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GIRO REGIONAL

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UM GIRO NO NORDESTE

domingo, 24 de julho de 2016

Tentativa de assalto em frente a escritório de Wesley Safadão termina com dois mortos


A Polícia Civil do estado do Ceará investiga uma tentativa de assalto que resultou na morte de dois suspeitos em frente ao escritório do cantor Wesley Safadão, em Fortaleza. Segundo informações do portal UOL, o incidente ocorreu na noite de sexta (22), no bairro Serrinha.
De acordo com o 5º Distrito Policial, que investiga o caso, os homens estavam em uma moto e abordaram um amigo do cantor que saia do prédio falando ao celular. Um segurança que estava na guarita do prédio surpreendeu a dupla.
Ainda segundo o UOL, nem os suspeitos nem o amigo de Wesley foram identificados. Os policiais de plantão não souberam confirmar se se tratou de uma tentativa de assalto ao escritório ou só ao amigo do cantor. Na sexta-feira, Safadão se apresentou no Fortal, a micareta da capital cearense.

CORREIO DA BAHIA

sábado, 23 de julho de 2016

Aos 20 anos, cantor sertanejo Pedro Lima morre em acidente de carro

O cantor sertanejo Pedro Lima, de 20 anos, morreu na madrugada deste sábado (23), em um um acidente de carro, no interior de São Paulo. De acordo com a polícia, ele voltava sozinho de um show, quando perdeu a direção e bateu o carro em um poste. O acidente aconteceu na avenida José Marão Filho, em Votuporanga. 
Cantor sertanejo Pedro Lima tinha de 20 anos e voltava de um show (Foto: Felipe Fotografias)
(Foto: Divulgação)
O veículo pegou fogo, o cantor ficou preso às ferragens e morreu carbonizado. Devido ao impacto, a base do poste quebrou. O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) e liberado para o velório a partir das 14h deste sábado. O enterro do cantor está marcado para este domingo (24), a partir das 10h, no cemitério municipal de Votuporanga. 
Nas redes sociais, parentes, amigos e fãs fizeram homenagens ao sertanejo. “Humilde, brincalhão e talentoso. Você vai continuar sendo essa pessoa incrível no coração de todos que te admiram”, postou Amanda Ruiz. “Não sei o que dizer irmão, você estava me ajudando pra caramba para começar a minha carreira”, disse Lucas Eduardo no Facebook. Um dos clipes mais acessados de Pedro Lima no YouTube, com quase 14 mil visualizações, é a regravação da música Me Adora, que ficou famosa na voz da cantora baiana Pitty. Lima gravou o hit em versão sertaneja. 
Base do poste chegou a quebrar (Foto: V1 Imagens e Filmes)
(Foto: V1 Imagens e Filmes/ Divulgação)
Confira clipe da música Me Adora, na versão sertaneja de Pedro Lima:
CORREIO DA BAHIA

Mudança do nome dos pais em registro de nascimento pode ser feita diretamente em cartórios na Bahia


A alteração do nome dos pais no registro de nascimento já pode ser feita diretamente nos cartórios de registro civil da Bahia sem a necessidade de abertura de processo. Casamento, separação ou divórcio são situações que podem gerar mudança nos nomes. A determinação está prevista em provimento conjunto da Corregedoria Geral da Justiça e da Corregedoria das Comarcas do Interior do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Ela foi publicada na edição de segunda-feira (18) do Diário da Justiça Eletrônico e já está valendo.

O documento altera o artigo 645 do Código de Normas e Procedimentos de Serviços Notariais e de Registro do TJ-BA. Agora, basta o cidadão apresentar a documentação comprobatória da mudança do nome de seus pais ao oficial do cartório e solicitar que seja feita a alteração. De acordo com o TJ-BA, a medida simplifica e desburocratiza esse tipo de demanda, evitando a judicialização. "A alteração do patronímico familiar dos pais passa a ser feita diretamente no cartório, de forma rápida, prática e econômica", diz em nota o Tribunal.

 Fonte: Portal do Cleriston
Postagem: Brankinho Mendes / ARILDO LEONE

LIMINARES: FICHAS SUJAS EM FICHAS LIMPAS


A Procuradoria Regional Eleitoral na Bahia (PRE/BA) instaurou na sexta-feira, 22 de julho, procedimento administrativo para identificar as concessões de liminares pela Justiça suspendendo os efeitos de rejeições de contas dos gestores públicos declaradas pelas Câmaras de Vereadores, Tribunal de Contas do Estado e Tribunal de Contas dos Municípios.

O objetivo é conhecer e acompanhar as decisões do Judiciário que transformem candidatos “fichas sujas” em "fichas limpas", aptos a concorrer às próximas eleições municipais, ainda que temporariamente. A medida dificultaria a ocorrência da causa de inelegibilidade prevista no art. 1º, inciso I, letra “g”, da Lei da Ficha Limpa, dispositivo que impede, por oito anos, a participação em eleições do gestor público que teve contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas.

Os Tribunais de Contas do Estado, do Município e da União foram oficiados pelo procurador Regional Eleitoral na Bahia, Ruy Mello, para que informem as decisões judiciais que suspenderam as rejeições de contas de gestores públicos. Também foram solicitadas informações à Procuradoria do Estado e a Advocacia-Geral da União sobre as providências adotadas para interposição de recurso contra as decisões judiciais. Os promotores eleitorais buscarão informações junto às câmaras municipais.

Segundo Mello, as decisões liminares, por se basearem em fundamentos de ordem cautelar ou de urgência, podem ser cassadas por decisão do Tribunal competente, sendo fundamental acompanhar o andamento dos processos judiciais para atuação dos promotores eleitorais ainda durante a fase de registro de candidatura ou para ajuizamento do recurso contra a expedição do diploma, ao final do processo eleitoral.

Por Assessoria de Comunicação do Ministério Público Federal na Bahia
Postagem: Brankinho Mendes / ARILDO LEONE

Ribeira do Amparo: Ônibus que transportava passageiros de Raspador para Ribeira do Pombal, é alvo de criminosos

Na manhã de sexta-feira, 22, um ônibus que transportava passageiros para Ribeira do Pombal foi alvo de criminosos. O veículo saiu do povoado Raspador, em Ribeira do Amparo-BA, e tinha como objetivo se dirigir até à feira livre do município vizinho.

Os criminosos agiram com o mesmo modus operandi, repetindo as ações cometidas na mesma região. A bordo de uma motocicleta, e portando arma de fogo, a dupla impediu a passagem do veículo, rendendo todos os ocupantes. Na ação foram roubados objetos de valor, bem como uma quantia em dinheiro não revelada.  Após o crime, os ladrões fugiram sentido ignorado, enquanto o veículo retornou para a sua localidade de origem. A Polícia Militar foi acionada, porém até o momento ninguém foi preso.

Fonte: Pombal Alerta
Postagem: Brankinho Mendes / ARILDO LEONE

O golpe das casas: Tomava dinheiro dos pobres por casas inexistentes



O Departamento de Falsificação e Defraudações da Polícia Civil apresentou na tarde de ontem, 22, os detalhes da prisão de Aparecido Vilela Santos suspeito de praticar crimes de estelionato contra mais de 100 famílias no Estado. Vilela foi preso no conjunto Jardim, em Nossa Senhora do Socorro, após quase dois meses de investigações acerca dos golpes aplicados por ele contra pessoas humildes que tentavam adquirir a casa própria.
Segundo a delegada Rosana Freitas, o suspeito prometia as vítimas uma residência em um conjunto de casas populares, que estava sendo construído pelo Governo de Sergipe no bairro Porto D'Anta, Zona Norte de Aracaju. O suspeito iludia os interessados em ter uma moradia popular, dizendo que tinha influência e cargo político junto ao Governo do Estado e que essa aproximação com o Executivo Estadual facilitaria a vida dos interessados.

Para isso, bastava que a vítima pagasse entre R$ 5 e 20 mil para que ele acelerasse o cadastro e a consequente distribuição do bem. Para que o negócio ganhasse ares lícitos, Aparecido assinava de próprio punho um recibo com o valor do pagamento. “Com a demora em ter acesso ao bem, as vítimas ameaçaram procurar à polícia, mas foram ameaçadas por Aparecido que disse que caso elas fossem à delegacia não veriam mais o dinheiro e não receberiam a casa”, destacou a delegada.
Pelo menos 20 pessoas foram ao Departamento e contaram tudo a polícia. De posse das informações, os investigadores descobriram que Aparecido estava se desfazendo de bens para tentar fugir de Sergipe. “Como havia risco de fuga e ele estava atrapalhando as investigações ao intimidar as vítimas, solicitamos sua prisão ao Judiciário que foi deferida”, disse a delegada.

Rosana explicou, ainda, que Aparecido não tem cargos e nem ligação com nenhum membro do Governo do Estado. “Na tentativa de confundir as vítimas, ele sempre comparecia aos eventos políticos do governo e ficava próximo de secretários e até do governador para passar a impressão que tinha conhecimento e força política. Tudo era teatro montado por ele, o que caracteriza uma conduta típica de um estelionatário”.

Versão do suspeito
Ao ser preso, Aparecido negou o golpe e disse que na verdade ele recolheu o dinheiro das vítimas na tentativa de fazer um projeto particular de construção de casas populares e que o dinheiro seria usado para fazer captação de recursos federais em Brasília. Porém, segundo ele, o projeto não avançou devido à crise financeira que assola o país.
A conversa, naturalmente, não convenceu os investigadores e é totalmente contestada pelas vítimas. A delegada ainda não sabe estimar o tamanho do prejuízo causado as famílias, mas acredita que pela quantidade de vítimas e pelo tempo que agia, desde 2014, o prejuízo seja muito grande.

Veja o vídeo:

domingo, 17 de julho de 2016

Temer determina que Itamaraty dê 'total assistência' a brasileiros em Nice

por Tânia Monteiro | Estadão Conteúdo
Temer determina que Itamaraty dê 'total assistência' a brasileiros em Nice
Há ainda 3 brasileiros desaparecidos após o atentado | Foto: Reprodução/ BBC
Em nota divulgada no início da tarde de domingo (17) o Planalto informou que o presidente interino Michel Temer determinou ao Ministério de Relações Exteriores que redobre os esforços para dar "total assistência" aos brasileiros atingidos pelo atentado em Nice, na França, na última sexta-feira. "Todos os meios do governo federal serão colocados à disposição das famílias na busca de informações e para atender suas eventuais demandas por auxílio neste momento", destacou o comunicado.  O governo brasileiro aguarda novas informações das autoridades francesas. Diplomatas aguardam a atualização da lista de mortos e desaparecidos no atentado elaborada por François Molins, procurador-geral da República Francesa. A carioca Elizabeth Cristina de Assis Ribeiro, radicada na Suíça, é uma das desaparecidas. A célula de crise, grupo montado pelas autoridades francesas, e o Consulado do Brasil não localizaram Elizabeth em hospitais da região. Kayla, de 6 anos, uma das três filhas da brasileira, morreu no atentado. O consulado também tenta localizar na França outras duas brasileiras que deixaram de fazer contatos nos últimos dias com parentes. Diferentemente de Elizabeth, não há indicativos que essas duas brasileiras estivessem no local do ataque. Na tarde do dia 15, o tunisiano Mohamed Lahouaiej Bouhlel entrou na Promenade des Anglais, uma avenida fechada para a festa nacional francesa de 14 de Julho, atropelando dezenas de pessoas concentradas na área.

IGOR KANNÁRIO E EDCITY LANÇAM PRÉ-CANDIDATURAS A VEREADOR EM SALVADOR


Sai da frente que lá vem a zorra” este será o clima das eleições municipais 2016 de Salvador, isto porque o Partido Humanista Solidariedade (PHS), realizou na manhã desta sexta-feira, (15/7) uma plenária para anunciar a pré-candidatura dos cantores Anderson Machado de Jesus, mais conhecido pelo nome artístico Igor Kannário, 31 anos e Edcarlos da Conceição Santos, o EdCity, 34 anos.

A informação foi confirmada ao Aratu Online pelo presidente estadual do partido, Júnior Muniz. “O partido recebeu os cantores com alegria e satisfação, ambos estão devidamente filiados e aptos para concorrer as eleições municipais para vereador de 2016,” ressaltou.

Ainda segundo informações do presidente, o PHS realizará uma cerimônia oficial para o lançamento dos artistas e de outros pré-candidatos a data ainda não foi divulgada.

Perfis - Polêmico e irreverente, Igor Kannário, ficou conhecido quando lançou as músicas como Banho de Sol, Tome Dalila, Conspirador e Cyclone, esta última associada por muitas pessoas a Kelly Cyclone – jovem apelidada de Dama do Tráfico e assassinada há cinco anos.

Em 2015 o cantor Igor Kannário, foi preso com uma quantidade de maconha, ele chegou a ser encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), onde realizou exames de Corpo de Delito e, em seguida, foi encaminhado ao Núcleo de Prisão em Flagrante, no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador.

No Carnaval deste ano Kannário foi impedido pelo Ministério Público de puxar o bloco infantil Ibeji. O MP alegou que o cantor possui um histórico de “condutas impróprias” . Entre as classificações escritas constavam “responde a processos criminais por porte de substâncias tóxicas”, já se “envolveu em atos de vandalismo”, “brigas” e “incitação à violência”.

EdCity, com a batida do groove arrastado, trouxe para o pagode baiano o som do ‘Kuduro’ – espécie de batidão vindo dos subúrbios de Angola. Ed que é pai de três meninas, em 2011 comandou o bloco infantil Ibéji.

Fonte: Portal do Cleriston
Postagem: Brankinho Mendes / ARILDO LEONE

Como o Pokémon Go ajuda a explicar por que o Brasil é um país pobre

Você certamente já ouviu falar em Pokémon Go. O aplicativo é uma febre ao redor do mundo desde que foi lançado há poucos dias. Nos Estados Unidos, logo na primeira semana no ar, 20% dos usuários de Android já estavam apertando seus dedos no jogo. Segundo uma análise de comportamento de uma empresa de consultoria, à exceção de funções de sistema, como abrir a tela inicial ou discar um número qualquer, nesse curto intervalo de tempo o Pokémon GO se tornou a quarta atividade mais realizada em smarts Android nos EUA, atrás apenas do uso do Facebook, das buscas no Google e do uso da agenda de contatos. Um fenômeno.
O que talvez você não tenha se dado conta ainda, por mais óbvia que essa frase soe, é que o Pokemon Go não é um mero acaso do nosso tempo – ele é fruto de uma complexa divisão de trabalho, de um processo evolutivo que demandou o uso de incontáveis cérebros humanos, num sistema econômico construído a partir da propriedade privada, do preço e da competição, que você provavelmente conhece como capitalismo. Foi toda essa combinação que possibilitou a ascensão das redes sociais, massificou os notebooks, fez explodir o número de aparelhos celulares no mundo e agora permite que você saia por aí caçando Pokémon pela rua.
Todo esse processo é responsável por boa parte das coisas que fazem sentido e dão graça na sua vida. Foi ele quem criou condições para o surgimento do Netflix, do Uber, da Apple, da HBO, do Spotify, da Marvel, do Facebook. Sem ele, não é como se você simplesmente não tivesse acesso a um iPhone ou a uma televisão de plasma de cinquenta polegadas – você dificilmente assistiria algo como Game of Thrones, Harry Potter, The Avengers, House of Cards, aquele anime japonês ou a final da Champions League. E isso pra não falar das chances de você acompanhar o dia a dia do seu músico favorito ou viajar de forma tão rápida pra conhecer outros países nas férias.
Essa mágica é um fenômeno presente na sua vida de diferentes maneiras, do momento em que você acorda até a hora que você dorme. Mas se você reparou no parágrafo anterior, já deve ter sacado que parece ter algo estranho com ela – boa parte dos exemplos citados nasceram nos mesmos cantos do mundo. Há alguma razão pra isso?
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De fato, não é uma coincidência que a Niantic – a desenvolvedora do Pokémon Go (ao lado da Nintendo) – tenha sua sede em San Francisco, na California, e não em Caracas ou em São Luis do Maranhão. Assim como também não é por acaso que todas as empresas e produtos citados acima nasceram no coração daquilo que nós vulgarmente conhecemos comonações capitalistas.
Pokemon Go ajuda a explicar por que o Brasil é um país pobre. Há uma velha máxima liberal que diz que se Steve Jobs fosse brasileiro muito provavelmente morreria camelô, vendendo discos piratas, e o mundo não teria conhecido a Apple. O que está por trás dessa frase? O fato incontestável que essas empresas todas só proliferam em países que, graças a um robusto arcabouço institucional, permitem a inovação e a destruição criadora através de um sistema econômico baseado na recompensa do lucro, da garantia da propriedade privada e da liberdade de ideias e ações.
Imagine que você tenha a chance de criar um mundo novo e nele desenvolva um sistema econômico onde todos os seres humanos do planeta estão a serviço de solucionar problemas uns dos outros. Nesse lugar, quanto mais você se coloca à disposição das pessoas, criando facilidades e prolongando o bem estar alheio, mais você será recompensado por isso. Parece uma boa ideia, não? O fato é que você não precisa criar nada novo pra isso rolar. Basta ajustar os ponteiros. Esse cenário já existe – e ao redor do mundo bilhões de pessoas estão inseridas nele. Nem você consegue escapar.
Basta sair de casa para encarar como as coisas funcionam. Em qualquer esquina de qualquer cidade, o mundo está literalmente aos seus pés. Cabeleireiros, mecânicos, padeiros, costureiros, tatuadores, motoristas, cozinheiros. A única coisa que conecta esses caras é o interesse em servi-lo. E a lógica aqui funciona da forma mais implacável possível: quanto mais pessoas você consegue atender, mais recompensas você terá e mais pessoas você conseguirá colocar à sua disposição. É por isso, aliás, que Steve Jobs morreu mais rico do que qualquer atendente da Apple – Jobs soube criar muito mais valor à humanidade ao longo da sua vida que qualquer funcionário da sua empresa.
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E dizer isso tudo não é afirmar que toda riqueza do planeta é fruto da justa serventia das pessoas. Pelo contrário. Há muita injustiça no mundo, tanto no que diz respeito ao que acontece hoje em dia, quanto ao que já aconteceu no passado. E essa é a principal razão para entender por que esse papo de meritocracia não passa de um grande caô. Quer dizer, o mundo não é um lugar homogêneo, certo? Não é como se houvesse os mesmos padrões institucionais no Brasil, nos Estados Unidos, em Bangladesh e no Japão. Cada país tem suas próprias raízes históricas e sociológicas. Na prática, o lugar onde você nasce e a situação econômica da sua família são fatores consideráveis na hora de prever estatisticamente se você dará certo na vida ou não – quanto mais desenvolvido o país e a sua família, maior a chance de você acabar no topo da pirâmide (e isso não é o mesmo que dizer que um cara nascido num lixão não pode virar o homem mais rico do planeta; a probabilidade é que é muito menor).
No fundo, não importa o quanto você se dedica a realizar uma coisa, o que importa é o quanto as outras pessoas dão valor aquilo que você cria. Aqui você está a serviço dos outros, certo? Então são eles que escolhem. Nesse sistema, você pode ficar rico dedicando uma vida inteira à ciência até construir um remédio que cure o câncer, como pode alcançar isso gastando alguns poucos minutos compondo uma letra de funk. Não existe uma regra ou um esforço mínimo necessário. Não é você quem escolhe ficar rico. São os outros que escolhem isso por você.
Inegavelmente, no entanto, há muita gente malandra ganhando a vida explorando os outros. Empresários, banqueiros, industriais. O problema é que isso quase sempre é usado como desculpa para que governos controlem o mercado, escolhendo vencedores e perdedores. E o que era um nódulo pequeno acaba virando uma metástase. No fundo, todos nós reconhecemos que o mercado pode criar desigualdade, mas quase sempre ignoramos que boa parte da desigualdade no mundo é fruto das ações dos próprios governos (como alguns órgãos de Estado já vem admitindo). É estúpido. Nós identificamos um problema e apresentamos como solução algo que só irá piorá-lo. E quando não conseguimos resolvê-lo o que propomos? As mesmas medidas, com as mesmas desculpas.
Governos não raramente inibem concorrência, protegem cartéis, concedem monopólios, subsidiam grandes empresas, distorcem o mercado, redistribuem dinheiro às avessas e fingem curar todos os males que eles mesmos criam (e se você duvida disso é bom dar uma lidanesse estudo). Na prática, nos lugares onde as pessoas mais conseguem servir umas às outras sem a mão pesada de um órgão central dizendo quem recebe mais recompensas e quem se dá mal no final, a criação de riqueza se dá de forma mais acelerada. E há boas razões para isso.
Pare pra pensar no próprio cenário onde o Pokemon Go foi criado: o seu celular. É um dos ambientes mais livres e desburocratizados do mundo. Você só precisa de um aparelho celular (e já há mais linhas no mundo do que pessoas), acesso à internet e – bingo – você tem o mundo todo à disposição. É um mercado robusto, complexo, que reúne alguns dos serviços mais importantes do planeta na palma da mão. Os downloads na App Store, por exemplo: desde 2008 já passam de inacreditáveis 85 bilhões. São mais de 1,4 milhão de aplicativos disponíveis na loja da Apple, com as mais diversas funcionalidades. Números ainda maiores podem ser encontrados na Google Play. Como isso cria riqueza? Como mágica. E a lógica é a da serventia. Nesse momento, dezenas de milhares de desenvolvedores ao redor do mundo estão pensando em como agregar valor à humanidade produzindo novos aplicativos de celular. Tudo que eles querem é convencer você de que a solução que eles criaram para resolver o seu problema – um gerenciador de contas domésticas, um aplicativo de carona ou um jogo que irá salvar o seu dia do tédio –  é a melhor possível. E muitas das soluções ajudam a resolver alguns dos maiores problemas do planeta.
Pense por exemplo no que aconteceria se você não tivesse acesso a uma conta bancária. A sua vida seria um saco. Sem crédito, carregando pilhas de dinheiro na mão toda vez que quisesse pagar uma conta, com o risco de ser assaltado ou de ver a sua grana cair num bueiro a qualquer momento. Agora imagine que até a década passada 2,5 bilhões de pessoas no mundo não tinham acesso a uma conta bancária. Não é de se espantar que a maioria esmagadora delas vivesse nas regiões mais pobres do planeta – ter acesso a serviços financeiros é condição básica para o desenvolvimento humano, mas muitos países ainda tratam esse setor da forma mais burocratizada possível. Na Tanzânia, por exemplo, menos de 5% da população alcança essa possibilidade. E o que acontece por lá é a regra no mundo em desenvolvimento. Em 2009, os números apontavam para um banco para cada 100 mil pessoas na Etiópia. Abrir uma conta em Camarões custa US$ 700 – quantas pessoas você conhece que podem se dar a esse luxo mesmo num país com o nosso? E isso para não falar do cenário caso você seja uma mulher. Na Suazilândia, uma mulher só consegue abrir uma conta num banco com o consentimento do pai ou do marido. O cenário é caótico.
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O que os celulares estão permitindo? Uma verdadeira revolução. O M-Pesa, por exemplo. Você nunca ouviu falar nele, mas é um dos aplicativos mais importantes do planeta: um serviço de banco por celular da Vodafone oferecido aos quenianos desde 2007. Com quatro meses no ar o serviço já contava com 150 mil usuários. Quatro anos depois o número saltou para 13 milhões. De acordo com a The Economist, apenas nos dois primeiros anos à disposição a renda dos quenianos que utilizam o serviço aumentou entre 5% e 30%. Só em 2015, os quenianos movimentaram US$ 27 bilhões em transações móveis. A revolução é tamanha que o país se tornou o recordista mundial de transações financeiras via celular, mesmo sendo uma das nações mais miseráveis do planeta.
A mágica é inevitável. Se lembra daquele número de 2,5 bilhões de pessoas sem acesso a uma conta bancária? Segundo uma estimativa do Banco Mundial esse número caiu 20% entre 2011 e 2014. E continua caindo. Graças a esses caras todos que passam o dia pensando em como ganhar recompensas financeiras resolvendo problemas da humanidade. Não dá pra negar que esse é um incentivo e tanto.
Alguns economistas da London School of Business and Finance calcularam que acrescentar 10 telefones por 100 pessoas aumenta em 0,6% o PIB de um país em desenvolvimento. E a conta aqui é simples. Se a gente pegar as cifras da ONU sobre redução de pobreza – que diz que 1% de crescimento do PIB resulta em uma redução da pobreza de 2% – isso significa que aquele crescimento de 0,6% reduziria a pobreza em cerca de 1,2%. Se 4 bilhões de pessoas ainda vivem na pobreza ao redor do mundo, isso significa que cada 10 telefones novos por 100 pessoas tiram 48 milhões da pobreza no mundo. Isso é 1/4 da população brasileira. Nada mal.
A boa notícia é que na África subsaariana os números de aparelhos celulares não param de subir. E não são mais 10 por 100. Hoje, quase metade da população no continente possui acesso a uma linha. Só em 2014, a indústria de telefonia móvel contribuiu com mais de US$ 100 bilhões para a economia da região. E os resultados são impressionantes. No Zâmbia, por exemplo, fazendeiros sem contas bancárias agora dispõem de telefones celulares para comprar sementes e fertilizantes. A prática foi responsável por aumentar seus lucros em quase 20%As revoluções acontecem das mais diferentes formas. Através de aplicativos de celular, hoje os africanos conseguem acesso – muitos pela primeira vez – a serviços de educação, saúde, meteorologia e emprego. Não é de se espantar que um dos mercados mais acessíveis e desburocratizados do mundo – o de aplicativos de celular – seja um dos principais responsáveis pela diminuição da pobreza no planeta. É a livre competição em ação.
A grande questão aqui é que esses aplicativos todos são desenvolvidos em sua maioria nos países que já são desenvolvidos. E eles não nascem lá por acaso. Quer dizer, não é uma coincidência que o Vale do Silício esteja nos Estados Unidos e não na Bolívia. Há poucos dias, Eduardo Paes, prefeito do Rio, pediu para que o Pokemon Go fosse lançado oficialmente também no Brasil, às vésperas das Olimpíadas. O pedido não aconteceu sem motivo. Não dá pra prefeitura da cidade simplesmente sair inventando aplicativos como esse, não é mesmo? Seria tão estúpido quando o governo lançar um concorrente ao Facebook – e ele pode até lançar, o problema é que ele não convenceria ninguém a utilizar o serviço.
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Pokemon Go pode ser encarado num primeiro momento como um aplicativo sem grandes propósitos, mas o fato é que ele é resultado direto de uma economia complexa, que atingiu tamanho nível de divisão de trabalho graças aos processos de mercado, que é capaz de dar utilidade econômica à diversão. Ao redor do aplicativo, não por acaso, em poucos dias já começa a se formar uma robusta teia de negócios. Um americano da Florida, por exemplo,criou um serviço de transporte para caçar Pokémon (por US$ 25 a hora o cara vira motorista para as pessoas usarem o aplicativo sem risco de acidente, dirigindo ao redor de PokéStops, ginásios e parques locais). Em Indiana, também nos EUA, um abrigo de animais está incentivando as pessoas a levarem seus cãozinhos ao local, enquanto eles aproveitam o espaço para jogar (o aplicativo, aliás, está ajudando as pessoas a encontrar animais de verdade). Outros estabelecimentos comerciais já fazem o mesmo. Num cenário de envolvimento como esse, não é de se espantar que o aplicativo, entre outras coisas, já esteja ajudando as pessoas a lutarem contra a depressão.
O fato é que o mesmo cenário desburocratizado que ajuda a formar milhões de aplicativos de celular – e, por sua vez, gerar riqueza – vale também no mundo offline. Os países não são capitalistas apenas porque são ricos – são ricos porque são capitalistas. E ninguém precisa explorar o outro pra alcançar isso, como os aplicativos de celular estão mostrando (exploração é uma regra no mundo desde que o homem é homem, não uma exceção; não dá pra usar essa desculpa pra explicar porque alguns países enriqueceram nos últimos dois séculos).
Há pouco tempo, o mundo inteiro era miserável. Ainda em 1820, 75% da humanidade vivia com menos de um dólar por dia (hoje esse número é de 17%). Desde então, a renda média das pessoas ao redor do planeta aumentou em nove vezes. Por que alguns países enriqueceram mais que outros nesse intervalo de tempo? O que faz com que um cidadão de Botswana – um país da África subsaariana que há apenas quatro décadas vivia na mais absoluta pobreza – tenha ultrapassado a renda média per capita de um cidadão brasileiro? Parte dessa resposta está no Pokémon Go. Países que criam incentivos para que as pessoas sejam recompensadas financeiramente em apresentar soluções para a humanidade – como é possível de forma desburocratizada com os aplicativos do seu celular – permitem um mundo mais rico e socialmente mais engajado.
É isso que você encontra em Palo Alto e em San Francisco. É isso que falta em Salvador e no Rio de Janeiro.
Spotniks

NA ESTRADA DA VIDA

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...

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