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segunda-feira, 3 de julho de 2017

Equipe do Ponto Banese Ramos participa de evento da Se Promotora

O Arraiá de prêmios da Se Promotora foi marcada pela mistura de premiação, gente bonita e muito Forró, em Lagarto-Se. 


A noite de sábado (01) teve show, palestra e prêmios que animaram o público.


A equipe do Ponto Banese Ramos, de Tobias Barreto, esteve pressente, junto com parceiros da se promotora de todo o estado de Sergipe.

A casa de shows Villa F5 ficou lotada de pessoas que fazem o diferencial no setor de autenticação operacional, créditos consignados e do Banese Card. em Sergipe.

Pessoas com potencial avançado e visão diferenciada. Que somam e se Promotora e forma esse incrível time de vendedores.

Além dos diversos prêmios; todos foram presenteados com uma super. Palestra da Líder Treinador. Com o Conceituado Sergio, do estado do Rio de Janeiro.

PONTO BANESE RAMOS. A melhor opção para pagar sua fatura!

AVENIDA SETE DE JUNHO, 938 - CENTRO - (79) 3541-5324
TOBIAS BARRETO - SERGIPE







































































































































sábado, 1 de julho de 2017

6 coisas que você precisa saber antes de sair por aí falando que todo empresário é malvado

Ser empreendedor está na moda. Programasreportagens e até mesmo uma série de documentários prometem te ensinar como empreender.
O empreendedorismo também é apontado como a solução de boa parte dos desafios que nós temos. A chave para sair da crise? Empreendedorismo. Resolver os problemas sociais? Empreendedorismo. Quer ficar rico? Seja um empreendedor.
O fenômeno é tão grande que criou até um subtipo: o empreendedorismo de palco. Misturando autoajuda e dicas de administração, os empreendedores de palco vendem palestras, livros, e cursos prometendo ensinar o segredo para abrir seu próprio negócio e ficar rico.
Apesar do momentum ser novo, o ato de empreender definitivamente não o é. Na pré-história, índios que viviam no litoral do atual território brasileiro trocavam sambaquis por cerâmicas com as populações que viviam no interior. Os habitantes da Ilha de Marajó, por sua vez, construíram entre 400 e 1400 uma complexa rede comercial, trocandoartefatos até com moradores das ilhas do Caribe. De fato, há evidências de que uma das principais vantagens do ser humano sobre o neandertal foi sua capacidade de fazer comércio.
A despeito de ter sido uma das primeiras atividades humanas a gerar ganhos mútuospara os envolvidos, poucas profissões se tornaram tão odiadas como a do empreendedor. Inimigos de classe, exploradores, gananciosos, abusadores e às vezes simplesmente “malvados” são os adjetivos mais comuns para descrevê-los.
O Partido da Causa Operária (PCO) usa como slogan a frase “quem bate cartão, não vota em patrão”. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) afirma que os empreendedores são inimigos dos empregados. Gleisi Hoffman, senadora pelo PT do Paraná, acreditaque a crise foi causada pelos empresários. Para o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, os donos de negócios são os responsáveis pela caótica situação do país.
Para o bem ou para o mal, empreendedores não têm uma vida tão fácil e poderosa, como os seis fatos abaixo demonstram.

1. A maior parte dos empreendedores são negros donos de microempresas.

Não é incomum que nas charges publicadas por sindicatos o empreendedor seja um indivíduo branco, gordo, adornado com uma cartola, segurando um charuto fumado compulsivamente em uma mão e com a outra erguendo um chicote para castigar seus múltiplos funcionários.
É difícil encontrar algo mais distante da realidade do que essa representação. Ao contrário da visão propagada por partidos políticos e sindicatos, o empreendedor médio do Brasil é negrodono de uma microempresa e começou seus negócios mais por necessidade do que por ter uma ideia inovadora.
44% dos empreendedores estudou no máximo sete anos, um tempo inferior ao necessário para terminar o Ensino Fundamental. Com pouca qualificação, se torna quase impossível produzir o suficiente para pagar o próprio salário e os 57% de impostos que incidem sobre a remuneração, restando apenas o trabalho informal.
Em alguns casos, como na crise gerada pelas políticas do Partido dos Trabalhadores, até os empregos sem carteira assinada desaparecem. Nestas situações, o até então empregado se torna empreendedor apenas para continuar tendo alguma renda. Entre 2014 e 2015, o chamado “empreendedorismo por necessidade” subiu de 29% para 44%do número total de empreendedores.
Você já deve ter visto vários deles por aí, vendendo balas no sinal, pipoca no ônibus, oferecendo pequenos serviços de reparo, cortando cabelos e realizando sozinhos uma miríade de atividades. Afinal, 85% dos empreendedores trabalham por conta própria, e não têm funcionários para “chicotear”.

2. Empreendedores não têm direitos trabalhistas.

Férias, jornada de trabalho de 8 horas por dia, FGTS, 13º salário e tantas outras coisas comuns na vida do empregado celetista são completamente estranhas ao empreendedor médio. 43% deles trabalham dez horas por dia. 51% simplesmente não tiram férias e, dentre os que tiram, apenas 3% o fazem por quatro semanas seguidas, como o trabalhador comum.
É verdade que os números vêm melhorando um pouco para o lado dos empreendedores. Entre 2003 e 2016, a jornada de trabalho média saiu de 49,98 para 45,48 horas semanais. Um número ainda maior que o limite imposto a quem é contratado pela CLT e distante da jornada média de 40,2 horas dos empregados.
Não é difícil entender esses dados. Para muitos empreendedores, deixar de trabalhar significa deixar de ter seu “sustento”. Não é incomum que alguns permanecem nos seus postos de trabalho até conseguirem renda suficiente para comprarem o alimento do dia. Outros simplesmente não têm alguém capaz de substituí-los temporariamente no seu posto para que possam tirar férias.
Como se isso não fosse o suficiente, um empreendedor que vai à falência não apenas pode sair de mãos abanando, tendo gasto a poupança de uma vida, como pode fechar sua empresa devendo. No início de 2016, quase 60% dos microempreendedores individuais atrasaram os boletos de pagamento à Receita Federal.

3. Empreendedores não fazem parte da classe alta, ao contrário dos funcionários públicos.

Com pouca escolaridade, trabalhando muito e empreendendo por necessidade, a maior parte dos empreendedores brasileiros definitivamente não está entre as pessoas mais ricas do Brasil. De acordo com o Sebrae, 58% se enquadram na categoria de “baixa renda”, vivendo com menos de dois salários mínimos. Situação inversa ao dos funcionários públicos federais, que têm 58% da sua população vivendo na classe alta, recebendo acima de R$ 9.920.
E, ao contrário da maioria dos funcionários públicos, empreendedores não receberão aposentadoria integral, não podem parar suas atividades na espera que suas rendas aumentem miraculosamente e não terão aumentos concedidos no meio de uma das maiores crises da história do país.
Na verdade, eles sempre são os primeiros a sentirem os impactos dela. Em 2015, 1,8 milhão de empresas fecharam suas portas – o triplo do ano anterior -, por diversas vezes deixando seus donos com dívidas que demorarão anos para serem pagas.

4. O governo pega mais dinheiro das empresas que os próprios empresários.

Qual é a margem de lucro das maiores empresas do país? Os americanos responderam esta pergunta em uma pesquisa feita pela revista Reason e a média dos chutes foi surpreendente, incríveis 36%. Um número completamente fora da realidade.
Uma das companhias mais lucrativas do mundo, a Apple tem uma margem de lucro de apenas 23%. Uma das maiores redes de varejo do planeta, a Wal-Mart tem uma margem de apenas 3,1%. De acordo com o professor da Universidade de Michigan Mark J. Perry, é como se em um mês com 31 dias, a companhia tivesse que usar 30 para cobrir seus custos, e tivesse um único dia de lucro. Em média, as empresas americanas têm margens de 6,22%.
No Brasil, as coisas não são tão diferentes. Os famosos Supermercados Guanabara operam com uma margem líquida de 1,1%. Para a Moinho Dias Branco, maior produtora de biscoitos e massas do país, a margem fica em 13%. A fabricantes de cigarro Souza Cruz vive com seus 26% de margem líquida.
Enquanto isso, 32% dos donos de micro e pequenas empresas gastam mais de 30% do seu faturamento pagando tributos, mesmo optando pelo Simples Nacional. Um valor muito maior que o retirado pelos empreendedores dos seus próprios negócios.

5. Do ambulante ao dono da Google: eles têm que resolver os problemas dos consumidores para sobreviver.

Você já deve ter visto essa cena em uma grande cidade: bastam as primeiras gotas de chuva caírem no chão que uma multidão de ambulantes surge ofertando guarda-chuvas para os transeuntes pegos desprevenidos. Está com fome? Não é preciso procurar muito para achar alguém vendendo comida. A bateria do celular acabou? Ande alguns metros e verá alguém vendendo um powerbank.
São poucos os empreendedores que conseguem ter sucesso se aliando ao Estado e fomentando monopólios [veja o item abaixo]. Para a grande maioria deles, o único meio de receber dinheiro e crescer é agradando o consumidor, mesmo que isso signifique abandonar ideias às quais você está emocionalmente apegado. Quando a Microsoft sumiu com o botão “Iniciar” do Windows, os consumidores reclamaram tanto que a companhia recuou.
Alguns empreendedores levam isso muito a sério. Sam Walton, fundador do Wal-Mart, começou sua rede de lojas com um único estabelecimento no estado do Arkansas. Mesmo rico, continuou dormindo em motéis baratos e dividindo quartos com funcionários nas suas viagens de negócios. Para ele, cada centavo economizado era um centavo a menos que poderia se transformar em uma oferta na sua política de preços baixos todos os dias.
Do alto dos seus bilhões de dólares, Walton costumava repetir que o seu chefe era o consumidor. Ele era o único capaz de destruir sua rede de supermercados apenas trocando o lugar em que fazia compras.

6. Seu poder de lobby é menor que o dos sindicatos.

O sistema corporativista montado por Getúlio Vargas criou sindicatos, federações, e confederações para os empregados e para os patrões. Você provavelmente deve conhecer as poderosas Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), mas nunca deve ter ouvido falar da Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Representando 54,6% dos empreendedores atuantes no Brasil, com participação ainda maior entre os de baixa renda, a CNC não tem assentos no conselho da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (ApexBrasil), ao contrário da CNA e da CNI.
Quando Dilma Rousseff resolveu reativar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, a presidente prontamente convidou representantes da CNI, da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), das principais centrais sindicais e até o ator Wagner Moura, mas deixou a CNC de fora. De fato, no governo Dilma, fazer lobby funcionava. O Ministro da Indústria e Comércio era egresso da confederação da indústria e o do Trabalho vinha da CUT.
Não é uma surpresa que empreendedores tenham um poder de lobby tão fraco. Seus interesses são extremamente difusos e usualmente restritos a uma única cidade. Poucas pautas são capazes de unir todos os empreendedores do país, como a simplificação do pagamento de impostos. Por outro lado, centrais sindicais e as confederações da indústria e do agronegócio constantemente buscam os mesmos privilégios, como manipulação no câmbio e linhas de crédito subsidiadas.
No Congresso, não há registro de deputados ou senadores eleitos em defesa da facilitação do empreendedorismo. Já sindicatos e indústrias têm bancadas inteiras à sua disposição ou formadas por seus membros. Se existe uma força que move as decisões do governo, ela certamente não é o interesse dos empreendedores.


Spotniks

6 motivos que explicam por que você paga tão caro por um carro zero no Brasil

Sonho de qualquer brasileiro acostumado a utilizar nossos serviços de transporte público, o carro próprio tornou-se quase um item folclórico. Para a revista americana Forbes, apenas rodas folheadas a ouro justificariam o preço que pagamos por aqui. Na prática, o buraco é muito mais embaixo. Nosso setor automotivo é uma eterna festa, onde montadoras e governos lucram e se divertem e você, como sempre, paga a conta.
Para qualquer governante de plantão, incentivar o setor automobilístico é quase um sinônimo de incentivar a economia e, claro, arrecadar. A lógica, por trás desta ideia não é difícil de entender. Cada carro a mais nas ruas é um incentivo para o setor de autopeças, que, sozinho, fatura R$ 100 bilhões por ano, quase duas vezes o que a JBS fatura por aqui, mais seguros contratados, mais consumo de gasolina (aquela que você paga 54% de impostos para abastecer), mais pagadores de IPVA, além de inúmeras fábricas construídas para atender às demandas das próprias montadoras.
Esta não é nem de longe uma festa recente. Há quase seis décadas optamos por tratar a indústria automobilística como sinônimo de progresso. Chamamos para cá montadoras asiáticas, europeias e americanas, dando a elas a certeza de pouca ou nenhuma concorrência com o setor externo, garantindo que importar um carro seria um desafio tão grande que qualquer espertinho logo desistiria.
Sem opções e vendo as grandes cidades crescerem sem alternativas eficientes de transporte público, a maioria dos brasileiros tornou-se refém deste modelo e acabou tendo de engolir carros de padrão inferior ao internacional, a preços muito mais elevados.
Ao contrário do que querem fazer crer as próprias montadoras, porém, esta não é uma consequência exclusiva dos impostos escorchantes cobrados por aqui, mas um acúmulo de fatores, muitos dos quais montadoras e governantes não parecem nem um pouco dispostos a mudar. Abaixo, resumimos alguns deles pra ajudar a entender melhor essa história.

1) Produzir no Brasil é mais caro

“Custo Brasil” é daquelas expressões que, a despeito do caráter técnico à primeira vista, têm uma explicação das mais simples possíveis, e os motivos pra isso você provavelmente já sacou: todo brasileiro já sentiu na pele o quanto nosso país parece viver um romance inabalável com a burocracia, a desconfiança por parte do setor público, a instabilidade jurídica e os custos raramente justificáveis para empreender ou simplesmente fazer negócios.
Uma logística deficitária, energia elétrica cara – a despeito da abundância de geração relativamente barata na nossa matriz energética (em especial por parte de hidrelétricas) – leis trabalhistas que muitas vezes inviabilizam o custo de contratar alguém (nunca é demais lembrar que pagamos por aqui as maiores taxas de impostos sobre o trabalho no mundo, ou R$ 57,56 em impostos a cada R$ 100 pagos por qualquer empresa) ou simplesmente a demora atípica para iniciar um negócio são problemas inescapáveis, ainda que você seja uma grande empresa e acredite poder compensar tudo isso com a mão amiga dos empréstimos subsidiados do BNDES.
Segundo a ANFAVEA, associação que reúne as montadoras em território nacional, fabricar um carro por aqui é até 60% mais caro que em outros países emergentes, e razões para isso não faltam.
Ainda que as montadoras tenham benefícios tributários para produzir, toda a cadeia que atende o setor e produz as autopeças está sujeita a este mesmíssimo custo, com o agravante de que os custos tornam-se cumulativos.
As chamadas sistemitas, empresas que produzem as peças necessárias para o processo final nas montadoras, enfrentam problemas comuns a qualquer empresa do país, tendo em vista o alto custo de nossas matérias primas, logística deficiente e a quase impossibilidade de se importar estas mesmas peças.
Segundo estudo da mesma ANFAVEA, o custo dos insumos produzidos aqui é até 40% maior do que na média mundial. Para cada US$ 100 que se gasta para montar um carro na China, são gastos US$ 160 no Brasil, ou US$ 120 no México.
Graças ao lobby de nossas siderúrgicas, que defendem suas práticas alegando gerar empregos vitais ao país, nosso aço é um dos mais caros do planeta e a importação é praticamente impossível.
Na prática, produzir um carro aqui consome em média 5,3 horas de trabalho, contra 2,6 horas no México. Some isso ao custo da nossa mão de obra e o resultado é um custo crescente, em nome da proteção do emprego nacional. Concorde ou não que devamos incentivá-los por estes meios, na ponta do lápis você paga por cada protecionismo, do operário de uma montadora ao grande grupo siderúrgico nacional, além do seu carro, um brinde de compensação.

2) A margem de lucro

Operar em um dos mercados mais fechados do planeta poderia ser algo desagradável para o setor. Afinal, impede que montadoras de médio porte cheguem por aqui e apreciem a festa, desfrutada em boa parte por quatro montadoras que concentram 53,33% do mercado.
Nada disso desanima as novatas, como a Hyundai, que recentemente entrou para o grupo dos quatro maiores vendedores nacionais de veículos. Ainda que não sejam públicas, dado que as montadoras não são nacionais e portanto seus balanços são publicados apenas no exterior, sem fazer distinção entre vendas aqui e nos Estados Unidos por exemplo, estima-se que a média de lucro das companhias aqui instaladas chegue a 10%, contra 2% nos Estados Unidos e 5% na média mundial.
Some a isto a margem maior por parte de revendedoras, e o lucro ganha papel relevante no preço final.

3) Os impostos

Se o lucro das montadoras assusta, a participação do Estado na brincadeira não sai por menos. Nossas taxas médias de impostos variam entre 48% e 53% do preço final, contra 21% na Argentina, 22% na Itália, 7,5% nos Estados Unidos, 5% no Japão ou 19% na Alemanha. Por onde quer que se olhe, somos campeões neste aspecto.
Ao contrário do que possa parecer, boa parte dos impostos não sai exatamente do bolso das montadoras, mas se acumula ao longo da cadeia de produção. Imagine por exemplo que uma empresa de aço pague 42% de impostos sobre seus produtos. Ao ser tributada, a montadora terá de pagar uma taxa similar com base no valor do aço comprado, já embutido no custo, e, sobre o custo do veículo, pagar os impostos. Em outras palavras: nosso imposto assume um efeito cascata, tornando produtos mais complexos – e com maior número de processos de produção – os mais taxados.
Na média, a cada R$ 100 faturados pela indústria, R$ 42 são impostos, em boa parte graças a este efeito cumulativo.
Em alguns dos casos mais bizarros, era possível – até decisão recente do STJ – que o governo cobrasse impostos sobre impostos, tudo porque, ao calcular quanto do ICMS uma empresa deveria pagar, os valores de PIS/Cofins entravam na base de cálculo.
Assuma por exemplo que um produto custe R$ 20, sobre os quais deverão ser cobrados 20% de ICMS. Até bem pouco tempo, era completamente legal que os governos estaduais cobrassem impostos não sobre os R$ 20 do custo do produto, mas sobre R$ 20 + R$ 2 de PIS/Cofins, fazendo você pagar 20% de imposto sobre os R$ 2 também.
Práticas como essa não são exceções, mas uma consequência da confusão tributária vivida no Brasil há décadas. Gastamos em média 2600 horas para pagar impostos, isto é, para garantir junto à receita que nossos impostos estão OK. No México, o gasto era de 286 horas em 2015, enquanto na Argentina ficava em 405 horas.

4) A demanda crescente

O brasileiro paga o preço da vaidade
Você já deve ter se deparado com afirmações desse tipo e não é difícil cair em algo assim. Afinal, em um país tão desigual, o apelo de ter maior independência com um carro próprio ou o celular top de linha pode pegar, e muito. Na prática, esta é uma parte pequena do valor final. Nossos desafios rotineiros e incentivos perversos acabam sempre pesando mais.
Note por exemplo que, das dez cidades com maior renda per capita do país, metade não possui sequer metrô subterrâneo, e não estamos falando apenas de cidades com desenvolvimento recente.
Nem a nossa empolgação com a Copa foi capaz de destravar obras urbanas tão relevantes em cidades como Curitiba. Em outras capitais, a escolha por BRTs se sobressaiu aos metrôs por questões meramente financeiras (sem contar aí os ganhos com externalidades de se ter menos carros circulando, poluição ou menos acidentes).
Pode parecer lógico, já que incentivar o transporte público voltado aos ônibus impacta a vida de milhões de pessoas. Em longo prazo, porém, com concessões sempre destinadas a meia dúzia de cartéis já estabelecidos, repetimos um erro de acreditar que modais neste estilo sejam capazes de convencer a população a migrar do seu automóvel para outros meios de transporte.
Ironicamente, foi justamente um dos meios mais travados pelos governos municipais nos últimos anos quem iniciou uma mudança. Coloque na ponta do lápis o custo de se ter um veículo hoje, incluindo gasolina, seguro, estacionamento, depreciação, e não é raro encontrar vezes em que um aplicativo de caronas possa sair mais vantajoso.
Justamente aí, na parte de incentivos, como alternativa em relação às tão frequentes multas da indústria arrecadatória, é que o gosto do brasileiro pode, enfim, mudar e impactar também o custo em longo prazo.

5) O mercado fechado

A popularização de marcas estrangeiras no setor na última década foi um daqueles fenômenos raros. Com o Brasil em alta, marcas de todo o mundo decidiram se instalar por aqui, incluindo nomes como Hyundai, que hoje figura no top 4 de maiores vendedores brasileiros.
Como de costume, o governo acabou enxergando nisso uma oportunidade para medidas um tanto quanto controversas. Por meio da lei de conteúdo nacional, incentivou empresas estrangeiras a virem produzir aqui e ampliou os custos de se importar.
Na teoria, a ideia faz bastante sentido. Empresas como CAOA ganharam escala ao importar veículos e revendê-los a um preço competitivo. Com a lei, acabaram construindo indústrias aqui, gerando emprego, renda e um eleitorado bastante feliz.
Produzir localmente algo que sairia mais barato importar porém, é uma decisão via de regra política, e como tal, tem seu custo diluído pela sociedade.
Justamente por nos prendermos a um debate sobre a importância de alguns setores como estes, que agreguem valor à economia, ou cerca de 21% do nosso PIB industrial hoje, acabamos drenando recursos de áreas em que poderíamos ser mais competitivos, não estivéssemos presos ao baile eterno que é a relação entre governo e montadoras.
Como na parábola do que se vê e o que não se vê, temos os empregos gerados pela indústria na parte visível, e os empregos que deixariam de ser criados ao gastarmos menos com coisas do tipo, e poupar para outros bens. O resultado é uma poupança menor do brasileiro, habituado a pagar mais caro em tudo, colaborando com problemas que se estendem bem além da indústria automobilística.

6) A falta de poupança do brasileiro

“Pague 2 e leve 1” é daquelas promoções rotineiras na vida de todo brasileiro. Ao contrário destas, onde o outro produto que você não leva é também chamado de imposto, no caso de bens como automóveis – rotineiramente financiados em parcelas a perder de vista – a conta pode chegar a números ainda mais grotescos. Falamos aqui de pagar entre impostos e o custo de financiamento até seis vezes o valor original de um veículo.
Motivos pra isso não faltam. A falta de poupança do brasileiro é um sintoma grave que quando aliado a um governo que não cabe dentro do seu próprio orçamento, torna-se um problema em qualquer área. A conta, entre poupança e crédito deveria, em tese, sempre fechar, não fosse um mero detalhe: 72% do crédito do país é consumido pelo próprio governo para se refinanciar.
No dia a dia, ao comprar um carro parcelado, você precisa literalmente disputar este empréstimo com as atrativas taxas pagas pelo governo para se refinanciar. O resultado é um custo quase invisível, mas bastante sensível no bolso. Some a isto o fato de que as empresas que necessitam ampliar sua produção para atender à demanda estão sujeitas às mesmas práticas e, no final das contas, parte considerável do seu veículo vem desta irresponsabilidade fiscal.
Custos maiores para produzir peças, custos maiores para financiar veículos etc. Nada escapa da lógica irresponsável de incentivar o país apenas por meio do gasto.
Spotniks

Você sabe o significado da música “Chão de Giz” de Zé Ramalho?

Você já parou alguma vez na vida para tentar entender esta música tão complexa? Zé Ramalho consegue ser um dos poucos cantores que compõe músicas com alto repertório (de difícil entendimento) e mesmo assim agrada o gosto popular. Consegue transmitir sentimentos.
Hoje no carro ouvindo Chão de Giz, decidi prestar atenção na letra e bateu a curiosidade de conhecer a verdadeira história da música. De entendê-la! Descobri e achei bacana compartilhar com vocês.
Vale a pena a leitura!
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Explicação dada, em tese, pelo próprio compositor, O GRANDE POETA ZÉ RAMALHO, sobre Chão de Giz:
Ainda jovem, o compositor teve um caso duradouro com uma mulher bem mais velha que ele, casada com uma pessoa bem influente da sociedade de João Pessoa, na Paraíba, onde ele morava. Ambos se conheceram no carnaval. Zé Ramalho ficou perdidamente apaixonado por esta mulher, que jamais abandonaria um casamento para ficar com um “garoto pé -rapado”. Ela apenas “usava-o”. Assim, o caso que tomava proporções enormes foi terminado. Zé Ramalho ficou arrasado por meses, mudou de casa, pois morava perto da mulher e, nesse meio tempo, compôs Chão de giz.
Sabendo deste pequeno resumo da história, fica mais fácil interpretar cada verso da canção. Vamos lá!
“Eu desço desta solidão e espalho coisas sobre um chão de giz”
Um dos seus hábitos, no sofrimento, era espalhar pelo chão todas as coisas que lembravam o caso dos dois. O chão de giz indica como o relacionamento era fugaz.
“Há meros devaneios tolos, a me torturar”
Devaneios e lembranças da mulher que não o amou. O tinha como amante, apenas para realizar suas fantasias. Quando e como queria.
Fotografias recortadas de jornais de folhas amiúdes”
Outro hábito de Zé Ramalho era recortar e admirar TODAS as fotos dela que saiam nos jornais – lembrem-se, ela era da alta sociedade, sempre estava nas colunas sociais.
“Eu vou te jogar num pano de guardar confetes”
Pano de guardar confetes são balaios ou sacos típicos das costureiras do Nordeste, nos quais elas jogam restos de pano, papel, etc. Aqui, Zé diz que vai jogar as fotos dela nesse tipo de saco e, assim, esquecê-la de vez.
“Disparo balas de canhão, é inútil, pois existe um grão-vizir”
Ele tenta ficar com ela de todas as formas, mas é inútil, pois ela é casada com um homem muito rico.
“Há tantas violetas velhas sem um colibri”
Aqui ele utiliza de uma metáfora. Há tantas violetas velhas (Como ela, bela, mas velha) sem um colibri (um jovem que a admire), dessa forma ele tenta novamente convencê-la apelando para a sorte – mesmo sendo velha (violeta velha), ela pode, se quiser, ter um colibri (jovem).
“Queria usar, quem sabe, uma camisa de força ou de vênus”
Este verso mostra a dualidade do sentimento de Zé Ramalho. Ao mesmo tempo que quer usar uma camisa de força para se afastar dela, ele também quer usar uma camisa de vênus para transar com ela.
“Mas não vou gozar de nós apenas um cigarro”
Novamente ele invoca a fugacidade do amor dela por ele, que o queria apenas para “gozar o tempo de um cigarro”. Percebe-se o tempo todo que ele sente por ela um profundo amor e tesão, enquanto é correspondido apenas com o tesão, com o gozo que dura o tempo de se fumar um cigarro.
“Nem vou lhe beijar, gastando assim o meu batom”
Para quê beijá-la, se ela quer apenas o sexo?
“Agora pego um caminhão, na lona vou a nocaute outra vez…”
Novamente ele resolve ir embora, após constatar que é impossível tentar algo sério com ela. Entretanto, apaixonado como está, vai novamente à lona – expressão que significa ir a nocaute no boxe, mas também significa a lona do caminhão, com o qual ele foi embora – ele teve que sair de casa para se livrar desse amor doentio.
“Pra sempre fui acorrentado no seu calcanhar”
Amor inesquecível, que acorrenta. Ela pisava nele e ele cada vez mais apaixonado. Tinha esperanças de um dia ser correspondido.
“Meus vinte anos de ‘boy’ – that’s over, baby! Freud explica”
Ele era bem mais novo que ela. Ele era um boy, ela era uma dama da sociedade. Freud explica um amor desse (Complexo de Édipo, talvez?).
“Não vou me sujar fumando apenas um cigarro”
Depois de muito sofrimento e consciente que ela nunca largaria o marido/status para ficar com ele, ele decide esquecê-la. Essa parte ele diz que não vai se sujar transando mais uma vez com ela, pois agora tem consciência de que nunca passará disso.
“Quanto ao pano dos confetes, já passou meu carnaval”
Eles se conheceram em um carnaval. Voltando a falar das fotos dela, que iria jogar em um pano de guardar confetes, ele consolida o fim, dizendo que já passou seu carnaval (fantasia), passou o momento.
“E isso explica porque o sexo é assunto popular”
Aqui ele faz um arremate do que parece ter sido apenas o que restou do amor dele por ela (ou dela por ele): sexo. Por isso o sexo é tão popular, pois apenas ele é valorizado. Ela só queria sexo e nada mais.
“No mais, estou indo embora”
Assim encerra-se a canção. É a despedida de Zé Ramalho, mostrando que a fuga é o melhor caminho e uma decisão madura. Ele muda de cidade e nunca mais a vê. Sofreu por meses, enquanto compôs a música.
Toda essa explicação foi dada pelo próprio Zé Ramalho.

NA ESTRADA DA VIDA

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...

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