamente a manter o Ministério e sua burocracia. Nas universidades, boa parte é gasto também com estrutura. Neste efeito cascata que começa em Brasília e se estende até as secretarias de educação estaduais, chegamos a um gasto de quase R$ 46 bilhões apenas com burocracia, que, caso mantivéssemos o mesmo número de escolas de países ricos, não seriam necessários.
Na prática, significa que poderíamos, caso destinássemos estes recursos para aumentar salários de docentes, pagar a eles até 73% mais do que hoje, fazendo com que nenhum professor no Brasil recebesse menos do que 3 vezes o salário médio de um trabalhador brasileiro.

3. EM ALGUMAS UNIVERSIDADES, ATÉ 102% DO ORÇAMENTO É GASTO APENAS COM SALÁRIOS.

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Mesmo com autonomia financeira, o que implica que seu orçamento não depende da boa vontade de governantes, algumas universidades brasileiras têm tido dificuldades para pagar as contas. Este é precisamente o caso da Unicamp, a segunda maior universidade paulista e a segunda melhor universidade brasileira dentre as 500 melhores do mundo.
O caso da Unicamp não se diferencia muito da USP, onde 104,7% do orçamento foi gasto em salários em março deste ano. Por lei, as universidades paulistas tem à disposição 9,57% do ICMS arrecadado pelo estado, valor que mantém todos os gastos com os mais de 200 mil alunos das três instituições. O número é equivalente à metade do gasto total com os 4 milhões de alunos em escolas técnicas.
Com esta verba, as universidades devem pagar salários, manter hospitais universitários, financiar pesquisas, investir em infraestrutura e tudo o mais que se necessite para o seu bom funcionamento.
Como resposta, as universidades paulistas, que hoje enfrentam greves, pediram ao governo estadual que aumente a cota à qual têm direito no ICMS para 9,9%.
Em universidades federais, a situação não é muito distinta. Na UFRJ, 95% do orçamento é gasto com salários. A universidade chegou a enfrentar problemas como corte de energia, uma vez que as contas se encontravam atrasadas por falta de recursos. Nove universidades federais já acumulam déficits que chegam a R$ 400 milhões, a despeito de seus orçamentos terem mais do que triplicado na última década.
Transformadas em meras pagadoras de salários, as universidades brasileiras investem cada vez menos.

4. O NÚMERO DE ADOLESCENTES ENTRE 15 E 17 ANOS QUE ABANDONA A ESCOLA SALTOU DE 7,2% PARA 16,2% NA ÚLTIMA DÉCADA.

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Manter um aluno na sala de aula deveria ser em tese o primeiro objetivo de qualquer plano educacional. Na prática, porém, este resultado está longe de ser alcançado.
Entre 1999 e 2011, o número de jovens que abandonam as escolas no Brasil saltou de 7,2% para 16,2%. Destes, cerca de 60,5% estão empregados e outros 33,8% estão em busca de trabalho. Como aponta a pesquisa realizada pela FGV, abrir mão de complementar o ensino médio pode impactar em até 40% o salário médio do trabalhador no futuro.
Nenhuma área é hoje tão problemática para desenvolver a educação no Brasil quanto o ensino médio – é o que tem apontado a UNICEF, órgão das nações unidas para a infância e adolescência.
O currículo inchado com 13 disciplinas e 5 outras complementares é um dos fatores considerados primordiais e afasta os jovens das salas de aula. Para boa parte, ir à escola significa apenas obter um diploma.

5. 38% DOS UNIVERSITÁRIOS BRASILEIROS SÃO CONSIDERADOS ANALFABETOS FUNCIONAIS.

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Expandir o número de matrículas no ensino superior foi por muitos anos o principal objetivo do Ministério da Educação para o setor. Por meio de financiamentos como o FIES, ou programas como o Reuni, dedicado à expansão de vagas em universidades públicas, o MEC colaborou ativamente para elevar em 81% o número de vagas nas universidades brasileiras.
A qualidade dos alunos que entram ou saem, porém, ganhou pouco destaque. Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Paulo Montenegro, feita com 2 mil alunos em universidades do país, cerca de 38% deles apresenta dificuldade em compreender um texto e fazer associações entre o que leram e aquilo que é perguntado. Quando levados em conta apenas alunos com mais de 50 anos, o índice chega a 52%.
O número é semelhante também ao de brasileiros que jamais completaram o ensino fundamental, cerca de 1 em cada 3.

6. 35,4% DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL NÃO DEVERIAM PODER DAR AULAS POR FALTA DE QUALIFICAÇÃO.

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“Um país pode ir tão longe quanto o nível de seus professores permitir”. A frase do coordenador do PISA, o exame internacional que mede a qualificação dos alunos em 65 países ao redor do mundo, evidencia exatamente um dos maiores desafios do Brasil: superar a falta de interesse dos jovens brasileiros pela carreira do magistério.
Com salários baixos e uma rotina considerada estressante, apenas 2% dos jovens brasileiros querem seguir carreira na área. Daqueles que efetivamente se tornam professores, cerca de 1 em cada 3 não o fazem por meio de uma graduação – apenas dão aulas após completarem o ensino médio. Entre o 6º e 9º ano, cerca de 35,4% dos professores não fez licenciatura ou graduação em Pedagogia.
Quando o assunto são questões mais específicas, como a educação para indígenas, por exemplo, a situação piora e muito. Cerca de 12,1% dos 8 mil professores concluíram apenas o ensino fundamental e 9,9% deles sequer concluíram. Quase metade das escolas não possui material didático apropriado.
Um professor brasileiro ganha 43% menos do que a média na América Latina e 50% a menos do que em países como o Peru.

7. APENAS 0,6% DAS ESCOLAS BRASILEIRAS TEM CONDIÇÕES CONSIDERADAS IDEAIS.

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Biblioteca, laboratório de informática, quadra poliesportiva e adaptação para receber alunos com necessidades especiais podem não parecer um grande exagero. No fundo, trata-se do mínimo necessário para que um aluno possa focar apenas naquilo que realmente importa: a qualidade da aula.
Essa, porém, é a realidade de apenas 0,6% das escolas brasileiras. Escolas elementares, aquelas que possuem apenas água, esgoto, energia e cozinha, representam cerca de 44% das 194 mil escolas brasileiras. Em 13 mil destas escolas não há sequer energia elétrica. Em 72,5% delas, não há biblioteca.
Em alguns lugares, como a região Norte do país, os números são ainda mais preocupantes: até 71% das escolas podem ser consideradas “elementares”. Na área rural este número chega a 85,2% das escolas.
Em nenhuma região brasileira, porém, o número de escolas com estrutura considerada “ideal” chega a ser maior do que 2%.

8. A CADA MINUTO, 3 ALUNOS ABANDONAM A ESCOLA NO BRASIL.

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Diminuir o número de alunos não matriculados em nenhuma série foi por muito tempo o principal objetivo dos sucessivos governos brasileiros. Ainda assim, cerca de 7 milhões de crianças entre 0 e 17 anos estão longe das escolas.
Nas creches, o número chega a ser de quase 25%, ou 3 milhões de crianças. Para resolver este problema, em tese, o governo pretendia construir 6 mil creches em 4 anos. Um corte de 84% na verba para este tipo de investimento em 2015, no entanto, inviabilizou os planos.
Entre os alunos já matriculados, o grande problema tem sido a evasão. Segundo as Nações Unidas, dentre os 100 países com maior IDH no mundo, apenas 2 possuem taxas de evasão escolar maiores que a brasileira.

Apenas em 2012, 1,6 milhão de alunos abandonaram as salas de aula, ou 1 a cada 3 minutos. Com cerca de 3,15 milhões de crianças envolvidas, o trabalho infantil explica parte do problema, porém não todo. A repetência é um grande incentivo ao abandono. Cerca de 1/3 dos alunos que deveriam estar no ensino médio ainda encontram-se presos ao ensino fundamental.
Com números como este, o Brasil segue como o país com a menor média de estudos da América Latina, tendo 45,5% dos seus adultos sem um ensino fundamental completo.

9. 25 ANOS É O TEMPO QUE LEVARÁ PARA OS ALUNOS BRASILEIROS TEREM O MESMO DESEMPENHO DOS ALUNOS EM PAÍSES RICOS HOJE.

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A soma entre professores desmotivados, governos que não sabem onde gastam, escolas com pouca ou nenhuma estrutura, pais que não completaram os estudos e outros fatores como os citados acima, não poderia resultar em nada diferente. Para atingir hoje o mesmo nível de alunos de países desenvolvidos, os brasileiros terão de percorrer ainda longos 25 anos, mantendo-se o nível de investimento crescente atual.
Para o vice-presidente de educação da OCDE, Andreas Schleicher, melhorar a educação passa por concentrar-se naquilo “que realmente importa”. Segundo Andreas, países pobres como Vietnã, o 17º colocado no ranking do PISA, atingem números considerados “impressionantes”, ainda que seu dispêndio em educação seja considerado baixo, pois focam em melhorar a gestão dos poucos recursos que possuem.
O problema é que no Brasil, dispersos entre slogans e frases de efeito, os jovens brasileiros relegam para segundo plano atributos como eficiência.
Em estados como o Rio Grande do Sul, o governo tem hoje de bancar 1,1 professor aposentado para cada 1 professor na ativa. Com características como essa, o dinheiro destinado à educação se esvai. Em estados como os do Rio de Janeiro ou Minas Gerais, gasta-se mais com aposentados e pensionistas do que com educação.
Nem mesmo a crise parece fazer os governos estaduais e federal repensarem práticas. Em andamento, lidamos agora com medidas que podem elevar os impostos sobre o setor de serviços, em especial sobre educação. Para fazer caixa e ajustar as contas, o governo prevê investir menos em educação pública e arrecadar mais impostos do ensino privado.
Spotniks

Procurador do STJD defende ações preventivas contra a máfia das apostas

Carlos Luna, goleiro detido por suspeita de manipulação de resultados (Foto: Leonardo Lourenço)Goleiro Carlos Luna é detido em Rio Preto por suspeita de manipulação de resultados (Foto: Leonardo Lourenço)
A Operação Game Over, realizada  para desarticular uma quadrilha de apostadores que manipulava resultados de partidas de futebol, reforçou mais uma vez a importância de se encarar o combate à máfia das apostas como uma prioridade para garantir a credibilidade do esporte. Além de o atleta aliciado muitas vezes ser alvo de ameaças e chantagens por parte dos manipuladores, dificultando que o  esquema seja descoberto, a Justiça na hora de punir os responsáveis costuma entender que os jogadores que cumprem as ordens para manipular o resultado de um jogo não são fraudadores, mas apenas cúmplices. Segundo o procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmitt, embora a legislação seja relativamente adequada, a postura dos dirigentes e autoridades para enfrentar o problema é fundamental. Daí a importância de se aplicar várias medidas preventivas dentro de uma "política de integridade" para aumentar o grau de confiança na imprevisibilidade dos resultados, tendo muito cuidado numa eventual regulamentação do jogo no país.
- São ações conjuntas entre entidades desportivas, policiais e judiciárias. Projetos de integridade visam a livrar atletas e o sistema de apostas de eventuais fraudes. Caso contrário será a morte do futebol e das modalidades em geral. Num momento em que o Brasil passa por um debate sobre a liberação do jogo é preciso ter cuidado com a sua eventual regulamentação. Se de um lado é interessante permitir por causa do controle e cobrança de impostos, de outro o fácil descontrole e a corrupção pode ser um caminho mais fácil para a lavagem de dinheiro e uma avalanche de fraudes, tornando o Brasil um paraíso para manipuladores e acobertados pela lei e regulação do setor - afirma.
Confira a entrevista com o procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt.
Paulo Schmitt (Foto: Vicente Seda)Procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, explica como funciona o esquema de manipulação de resultados (Foto: Vicente Seda)
Como funciona o esquema de apostas no exterior?
Os sites de apostas são implementados em locais específicos, nos quais a legislação admite esse serviço, como Londres (Inglaterra), Malta, Gibraltar, Ilhas Virgens, entre outros. Não é qualquer país que pode sediá-los. No entanto, a maioria das nações não possui regulamentação em relação ao acesso aos sites. Portanto, apostadores asiáticos, por exemplo, podem utilizar esses sites todos para realizar apostas em jogos de várias partes do mundo, inclusive do Brasil. É assim que funciona o sistema de apostas on-line. Portanto, a não ser que o país proíba as apostas e bloqueie os sites, como fazem os Estados Unidos, por exemplo, será possível apostar da maior parte dos lugares.
Quais são os principais centros de manipulação de resultados e como funciona o processo?
A Ásia concentra a maior parte dos grupos mafiosos que manipulam resultados. Há grupos relevantes, porém, na Rússia e em outras partes do leste europeu. A manipulação ocorre de várias maneiras. Na mais comum, existe um intermediário (ou aliciador) que é a pessoa que agindo a mando dos grandes manipuladores se encarrega de cooptar e aliciar atletas, árbitros e treinadores para que colaborem nas fraudes. Esses intermediários costumam ser os responsáveis pelos pagamentos. 
Nestes sites e casas de apostas pode-se apostar de tudo - placar do jogo; placar do primeiro e segundo tempo; autor do primeiro gol, total de gols, defesa de pênaltis, primeiro lateral, entre outras coisas?
Sim. É possível apostar em qualquer evento ou ação da partida. Tem como apostar em vários eventos e atividades, lances ou ações que ocorrem ao longo de um jogo de futebol.
Tem como impedir que o brasileiro invista seu dinheiro nestes sites de apostas que podem manipular resultados?
Sim. Basta que o funcionamento destes sites seja proibido no Brasil. É assim que funciona nos Estados Unidos. Lá, os sites não podem ser acessados. O mais importante é que o Brasil regulamente a situação e aperfeiçoe a legislação que criminaliza estas condutas indevidas de apostas.

Qual é a posição do STJD sobre o assunto e qual a sua opinião sobre a legislação no combate à manipulação de resultados?
Não sei como será a próxima gestão que iniciará no próximo dia 14 de julho, mas eu e o presidente Caio César Vieira estivemos na Fifa tratando desse e outros temas e sempre elegemos o assunto como uma prioridade. Temos uma legislação relativamente adequada - Código Brasileiro de Justiça Desportiva, Código disciplinar FIFA, do COI, Estatuto do Torcedor, etc -, mas a postura dos dirigentes e autoridades desportivas para enfrentar o problema é fundamental. Aliás não apenas quanto ao chamado Match Fixing, mas também doping e infrações disciplinares em geral. 
 Não há como garantir que o sistema não será ventilado. No entanto, os manipuladores agem por meio de coação e ameaças
Paulo Schmitt, procurador-geral do STJD
Em um sistema de manipulação tão abrangente e que envolve tanta gente - jogadores, árbitros, cartolas e técnicos - como garantir que o esquema não seja ventilado?
Não há como garantir que o sistema não será ventilado. No entanto, os manipuladores agem por meio de coação e ameaças. O atleta aliciado é muitas vezes objeto de chantagem, pois sabe que se o esquema vier à tona colocará a carreira em risco, além de passar vergonha perante a família e a sociedade. Os aliciadores jogam com essa insegurança. É preciso implantar um bom projeto de integridade para se prevenir. Em todos os eventos que participamos palestrando ou em treinamento a palavra-chave sempre foi prevenção.
O fato de o pagamento ser feito em euros pode ser um estímulo para os brasileiros procurarem cada vez mais estes sites de apostas?
Pagamentos são feitos em euros, dólares ou reais. O que estimula as apostas é a possibilidade de ganhos, e não a moeda.
A procura por campeonatos de menor expressão é uma forma de os manipuladores não chamarem tanta atenção da polícia?
Campeonatos menores chamam menos atenção, e o valor da propina a ser paga aos atletas é menor. O custo para fraudar um atleta de primeira divisão seria muito alto porque o salário destes jogadores é estratosférico. Para eles cometer um crime por R$ 15 mil não compensaria. Já para um atleta da série D do Brasileiro ou campeonato regional que recebe salários mais baixos e com frequência tem problemas de atrasos de salários costuma compensar mais participar das fraudes por este tipo de valor.
Se investirem muito dinheiro em jogos de pouca expressão, podem acabar despertando a atenção da polícia?
Sem dúvida. Investir muito dinheiro em jogos de pouca expressão pode chamar sim a atenção das empresas de monitoramento. Por isso os caras costumam fazer apostas ao vivo e ir colocando o dinheiro em partes.
Como é possível abrir apostas em campeonatos tão obscuros nos sites piratas? O número de apostadores num jogo de campeonato sem grande expressão interfere no processo de manipulação?As casas de apostas decidem, mas é um volume muito grande de jogos para todos os gostos porque não há limite. Tecnologia fácil para incluir. Basta estarem em calendários oficiais. O número de apostadores num jogo de campeonato sem grande expressão pode interferir sim, mas a casa de aposta pode encerrar se observar movimentação estranha ou fora dos parâmetros, pois ela tem que honrar com os prêmios.
Como é calculada a probabilidade nas apostas e de que forma ela interfere no processo de manipulação?
Casas de apostas calculam as probabilidades de acordo com uma série de fatores referentes aos clubes (posição na tabela, mando de campo, últimos resultados, adversários, elenco) e atletas (posição, principais características, rendimento nos últimos jogos). São estas probabilidades que vão determinar o pagamento das premiações apostas de acordo com o valor gasto em cada aposta. 
Em um time de futebol, os manipuladores costumam ir a um grupo específico de jogadores, em apenas um atleta ou este aliciamento varia de caso para caso? Existe uma posição que seja mais visada na manipulação?
Não há como precisar. Existem variações, mas as posições mais suscetíveis ao gol ficam mais vulneráveis. É o caso dos goleiros e zagueiros, de um lado, e atacantes, de outro. Os gols, portanto o resultado fraudado, pagam mais nas apostas. Mas outros lances e ações podem ser objeto da fraude e afetar não diretamente o resultado final visível, mas contribuir para que ele não seja totalmente isento ao longo de uma partida. Basta ver que um mero cartão amarelo proposital para servir às apostas no acumulado pode gerar o impedimento automático do atleta em partida futura.
 Estima-se que o mercado de apostas movimente entre U$ 500 bilhões e U$ 1 trilhão por ano
Paulo Schmitt, procurador-geral do STJD
Qual o lucro aproximado das casas e sites de apostas com o futebol?
Precisar o lucro não é uma tarefa fácil. Teríamos que perguntar a elas. Estima-se porém que o mercado de apostas movimente entre U$ 500 bilhões e U$ 1 trilhão por ano. Esse número não é preciso porque contabiliza a indústria negra das apostas, e isso é algo difícil de precisar. Mas para se ter ideia de quanto dinheiro é isso basta dizer que toda a indústria do esporte - incluindo empresas como Nike, Adidas e outras gigantes multinacionais - lucra anualmente menos de U$ 200 bilhões. Ou seja, o mercado de apostas é algo muito grande.
Como o senhor analisa a questão de muitos clubes europeus já terem patrocínio de casas de apostas?
Patrocínio de casas de apostas a clubes passa por regulamentação do estatuto dos clubes, competições e da própria legislação do país. O regulamento geral dos campeonatos paulistas da Federação Paulista de Futebol (FPF) têm restrições.
O senhor acredita que a médio e longo prazo estas casas e sites de apostas no futebol possam ser legalizados no Brasil?Temos que ter cuidado com esse tema da regulamentação, pois o Brasil passa neste momento por um debate sobre a liberação do jogo no país. Se de um lado é interessante permitir por causa do controle e cobrança de impostos, de outro o fácil descontrole e a corrupção pode ser um caminho mais fácil para a lavagem de dinheiro e uma avalanche de fraudes, tornando o Brasil um paraíso para manipuladores e acobertados pela lei e regulação do setor. Já tivemos experiências nefastas com bingos e outras aventuras neste campo. Com todas as amarras na legislação licitacional, o que não falta é fraude e propinas em contratações com o setor público. Então esse debate precisa ser aprofundado.
Independentemente da questão envolvendo a liberação do jogo no país é possível garantir que as partidas e resultados não sejam manipuladas? 
Acredito que existem vários meios de proteger o esporte para aumentar o grau de credibilidade na imprevisibilidade dos resultados. São ações conjuntas entre entidades desportivas, policiais e judiciárias. Projetos de integridade visam a livrar atletas e o sistema de apostas de eventuais fraudes. Caso contrário será a morte do futebol e das modalidades em geral. São mais de 40 modalidades envolvidas em apostas e fraudes no mundo todo. Somente atividades de conscientização, controle, fiscalização e punição ajudam a minimizar o problema. Estamos iniciando esse processo na Federação Paulista através de um Comitê de Integridade. A Federação estaria totalmente fragilizada se não implementasse esta política de integridade que ajudou autoridades a descobrir essas fraudes e proteger o futebol paulista. Há muito a se fazer no Brasil, pois são muitas partidas disputadas e os manipuladores precisam disso, que é o produto do crime.
Por Rio de Janeiro

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Em vídeo, Temer diz que não há preocupação com saúde e segurança na Olimpíada

por Carla Araújo | Estadão Conteúdo
Em vídeo, Temer diz que não há preocupação com saúde e segurança na Olimpíada
Foto: Carolina Antunes/PR
O presidente em exercício, Michel Temer, gravou um vídeo com uma mensagem para "tranquilizar" turistas e atletas em relação à segurança e o risco de doenças tropicais durante os Jogos Olímpicos, que começam no próximo dia 5. Segundo Temer, os entes federativos têm feitos reuniões constantes para garantir dizer que "a segurança de todos aqueles que vierem para o nosso país e para o município do Rio de Janeiro". "Não temos a menor preocupação tendo em vista o tema segurança e saúde", afirmou. O presidente em exercício disse ainda que "não há e não deve haver preocupação com nenhuma espécie de doença tropical". "Seja a zika, ou o que seja, porque esse combate já foi feito aqui no Brasil e estamos num período de inverno e qualquer mosquito transmissor opera com menor intensidade", disse. Temer afirmou ainda que os Jogos Olímpicos "constituem um momento de união internacional, de pacificação nacional, de harmonia nacional" e que é uma "honra" ao Brasil e ao Rio sediar os Jogos. "Muitos turistas estrangeiros virão, os atletas já estão chegando e quero tranquilizar a todos", disse. "Queremos é nos confraternizarmos com todos os povos do mundo nessa reunião histórica. Venha, portanto. Seja bem-vindo e venha tranquilo", reforçou o presidente em exercício.

Ministro do STJ manda soltar Cavendish, Cachoeira e Assad

Ministro do STJ manda soltar Cavendish, Cachoeira e Assad
Foto: Reprodução / TV Globo
O ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mandou soltar os empresários Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, Fernando Cavendish, Adir Assad e de outros presos na semana passada pela Operação Saqueador, um desdobramento da Lava Jato. O pedido de habeas corpus foi protocolado pela defesa de Cachoeira, mas o ministro entendeu que todos deveriam ser beneficiados pela liminar, pois estão em igual situação. Os presos são acusados de lavagem de R$ 370 milhões supostamente desviados de obras públicas realizadas pela construtora Delta, da qual Cavendish é o principal acionista.

RIBEIRA DO AMPARO: JOVEM É PRESO PORTANDO ARMA DE FOGO E DROGAS

































Por volta das 21:30hs de segunda-feira, 04, policiais militares do Pelotão de Emprego Tático Operacional (PETO), durante a realização de abordagens a frequentadores de um bar, localizado no povoado Barrocas, em Ribeira do Amparo-BA, prenderam em flagrante o jovem Rogério Dantas dos Santos, 19 anos, morador da referida localidade.

No momento em que o jovem foi abordado, foi encontrado sob a sua posse, um pino de cocaína, porém ao aprofundarem às buscas, os militares encontraram no fundo do estabelecimento, mais dois pinos contendo a droga, um revólver cal. 38 municiado com cinco cartuchos intactos, bem como seis munições intactas do mesmo calibre.

Posteriormente o jovem admitiu que a droga, a arma de fogo, e as munições eram de sua propriedade. Ainda aos militares, Rogério afirmou está com uma motocicleta Honda Pop de cor branca, placa policial OKT 7523, com licença de Tobias Barreto-SE, que o mesmo afirmou ter pegado emprestada. Ao realizarem buscas na referida motocicleta, os policiais encontraram mais três pinos vazios, no interior de um compartimento da mesma.  Rogério foi conduzido para a Delegacia de Polícia Civil de Ribeira do Pombal, onde foi apresentado juntamente com a arma de fogo, as munições, a droga e a motocicleta, sendo que após consulta junto aos órgãos de Segurança Pública, esta não apresenta restrições de furto/ roubo.

Fonte: Pombal Alerta
Postagem: Brankinho Mendes / ARILDO LEONE

BRASIL: CUNHA CHORA AO RENUNCIAR À PRESIDÊNCIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS


















O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) renunciou à Presidência da Câmara dos Deputados na tarde desta quinta-feira (7). O pronunciamento foi feito na Casa após o parlamentar convocar uma entrevista coletiva. O anúncio da possível renúncia havia sido feito pelo jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo.  Cunha teria se reunido com aliados na madrugada desta quinta na residência oficial do presidente da Câmara para acertar os detalhes da renúncia. 

Durante o seu pronunciamento, o deputado afirmou que o a principal causa do seu afastamento da Câmara foi a abertura do processo de impeachment contra a presidente da República Dilma Rousseff. "Não tenho dúvida que a principal causa do meu afastamento foi o pedido de impeachment", frisou.

Fonte: Correio / ARILDO LEONE

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Héber Roberto Lopes foi chamado de "idiota" nos EUA, conta Tim Vickery

Por Rio de Janeiro

A Copa América chegou ao fim há 10 dias, mas a decisão entre Chile e Argentina, que terminou com o bicampeonato dos chilenos, ainda repercute e não apenas pelo anúncio de Messi de que deixaria a seleção, principal assunto após a final. De volta ao Brasil após ter participado da cobertura, o jornalista britânico Tim Vickery chamou atenção para o representante brasileiro na decisão e detonou o árbitro Héber Roberto Lopes em participação no "Redação SporTV". Ele contou ainda que não foi o único a ter essa impressão e que foi questionado sobre o juiz pela imprensa estrangeira ainda no intervalo (assista ao vídeo). 
- O torneio foi interessante, mereceu um final melhor, embora a gente tenha tido um final dramático com o que aconteceu com o Messi. Eu pensava que a imagem do futebol brasileiro não pode cair mais, chegou no fundo do poço, e quando estava pensando nisso soltaram Héber Roberto Lopes. Foi um desastre, foi um desastre! Acabou com a final, matou o jogo. O papo na tribuna de imprensa durante o intervalo era: "onde acharam esse idiota que quer aparecer mais do que o jogo?" (...) Todo mundo estava perguntando - contou.  
Heber Roberto Lopes Argentina x Chile (Foto: AFP)Heber Roberto Lopes distribuiu nove cartões na final, disputada nos Estados Unidos (Foto: AFP)
O árbitro virou assunto antes mesmo de a partida terminar depois de distribuir cartões e expulsar dois jogadores ainda no primeiro tempo: o chileno Marcelo Díaz, aos 27 minutos, e o argentino Marcos Rojo, aos 41. No intervalo, Héber estava entre osassuntos mais comentados da rede - pouco conhecido internacionalmente, ganhou o apelido de "Bruce Willis", pela semelhança com o ator. 
Tim Vickery contou que, na Inglaterra, os árbitros tem outra filosofia, o que faz com que a postura de Héber Roberto Lopes chame ainda mais atenção. Ele usou a ironia para destacar a forma como o brasileiro distribuiu cartões - foram nove no total, sete amarelos. 
- Meu conterrâneo Howard Webb foi muito mal, há seis anos atrás, na Copa do Mundo da África do Sul porque se esforçou demais para manter todo mundo no campo. Isso é uma filosofia do juiz na Inglaterra, o senso comum é se esforçar o máximo para não expulsar ninguém. O Lopes fez exatamente o erro contrário, expulsou quando não era para expulsar, estava distribuindo cartões como um novato em conferências de negócios... estava tentando entender porque ele foi tão ruim. Foi um desastre. Foi um dos exemplos mais gritantes que posso pensar de um juiz destruindo um jogo de futebol - lamentou.
Aos 43 anos, Héber faz parte do quadro de árbitros da Fifa desde 2002, mas nunca participou de uma Copa do Mundo.

Pai de Agüero: atacante pode seguir Messi na decisão de deixar a seleção

Por Buenos Aires

Agüero e Messi trabalham na academia do hotel (Foto: twitter)Agüero pode seguir Messi na ideia de deixar a seleção argentina (Foto: twitter)
Existe a possibilidade real de que SergioAgüero acompanhe Messi na decisão de deixar a seleção argentina. Quem falou isso foi o pai do atacante do Manchester City, Leonel del Castillo. Após a derrota para o Chile na final da Copa América Centenário, o craque do Barcelona anunciou que não voltaria a vestir a camisa albiceleste e escancarou a crise na Associação de Futebol Argentina.
- Se o Leo deixar a seleção, calculo que o Kun faça o mesmo e dê lugar a novos jogadores. Para o meu filho, dói muito ouvir certas críticas. Os jogadores que jogam na Europa vêm diretos, não têm férias, não cobram dinheiro porque a Federação não lhes paga e depois enfrentam situações complicadas, como voos atrasados e outras coisas que os obrigam ficar horas e horas em aeroportos - disse Leonel del Castillo, em entrevista ao programa de rádio "Paladar Rojo".
 A declaração de Lionel Messi, ainda no calor da derrota para o Chile, caiu como uma bomba na seleção e imprensa argentinas. Companheiros do jogador afirmaram que nunca viram o camisa 10 tão triste e que não imaginam a equipe sem ele. Ainda no dia do vice-campeonato amargado pelos vice-campeões mundiais, o próprio Agüero revelou que outros jogadores também estariam cogitando abandonar a seleção.
- Provavelmente, Messi não será o único a deixar a seleção. Há vários jogadores que avaliamos não seguir - disse à época o atacante (segundo a imprensa argentina, Higuaín e Mascherano podem sair).
Assim que o craque anunciou a intenção de deixar a seleção, o jornal "Olé", um dos maiores defensores de Messi na Argentina, iniciou uma campanha pelas redes sociais para que o melhor do mundo mude de ideia: #NotevayasLeo ("não vá Leo", em português). Até o momento, há uma grande expectativa no país de que o craque mude de ideia.

NA ESTRADA DA VIDA

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...

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