Um ônibus com 51 passageiros que saiu às 22h deste sábado (25) de Floresta Azul (BA) caiu às 6h deste domingo (26) de uma ponte dentro de um rio no km 685 da BR-116, no município de Muriaé (MG) –a 340 km de Belo Horizonte.
De acordo com informações da PRF (Polícia Rodoviária Federal), um bebê de três meses morreu no acidente, ele foi levado pela correnteza e o corpo foi resgatado por soldados do Corpo de Bombeiros. Cerca de 30 pessoas ficaram feridas, nenhuma em estado grave.
O veículo da empresa Novo Horizonte, ainda de acordo com a PRF, teria atravessado a pista, batido na mureta de proteção da ponte sobre o rio Glória, e caído. O destino do ônibus era São Paulo.
Em entrevista à Rádio Muriaé, o motorista do ônibus, cujo nome não foi divulgado, e que teve somente alguns cortes e escoriações nos braços, disse que a direção do veículo travou e ele perdeu o controle. O condutor ainda explicou que freou, tentando evitar o acidente. De acordo com ele, o ônibus cruzou a pista contrária e caiu no rio Glória, após se chocar contra a mureta de proteção da ponte.
Bombeiros e ambulâncias de municípios da região e voluntários ajudaram no resgate dos passageiros, que foram levados para o Hospital São Paulo, na cidade mineira.
Os bombeiros tiveram de mergulhar no rio para resgatar passageiros. A maioria deles, porém, conseguiu escapar pelas janelas do veículo. Algumas pessoas que passaram mal foram socorridas no próprio local. A perícia técnica da PRF iniciou os primeiros procedimentos para detectar as causas do acidente.
A direção da viação Novo Horizonte informou que está dando toda a assistência às vítimas. Dois funcionários (prepostos) da companhia já estão em Muriaé para atender e dar assistência aos passageiros. Dois ônibus da companhia deixaram a sede da empresa em Vitória da Conquista (BA) para transporte dessas pessoas, tão logo elas sejam liberadas do hospital.
A banda Forró dos Plays anunciou na tarde desta quinta-feira (21) a contratação de Michele Menezes, ex-Calcinha Preta e Mulheres Perdidas. Ela vai dividir o palco com Jobson Mascarenhas, que também já passou pela Calcinha Preta.
Nas redes sociais, Michele disse: “É oficial. Vamos apertar o Play”.
Jobson também comentou a contratação nas redes sociais. “É com imenso prazer que anunciamos a nova cantora da banda Forró dos Plays, Michele Menezes, Ex-cantora da Banda Calcinha Preta, Mulheres Perdidas, Caviar com Rapadura, para junto com Jobson Mascarenhas somar nesse novo Projeto”, afirmou.
A cantora Sarah Reis também se manifestou nas redes sociais, mas para anunciar o seu desligamento da banda. Ela ingressou no grupo logo após a saída de Ohara Ravick, que assumiu os vocais da Banda Magníficos.
Na madrugada do último sábado, 23, policiais militares da CIPE Nordeste que realizavam rondas pelo município de Nova Soure-BA, receberam uma denúncia anônima, afirmando que no povoado Cabeleiro, criminosos estariam portando armas de fogo, ao mesmo tempo em que realizavam assaltos.
Os militares seguiram para o local indicado, onde flagraram os suspeitos, que foram identificados como Uidinei Ferreira dos Santos, e o menor de iniciais V.S.N, 16 anos. Com a dupla os militares encontraram duas espingardas de calibres não informados, bem como uma porção de maconha.
Uidinei (esquerda), tinha um mandado de prisão em aberto, em seu desfavor
A dupla foi conduzida para a Delegacia de Polícia Civil onde foi apresentada para a adoção das medidas cabíveis. Ainda segundo informações, havia um Mandado de Prisão em aberto, em desfavor de Uidinei, pela prática de roubo.
Na última sessão da Câmara de Cipó, o vereador Felipe Brito solicitou, através de requerimento, que o atual Prefeito, Abel Araujo, dê explicações sobre a paralisação das obras do Parque das Águas e sobre a recolocação do toboágua que foi licitado em 2017 e até a presente data as obras não foram concluídas, veja as fotos .
"É absurdo e vergonhoso o que acontece atualmente em Cipó. A realidade do turismo em nossa cidade é triste e mostra o total despreparo dessa gestão desastrosa. Com o fechamento do Parque das Águas não é só os visitantes que ficam sem opção de lazer.
Os cipoenses são os principais frequentadores e inclusive usam as piscinas para fazer hidroginástica e melhorar a saúde. Além disso, com o parque termal fechado e sem o toboágua, a Prefeitura deixa de arrecadar recursos que serviriam para ajudar a resolver os problemas da nossa cidade. Prefeito, os cipoenses aguardam suas explicações. Mais que isso, esperam que essa situação seja resolvida imediatamente", concluiu Felipe Brito.
A criação da comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar atos da cúpula do Judiciário, conhecida como Lava Toga, depende de um parecer da Consultoria Legislativa do Senado para ir adiante. Parte dos 13 fatos motivadores apresentados no requerimento da CPI foram considerados inadequados tanto pela área técnica da Casa quanto pela Mesa.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, declarou que a situação da CPI dos Tribunais Superiores encontra-se sob impasse. Apesar de contar com o número necessário de assinaturas, o requerimento não pode ser oficializado, segundo ele, porque haveria o risco de questionamento judicial sobre a comissão.
Alessandro enfrenta impasse para fazer tramitar a CPI (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)
— Estamos vivendo um momento delicado da história nacional. As instituições precisam estar fortalecidas, e a independência e harmonia têm que prevalecer —alertou.
A CPI pretende investigar irregularidades no trabalho de ministros dos tribunais superiores. Entre os fatos destacados pelo requerimento, estão casos de juízes atuando em processos para os quais deveriam se declarar suspeitos ou impedidos; exercendo atividade comercial simultânea à atuação na magistratura; recebendo dinheiro por palestras para escritórios de advocacia; revertendo liminares em “tempo recorde”; incorrendo em “uso abusivo” de pedidos de vista; e até recebendo propina, entre outras atividades consideradas contestáveis.
O requerimento foi apresentado nesta terça-feira (19) pelo senador Alessandro Vieira (PPS-SE), acompanhado por outros parlamentares signatários. Alessandro reuniu 29 assinaturas favoráveis à criação da CPI, duas a mais do que o número mínimo exigido pelo Regimento Interno do Senado.
Solução
Davi explicou que uma análise prévia feita pela Consultoria Legislativa, pela Advocacia do Senado e pela Mesa entendeu que “pelo menos metade” dos fatos elencados diz respeito a questões internas do Judiciário. Assim, eles estariam fora do alcance da fiscalização do Congresso Nacional.
O presidente aguarda um parecer da Consultoria Legislativa para saber se é possível remover os fatos considerados fora de ordem e dar andamento ao requerimento com as assinaturas já coletadas. Caso contrário, será preciso elaborar um novo requerimento, apenas com os fatos relevantes, e colher uma nova lista de assinaturas do zero.
Ele destacou que não há prazo para essa decisão, e que os senadores serão comunicados assim que ela sair.
“Direito de apurar”
O senador Alessandro Vieira afirmou não ver motivos para que a CPI não tenha sequência automática e imediata. Ele interpretou que a manifestação de Davi Alcolumbre significa um reconhecimento de que o seu requerimento contém fatos determinantes. A interrupção do andamento do requerimento, portanto, seria política, e não técnica.
— A instalação [da CPI] se impõe. Se você tem o número [de assinaturas] e o fato, ela não depende do juízo de valor do presidente. Basta que se configurem os requisitos. Nós temos certeza que fizemos isso — afirmou.
Alessandro também negou que a intenção de criar a CPI seja um pré-julgamento ou uma acusação de crime sobre qualquer ministro. Ele e os demais senadores reivindicam apenas “o direito de apurar fatos”, no contexto da relação de freios e contrapesos que existe no sistema republicano.
— Ninguém está buscando guerra entre os poderes, mas existem poderosos que estão se escondendo nas suas respectivas instituições e tentando criar esse tumulto. Isso não vai prosperar. Existem fato sérios, alarmantes, que envolvem pessoas que ocupam cargos relevantes na nossa Suprema Corte e em outros tribunais superiores. Existem problemas notórios estruturais no Judiciário brasileiro. É preciso trazer esse debate para o Senado Federal, que é a Casa preparada pela Constituição para isso — afirmou.
Pacto
A situação da CPI dos Tribunais Superiores foi inserida pelos senadores no debate mais amplo sobre o equilíbrio institucional do país. Essa questão foi assunto de uma reunião no final de semana entre Davi Alcolumbre e os demais chefes de poderes. Os participantes do encontro falaram em estabelecer um “pacto” por uma relação pacífica e respeitosa.
Alessandro Vieira se mostrou cético em relação a esse acordo. Para ele, a CPI não cria conflitos, mas reforça o sistema democrático.
— Tem que saber quem vai pagar esse pacto. É importante a gente entender que o único pacto verdadeiro daqueles que foram eleitos apostando na renovação é com a sociedade. Esse é o único limite que nós temos. Ninguém quer substituir ou atacar o Judiciário. Um Judiciário limpo e transparente é essencial para democracia — explicou.
Já Davi Alcolumbre frisou que o seu encaminhamento sobre a CPI se baseia unicamente no que é exigido da sua posição.
— Meu posicionamento é a favor do Brasil. Eu me comprometi, como presidente do Senado, a seguir as regras estabelecidas. Não é questão de temer ou não a relação política. Como presidente, eu tenho que tomar a decisão que seja mais acertada para o conjunto do Senado — justificou.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) apoiou a postura do presidente do Senado. Ele classificou a pressão pela CPI como uma pressão indevida sobre o Supremo Tribunal Federal, e até mesmo como uma “chantagem”.
— Não concordo com esse processo. Não entendo que esse seja o papel do Senado. Fiquei satisfeito com as declarações de Vossa Excelência, que recolocam esse assunto no patamar da estabilidade — disse.
Diversidade
A lista de apoiadores da criação CPI compõe um quadro plural. Entre eles, 11 partidos diferentes estão representados. As legendas vão daquelas que apoiam o atual governo às que fazem oposição a ele. Há também um senador sem filiação partidária.
Para Randolfe Rodrigues (Rede-AP), um dos signatários, essa união entre senadores de origens divergentes dá mais força ao pleito e coloca-o em alinhamento com os primeiros movimentos do Senado em 2019.
— Foi essa diversidade que conduziu à eleição de Davi [Alcolumbre] à presidência da Casa, na expectativa da renovação. Esta diversidade também manifesta a vontade da Casa de instaurar esta investigação. A disposição desta Casa é não se curvar — ressaltou.
Dos 29 senadores signatários, 12 ocupam alguma posição de liderança nas suas bancadas. Dois deles são vice-líderes do governo: Elmano Férrer (Pode-PI) e Izalci Lucas (PSDB-DF). Também empresta seu apoio à iniciativa o senador Major Olímpio (PSL-SP), líder do partido do presidente da República, Jair Bolsonaro —dos quatro senadores do PSL, três são a favor da CPI.
Os dois maiores blocos parlamentares do Senado têm seus líderes entre os apoiadores da CPI: Eduardo Girão (Pode-CE), do bloco PSDB/Pode/PSL; e Esperidião Amin (PP-SC), do Bloco Unidos Pelo Brasil (MDB/PP/PRB). Cada grupo reúne 20 senadores. Randolfe Rodrigues, que é líder do bloco da Minoria, também se soma.
Outros apoiadores da CPI que são líderes partidários, são Alvaro Dias (Pode-PR), Roberto Rocha (PSDB-MA), Eliziane Gama (PPS-ES), Jorge Kajuru (PSB-GO), Jorginho Mello (PR-SC) e Telmário Mota (Pros-AP).
O líder do PSD, Otto Alencar (BA), disse que a sua bancada de nove membros se reunirá na quarta-feira (19) para decidir uma posição conjunta. Ele disse ser pessoalmente simpático ao pedido, mas não assinou o requerimento. O partido tem apenas um signatário até agora: Carlos Viana (MG).
Desde que decidiu empreender no ramo de refrigerantes, ainda aos 26 anos, quando idealizou o pioneiro Diet Dolly, o paulistano Laerte Codonho, 57, conheceu tanto o sabor do sucesso quanto o gosto amargo das disputas na Justiça.
Laerte Codonho, criador dos refrigerantes Dolly, entra com uma ação indenizatória contra os procuradores federais e estaduais que o levaram à prisão e bloquearam seus bens. Ele se diz vítima de má-fé, abuso de direito e perseguição da Coca-Cola. O empresário também contesta a dívida bilionária atribuída a suas empresas e afirma que seu propósito é estabelecer a verdade
Laerte Codonho: “Deram uma porrada para me derrubar, mas não me quebraram. Ninguém enfrenta a Justiça se tiver telhado de vidro. Eu tenho uma laje de concreto”
Celso Masson
Desde que decidiu empreender no ramo de refrigerantes, ainda aos 26 anos, quando idealizou o pioneiro Diet Dolly, o paulistano Laerte Codonho, 57, conheceu tanto o sabor do sucesso quanto o gosto amargo das disputas na Justiça. A primeira delas se deu assim que o primeiro refrigerante dietético do País chegou ao mercado, em 1987. Embora o direito de produção da bebida estivesse garantido por Codonho via sentença judicial, o Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo determinou que os estoques já comercializados fossem apreendidos. Começava ali uma história de embates jurídicos. Se, por um lado, eles jamais impediram o espetacular crescimento da marca Dolly, por outro, mesmo após três décadas, parecem estar cada vez mais longe de um final feliz.
No dia 21 de dezembro, Codonho e seus advogados protocolaram duas ações de indenização contra quatro procuradores federais e oito do Estado de São Paulo. Os réus nessas ações foram os responsáveis por decretar a prisão e o sequestro de bens do empresário, em um processo que se baseou em um erro já reconhecido pela Justiça. Foram oito dias de cárcere, sob acusação de fraude fiscal e lavagem de dinheiro. Passados oito meses, porém, não foi oferecida denúncia contra Codonho (o prazo legal é de 60 dias). O criador da Dolly diz que seu intuito ao processar os procuradores é estabelecer a verdade. “Eu sei que vou ganhar. Estou com a razão. Eles me prenderam e me afastaram das empresas por nada”, afirma. Ele também garante que as dívidas atribuídas a suas empresas com a União, estimadas em cerca de R$ 1,5 bilhão, não têm fundamento legal. “Nós não devemos nada. Ao contrário. Temos crédito a receber.”
Para entender o que está por trás dessa intrincada trama — e a inesperada reviravolta protagonizada por Codonho — é preciso mergulhar nos bastidores do bilionário mercado brasileiro de refrigerantes, um setor dominado por empresas agressivas como Coca-Cola e Ambev, distribuidora da marca Pepsi no Brasil. As disputas de Laerte Codonho com a Coca-Cola nunca foram pacíficas. Desde 2003, o empresário acusa a rival de práticas desleais. Ele, que além de ter criado sua própria fórmula de refrigerante, também desenhou o mascote Dollynho e mantém total controle sobre a estratégia de comunicação da empresa, chegou a confeccionar outdoors em que questionava se a Coca-Cola estaria acima da lei, fosse por incluir em sua fórmula um derivado de folha de coca proibido pela legislação brasileira, ou por ter usado empresas de fachada a fim de sonegar impostos.
Em um dos quatro celulares que Codonho usa simultaneamente estão o que ele considera provas da perseguição movida pela Coca-Cola contra seus interesses. Há transcrições de entrevistas com um ex-executivo da multinacional afirmando que a Dolly deve ser eliminada do mercado (leia trechos em destaque abaixo), vídeos e outros documentos que compõem um dossiê completo de como a simples existência de um fabricante nacional afeta os resultados da líder global. Para Codonho, não há dúvida de que o inferno que ele tem vivido nos últimos anos foi criado pela concorrência. Em sua visão, até mesmo o contador Rogério Racucci, com o qual está em litígio sob a acusação de ter-lhe roubado e prejudicado suas empresas ao não pagar os impostos devidos, teria sido plantado pela Coca-Cola.
As fraudes de Raucci foram descobertas em junho de 2016. Um mês depois, Esaú Vespúcio Domingues, sócio minoritário da RD Assessoria Contábil, de Raucci, confessou os crimes em depoimentos à Polícia Federal e ao Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco). “Ele não apenas admitiu o roubo como devolveu bens adquiridos com esses recursos”, diz Codonho. Uma perícia constatou que a consultoria contratada em 2002 para cuidar de toda a contabilidade das empresas ligadas à marca Dolly cometeu uma série de delitos: falsificou chancelas de autenticação bancária em guias de recolhimento de tributos, se apropriou de cheques que deveriam ter quitado débitos fiscais e acordos trabalhistas, além de ter desviado “vultosas somas em dinheiro”.
Codonho calcula que os desvios praticados por Raucci somam R$ 100 milhões, incluindo impostos que a Dolly deixou de recolher. A indadimplênca foi tema de reuniões com a Procuradoria Geral do Estado de São Paulo (PGE/SP), em que se buscava um acordo relativo aos débitos. Antes que as negociações fossem concluídas, a Dolly foi alvo da operação Clone, deflagrada em maio de 2017 pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. Além das acusações de embaraço de fiscalização e organização de fraude fiscal estruturada, foram apontados “créditos de impostos relativos a supostas entradas de insumo nunca comprovadas, emitidas por empresas situadas em outras unidades da federação”. Mas o pior ainda estava por vir — e pegaria Laerte Codonho de pijama, às 6 horas da manhã de 10 de maio de 2018, em sua residência de luxo em um condomínio na Grande São Paulo.
FUNDO FALSO Acompanhados por um helicóptero da TV Globo, agentes federais e estaduais cumpriram medidas cautelares penais contra o empresário: sequestro de bens, quebra de sigilo bancário e fiscal, busca e apreensão e prisão temporária. Cerca de R$ 170 mil em espécie foram localizados atrás de uma parede com fundo falso, que quase foi demolida porque Codonho alegou não se lembrar da senha de abertura. As medidas contra o empresário se basearam em uma investigação conjunta do Grupo Especial de Repressão aos Delitos Econômicos do Ministério Público (Gedec) e do Grupo de Autuação para Recuperação Fiscal da Procuradoria-Geral do Estado (Gaerfis). Os investigadores contaram com dados de um relatório elaborado pela empresa Neoway Tecnologia Integrada. Como diz Codonho, “é aí que a coisa fica mais interessante”.
A Neoway foi contratada pela PGE/SP em uma licitação para fornecimento de um software de big data (análise de dados). Mas a logomarca da empresa aparece na capa do Procedimento de Investigação Criminal (PIC) 28/17 que culminou nas medidas cautelares contra a Dolly e seu controlador. Segundo Codonho, a empresa é ligada à Coca-Cola e à Ambev por meio de investidores e parcerias. Para ele, há conflito de interesses na contratação da Neoway. Ainda assim, não foi ela que cometeu o erro mais grave por trás da prisão de Codonho. Para embasar a detenção e o sequestro de bens do empresário, os procuradores se basearam em um indício frágil: a compra de imóveis no Brasil por meio de uma offshore sediada no Estado americano de Nevada, a Lumia Capital Industries LLC.
Codonho não nega ter aberto empresas no exterior, mas a Lumia Capital Industries tem outro dono. Entre as empresas que ele abriu fora do País, uma atende pelo nome Lumia Industries, mas não é a que os procuradores afirmam ser de sua propriedade. “No relatório da Neoway aparece a empresa certa. Mas a ação que pede o bloqueio de bens cita a outra”, diz o advogado Guilherme Tilkian, um dos autores da ação de indenização movida por Codonho contra os procuradores que o prenderam. “A contratação da Neoway, nesse caso, é imoral, ainda que ela não tenha errado”, afirma. Para Codonho, o objetivo dos procuradores era quebrar sua empresa, mesmo que não encontrassem nada contra ele. Ao ser detido, o empresário apareceu diante das câmeras com um cartaz no qual se lia, em letras escritas com batom: “Preso pela Coca-Cola”.
Depois da prisão e do sequestro dos bens (incluindo uma Ferrari e três helicópteros), o dono da Dolly foi impedido de entrar nas próprias empresas. “Fiquei quatro meses sem conta-corrente”, afirma. A falta de recursos para gerir o negócio levou ao fechamento de uma fábrica em Tatuí e à demissão de 850 funcionários, um terço da força de trabalho que empregava. A saída foi pedir a Recuperação Judicial, decretada em junho pelo Superior Tribunal de Justiça. Em agosto, as contas das empresas ligadas à Dolly foram liberadas. O que foi recebido nesse ínterim caiu em um limbo — e Codonho tenta agora reaver os valores, ao mesmo tempo em que pretende demonstrar não dever nada à União. No entender do juiz que assimou a recuperação, o dono da Dolly está liberado para gerir seus negócios. “Não existe ação penal contra ele”, diz o advogado Tilkian.
SEGREDO DE JUSTIÇA Em nota enviada por sua assessoria de comunicação, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional afirma que, no caso da prisão e bloqueio de bens, “os Procuradores atuaram de forma exclusivamente técnica e no estrito cumprimento do dever funcional, seguindo as orientações institucionais do órgão, notadamente aquelas aplicáveis aos devedores contumazes”. Ainda segundo a nota, “a atuação da PGFN no caso foi fundamentada em robustos elementos probatórios e caberá ao Poder Judiciário avaliar e proferir a decisão sobre o processo”.
A ação protocolada na 1ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal, em 21 de dezembro, prevê indenização de R$ 1.050.000,00 a Laerte Codonho por dano moral e tem como réus quatro procuradores. O mesmo valor foi estipulado na ação contra os oito procuradores da PGE/SP, protocolada no Tribunal de Justiça do Estado. Procurada pela reportagem da DINHEIRO, a PGE informou: “A prisão de Laerte Codonho ocorreu em processo criminal que corre em segredo de justiça, a pedido do Ministério Público do Estado de São Paulo”. Para a entidade, a atuação dos procuradores “ocorreu nos termos da lei, em virtude de fraudes fiscais estruturadas, origem de vultosa dívida tributária, conforme constam dos processos judiciais, não havendo novos esclarecimentos.”
OFFSHORE O que se discute na esfera federal em relação ao grupo de empresas ligadas à Dolly é que elas seriam devedoras de quase R$ 1,5 bilhão em impostos, multas e juros, O que foi alegado na medida cautelar que determinou sua prisão é que haveria o risco de o Estado não receber esse valor. Para os investigadores, o empresário estaria blindando seu patrimônio ao usar uma offshore para a compra de imóveis — caso de uma residência de luxo no condomínio residencial Fazenda da Grama, em Itupeva, interior paulista, e de escritórios comerciais na capital. Uma vez provado que a tal offshore não era de Codonho, resta comprovar que ele não deve o que dizem. “Na nossa visão, as cobranças são indevidas”, diz Paulo Antonio Ramirez Assad, um dos advogados que cuidam das questões tributárias de Codonho.
Assad divide os débitos federais atribuídos a Codonho em quatro blocos (confira os valores na tabela acima). Cerca de R$ 330 milhões foram cobrados pelo Sicobe (Sistema de Controle de Produção de Bebidas), instrumento criado pela Casa da Moeda para evitar sonegação das engarrafadoras de bebidas. Outros R$ 310 milhões são relativos à glosa de créditos de IPI de compras da Zona Franca de Manaus. Mais R$ 157 milhões entram na conta da fraude fiscal praticada contra a Dolly pela RD Assessoria. A defesa de Codonho questiona todos esses débitos, afirmando haver fundamentos jurídicos para o não pagamento de cada um deles. Os R$ 30 milhões restantes, inclusive, já foram reconhecidos como indevidos e extintos. No que diz respeito ao Fisco estadual, o empresário também questiona a dívida estimada em R$ 79 milhões pela PGE. Segundo ele, apenas 24% desse valor se refere ao “imposto supostamente inadimplido”. O restante se divide em multa (13%), honorários advocatícios (17%) e juros (46%).
Para lidar com tantos imbróglios jurídicos, Codonho conta com o auxílio de diversos escritórios de advocacia, mas é ele quem coordena a própria defesa — e também os ataques. “Virei um rábula”, diz, referindo-se à expressão usada para descrever um advogado prático, sem diploma. Nas ações movidas contra os procuradores que o prenderam há oito meses, o empresário pede uma indenização individual de R$ 150 mil, valor que ele considera compatível com os rendimentos de cada um. Para a Fazenda Nacional, o “pleito é manifestamente improcedente”. Codonho tem outra visão. “Meu esforço é trazer a verdade à tona.
Não tenho nenhum problema para resgatar a minha imagem. E a empresa é tão viável que está em pé”. Perguntado sobre o motivo de não ter vendido sua empresa quando recebeu uma proposta da Coca-Cola, Codonho diz não ter arrependimentos. Vale a pena manter-se em guerra com a concorrência e os procuradores? “Pergunte-me daqui a dois anos”. Até lá, seu destino é incerto. “Não sei como será minha vida a partir de 31 de janeiro”, afirma, referindo-se ao prazo estipulado para o término da Recuperação Judicial. Não há dúvida de que sua vida renderia uma minissérie de TV. Ele diz que quatro produtoras já o procuraram. As propostas serão avaliadas enquanto o pai do Dollynho vai à guerra contra os procuradores.
Atacante poderia voltar ao futebol espanhol. Foto: Xinhua/Nikku/Via UOL
Neymar está disposto a deixar Paris Saint-Germain e retornar à Espanha. Pelo menos é o que garante o jornal "Marca" em publicação na manhã de hoje (16). Segundo o diário espanhol, o pai do atacante brasileiro avisou Real Madrid e Barcelona que o filho planeja sair do time francês na próxima temporada.
Apesar disso, a publicação cita precaução dos espanhóis em relação a Neymar. O Real, clube no qual o atacante tem sido constantemente especulado nos últimos meses, mantém postura cautelosa e espera que parta do brasileiro um esforço para deixar o PSG e ir para o Santiago Bernabéu.
Já o Barcelona procura se manter ainda mais à margem do assunto. O clube catalão não teria a intenção de contar novamente com o atacante, que deixou o clube em 2017 rumo ao futebol francês.
Do outro lado, o PSG teria conhecimento da situação e não estaria disposto a abrir mão do craque facilmente.
Atualmente, Neymar se recupera de lesão no quinto metatarso e está longe dos gramados desde janeiro. O atacante tem retorno previsto para abril. O técnico do Paris Saint-Germain, Thomas Tuchel, adotou cautela ao comentar a recuperação do atacante. Edu Gaspar, coordenador técnico da seleção brasileiro, porém, mostrou otimismo em contar com o jogador na disputa da Copa América, em junho.
A Prefeitura de Nova Soure, junto a Secretaria de Saúde, vem através desta nota, repudiar a atuação de falso médico, que vinha atendendo os munícipes de nossa cidade em plantões esporádicos. Deixamos claro, que este cidadão substituiu alguns médicos em plantões anteriores, sendo chamado pela confiança que os profissionais contratados tinham neste falso colega.
Meses atrás, levantamos a documentação de todos os profissionais que atuam na área de saúde em Nova Soure, e como ele não é contratado, não tínhamos como descobrir. Afirmamos que os nossos médicos cooperados que solicitaram ao tal “Dr. Aislan” suporte nos plantões, também foram enganados através de documentos falsos apresentado pelo mesmo.
Iremos estar mais atentos a situação desta natureza e fiscalizaremos de forma mais incisiva para que fatos como este não voltem acontecer em nossa cidade. O cidadão acima citado, Aislan, é formado no exterior e não tinha autorização para atuar no Brasil, iria fazer o revalida assim que fosse publicado o edital. Em tempo, informamos que nunca houve questionamento pela equipe médica nos plantões que atuou acerca de questões médicas, muito pelo contrario, era bem referendado. Informamos que estamos ajudando as autoridades policiais para que este cidadão seja punido pela lei.
Por volta das 18h20, de sexta-feira, 15 de março 2019, uma guarnição CIPE NORDESTE, ao realizar rondas na cidade de Nova Soure, com vista a prevenção de homicídio e repressão ao tráfico de drogas na região, em apoio a 21a CIPM/Cipó, recebeu denúncia anônima de que um indivíduo estava praticando medicina ilegalmente, no hospital municipal daquela cidade. De imediato, os policiais se deslocaram até o local, onde solicitou ao médico denunciado que se encontrava de plantão, conhecido como Dr. Aislan, a identificação e registro do CRM (Conselho Regional de Medicina).
De posse dos documentos apresentados, foi feita uma averiguação preliminar e, para surpresa dos policiais militares, constataram que os documentos pertenciam a um médico, com o mesmo prenome Aislan Pires Fernandes, e que o nome verdadeiro do denunciado era AISLAN DEIVID PIMENTEL FRANÇA DE SOUZA. Questionado sobre a falsidade ideológica e prática ilegal de medicina, AISLAN informou que estava atendendo pacientes naquela unidade de saúde, em um plantão de 24 horas, confirmado pelo livro de registro de funcionários, onde foi observado, também, pelos policiais militares, que vários registros de plantões dado por Aislan, em dias alternados e anos diferentes. Foi dada voz de prisão, e condução do infrator, juntamente com os medicamentos e receituários que utilizava em seu exercício ilegal, tendo sido apresentado na delegacia de Ribeira do Pombal, onde a autoridade de polícia judiciária ratificou a prisão.
Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém... Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim... E ter paciência para que a vida faça o resto...