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sábado, 23 de setembro de 2017

5 coisas que você precisa saber sobre a nova reforma política

Estamos em obra.
Para qualquer um que se aventure a entender o Brasil das últimas décadas, é provável que esta seja a definição mais próxima que você irá encontrar para descrever nosso dia a dia, seja na Previdência, no Código Civil, na parte tributária, política, trabalhista, etc. Quando se fala em senso comum, não há problema no Brasil que não possa ser solucionado por uma simples reforma. E, no que depender dos políticos brasileiros, desta vez a política será modificada pra valer.
Com a necessidade de votar projetos e propostas de emendas constitucionais até a próxima quarta-feira, 20 de setembro, para garantir que passem a valer já em 2018, o Congresso corre contra o tempo. Nesta tentativa de acerto, não se espante se as maiores bizarrices ganharem pouco destaque ou discussão e forem simplesmente aprovadas.
No paradoxo da política brasileira, toda véspera de eleição é igual: políticos definem como será a regra do jogo que disputarão no ano seguinte em busca da reeleição. De novidade, é provável que você já tenha sacado que, rondando ali na esquina, encontra-se um processo de renovação poucas vezes vistos, exatamente como ocorreu em 2016.
Com uma renovação de 43,7% em 2014, o Congresso hoje encontra na Lava Jato um elemento novo, cuja força é capaz de mudar radicalmente a composição da casa.
Evitar isso tem sido o principal objetivo de boa parte dos partidos que se propõem a votar a tal reforma. Nesta corrida, você verá as propostas mais surreais possíveis, seja para garantir uma boa verba de campanha com o fundo eleitoral de R$ 3,6 bilhões, que ainda resiste, como para conseguir votações em lista fechada ou uma mudança radical na maneira como seus votos são computados para eleger alguém. Além destas, outras mudanças, que permitirão aos deputados mais votados se elegerem, acabando com o famoso candidato puxador de voto, também integram a lista.
Se você está meio perdido nisso tudo, preparamos um guia abaixo com os pontos que serão votados e com aquilo que pode ou não ser válido já para 2018:

1. O distritão e o distritão misto

Pode parecer lógico que quando falamos em eleger alguém, aqueles mais votados necessariamente sejam eleitos, a exemplo de como são feitas as eleições para o Executivo. Quando se trata do Legislativo brasileiro, porém, a história não é bem assim, e é justamente isso que pode mudar.
Para eleger um deputado estadual, federal ou vereador, os partidos brasileiros precisam hoje cumprir o chamado quociente eleitoral. Em outras palavras: o partido precisa cumprir um número mínimo de votos para eleger alguém e pode cumprir este número mínimo com um ou cem candidatos, pouco importa.
Na prática, significa dizer que, se um candidato apenas tiver oito vezes mais do que o mínimo de votos, ele elegerá além de si mesmo outros sete políticos, independentemente de quantos votos eles tenham conseguido. De Enéas a Tiririca, casos de políticos brasileiros puxadores de votos são bastante comuns e um dos motivos pelos quais, na prática, apenas 35 dos 513 deputados federais receberam votos suficientes para se elegerem sozinhos.
Na nova proposta a ser votada, entraria em vigor o distritão, já em 2018, onde os candidatos eleitos seriam aqueles mais votados, até o limite de preenchimento das vagas.
Por mais lógico que possa parecer este modelo, existem críticas a serem feitas. Imagine, por exemplo, que neste sistema, candidatos de um mesmo partido tornar-se-iam rivais, disputando o mesmo espaço. Além do personalismo evidente que roubaria a cena dos partidos, ganharia espaço também o poder financeiro de um candidato, por razões óbvias: por aqui, boa parte da população escolhe seu candidato na reta final. Logo, aquele que tiver mais condições de se expor positivamente amplia suas chances de ser eleito.
Com o modelo do distritão em vigor, a renovação do Congresso torna-se mais difícil, favorecendo os mesmos deputados que já estão aí.
Se você acha isso um problema, lembre-se que este é, em tese, o primeiro passo proposto pela PEC 77/2003. Em um segundo momento – ou seja, nas eleições de 2022 -, o modelo mudaria novamente, para o chamado distritão misto. Neste sistema, o eleitor vota duas vezes: uma para eleger seu deputado e outra no partido. No primeiro voto, são eleitos metade dos candidatos, por ordem de mais votado, e no segundo, os partidos determinam por meio de uma lista fechada e pré-determinada quem serão os eleitos.
Eleger um candidato desconhecido poderia ser a parte mais esdrúxula das propostas em votação – em especial para um país ainda acostumado a lidar com coronéis e dinastias políticas que parecem intermináveis -, mas quando se trata do Congresso brasileiro, não é difícil ver que tudo pode sempre ficar ainda mais complicado.
Seguido de um modelo que encarece ainda mais as campanhas, os deputados debatem ainda uma solução prática para os tempos de crise, em que bilionários doadores costumazes de campanha encontram-se presos: ampliar o uso de verba pública.

2. O fundão: R$ 3,2 bilhões em dinheiro público pra bancar campanha

Uma verba maior que todo o orçamento de investimentos em equipamentos e novas unidades de saúde feitos pelo governo federal, ou ainda, mais do que um estado de 8 milhões de habitantes como Santa Catarina investe em segurança ao longo de um ano. Eis o resumo de quanto os congressistas brasileiros esperam gastar do seu dinheiro para fazer campanha.
Com o financiamento empresarial vetado na última reforma, e o caixa 2 ameaçado com a prisão de nomes como Marcelo Odebrecht e os irmãos Batista, fazer uma eleição no Brasil tornou-se um problema para os políticos.
Com o nome pomposo de Fundo Especial de Financiamento da Democracia, os parlamentares esperam destinar uma verba extra de 0,5% da receita corrente líquida dos últimos 12 meses para suas campanhas eleitorais. Na ponta do lápis, a medida pode render hoje R$ 3,2 bilhões, mas seu efeito é ainda mais perverso no longo prazo, pois atrelaria o custo com as eleições ao crescimento da receita, permitindo que, numa eleição dentro de oito anos, por exemplo, chegue a custar R$ 6 bilhões, e assim por diante.
Nada disso porém altera o já existente Fundo Partidário, que seria mantido com o objetivo de financiar o cotidiano dos partidos, enquanto o novo fundo financiaria apenas as eleições a cada quatro anos.
Para ter acesso à prestação de contas de um único partido hoje, você precisa pacientemente se aventurar entre literalmente milhares de documentos escaneados e ordenados cada um à sua maneira. Isto, é claro, quando de fato há prestação de contas dos recursos do Fundo Partidário. Partidos que lideram o recebimento da verba por exemplo, consideram hoje que sua obrigação com a prestação de contas se extingue quando destinam 20% dos recursos para a fundação do partido, de modo que não precisam prestar contas de como a fundação faz uso destes valores.
Multiplique tudo por uma escala ainda mais confusa – e não se esqueça que o processo de avaliação das contas da campanha de 2014 levou pouco mais de dois anos para ser julgado – e você terá uma dimensão do problema: seu dinheiro, com pouca ou nenhuma fiscalização, sendo utilizado para bancar os mesmos políticos de sempre.
Pela proposta, metade de dos recursos seriam divididos igualmente, e o restante proporcionalmente ao tamanho da bancada no Congresso. Ainda assim, teríamos casos como o PCO, de Rui Costa Pimenta, com menos de 4 mil filiados e que passaria a receber R$ 50 milhões. Casos idênticos ocorreriam com o PRTB de Levy Fidélix, o PSTU e inúmeros outros partidos sem grande representatividade de filiados, que estariam livres e desimpedidos de colocar a mão no seu bolso.

3. Mandatos de dez anos para membros de tribunais superiores

Indicados pelo Presidente da República, ministros de tribunais como o Supremo Tribunal Federal cumprem hoje o chamado mandato vitalício. Na prática, apenas um impeachment pode tirá-los do cargo, feito que até hoje nunca ocorreu na história do país.
Na prática, um juiz pode ser apontado para o cargo ainda novo, como o ministro Alexandre de Moraes, e por lá permanecer por literalmente décadas. No caso do ministro Moraes, hoje com 48 anos, é possível que ele permaneça no cargo por exatos 27 anos, até que a lei o obrigue a se aposentar.
Mandatos vitalícios em cortes superiores não são uma excentricidade brasileira, sendo a regra em inúmeros países, como os Estados Unidos.
Se aprovada, a regra valeria apenas para os novos ministros, sendo os atuais mantidos no cargo por tempo vitalício.
Dentre os receios de medidas como esta, o óbvio trampolim político que um cargo deste representa ainda pesa, mas torna-se possível evitar, por exemplo, que um mesmo presidente passe décadas interferindo na vida pública do país por meio de seus indicados. A chance de aprovação da medida é relativamente alta, apesar de poder ser considerada inconstitucional.

4. O fim dos partidos nanicos

Legendas de aluguel que representam praticamente ninguém exceto seus próprios membros, os chamados partidos nanicos não raro encontram-se no centro de boa parte das propostas de reforma política.
Seja para ceder tempo de televisão ou espaço para campanha, os nanicos representam hoje a maior parte dos mais de 30 partidos do país, a despeito de sua bancada diminuta. Em um modelo onde ao menos metade do fundo partidário é dividido igualmente, acabam se beneficiando do excedente de verbas para a política nacional e, com isso, tornando-se muitas vezes bastante lucrativos, mesmo que de forma completamente lícita.
No relatório apresentado no Senado, a reforma prevê que, para 2030, um partido deva ter eleito no mínimo 18 deputados em ao menos 1/3 das unidades da federação, além de ter feito no mínimo 3% dos votos válidos nestas mesmas unidades.
Com as medidas mais rígidas, o Fundo Partidário acaba tornando-se um bolo a ser dividido quase que na totalidade por um número cada vez mais diminuto de partidos, colaborando para a manutenção dos mesmos.
Outras propostas, como uma cláusula de barreira que exigiria ao menos 1,5% dos votos em 14 unidades da federação, também estão na lista para serem votadas e, neste caso, passaria a valer já para as eleições de 2018.
Aprovada em 2006 e posteriormente declarada inconstitucional, a cláusula de barreira não é novidade, mas no modelo proposto atualmente, torna-se mais branda. No caso de 2006, por exemplo, um partido que não atingisse 5% dos votos válidos, sendo ao menos 2% em nove estados, ficaria impossibilidade de assumir qualquer cadeira no Congresso. No modelo atual, o partido que não cumprir a cláusula pode assumir uma vaga, caso eleja alguém, mas fica impossibilitado de recorrer ao fundo partidário ou ao horário de TV destinado aos partidos.

5. O Fim das coligações e as Federações de Partidos.

Na completa desordem política que parece reinar no país, não deveria ser surpresa que algo de fato complicado, como o quociente eleitoral, torne-se ainda mais confuso quando analisado de perto. No caso do sistema de coligações, é exatamente isso que ocorre. Por meio destas coligações, é possível que seu voto seja utilizado para eleger um candidato não apenas diametralmente oposto àquele em quem você votou, mas também de um partido completamente diferente.
As vantagens para os partidos são simples de entender. Um partido menor se alia a outro maior para garantir a este seu tempo de TV, que, por menor que seja, acaba gerando uma vantagem na soma de inúmeros partidos, e, em troca, recebe deste partido maior não apenas cargos e benesses caso o candidato seja eleito, mas também votos.
Desta forma, é possível que um partido menor consiga emplacar um candidato mesmo que tenha apenas um nome conhecido, e não diversos candidatos, como seria caso ele tivesse de concorrer sozinho.
Em um exercício para entender o efeito prático das novas medidas, imagine que, com o fim das coligações e a vigência de cláusulas de desempenho ainda em 2014, apenas 11 partidos sobreviveriam ao corte, deixando 2/3 dos atuais partidos sem acesso ao financiamento público. Do ponto de vista da representatividade entre os partidos médios, o impacto seria muito menor, a despeito de os três maiores partidos (PT, PMDB e PSDB) terem ainda mais deputados que hoje.
Para burlar o fim das coligações, os parlamentares esperam poder aprovar as chamadas Federações de partidos, o que na prática significa que partidos menores poderão se unir a outros maiores, com afinidade ideológica, e coexistirem de maneira independente, recebendo verba pública, mesmo que individualmente não consigam atingir os tais votos necessários para sobreviver à cláusula de barreira.
 Felippe HermesFelippe Hermes
Spotniks

Estes são os políticos que mandavam nestas cinco empresas que serão privatizadas

Que 2017 não tem sido um ano fácil para a economia brasileira não chega a ser uma novidade. No que depender da eterna crise política que atravessa o governo, entretanto, há um grupo que não terá do que se queixar: aqueles que entram no funcionalismo público pela porta de trás, através do famoso QI, ou Quem Indica. Mantido o ritmo crescente de Maio e Junho, meses em que as denúncias contra o presidente se aceleraram, o país deve voltar nos próximos dias ao recorde de 100 mil cargos de confiança.
Graças aos chamados DAS – Direção e Assessoramento Superior -, estes cargos tornaram-se uma mania nacional capaz de causar inveja à maioria dos governantes ao redor do mundo. Trata-se de uma possibilidade criada pelo próprio governo para indicar pessoas sem necessidade de concurso público, o que, na prática, permite a políticos de qualquer escalão pagar favores dos mais diversos por meio do uso de dinheiro público.
Apenas no Ministério da Educação, os cargos sem concursos atingem 16,3% do quadro, ou 45 mil pessoas. Trata-se de um número 430% maior que a totalidade de cargos do mesmo tipo no governo americano, ou 90 vezes o total de cargos do mesmo tipo existentes nos governos da Alemanha e da França.
Ao mês, o custo da brincadeira fica na casa dos R$ 3,5 bilhões, apenas no orçamento federal, consumindo quase 20% do total de gastos com servidores ativos. Para o governo, porém, essa conta não é um problema tão urgente de ser resolvido. Tendo iniciado seu governo prometendo cortar pouco mais de 5 mil destes cargos, Michel Temer completou um ano de gestão tendo entregue apenas 613 cortes, número severamente impactado pelos novos cargos criados no período em que a Presidência da República estava sob acusações por parte da Procuradoria Geral da República.
Saindo da administração direta, a coisa se torna um verdadeiro festival de ingerência. Começa pela base: o Ministério da Fazenda sequer sabe quantas estatais há no Brasil.
No balcão de negócios que virou o governo federal, saber demais pode ser um problema, mas o fato é que as oportunidades existem e os chamados feudos (pastas de propriedade de um mesmo partido há anos) continuam quase intocados. Mesmo cargos técnicos derivam de nomeações com viés político.
No momento em que se prepara para levar adiante o plano de privatizar 57 ativos, incluindo estatais como a Lotex, responsável por administrar as loterias da CEF, e a Casa da Moeda, a gráfica que cuida da impressão de papel moeda e passaportes no país, o governo tem uma boa oportunidade de revisitar o loteamento, comum nestas áreas ao longo dos últimos anos.
Se você já está com saudades antes mesmo de o patrimônio público virar privado, estes são os políticos que mandam por lá e com quem você deve se solidarizar:

1. Furnas: Eduardo Cunha e Aécio Neves

Que o PMDB manda e desmanda no Ministério de Minas e Energia é algo que qualquer ser vivo que habite a Esplanada dos Ministérios já está cansado de saber há pelos menos três décadas. Entra governo, sai governo, a pasta continua nas mãos de ministros filiados ou indicados do partido.
Conhecida por sua ligação com Minas Gerais, onde se encontra a maior parte do seu parque gerador (responsável por produzir aproximadamente 10% da energia brasileira), Furnas se tornou uma empresa nacional, sob a bênção de sua controladora, a Eletrobras.
Além de transportar 100% da energia produzida em Itaipu, a Eletrobras Furnas tornou-se sócia no projeto da usina de Santo Antônio, uma das maiores do país, construída no Rio Madeira, em Rondônia.
Graças a este investimento, a delação da Odebrecht permitiu uma descoberta que, apesar de óbvia, não era propriamente pública. Eduardo Cunha mandava e desmandava por lá durante a maior parte dos governos Lula e Dilma, ou mais precisamente até ser preso.
Por intermédio de Cunha, a quem pagou R$ 50 milhões em propinas, a Odebrecht tornou-se responsável por parte das obras da usina, além de entrar como sócia minoritária no projeto.
Outros R$ 50 milhões teriam sido pagos a Aécio Neves, já que a forte ligação com o deputado carioca é apenas parte do centro de controle da estatal. A chamada bancada do pão de queijo, os 53 deputados de Minas que hoje pressionam por recursos federais para salvar a combalida CEMIG e ameaçam não levar adiante o ajuste fiscal, tem grande presença por lá.
Como narrou o ex-senador Delcídio do Amaral também em sua delação, a indicação de cargos em Furnas era a mais pluripartidária possível. Segundo Delcídio, em 2005, petistas (como José Dirceu) e tucanos (em especial Aécio Neves) teriam procurado o ex-presidente Lula para garantir que Dimas Toledo continuasse à frente da empresa, no que Lula concluiu após tantos pedidos: “Pelo jeito, ele [Dimas] está roubando muito!”
Segundo o Procurador Geral da República, os esquemas de Aécio e Cunha na estatal eram independentes, mostrando que, quando o assunto é roubar dinheiro público, sempre tem espaço pra todo mundo.
Como era de se esperar, aliás, o senador mineiro e a bancada de deputados de seu estado estão se articulando para conseguir recursos do BNDES para salvar a CEMIG, e agora impedir a inclusão de Furnas no programa de desestatização.
Resta saber se Michel Temer terá pulso para manter a decisão.

2. A Casa da Moeda do PTB

Foi o PTB quem indicou!
É o que disse o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega ao ser questionado sobre as irregularidades envolvendo a gráfica estatal.
Segundo Mantega, os esquemas ocorridos até então eram de responsabilidade exclusiva de Jovair Arantes, líder do PTB, responsável por indicar o então presidente da Casa da Moeda Luiz Felipe Denucci. Ele próprio, o ministro responsável pela estatal, jamais ouvira falar no tal indicado. Ainda assim, nada que fosse que impedisse colocá-lo à frente de uma estatal que fatura R$ 2,2 bilhões ao ano.
Denucci alega ter sofrido perseguição do próprio partido que o indicou. Pelo motivo oficial de sua exoneração, o então presidente teria recebido propina de fornecedores da estatal por meio de contas no exterior. Segundo a Polícia Federal, responsável pela operação Vícios, que descobriu o caso, teriam sido movimentados entre R$ 70 e R$ 100 milhões em propinas.
Empresa gráfica responsável pela emissão de passaportes e produção do papel moeda brasileiro, a Casa da Moeda é uma estatal bem menos antiga do que o nome sugere. Até 1960, a exemplo de mais de 150 países no mundo, o Brasil terceirizava sua produção de papel moeda (assim como a Argentina hoje produz seu dinheiro aqui), por um motivo simples: custos menores.
Maior empresa do mundo no setor, a empresa privada De La Rue fatura R$ 2 bilhões prestando o serviço para boa parte destes países, além do próprio Reino Unido, onde está sediada.
O caso recente da Dinamarca, que decidiu produzir seu dinheiro na Finlândia, é um dos exemplos de como este tipo de operação atenta muito menos à soberania do que se quer fazer crer. Em novembro de 2016, o Banco Central dinamarquês decidiu que manter uma fábrica própria com utilização por apenas três meses do ano era ineficiente e que comprar seu papel moeda do vizinho nórdico por metade do preço faria mais sentido.
Há menos de dois anos, o Brasil já se aventurou a fazer o mesmo. Para suprir a demanda de notas de R$ 2, o país importou 100 milhões de cédulas da Suécia, por um custo 10% menor do que o cobrado pela estatal brasileira. Abra sua carteira e procure uma nota de R$ 2, se encontrar por lá uma menção à Crane AB, a empresa responsável, verá que a chance de seu dinheiro não ter sido feito por aqui é bem alta, já que existem menos de 1 bilhão de cédulas de R$ 2 em circulação no país hoje.

3. Eduardo Cunha, o rei das loterias da Caixa

Coube ao então influente deputado do chamado Baixo Clero da câmara indicar avice-presidência do segundo maior banco público do país em total de ativos. Assim como Joesley Batista, que já chegou a indicar algumas vice-presidências, Eduardo Cunha também possuía tal prerrogativa, mas de maneira mais ampla. Além da vice-presidência geral do banco, Cunha indicou também o responsável pelas loterias Caixa.
Dona de um faturamento de R$ 12,2 bilhões em 2016, as loterias da Caixa são um imenso penduricalho. Suas verbas têm as mais variadas destinações, como o FIES ou projetos na área de esportes e cultura, além do Fundo Penitenciário Nacional. Aproximadamente 48% do total arrecadado hoje é destinado a estas finalidades, enquanto o que sobra é dividido entre os apostadores e a própria Caixa.
Na prática, os repasses do banco com as loterias são maiores que o lucro do banco em si. Em 2016, a Caixa Econômica Federal registrou lucro de R$ 4,2 bilhões, isto após incorporar lucro às loterias e os R$ 4,4 bilhões a que tem direito como gestor do FGTS (cerca de 1% do fundo vira taxa de administração para o banco).

4. Valdemar da Costa Neto, do mensalão ao comando da Infraestrutura

Parte importante do pacote de privatizações anunciado pelo governo, o conjunto de 14 aeroportos – incluindo Congonhas, o segundo maior do país – é o que resta de mais relevante na carteira da Infraero, estatal responsável por comandar nossas “rodoviárias para aviões”, ou “shoppings com pista de pouso”, como ficaram conhecidos os aeroportos brasileiros após anos de investimentos em infraestrutura comercial em detrimento da expansão dos próprios aeroportos.
Para comandar a estatal, os últimos governos têm dado uma oportunidade especial ao líder do PR, o Partido da República, responsável por indicar o atual e alguns dos últimos presidentes da companhia. Somando o salário da estatal e o cargo no conselho de administração do aeroporto de Viracopos, o atual presidenteda empresa recebe uma remuneração nada modesta de R$ 60 mil mensais.
Em outras ocasiões, a mesma estatal que hoje se vê em situação de falência já foi comandada indiretamente pelo ministro Moreira Franco, aliado de Temer no PMDB, a quem a Odebrecht acusa de ter cobrado R$ 4 milhões em propinas para manter contratos na empresa.
Ainda na mesma linha, o PR leva também a prerrogativa de indicar o presidente da ANTT, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, responsável por fiscalizar as rodovias incluídas no pacote de privatizações.

5. O PMDB do Espírito Santo e a CODESA, estatal de portos do estado

Assim como ocorre em Minas, com a CEMIG e Furnas, os membros da bancada do PMDB do ES também nutrem imenso carinho pela companhia de docas de seu estado natal, responsável pela gestão do porto de Vitória, um dos maiores do país. Cabe a eles, desde que o mundo é mundo, indicar o responsável por gerir a empresa. Tudo pelo bem público, é claro.
A exemplo da CODESA, outros portos também devem ser incluídos no pacote, afetando diretamente companhias que até aqui têm sido verdadeiras mães para inúmeros apadrinhados políticos.
No caso dos portos de Paranaguá, no Paraná, e Belém, no Pará, que devem ter terminais privatizados, a gestão continuará sob responsabilidade das companhias docas dos respectivos estados, também com indicações políticas que cabem ao PMDB local.
Em âmbito federal, a briga continua sendo para saber quem tem o melhor padrinho. Indicado por Dilma em março de 2016, o peemedebista Luiz Otávio Oliveira de Campos, não durou sequer três meses, sendo destituído pelo então presidente Temer para indicação de outro nome do partido.
Na prática, o maquinário de Brasília segue inabalável. O governo distribui cargos para formar a chamada base aliada e com isso assegurar apoio para seus projetos; da parte dos padrinhos políticos, o ritmo segue o mesmo, com cargos sendo distribuídos em troca de apoio nas eleições. Tudo isso em efeito cascata, até chegar ao seu bolso, onde a conta sempre termina.
 Felippe HermesFelippe Hermes
Spotniks

RACIONAMENTO ÁGUA EM 40 CIDADES DA BAHIA


Quarenta cidades da Bahia estão em regime de racionamento de água, por conta da estiagem que atinge algumas regiões do estado. O número é dez vezes maior do que o registrado em fevereiro deste ano, quando apenas quatro cidades estavam com o abastecimento controlado. As informações foram passadas pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), na quinta-feira (21).
De acordo com a Embasa, as cidades com racionamento são: Andorinha, Bonito, Brotas de Macaúbas, Caldeirão Grande, Candeal, Capela do Alto Alegre, Capim Grosso, Conde, Entre Rios, Esplanada, Filadélfia, Gavião, Gentio do Ouro, Ibitiara, Ichu, Itiúba, Jaguarari, Jandaíra, Lajedinho, Mairi, Morro do Chapéu, Mundo Novo, Nova Fátima, Novo Horizonte, Pé de Serra, Pintadas, Ponto Novo, Queimadas, Quixabeira, Riachão do Jacuípe, Santaluz, São Domingos, São José do Jacuípe, Seabra, Senhor do Bonfim, Serrolândia, Valente, Várzea do Poço, Várzea Nova e Wagner, além da localidade de Várzea do Meio (distrito de Várzea da Roça). 
Desta lista de municípios, segundo a Embasa, dois deles, Queimadas e Santaluz, já estavam em racionamento em fevereiro, totalizando mais de sete meses com abastecimento de água controlado. Vitória da Conquista e Belo Campo, que também estavam em racionamento, na época, tiveram o abastecimento normalizado em julho.
Na época, também havia o planejamento de iniciar o racionamento em outras 14 cidades. Destas, nove seguem com fornecimento reduzido. São elas: Senhor do Bonfim, Jaguarari, Caldeirão Grande, Andorinha , Itiúba, Ponto Novo, Filadélfia, Serrolândia e Várzea do Poço. As outras cinco, Jacobina, Campo Formoso, Caém, Saúde e Antônio Gonçalves, tiveram o abastecimento normalizado entre julho e setembro. Da Ascom Embasa.

Fonte: Blog Joílson Costa / ARILDO LEONE

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

EM AÇÃO CONJUNTA, QUADRILHA É FLAGRADA COM CELULARES ROUBADOS, NO MOMENTO EM QUE FABRICAVA BEBIDA FALSIFICADA



Treze pessoas foram conduzidas para a Delegacia de Polícia Civil de Ribeira do Pombal, na manhã de quinta-feira, 21, após serem flagradas fabricando bebida falsificada no interior de um banheiro público, localizado na Praça da Juventude, em Ribeira do Pombal. 

O flagrante só foi possível após Guardas Municipais receberem uma denúncia de que pessoas estranhas estavam sendo vistas pela referida praça, e que os mesmos estavam se abrigando num dos banheiros daquele local. O fato foi informado à Polícia Civil, que se uniu aos Guardas para a averiguação dos fatos. Assim que chegaram ao local, os agentes encontraram um laboratório de fabricação de bebidas à base de álcool, onde a produção e o armazenamento eram feitos clandestinamente. Ao todo foram conduzidas treze pessoas, entre elas: 08 mulheres e 05 homens, sendo dois menores de idade. 

Durante as buscas realizadas no local, foram encontrados aproximadamente 19 aparelhos celulares, sendo estes produtos de furto/ roubo cometidos no último dia 19, durante a comemoração  do aniversário da cidade. Muitos destes aparelhos já foram reconhecidos pelas respectivas vítimas. 

Ainda de acordo com a polícia Civil o número de vítimas desta modalidade de crime, cometido no citado evento, é muito superior ao que foi anunciado por este canal de notícias, alcançando o número de aproximadamente 90 aparelhos furtados/ roubados, numa única noite. 



Ainda de acordo com a polícia Civil o número de vítimas desta modalidade de crime, cometido no citado evento, é muito superior ao que foi anunciado por este canal de notícias, alcançando o número de aproximadamente 90 aparelhos furtados/ roubados, numa única noite.


De acordo com informações, a quadrilha já estava agindo há alguns dias na região. O grupo confirmou ter exercido as mesmas práticas no município de Paulo Afonso-BA, durante a Copa Vela, evento tradicional realizado naquele município. Após cometerem os crimes em Ribeira do Pombal, a quadrilha se preparava para se dirigir para Fátima-BA, onde irá acontecer outra festa tradicional, neste final de semana. 
De acordo com a polícia Civil, a quadrilha pode ter outros integrantes além dos capturados na manhã desta quinta-feira, 21, sendo que o grupo é formado por moradores de Feira de Santana-BA e Salvador-BA. 

Foram conduzidos para a Delegacia de Polícia Civil: Ariel Marcus de Sousa, Elisabete Assis dos Santos, Rosimar Freitas de Oliveira, Robert Silva de Sousa, Stephanie Assis da Cruz, Cleonice Conceição Filha, Milena Santos Conceição, Darlene Franco dos Santos, Sheila Assis Azevedo, Máique Dias Xavier, Géssica Gomes de Jesus, bem como os menores ambos de iniciais J.P de L (irmãos). Além de Formação de Quadrilha, e falsificação, o grupo responderá, por: furto, receptação e corrupção de menores. 

Segundo depoimento de um dos integrantes da quadrilha, a matéria prima utilizada para produzir a bebida, é a mesma utilizada na fabricação de combustíveis automotivos (Etanol). A ingestão dessa substância de maneira descontrolada pode causar sérios danos a saúde do ser humano, podendo comprometer órgãos vitais como: coração, fígado e rins. 

Fonte: Pombal Alerta / ARILDO LEONE

EX-GESTOR DENUNCIADO POR CHEQUE SEM FUNDO


A prefeitura de Rio Real, no agreste do estado, entrou com uma ação judicial contra o ex-prefeito Orlando Brito de Almeida (PSB) pela emissão de um cheque sem fundo. Conforme a Procuradoria do Município, Orlando de Almeida, conhecido como Orlando do Banco, emitiu um cheque de R$ 100 mil, sem “qualquer processo licitatório e sem processo de empenho ou liquidação por parte do setor contábil”. 
O fato ocorreu logo após as eleições 2016, em que o ex-prefeito não se reelegeu. Segundo a atual gestão, a emissão do cheque foi conhecida após a prefeitura ser citada, na semana passada, em uma ação de cobrança de débito ao Executivo Municipal.
Ainda segundo a atual gestão de Antonio Alves dos Santos (PP), o “Carroça”, o ex-prefeito ainda foi denunciado por improbidade administrativa, como desvio de verbas do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação] e não prestação de contas ao Conder [Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia], entre outros casos. Do Bahia Notícia

Fonte: Blog Joílson Costa / ARILDO LEONE

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Forlán defende Cavani e critica Neymar: “não faria isso com Messi”

Reprodução/FacebookDiego Forlan atuava com Cavani na seleção uruguaia
O atacante Diego Forlán saiu em defesa do compatriota e ex-companheiro de seleção uruguaia Edinson Cavani na polêmica com Neymar envolvendo as cobranças de faltas e pênaltis no Paris Saint-Germain e não poupou críticas ao brasileiro em entrevista à emissora de rádio Sport, de Montevidéu.
“Neymar não teria feito isso com Messi, e é o que dá raiva”, afirmou o melhor jogador da Copa do Mundo de 2010.
Além disso, Forlán reprovou a atitude de Daniel Alves de se negar a dar a bola para Cavani cobrar uma falta e entregá-la para Neymar, dizendo que “não foi certa”.
“Tomara que Edi (Cavani) tenha apoio em alguns companheiros, embora haja muitos brasileiros e, neste caso, vão apoiar Neymar, e não ele. Sinceramente, me parece uma injustiça total. Neymar é Neymar, mas Cavani é Cavani”, declarou.
Para o ex-jogador de Independiente, Villarreal, Atlético de Madrid e Internacional, entre outras equipes, a situação envolve dois “pesos pesados” do futebol mundial, e por isso o técnico do PSG, Unai Emery deve intervir para “acalmar os ânimos”.
“O treinador deve ter uma voz de peso, para isso também está lá. Estamos falando de dois pesos pesados do futebol mundial, e neste caso depende do técnico decidir quem vai bater os pênaltis”, ressaltou.
Forlán destacou que “egos estão em todas as equipes” e que os jogadores não podem “ficar brigando a cada cobrança”.
“Deve haver um respeito a Cavani, que é o artilheiro do PSG “, concluiu.

JOVEM PAN

NA ESTRADA DA VIDA

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...

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